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Caderno Inteligência Emocional RDDI

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Prévia do material em texto

Inteligência Emocional 
Clara Emilie Boeckmann Vieira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXPEDIENTE 
 
Governador de Pernambuco 
Paulo Henrique Saraiva Câmara 
 
Vice-governador de Pernambuco 
Raul Jean Louis Henry Júnior 
 
● 
 
SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO 
 
Secretário 
Milton Coelho da Silva Neto 
 
Secretária Executiva 
Marília Raquel Simões Lins 
 
Diretora do CEFOSPE 
Analúcia Mota Viana Cabral 
 
Coordenação de Educação Corporativa 
Priscila Matos 
 
Coordenação da Educação a Distância 
Flávia Maria da Fonte Franca 
José Lopes Ferreira Junior 
Marilene Cordeiro Barbosa Borges 
 
Autor 
Clara Emilie Boeckmann Vieira 
 
● 
 
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO 
 
Secretário 
Frederico da Costa Amâncio 
 
Secretário Executivo de Educação Profissional 
Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra 
 
Gerente Geral de Educação Profissional 
Maria do Socorro Rodrigues dos Santos 
 
Gestor de Educação a Distância 
George Bento Catunda 
 
Design Educacional 
Annara Mariane Perboire da Silva 
Diogo Galvão Leite de Moura 
Renata Marques de Otero 
 
Revisão de Língua Portuguesa 
Alécia Guimarães 
 
Diagramação 
Renata Marques de Otero 
 
● 
 
Material produzido em parceria entre o Centro de Formação dos Servidores e Empregados Públicos do 
Poder Executivo Estadual – CEFOSPE e a Secretaria Executiva de Educação Profissional – SEEP. 
 
Julho, 2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
V657i 
 Vieira, Clara Emilie Boeckmann. 
Inteligência emocional: Gestão de pessoas / Clara Emilie 
Boeckmann Vieira. – Recife: CEFOSPE, 2017. 
136 p.: il. 
 
 Material produzido em parceria entre o Centro de 
Formação dos Servidores e Empregados Públicos do Poder 
Executivo Estadual (CEFOSPE) e a Secretaria Executiva de 
Educação Profissional de Pernambuco (SEEP-PE). 
Eixo temático: Gestão de Pessoas. 
Inclui referências bibliográficas. 
 
1. Inteligência emocional. 2. Emoções e cognição. 3. 
Emoções – Aspectos sociais. I. Vieira, Clara Emilie 
Boeckmann. II. Título. 
 
 CDU – 159.95 
 
Catalogação na fonte 
Bibliotecário Hugo Carlos Cavalcanti, CRB4-2129 
 
 
Sumário 
 
Introdução ........................................................................................................................................ 6 
1. Competência 01 | Conhecer a Inteligência Emocional e seus atributos .................................... 10 
1.1 Introdução...................................................................................................................................11 
1.2 Inteligência Emocional ......................................................................................................................14 
1.2.1 Definições de Inteligência ...............................................................................................................15 
1.2.2 Dimensões da Inteligência Emocional ......................................................................................20 
1.2.3 Emoções ..................................................................................................................................21 
1.3 Autoconhecimento ......................................................................................................................25 
1.3.1 Gestão de si mesmo ................................................................................................................26 
1.3.2 Autoconhecimento para escolhas e decisões assertivas ...........................................................30 
1.3.3 Autopesquisa – primeiros passos .............................................................................................32 
1.4 Autocontrole ...............................................................................................................................36 
1.4.1 Definições ................................................................................................................................36 
1.4.2 Um parêntese para a Psicologia ...............................................................................................39 
1.4.3 Antivitimologia ........................................................................................................................42 
1.4.4 Autoestima ..............................................................................................................................43 
1.4.5 Terapêuticas para o autocontrole ............................................................................................44 
2. Competência 02 | Aprofundar e desenvolver os atributos intrapessoais da inteligência 
emocional ....................................................................................................................................... 48 
2.1 Automotivação ..................................................................................................................................48 
2.1.1 Elementos do ciclo motivacional ..............................................................................................48 
2.1.2 A pirâmide de Maslow .............................................................................................................49 
2.1.3 Motivação no Trabalho ............................................................................................................51 
2.1.4 Sobre felicidade .......................................................................................................................57 
 
 
2.2 Autopesquisa – aprofundamento ................................................................................................59 
2.2.1 Objetivos da autopesquisa .............................................................................................................60 
2.2.2 Autopesquisologia ...................................................................................................................61 
2.2.3 Metodologia Científica – Aspectos para a Autopesquisa ..........................................................61 
2.2.4 Requisitos para a autopesquisa ................................................................................................64 
2.2.5 Autobiografia e Balanço Existencial..........................................................................................65 
2.2.6 Roteiro para Autopesquisa ......................................................................................................68 
2.2.7 Qualificação da Autopesquisa ..................................................................................................70 
2.2.8 Autoconsciencioterapia ...........................................................................................................70 
2.2.9 Exemplo de Autopesquisa - Estudo de Caso (artigo) .................................................................75 
3. Competência 03 | Conhecer e desenvolver os atributos interpessoais da inteligência 
emocional ....................................................................................................................................... 81 
3.1. Empatia .......................................................................................................................................82 
3.2 Relacionamentos Interpessoais ...................................................................................................84 
3.3 Comunicação ...............................................................................................................................85 
3.4 Sobre Conflitos ............................................................................................................................89 
3.5 Sobre Relações Amorosas ............................................................................................................93 
3.6 Inteligência Social ..............................................................................................................................943.6.1 Sobre o Bem Comum versus a Teoria da Ganância ...................................................................95 
3.6.2 Responsabilidade Planetária ....................................................................................................96 
3.6.3 Felicidade Interna Bruta - FIB ...................................................................................................99 
3.6.4 Cidadania – Atitude é Tudo ....................................................................................................100 
3.6.4.1 Trabalho voluntário ...............................................................................................................102 
3.7 Propósito de Vida ............................................................................................................................106 
4. Competência 04 | Aprender a elaborar um projeto de vida para fortalecer a inteligência 
emocional ..................................................................................................................................... 109 
4.1 Projeto de Vida ..........................................................................................................................109 
 
 
4.1.1 Definição ..............................................................................................................................109 
4.1.2 Requisitos ..............................................................................................................................110 
4.1.3 Áreas da Vida .........................................................................................................................111 
4.1.4 Valores e Missão....................................................................................................................112 
4.1.5 Questionando as prioridades .................................................................................................114 
4.1.6 Planejamento ........................................................................................................................119 
4.1.6.1 Metas de vida ........................................................................................................................119 
4.1.6.2 Metodologia de gerenciamento para o Projeto de Vida .........................................................122 
4.1.6.3 Técnica das Agendas Integradas ............................................................................................125 
4.1.6.4 Dicas complementares...........................................................................................................126 
4.2 Finalização: Continuando! ...............................................................................................................128 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................................... 130 
MINICURRÍCULO DO PROFESSOR CONTEUDISTA ........................................................................... 136 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
Introdução 
 
Olá, participante do curso de Inteligência Emocional! Seja muito bem vindo! 
Você está diante de um novo desafio. Este curso é uma proposta de material orientador, 
elaborado com a intenção de disponibilizar instrumentos, técnicas e orientações àquelas pessoas 
interessadas em seu desenvolvimento pessoal, de forma independente, a partir de sua força de 
vontade, disciplina e perseverança. 
O material é baseado em minhas experiências, tanto como aluna, quanto como docente, em 
cursos de Psicologia, Conscienciologia e outros relacionados à Administraciologia. Para este 
trabalho, também resgatei meus próprios investimentos autodidatas, de autopesquisa e 
autoevolução, e minhas vivências como cidadã comum. O foco deste curso está no 
desenvolvimento da Inteligência Emocional e pressupõe a sua disposição e perseverança para 
investir em experimentar as técnicas apresentadas, buscar outros materiais disponíveis na 
bibliografia complementar e desenvolver os próprios métodos para o efetivo desenvolvimento 
pessoal. 
Ao longo do conteúdo, sem aprofundar teorias e sem esgotar as possibilidades, serão 
apresentados conceitos básicos, textos reflexivos, vídeos, e outros materiais complementares, 
com questionamentos e exercícios a serem desenvolvidos por você. Lembre-se: não se desenvolve 
a Inteligência Emocional apenas com teoria. O fio condutor é uma autocapacitação através dos 
cinco atributos da Inteligência Emocional, compondo e expandindo a elaboração de um Projeto de 
Vida. 
Ferramentas de Coaching e da Conscienciologia são utilizadas. Principalmente a técnica: “as 
perguntas são as respostas”, e estas dispostas ao longo da leitura, bem como algumas tabelas 
mais simples, para que você não fique apenas nas teorias. Textos complementares, vídeos e 
músicas deverão ser acessados no momento sugerido, ao longo do texto, para ampliação e fixação 
das aprendizagens. Você irá perceber a forma sintética dos textos, diferente de um livro, por 
terem sido adaptados à leitura para Educação a Distância, evitando tornar-se cansativo e mais 
 
 
7 
lúdico. 
Sendo assim, Reserve um momento privado para a leitura e para os exercícios, pois vários deles 
exigirão reflexões íntimas, ponderação, escrita. O ideal é estar em um lugar só consigo, sem ser 
interrompido, com papel e caneta e, se possível, um notebook com acesso à internet para as 
indicações complementares de vídeos e artigos. Mas, lembre-se: é no dia a dia, nas vivências, 
atitudes e nos comportamentos, com auto-observação e autodesenvolvimento, que você vai 
desenvolver a Inteligência Emocional. 
Seja perseverante, não desista de um mergulho em si mesmo. Os pequenos avanços deverão ser 
motivadores, tais como, ampliar o domínio emocional, a capacidade de paciência, a compreensão 
consigo e com o outro, desenvolver maior autoestima e acalmia íntima, entre outros. O material 
do curso deve ser guardado e revisitado. Refazer os exercícios, em diferentes momentos da vida, 
poderá revelar ainda mais seus avanços... Assim espero! 
Importantíssimo: se você estiver sem o tempo necessário ao curso – o mínimo de 5 ( cinco) horas 
por semana, faça-o em outro momento. Claro que você pode deixar para aplicar algumas das 
técnicas posteriormente, mas seria bem mais proveitoso fazer as práticas no período do curso, 
pelo acesso aos intercâmbios entre os participantes. 
Nos materiais complementares do curso, anexei alguns artigos publicados em blog e jornais 
impressos, que possam ser úteis no desenvolvimento da inteligência emocional dos leitores. 
No quadro a seguir, você vai ter acesso a uma síntese da nossa proposta, na Ficha do Curso. 
 
 
 
 
 
Votos de sucesso nestes investimentos evolutivos inteligentes! 
 
“A experimentação pessoal faz a consciência sentir o mundo dentro de si. A experiência direta e 
tudo que ela produz dentro da consciência podem trazer dados que ampliam todos os 
 
Agora, acompanhe nos materiais complementares, um resumo dos conteúdos que preparamos 
para compor uma primeira ideia sobre este curso: Prezi - Síntese de Conteúdos. 
 
 
8 
conhecimentos anteriores.” Luiz Bonassi (Autor de Paradoxos – Você tem certeza sobre tudo o 
que pensa?) 
 
FICHA DO CURSO 
 
Objetivo: Orientar a pessoa interessada a desenvolver a capacidade de lidar com os sentimentos, 
de como controlar as emoções e utilizá-las para o sucesso pessoal e profissional, incentivando os 
servidores públicos a investirem em seu autodesenvolvimento pessoal e profissional, 
apresentando técnicas e recursos didáticos para este propósito. 
 
Explicação: Honestamente, durante o curso você não vai desenvolver sua inteligência emocional. 
Talvez um pouco. O real objetivo é apresentar a você um roteiro de como desenvolver a 
Inteligência Emocional, a partir de conhecimentos e práticas, bem como desconstrução de 
conceitos e crenças, e construçãode um caminho de autodesenvolvimento a partir de técnicas e 
estratégias, que você poderá adaptar, ampliar e desenvolver métodos próprios. Aí sim, com 
dedicação, prática e perseverança, poderá desenvolver a Inteligência Emocional... e outras mais. 
 
Diferencial. Diferentemente da grande maioria de livros sobre Inteligência Emocional, este curso 
traz conteúdos com o objetivo de efetivamente ajudar você a desenvolver esta inteligência, ao 
invés de se concentrar apenas em teorias, resultados de pesquisas e exemplos. 
 
Carga Horária: Mínimo de 20 horas (oficiais). Incrementos proporcionais à medida em que você 
deseje investir mais em desenvolver Inteligência Emocional. 
 
Fontes: Este conteúdo foi adaptado do curso presencial de Inteligência Emocional do CEFOSPE e se 
baseia- nas experiências e aprendizagens da didática do tema ministrado para mais de 700 alunos 
ao longo de 7 anos, pela autora Clara Emilie Boeckmann Vieira. Inclui uma seleção de textos 
acadêmicos e informais, vídeos e exercícios práticos para o desenvolvimento da inteligência 
emocional. As diferentes fontes dos conteúdos são citadas ao final deste caderno. Maior 
detalhamento no livro: Manual de Inteligência Emocional - reflexões e práticas para 
autodesenvolvimento. 
 
 
9 
Sobre a avaliação: Fazer os exercícios é condição essencial ao aproveitamento do curso. 
Considerando que grande parte dos conteúdos dos exercícios são muito pessoais, não será exigido 
que você apresente suas respostas na maioria deles. Algumas técnicas serão sugeridas para serem 
feitas durante o curso por amostragem, em virtude da insuficiência do tempo, mas sem perdas 
para você, posto que visam à aprendizagem da metodologia. Por exemplo, a elaboração e 
planejamento de uma meta de vida. Não dá para você fazer todas as metas de todas as áreas da 
vida em apenas 20 horas deste curso. Porém saberá como fazer, para dedicar-se após o curso, a 
completar seu projeto de vida. 
 
Mas atenção! A avaliação de aprendizagem para cada semana de curso terá questões objetivas 
que você não conseguirá responder corretamente caso não tenha feito certos exercícios e visto 
com atenção todo o material apresentado, incluindo textos complementares, vídeos, powerpoints 
etc. 
 
 
 
 
 
10 
1. Competência 01 | Conhecer a Inteligência Emocional e seus 
atributos 
 
Antes de começarmos com o conteúdo, quero que você inicie este estudo assistindo a nossa 
videoaula de apresentação. Vamos lá? 
 
 
 
Pré-teste 
 
Lembrando que a proposta deste curso é essencialmente prática, e que já destacamos a estratégia 
da escrita, já começaremos com um pequeno teste. As questões a seguir são baseadas em 
indicadores de Inteligência Emocional disponíveis em diferentes fontes. Responda com sinceridade 
as seguintes perguntas, com papel e caneta, ou no notebook, para analisar se este curso pode lhe 
ser útil: 
 
1. Qual o seu nível de autocompreensão e autodiscernimento? Conhece bem suas forças e 
fraquezas? Surpreende-se com elogios ou críticas que acha que não lhe cabem? 
2. Você costuma ser uma pessoa assertiva? Pensa e fala com clareza e coerência? Sabe dizer não 
quando precisa? 
3. Qual o nível de sua vontade, discernimento e ética, principais atributos da consciência? 
4. Você consegue perceber quando está começando a ficar nervoso ou chateado e consegue 
exercitar o autocontrole dos impulsos com relativa facilidade? 
5. Quando está chateado(a), sabe exatamente os motivos? 
6. Você reage a críticas com ponderação ou reatividade? Tem dificuldades em receber críticas? 
7. Você costuma focar energia para o alcance de objetivos e metas? Age com determinação? 
8. Qual a sua capacidade de solucionar os problemas e dar a volta por cima, diante dos fracassos? 
9. Qual o seu nível de otimismo, flexibilidade e resiliência diante das dificuldades e do estresse no 
cotidiano? 
 
Vídeoaula de Apresentação – Bem vindos ao desafio de desenvolver a Inteligência Emocional. 
 
 
11 
10. Você consegue identificar emoções nos outros e desenvolver empatia e compreensão? Em 
geral você acerta quanto ao caráter das pessoas, assim que as conhece? 
11. Costuma se relacionar bem com a maioria das pessoas? Qual a frequência de conflitos e 
desentendimentos com os demais? 
12. Você tem senso de responsabilidade social e ecológica, desenvolvendo ações práticas nestas 
áreas? Importa-se em ser uma boa pessoa, altruísta e disponível para ajudar os outros? 
13. Você se sente realizado na vida? Qual o seu nível de satisfação em viver? 
 
Se suas respostas a estas questões são todas satisfatórias, parabéns! Você não precisa deste curso. 
Precisa sim ajudar outras pessoas a desenvolverem os talentos que já possui. Aliás, em todo caso, 
sempre precisamos passar para os outros aquilo que já sabemos bem. 
 
Em geral, temos facetas positivas e negativas. Sempre precisamos melhorar em algo. Mas a opção 
de investir na autoevolução é pessoal e depende daqueles atributos da questão 3: vontade, 
discernimento e ética. Assim, daqui pra frente é com você. Seguir adiante com os roteiros e 
reflexões deste curso... ou não. A vida é feita de escolhas! 
 
E de uma maneira ou de outra, críticas e sugestões são bem vindas! Envie-as pra mim. 
 
1.1 Introdução 
 
Embora sábios e filósofos, desde a antiguidade, já apresentassem questionamentos e reflexões 
quanto a quem somos e por que razão existimos, nunca tem sido tão reforçada a importância do 
autoconhecimento e do desenvolvimento pessoal e profissional em nossa sociedade. Os mais 
diferentes métodos e alternativas têm sido apresentados, desde retiros espirituais até cursos de 
imersão para altos executivos, isto é, com elevado nível técnico e profissionalizado. 
 
Autoconhecimento, desenvolvimento pessoal e profissional, incluindo o projeto de vida, são os 
principais temas abordados. Este curso, em linhas gerais, tem como objetivo apresentar 
conteúdos e técnicas para promover o desenvolvimento das pessoas interessadas em seu 
 
 
12 
processo evolutivo de forma integral. É uma proposta de autocapacitação, focada em autoanálise 
com registros pessoais. 
 
Adiantamos que escrever permite organizar as ideias e deixar registros para consultas posteriores, 
sem que se percam os insights, e maximizar as chances de mudanças e concretização de objetivos, 
posto que estas estarão firmadas em documento pessoal. 
 
Escrever também desenvolve a comunicabilidade. Compre um caderno ou adote o computador 
pessoal. Este último tem a vantagem de permitir compartilhar reflexões com outras pessoas e 
localizar facilmente temas e trechos das reflexões, reescrever e reordenar. 
 
Sugerimos dedicar, no mínimo, uma hora a cada momento de autoanálise, de uma a três vezes por 
semana, preparando-se fisicamente e emocionalmente, disponibilizando-se para realmente se 
redescobrir, com abertura para os autorreconhecimentos, ressignificações, aprendizagens e 
mudanças evolutivas. 
 
Este é o diferencial deste curso: mais que apresentar conceitos teóricos, casos, exemplos, como 
faz a maioria dos livros sobre o tema, o que você lê, neste momento, pretende apresentar 
sugestões e práticas para o efetivo desenvolvimento da Inteligência Emocional. Afinal, você deve 
concordar que não é com teoria que desenvolvemos esta inteligência. A Figura 1 apresenta o 
Mapa Mental dos nossos conteúdos. 
 
Figura 1: Mapa Mental dos Conteúdos de Inteligência Emocional 
Descrição da imagem: o mapa da Figura 1 tem como imagem central um cérebro, do qual partem 
ramificações subramificações, e sintetiza com palavras-chaves a lista de conteúdos do sumário. 
 
 
13 
O mapa mental foi construído com o aplicativo iMind (versão 4.1.), apesar de o autor deixar claras 
as vantagens da construção de mapas à mão-livre. Hoje existem vários aplicativos para uma 
construção rápida de mapas mentais, pagos e gratuitos, entre estes últimos, o XMind. E como 
você já sabe que este curso é de estratégiaprática, segue um primeiro desafio. 
 
Exercício – Desafio 
 
 
Experimente a técnica de mapas mentais para construir um mapa de seus objetivos e sonhos. 
Deixe a mente livre. Use uma folha branca e canetas hidrocor de várias cores. Se preferir, faça 
listas simples. Mas experimentar coisas novas amplia nossa inteligência! Imagine: se você tivesse 
um milhão de reais. Como e em que bases estruturaria sua vida? Quais as ações, rotinas, 
trabalhos, relacionamentos, bens, correções de rota, contribuições sociais e talentos você teria a 
manter e a conquistar? 
 
Este exercício é importante para você engrenar um mergulho em si mesmo. Seus sonhos falam 
sobre você. Cada exercício aqui proposto tem ligação com o desenvolvimento da inteligência 
emocional. 
 
 
 
 
Tomo emprestadas as palavras de Flávio Gikovate, quando introduz o livro Maturidade e Poder 
Pessoal (Bíscaro, 1994), e adapto à proposta deste curso: “Não estamos falando de milagres, não 
se trata de imaginar que ao terminar este livro você será uma pessoa feliz e realizada, com 
inteligência emocional. Porém sentirá um estímulo para se colocar na estrada e iniciará uma 
jornada de desenvolvimento. Se já estiver no caminho, terá um reforço para continuar por ele (...) 
A verdade é que o importante não é a chegada e sim a alegria que sentimos ao perceber que 
estamos evoluindo em nosso caminhar, que hoje estamos melhores do que alguns anos atrás. É 
isso que nos faz gostar da vida e de participar ativamente dela.” 
 
Se você quiser dicas de como fazer um mapa mental, acesse o site 
https://www.youtube.com/watch?v=67z80wU0dA4. 
 
 
14 
Você está disposto e disponível para se autodescobrir, para se autoenfrentar e se 
responsabilizar pelo desenvolvimento da sua inteligência emocional e pela sua própria vida? 
 
 
 
 
 
Vamos agora aprofundar conceitos da inteligência emocional! 
 
1.2 Inteligência Emocional 
 
Por que as pessoas mais brilhantes intelectualmente não são, necessariamente, as que têm mais 
êxito profissional e em sua vida pessoal? 
 
Pesquisas indicam que 23% do êxito que conquistamos se deve a nossas capacidades intelectuais e 
77% a nossas atitudes emocionais (Acuña e Bobadilla, 2015). Não faltam exemplos do quanto a 
Inteligência Emocional (IE) é determinante na vida das pessoas e nunca se falou e estudou tanto 
sobre este tema como nos dias atuais. Existem mais de 100 mil trabalhos científicos que estudam 
o cérebro, sua biologia etc. Aqui vamos esclarecer sinteticamente o que é Inteligência Emocional e 
apresentar técnicas e mecanismos que contribuam para o seu desenvolvimento. 
 
Inteligência Emocional é a habilidade para controlar as emoções, valorizando a ação racional 
acima das reações emocionais. Daniel Goleman (1995) definiu tal inteligência como a habilidade 
de dirigir, de maneira eficaz, nossas emoções, comportamentos, relacionamentos e até sensações 
individuais. Não pense que ter inteligência emocional é se desfazer das emoções. Emoções fazem 
parte do ser humano. O importante é como você lida com elas. 
 
A Inteligência Emocional é composta dos atributos intrapessoais e interpessoais. Os atributos 
intrapessoais incluem, primeiro e o mais importante atributo, o Autoconhecimento, também 
chamado Autoconsciência, ou ainda Autopercepção, a depender do autor. O segundo é o 
 
Para aumentar esta vontade de ser mais inteligente, este vídeo dá várias dicas para escolhas 
assertivas na vida. Vídeo – “Você é fruto das suas escolhas”: 
https://www.youtube.com/watch?v=kcjvOpimRY4&list=PLgzt6nsaX0xKu1N0ZpvygZ6e48BJWSTa9&in
dex=3 
 
 
15 
Autocontrole ou Autodomínio Emocional, e o terceiro, a Automotivação. Os atributos 
interpessoais ou sociais incluem a empatia e os interrelacionamentos. Mais adiante, detalharemos 
cada atributo. 
 
Pode-se dizer que o primeiro atributo é o de maior relevância, do qual dependem os demais. Uma 
pessoa que não tem percepção de si mesma dificilmente vai se relacionar bem com outras. A 
Inteligência Emocional é totalmente dependente das características, temperamento e 
personalidade. E pode se manifestar em diferentes níveis, através de várias facetas. Portanto, esta 
inteligência se expressa das mais variadas maneiras, posto que cada pessoa é única. 
Importante: mantenha o bom humor porque... 
 
... “o filósofo pessimista, de maus bofes, concebe raciocínios errôneos, pois ainda raciocina 
pouco. Quem vive de mau humor tem preguiça de raciocinar em profundidade. Quem vive de 
bom humor raciocina melhor e mais acertadamente. Às vezes o problema aqui é a diferença 
entre ração e razão.” (Vieira, 2012) 
 
 
1.2.1 Definições de Inteligência 
 
A inteligência é a capacidade de processar mentalmente a informação do ambiente, de modo que 
a pessoa possa raciocinar, resolver problemas e tomar decisões. Isto se dá de acordo com o 
acúmulo de conhecimentos, experiências, informações, temperamento, entre outros fatores. Por 
este motivo, existem vários tipos de inteligência, como veremos adiante. 
 
O tradicional alto QI (Coeficiente de Inteligência – vem do inglês IQ: Intelligence Quotiente) não é 
tudo na vida. Pode-se ir do sofrimento ao fracasso. Isto porque o QI testa limitados tipos de 
inteligência. Uma pessoa com alto coeficiente intelectual termina trabalhando para outra pessoa 
com alto QE (Coeficiente Emocional). Com inteligência emocional ela sabe se conectar e se 
relacionar melhor. É o que podemos conferir com a história do Raul e do Pena. 
 
 
 
 
Texto: O Raul e o Pena – Max Gheringer. Acesse o texto nos materiais complementares. 
Acompanhe um bom exemplo do funcionamento do QE. Esta divertida e instrutiva resenha 
descreve uma vivência do Max Gheringer, contando sobre dois dos colegas de faculdade, e 
demonstra como outras habilidades, para além das competências técnicas, podem diferenciar 
para melhor os profissionais. Ele encerra o texto com o pensamento: “Há grandes Homens que 
fazem com que todos se sintam pequenos. Mas, o verdadeiro Grande Homem é aquele que faz 
com que todos se sintam Grandes”. 
 
 
16 
Bíscaro (1994) apresenta 20 indicadores de maturidade emocional, e sugere ideias e reflexões de 
como desenvolvê-los. Apresentamos estes indicadores, no quadro abaixo, para você se pontuar: 
numa escala de 1 a 10, em que nível você se encontra. Não se esqueça de considerar, para a sua 
pontuação, os fatos que evidenciam a nota que você se dá. Não adianta autopontuação com base 
em “eu acho”. Esta consideração é válida para todos os testes deste curso. A lista também é uma 
boa síntese de atributos de quem tem inteligência emocional. 
 
 
 
 
 
 
Exercício – Indicadores de Maturidade Emocional: Pontue-se. 
 
 
Dica: antes de se pontuar, que tal buscar as definições das palavras-chave em um bom dicionário? 
Este exercício, tal como outros aqui propostos, não visam a fornecer uma caixinha de avaliação dos 
seus pontos. Alguns o farão. Mas a maioria dos exercícios é para você ampliar a reflexão sobre 
quem é você. Orientar uma reflexão sobre si mesmo. Não importa quantos pontos você vai 
acumular. Contudo, se repetir os exercícios ao longo dos anos, poderá comparar as suas 
autoanálises. 
 
Indicadores de maturidade Autopontuação (1 a 10) 
Objetividade nas aspirações 
Autoconhecimento e autovalorização 
Respeito pelo próprio corpo 
Senso autocrítico e abertura crítica 
Senso crítico 
Senso de realidade 
Capacidade de brincar 
Consciência ecológica 
Campo de interesses ampliado 
Capacidade decisória 
Capacidade empática 
Sociocentrismo e interesse humano 
Liderança 
Participação e intervenção grupal 
Comunicação verbal satisfatória 
Agressividade construtiva 
Aceitação do trabalho e da responsabilidade 
Expressão das emoções e autodomínio 
Maturidade afetiva e sexual 
Filosofia de vida 
 
 
Lembrete: Para todos os testes e questionamentos que este curso traz, baseie suas respostas nos 
fatos. Quais os fatos ou as evidências que comprovam suasrespostas? Esta dica permitirá 
respostas honestas e maior autodiscernimento. 
 
 
17 
 
 
 
 
 
 
Atualmente já existe também o QS (Coeficiente de Espiritualidade), que pode ser identificado 
através de testes aplicados pelas empresas durante o processo de contratação de funcionários, 
para verificar se o candidato possui valores espirituais considerados relevantes para sua 
participação na empresa. Chamamos a atenção aqui, pois espiritualidade não tem a ver, 
necessariamente, com religião. Mais à frente ampliaremos este conceito. 
 
Exercício 
 
 
Sobre as capacidades cerebrais dos seres humanos existe um enorme e inexplorado universo. Cada 
pessoa é uma consciência multifacetada e apresenta, em maior ou menor escala, vários tipos de 
inteligência. Descrevemos abaixo alguns módulos de inteligência em um quadro para você se 
pontuar de zero a dez, numa primeira etapa de autopercepção. Novamente, o exercício é uma 
provocação à autorreflexão. 
 
Tipos de Inteligência Sua nota (0 a 10) 
1. Linguística 
2. Lógico-matemática 
3. Espacial 
4. Corporal 
5. Musical 
6. Intrapessoal 
7. Interpessoal 
8. Naturalista-ecológica 
 
Gosto do exemplo de motivação de Thomas Edson, criador de mais de 2.600 inventos. Quando 
questionado por um repórter sobre insistir na descoberta da lâmpada elétrica, após 10 mil erros, 
 
Fórum Temático: Tendo refletido sobre os indicadores de maturidade pessoais, convidamos você 
a participar do nosso primeiro fórum de conteúdo temático - Indicadores de Maturidade, 
disponível na sua sala de aula virtual. Responda para nós, no AVA, qual o indicador mais 
importante para você? E por qual razão considera este indicador mais importante? Escreva ao 
menos dois parágrafos. 
 
 
18 
ele disse: “Eu fui bem sucedido em encontrar 10 mil maneiras que não funcionam”. Evidencia-se aí 
mais de uma inteligência. E eis uma lição importante: não podemos mudar os fatos, mas sim a 
perspectiva que damos a eles. O modo como os encaramos e os enfrentamos é totalmente 
dependente de nós. É o famoso “locus interno” da Psicologia. 
 
Se você quer desenvolver a inteligência emocional, esteja preparado(a) para rever conceitos e 
paradigmas pessoais e, principalmente, para quebrar paradigmas ultrapassados, potenciais 
bloqueadores de sua mudança evolutiva. Prepare-se para se tornar uma pessoa com diferentes 
inteligências. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Falando-se em referências bibliográficas e leituras, apresentamos a seguir, pequena e significativa 
lista de benefícios, na esperança de estimulá-lo a ler não apenas as citadas acima, mas todas as 
que constam nas referências bibliográficas. 
Neste clima de abertismo à mudança, assista ao vídeo “Diferente”, com músicos amadores, alguns 
músicos de rua, de diferentes estilos, vindos de vários lugares do mundo, numa produção coletiva 
que dá gosto de ver. Queremos com isto lhe predispor a repensar a vida, sugerir-lhe posturas com 
abertismo, e predisposição ao novo. Video: Stand by me around the world - 
https://www.youtube.com/watch?v=oiPzU75P9FA&list=PLgzt6nsaX0xKu1N0ZpvygZ6e48BJWSTa9&in
dex=7 
ORIGEM E EVOLUÇÃO: alguns dos principais marcos históricos da abordagem da Inteligência 
Emocional para aprofundamento no tema, caso tenha interesse, com as referências na bibliografia 
ao final da apostila: 
Edward Thorndike (1920) – Inteligência Social. 
David McClelland (1973) – Conceito de Competência. 
Howard Gardner (1983) – Inteligências Múltiplas. 
Joseph LeDoux (1986) – Neurofisiologia. 
Peter Salovey e John Mayer (1990) – As Cinco dimensões. 
Daniel Goleman (1995) – Integração das teses: Lança o Best seller mundial “Inteligência Emocional 
– a teoria revolucionária que define o que é ser inteligente”. 
 
 
Descrição da imagem: capa do livro “Inteligência Emocional – a teoria revolucionária que define o 
que é ser inteligente”, de autoria do Ph.D. Daniel Goleman. 
 
 
 
 
 
19 
Livros são instrumentos de reflexão e importantes ferramentas de desenvolvimento de 
Inteligência – não somente emocional – mas de vários tipos. Temos o resto de nossas vidas para 
escolher o que fazemos com nosso tempo. Uma coisa é certa: ler livros de qualidade é escolha 
bem mais inteligente que ver televisão. Segue uma lista producente para avaliação dos leitores. 
 
BENEFÍCIOS DA LEITURA – POR QUE TODO MUNDO DEVE LER – SÍNTESE DE MOTIVOS 
 
1. A ação transformadora da leitura: os exemplos de personalidades, ideias e histórias. 
2. Implementação cognitiva, através da aquisição de conhecimentos e do raciocínio lógico. 
3. Expansão da visão de mundo. 
4. Ampliação de experiência a partir das vivências e ideias dos textos. 
5. Incentivo à reflexão. 
6. Desenvolvimento da criticidade e formação de opiniões. 
7. Ampliação do dicionário cerebral. 
8. Formação de novas sinapses neuroniais. 
9. Melhoria da saúde cerebral. 
10. Melhoria da fluência verbal e da capacidade argumentativa. 
11. Melhoria da capacidade de raciocínio. 
12. Desenvolvimento da criatividade e da imaginação. 
13. Autoconhecimento, através de elaborações dialógicas texto-leitor. 
14. Qualificação da escrita pessoal. 
15. Sucesso nas provas e concursos, na área de Português. 
16. Lazer de qualidade por baixíssimo custo para todas as idades, e... adeus solidão! 
 
Para você que não gosta de ler e para você que gosta de bons livros recomendo a leitura de 
Presente do Mar. É um dos livros que mais me surpreendeu. Pequeno, com ilustrações singelas, 
cativou-me pela mistura de trechos poéticos sobre a vida, o céu, o mar, a praia, a ilha, estrelas e 
conchas mágicas. Tudo isso se alternando com reflexões profundamente humanas e evolutivas 
sobre maturidade, relacionamentos, escolhas, equilíbrio entre vida intrafísica, intelectual e 
 
 
20 
espiritual. Leva-nos a pensar sobre nossas escolhas de vida, prioridades do dia a dia, atitudes e 
valores. Tudo a ver com nosso tema aqui. 
 
 
 
 
Aproveitando esta inserção das vantagens da leitura, reforço esta ação para o real incremento da 
Inteligência Emocional. A leitura aumenta a intelecção que, por consequência, aumenta o 
discernimento a partir da absorção de mais conhecimentos. Pelas mesmas razões, amplia-se 
também a autoconfiança. Inteligência Emocional requer investimento no desenvolvimento 
integral do ser, como veremos a seguir. A leitura compõe o investimento na dimensão mental. 
Mapeie bons livros e bom desenvolvimento! 
 
1.2.2 Dimensões da Inteligência Emocional 
 
Sintetizando o que já foi apresentado, temos que os cinco atributos da Inteligência Emocional 
classificam-se em intrapessoais e interpessoais, listados abaixo. 
 
Competências Pessoais / Inteligência Intrapessoal: 
1. Autoconsciência/Autoconhecimento/Autopercepção 
2. Autocontrole/Autodomínio/Autorregulação 
3. Automotivação 
 
Competências Sociais / Inteligência Interpessoal: 
4. Empatia 
5. Relações interpessoais 
 
Mais adiante, vamos conhecer cada um destes atributos e experimentar técnicas de como 
desenvolvê-los. Lembrando: a base de tudo é o primeiro deles, o autoconhecimento, a 
autoconsciência, a autopercepção. Vamos agora fazer mais um exercício. 
 
Outras boas dicas: O Clube do livro do fim da rua (Schwalbe, 2013) e, para investir em uma lista: 
1001 livros para ler antes de morrer (Boxall, 2010). 
 
 
21 
 
 
Exercício: Teste do Autodesenvolvimento – não deixe de fazer! Busque 
nos materiais complementares. 
 
 
Vamos agora refletir sobre a importância das emoções. 
 
1.2.3 Emoções 
 
Retomando a definição, a Inteligência Emocional é constituída pelas habilidades ou capacitações 
desenvolvidas pelo ser humano, para controlar suas emoções, valorizando a ação racional acima 
das reações emocionais. Resultados das pesquisas neurológicas indicam que o ser humano sente 
antes de pensar e agir. Contudo, é possível aprender e controlar as respostas aos sentimentos, 
mudando o comportamento. 
 
Eis a boanotícia: você pode desenvolver sua Inteligência Emocional. Pesquisas neurofisiológicas 
explicam como isto é possível a qualquer pessoa. 
 
Se quiser mais informações sobre a neurofisiologia do cérebro, acesse artigo científico que 
disponibilizamos nos materiais complementares: “Neurobiologia das emoções”. Esta leitura não é 
obrigatória, isto é, não compõe a carga horária do nosso curso. Fica a seu critério. 
 
Todas as emoções são, em essência, impulsos para agir. A própria raiz da palavra emoção é 
movere, mover (Goleman, 1995). O autor apresenta os seguintes tipos de emoções, como 
principais: 
 
• Ira: fúria, revolta, ressentimento, raiva, indignação, vexame, irritabilidade, ódio etc. 
• Tristeza: sofrimento, mágoa, desânimo, desalento, melancolia, autopiedade, desamparo 
etc. 
• Medo: ansiedade, apreensão, nervosismo, preocupação, pavor, susto, fobia etc. 
• Prazer: alegria, felicidade, contentamento, alívio, diversão, gratificação, euforia etc. 
 
 
22 
• Amor: aceitação, amizade, confiança, afinidade, paixão etc. 
• Surpresa: espanto, pasmo, maravilha, choque. 
• Nojo: desprezo, desdém, antipatia, aversão, repugnância, repulsa. 
• Vergonha: culpa, vexame, mágoa, remorso, humilhação, etc. 
 
As emoções são importantes nas mais diversas situações cotidianas, tais como: 
 
• Sobrevivência – alerta, orientações. Se você der de cara com um urso, numa floresta, você 
vai reagir, provavelmente, para se salvar. Não vai parar pra pensar no que fazer. 
• Tomada de decisão – a ação das emoções em mover a pessoa a uma decisão (não 
necessariamente a melhor decisão, o que vai depender das inteligências pessoais). 
• Ajuste de limites – as emoções na função destes ajustes. 
• Comunicação – as emoções são presentes na qualificação da comunicabilidade, a partir do 
nível de Inteligência Emocional, entre outras inteligências. 
• União – vencer as diferenças religiosas, culturais e políticas. Emoções são universais. 
• As emoções envolvidas na motivação a si mesmo e que permitem a persistência mediante 
frustrações, com a Inteligência Emocional. 
• Controlar impulsos, canalizando emoções para situações apropriadas. 
• O uso das emoções para motivar pessoas, ajudando-as a liberarem seus melhores talentos 
e conseguir seu engajamento em objetivos de interesses comuns. Com Inteligência 
Emocional podemos interagir melhor com as pessoas. 
 
Exercício: Teste do QE 
 
 
 
Faça uma primeira autoavaliação emocional. Responda ao teste com sinceridade e sem pensar 
muito, para não acabar respondendo a opção que acha mais correta. Este não é um teste 
científico, mas dá uma boa ideia do que seja uma pessoa com Inteligência Emocional 
desenvolvida. Fonte: Goleman (1995). Encontre o teste nos materiais complementares. É muito 
importante que você faça este teste, para fazer uma autoavaliação mínima. 
 
 
 
23 
Reflexão: Ter ou Ser 
 
Vivemos em uma sociedade capitalista, onde frequentemente os valores se invertem e nos 
deixamos levar pela crença de que aquilo que nos valoriza, ou seja, o que é importante é ter maior 
quantidade de bens, dinheiro, coisas. Trouxemos este tema aqui porque a Inteligência Emocional é 
puramente SER. Bens materiais, fama, poder, podem trazer benefícios, mas não garantem 
felicidade e tampouco inteligência de qualquer tipo. É como diz o ditado “não adianta fazer 
maquiagem”. Eis a fórmula de ser feliz, em que a maioria das pessoas acredita (Dutra, 2002): 
 
 
Figura 2: Ter ou Ser – Fórmula Comum. 
Descrição da imagem: a imagem mostra uma figura com Título ter ou ser – Fórmula 
comum, e três caixinhas coloridas, ligadas horizontalmente. A primeira caixinha 
denominada Ter, com seta vertical para baixo, indicanto o texto “ter o suficiente 
(dinheiro, recursos, coisas), para poder“ e seta horizontal para a direita, para o texto 
correspondente a segunda caixinha. A segunda caixinha - FAZER, tem uma seta vertical 
para baixo, para o texto “o que quiser (no trabalho, nos gastos)”, que por sua vez tem uma 
seta horizontal para a direita para o texto Ser Feliz. A terceira caixinha Ser, tem uma seta 
vertical para baixo para o texto “ser feliz”. 
 
Como mostra a figura, as pessoas costumam primeiro investir em ter o suficiente (dinheiro, 
recursos, coisas), para poder fazer o que quiser (no trabalho, nos gastos), porque assim será 
alguém, e consequentemente ser feliz. 
 
E eis a seguir a fórmula ideal, como ilustra a próxima figura. Primeiro a pessoa deve buscar ser 
quem é, conhecer seus traços, seus propósitos. Esta autoconsciência a conduzirá a fazer aquilo 
 
 
24 
que gosta. Será sua contribuição dos seus dons únicos. Porque se der a si próprio será 
recompensado e terá a felicidade. E durante todo este processo, a pessoa é feliz! 
 
 
Figura 3: Ter ou Ser – Fórmula Certa. 
Descrição da figura: a imagem mostra uma figura com Título ter ou ser – Fórmula certa, e três 
caixinhas coloridas, ligadas verticalmente. A primeira caixinha denominada Ser, com seta 
vertical para baixo, indicanto o texto “ser quem é: conhecer seus traços, seus propósitos. Esta 
autoconsciência conduzirá a FAZER (segunda caixinha), e mais uma seta vertical para a 
terceira caixinha (TERÀ), com o texto “Aquilo que gosta. Será a contribuição dos seus dons 
únicos. Porque se der a si próprio, será recompensado e Terá. Em torno das três caixinhas e 
textos, envolve um círculo significando que todo o processo é Ser feliz. 
 
Vários autores mencionam que o dinheiro aumenta a felicidade para as pessoas ”pobres" porque 
traz qualidade de vida. Mas, para quem já possui boa qualidade de vida, o dinheiro contribui 
minimamente para a felicidade. Por outro lado, a satisfação no trabalho é um dos componentes da 
felicidade em todos os níveis de renda. 
 
 
 
 
 
Vamos fazer dois exercícios transformadores para consolidar os conceitos vistos até aqui! 
 
 
 
Veja o vídeo da Clio para uma expressão figurada desta reflexão de Ter ou Ser. Vídeo Propaganda da 
Clio 
https://www.youtube.com/watch?v=jmbYZlNNgGI&list=PLgzt6nsaX0xKu1N0ZpvygZ6e48BJWSTa9&i
ndex=18 
 
 
25 
 
 
Exercícios 
 
Exercício 1: Agora responda por escrito à seguinte questão: O que lhe faz realmente feliz? Faça 
uma lista de pelo menos dez itens. 
 
Exercício cotidiano: Faça a prática do “Diário de Bordo” (Fonte: adaptado do IBC). Esta é uma 
rotina transformadora, utilizada por Coachs. Experimente fazê-la por no mínimo 15 dias seguidos. 
Experimente e verifique por você mesmo(a) os resultados. São apenas três pequenas reflexões 
que devem ser feitas por escrito, antes de deitar: 
1) Responda pra você por que valeu a pena viver o dia de hoje. 
2) Se pudesse voltar no tempo e mudar algo que tenha acontecido hoje, o que você mudaria? 
3) Descreva seis ações que você vai realizar no dia de amanhã. 
 
 
Agora que já vimos algumas abordagens da inteligência emocional de maneira genérica, vamos 
detalhar os atributos intrapessoais e aprofundar algumas questões. 
 
1.3 Autoconhecimento 
 
Neste capítulo, vamos abordar diferentes conceitos, reflexões e exercícios de maneira a ajudar 
você a se realmente se conhecer e gerir o seu autodesenvolvimento. Para tanto, ao longo dos 
conteúdos, inserimos exercícios de maneira estratégica, para que experimente os conceitos e 
reflexões, sem ficar apenas na teoria, além de evitarmos uma concentração de questionamentos e 
exercícios acumulados ao término do tópico. 
 
Autoconhecimento significa conhecimento de si mesmo; consciência ou percepção das próprias 
emoções. Dois aspectos são importantes no desenvolvimento deste primeiro atributo da 
Inteligência Emocional: autoconfiança e valorização adequada de si mesmo. Enquanto não temos 
a primeira, nossa evolução quando avança, anda no freio de mão. A valorização adequada de si 
 
 
26 
mesmo pressupõe uma visão coerente de si, sem querer ser perfeito para ter autoestima. É 
aceitar-se do jeito que é, reconhecendo os traços positivos e os traçosque precisam melhorar e 
buscar crescer continuamente. 
 
Por que é Necessário nos Conhecermos? 
 
Até aqui, já deve ter ficado clara a importância do autoconhecimento, mas alguns pontos podem 
ser reforçados: 
 
• Identificação do que somos, nossos talentos e traços fardos, que são os pontos negativos, 
defeitos, limitações e imaturidades. 
• Autossuperação de pensamentos, sentimentos e comportamentos ultrapassados; 
potencialização dos nossos traços força. Os traços força são os pontos positivos, 
qualidades, competências. A autopesquisa dinamiza nossa evolução – desenvolvimento 
pessoal. 
• Maximização das chances de equilíbrio físico, emocional e mental. 
 
 
Figura 4: A chave. 
Descrição da imagem: homem segurando uma chave enorme. 
 
1.3.1 Gestão de si mesmo 
 
O desenvolvimento dos atributos intraconscienciais – autoconhecimento, autocontrole e 
automotivação – requer gestão sobre si mesmo e autodesenvolvimento. O autoconhecimento é o 
principal atributo da Inteligência Emocional e condição sine qua non para o autodesenvolvimento. 
 
 
27 
Sem ele, como saber se relacionar-se consigo e com os demais? Como saber o que nos traz 
satisfação? Como saber nossos valores e prioridades para os objetivos de vida? 
 
Podem ser destacados os seguintes objetivos para a gestão de si mesmo, que são tópicos a serem 
desenvolvidos nesta “autocapacitação”: 
 
• Aprender técnicas de autoconhecimento e autopesquisa. 
• Identificar traços pessoais – negativos, positivos, faltantes. 
• Potencializar traços pessoais positivos. 
• Reavaliar conceitos, valores e atitudes construtores de sua realidade de vida. 
• Superar entraves e dificuldades – equilíbrio emocional. 
• Desenvolver estratégias de motivação e organização pessoais. 
• Identificar prioridades. 
• Traçar metas e objetivos de vida. 
• Evoluir – desenhar seu projeto de desenvolvimento pessoal e profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exercício 
 
 
Registre em seu caderno de autopesquisa – de papel ou no computador – ao menos três 
argumentos que lhe chamarem mais a atenção nas falas da Soraya Gervásio. 
 
Agora, pense na sua existência neste momento. Como está cada área de sua vida? Utilize ao 
Gráfico da Vida para refletir, pontuando cada setor nela elencado. Reflita e registre os motivos de 
ter se pontuado notas baixas ou notas altas. Este exercício estimula a autoconsciência, base da 
 
Para ampliar o entendimento do quanto o autocuidado é importante, veja o vídeo Gestão de 
si mesmo, com a Coach Soraya Gervásio. Entenda o valor de gerenciar a si mesmo e a própria 
vida. São quatro dicas bem explicadas: autoconhecimento, autoconfiança, autodisciplina, 
autofisiologismo. Decida pela autorresponsabilização da própria vida. Isto é investimento 
inteligente! 
Vídeo: Gestão de si mesmo – Soraya Gervásio 
https://youtu.be/EmbfNw2Yf2E 
 
 
28 
inteligência emocional. Também lhe ajudará a otimizar os conteúdos do curso, trazendo-o à 
aplicabilidade prática dos mesmos para sua vida pessoal e profissional. 
 
Exercício: Gráfico da Vida – Análise do momento de vida. 
 
Pinte todos os campos anteriores e inclusive a nota que você dá a cada área da sua vida, de acordo 
com o nível de qualidade dos indicadores listados entre parênteses. Ficará fácil verificar, 
visualmente, as áreas com melhor e pior pontuação. A nota deve ser uma média global que 
considere os vários indicadores, e outros que você considere, para a área em análise. Por exemplo, 
para me dar uma nota com relação à saúde física: Se eu me vejo acima do peso, minha disposição 
está fraca, mas durmo bem, cuido da estética e tenho vida sexual ativa, eu poderia me dar uma 
nota 5, de acordo com meus valores. 
 
Área da Vida 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
Saúde Física (peso, horas de sono, disposição, estética, sexo). 
Saúde emocional/psicológica (autoconhecimento, autocontrole, 
automotivação, empatia, relacionamentos, autorrealização). 
 
Saúde intelectual (Relacionada à sua aprendizagem, à sua educação 
profissional, atividades culturais, leituras de qualidade, estudo, cursos, 
hobbies inteligentes, autodidatismo etc.). 
 
Saúde espiritual/consciencial (autodesenvolvimento como ser, conquistas ou 
autossuperações, Inteligência Evolutiva, ética, busca da serenidade, do 
amor por si e pela vida, autodiscernimento, propósito, interassistência, isto 
é, ajudar outras pessoas). 
 
Saúde familiar (sua relação com os familiares, sua afetividade com eles, 
desenvolvimento amoroso com parceiro(a), lar). 
 
Saúde social (qualidade e frequência de convivialidade dos relacionamentos 
com amigos, colegas e familiares, lazer, responsabilidade social e ecológica, 
ações de cidadania, voluntariado, sustentabilidade do planeta, qualidade de 
vida etc.). 
 
Saúde profissional (carreira, negócios, motivação). 
Saúde Financeira (conquistas materiais, controle de gastos, investimentos, 
nível de planejamento, uso de planilhas). 
 
 
 
29 
 
Ao final, verifique, visualmente, em que áreas você está melhor. Quais as áreas que precisam mais 
de melhorias? Se preferir, construa novo gráfico desmembrando cada item indicador das áreas da 
vida para pontuá-los separadamente. Ao todo, podem ser esmiuçados 52 indicadores. Caso você 
queira este exercício está disponível nos materiais complementares. 
 
Vamos adiante, aprendendo na prática, o autoconhecimento, conhecendo você mesmo, através 
dos exercícios. Sugerimos escutar esta música legal para lhe animar e criar coragem! 
 
 
 
 
 
 
 
A identificação de nossos traços força, nossas qualidades, é fundamental para potencializarmos a 
superação dos traços fardos que possuímos, superar dificuldades e limitações, e alcançarmos o 
equilíbrio e a satisfação pessoais. Em um primeiro exercício, preencha o formulário abaixo com o 
que você reconhece em si. É necessária extrema sinceridade, coerência e autodiscernimento. 
 
Os traços força são os pontos positivos, qualidades, competências. Os traços fardos são os pontos 
negativos, defeitos, limitações, imaturidades. Se desejar, peça a pessoas que lhe conhecem para 
elaborar a lista com o que pensam de você. Saiba filtrar os afetos e desafetos, e também ter 
modéstia para reconhecer o que tem dificuldade de perceber em si – seja positivo ou negativo. 
Procure identificar também, os traços força faltantes, as qualidades, características e/ou talentos 
que você gostaria de desenvolver. Um grande amigo conseguiu listar um total de mais de 150 
traços. Seja detalhista ao máximo. 
 
Vamos lá! 
 
 
Vídeo: Viagem ao fundo do ego - https://www.youtube.com/watch?v=gdfvJlzb0CQ 
“Há um lugar místico em mim 
Algo assim, bem escondido 
Um planeta inexplorado 
Um horizonte perdido...” 
Pra quem é da minha geração (nascida em 1970), vai matar a saudade e rir! Mas preste atenção 
na letra! 
 
 
30 
 
Exercício: Planilha de Traços 
 
Faça três listas, com máximo de traços seus: positivos (forças), negativos (fardos) e positivos que 
faltam (faltantes). 
TRAÇOS FORÇAS TRAÇOS FARDOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRAÇOS FALTANTES: 
 
Para encerrar este tópico, vamos refletir no fato de que, à medida que nos autoconhecemos 
vamos nos desenvolvendo. E o valor do autodesenvolvimento está no Aumento de capacidades e 
possibilidades. O indivíduo assume a responsabilidade por seu processo evolutivo. E a contínua 
busca pelo desenvolvimento pessoal traz como consequências a autorrealização! Para tanto, gerir 
a si mesmo, na prática, no dia a dia, é crucial. 
 
1.3.2 Autoconhecimento para escolhas e decisões assertivas 
 
É fundamental conhecer os próprios valores, prioridades, autodefesas: autoconhecimento. Se não, 
corre-se o risco de decidir o que não vai trazer satisfação. Não decida a partir dos valores da 
sociedade ou da opinião dos outros. Quantas vezes tomamos decisões precipitadas, ou porsugestão dos outros? E=Neste tópico vamos trazer pequenas contribuições para que você entenda 
ainda mais a importância do autoconhecimento para mais acertos nas escolhas e decisões da vida. 
 
 
31 
Primeiramente, com a sugestão de que você responda por escrito em seu caderno de 
autopesquisa, em papel ou computador, reflita e descreva sobre si mesmo: 
 
• Como tomo decisões? 
• Quais os meus critérios e métodos? 
 
É importante tomar consciência de como você funciona. A seguir, algumas sugestões para 
tomadas de decisões: 
1. Não tome decisão com as emoções alteradas, impulsivamente. A menos que disso dependa 
a vida de alguém. Reflita o máximo que puder. Há pouco tempo foi descoberto que o tempo do 
pico da adrenalina leva 90 segundos. Está provada a eficácia do “conte até 10”, mas bem 
lentamente. Você só precisa se controlar por um minuto e meio. Vá tomar um café, lavar as mãos, 
sair do ambiente. 
2. Outra técnica infalível é usar o Princípio 10/90. Existem várias animações explicando este 
princípio. Em síntese, diz respeito ao fato de que só não podemos mudar 10% de tudo o que nos 
acontece. Enquanto os 90% restantes dependem de nós, seja das nossas ações e reações, seja de 
como encaramos os fatos. Entenda-o melhor acessando o arquivo em PDF nos materiais 
complementares. 
3. Espere o dia seguinte, após a “consulta ao travesseiro”. Psicólogos, médicos, filósofos e 
espiritualistas explicam o valor deste conselho. 
4. Escreva os objetivos da escolha a ser feita. 
5. Faça uma lista de vantagens e desvantagens de cada alternativa, antes de decidir. E 
lembre-se de considerar não apenas a quantidade, mas principalmente a qualidade dos 
argumentos. Por exemplo, você pode ter 15 vantagens para uma decisão, que traz uma única 
desvantagem que pesa mais do que as 15 vantagens. 
6. Se for em um debate, diga à outra pessoa que precisa pensar para lhe dar uma resposta. 
Para efetivar o autoconhecimento, são necessárias técnicas de autopesquisa. Mas como fazemos a 
autopesquisa para promover nosso autoconhecimento? A Autopesquisologia, uma das 
especialidades da Conscienciologia (nova ciência que estuda a consciência de modo integral), é a 
especialidade que se dedica a esta tarefa. É o que vamos aprofundar no próximo tópico. 
 
 
32 
 
 
 
 
1.3.3 Autopesquisa – primeiros passos 
 
A autopesquisa é uma metodologia conscienciológica. É o estudo de si mesmo, onde pesquisador 
é, simultaneamente, o investigador e o objeto de pesquisa analisado. Os primeiros passos são a 
identificação dos traços pessoais. Visando as autossuperações, é interessante identificar os traços 
mais marcantes e que mais incomodam (ex. timidez, rancor, carência, ansiedade, raiva). O 
entendimento do “problema” é essencial para a busca da autossuperação. Por isso precisamos 
estudá-lo sistematicamente, com metodologia científica. 
 
Qual a sua maior dificuldade pessoal? Quais características pessoais mais atrapalham a sua 
vida? 
 
Para realizar a autopesquisa, em primeiro lugar, está o pré-requisito da vontade, da perseverança, 
da dedicação. Fazer investimentos pessoais, reservando tempo pessoal para isso. Há cursos e 
livros específicos que orientam a autopesquisa para o autoconhecimento. Este curso se propõe a 
apresentar algumas técnicas. 
 
Reserve um tempo para estabelecer uma rotina de autopesquisa periodicamente. Pode ser diária 
ou semanal. Neste último caso, dedique-se à atenção dos pensamentos, sentimentos e 
comportamentos no seu cotidiano. Faça anotações para não esquecer o que for importante. Isto é 
fundamental à consolidação da autopercepção, da consciência de si mesmo. Além de liberar 
espaço mental para coisas mais importantes. Não há autopesquisa sem registros, do mesmo modo 
que não há qualquer pesquisa científica sem anotações exaustivas pelo pesquisador. 
 
Apresentamos abaixo alguns aspectos complementares importantes para o desenvolvimento da 
Inteligência Emocional. Para cada item, faça uma reflexão por escrito dos questionamentos 
 
Mais uma música. Relaxe amadurecendo esta ideia de se autodescobrir, escutando a bela e 
agradável música “Quem eu sou” (Sandy): https://www.youtube.com/watch?v=ohS88T7itWw 
 
 
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apresentados. São pontos importantes para o primeiro e mais importante atributo da Inteligência 
Emocional: o autoconhecimento. 
 
Influência da mesologia: tudo o que compôs a nossa formação. A genética pessoal, o ambiente 
onde crescemos, a família e demais pessoas que participaram do nosso desenvolvimento e a 
cultura do local são alguns exemplos. 
 
Qual a carga da genética familiar em sua personalidade e comportamentos? 
Quais as experiências de infância e adolescência que ainda comprometem a sua manifestação 
hoje? Há algum trauma que ainda lhe abale emocionalmente? 
Qual a influência da cultura do local em que você nasceu e cresceu em seus valores atuais? 
Ainda mantêm regras e crenças ultrapassadas, que não condizem mais com o seu mundo de hoje? 
 
Considerar as várias dimensões do Ser: físico, emocional, intelectual, espiritual. Não é fácil 
manter inteligência emocional se o corpo físico está doente. Por exemplo, se temos dor, fica difícil 
sentar e se concentrar para a autopesquisa, manter a calma ou a motivação. O desenvolvimento 
intelectual também é fundamental, pois a ampliação dos conhecimentos amplia nossa capacidade 
de entendimento das coisas e contribui para o autodiscernimento. Espiritualidade aqui, não deve 
ser confundida com religião. A inteligência emocional pressupõe total autorresponsabilização por 
si, sem terceirizar nenhuma conquista. E sem culpar qualquer “força” externa. 
 
Como você cuida da sua saúde física? Faz exercícios regularmente? Faz os checkups anuais? Tem 
alimentação saudável? Horas de sono suficientes? 
Como você desenvolve a sua intelectualidade? Quantos livros de bom nível, sem ser literatice, você 
leu, no último ano? Que outros lugares você já conheceu? Quanto sabe sobre a história da 
humanidade? 
Com relação à espiritualidade, você ainda espera que terceiros ou forças ocultas resolvam seus 
problemas? 
 
 
 
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Identificação de valores: os valores pessoais norteiam nossas escolhas e decisões na vida. É 
componente básico do autoconhecimento. Mais adiante aprofundaremos a identificação dos 
valores pessoais. 
 
Qual o seu valor pessoal mais significativo? Com base em qual valor você norteia sua vida e suas 
escolhas? Há algum valor especial ou você tem como propósito de vida meramente prazeres 
hedonísticos de vida boa? 
 
Identificação das prioridades: as prioridades decorrem de nossos traços, valores e necessidades. A 
clareza delas determina o que fazemos com nosso tempo e as conquistas que serão realizadas. 
 
Você tem clareza das suas prioridades na vida? Quais os seus objetivos prioritários? Com o que 
você ocupa mais o seu tempo? 
 
Auto-organização: este é um atributo fundamental ao desenvolvimento da inteligência emocional 
e para o alcance das metas traçadas para a nossa vida. 
 
Quais os seus métodos de organização das suas coisas e do seu tempo? 
A sua casa, os seus armários, os seus documentos estão bem organizados? 
Você acumula muitos objetos que não usa há mais de um ano? Qual a periodicidade de sua faxina? 
Doa as coisas que não utiliza mais? 
 
Interassistencialidade: significa nos ajudarmos mutuamente. Não podemos pensar somente no 
nosso próprio umbigo. Precisamos contribuir para uma sociedade mais justa. Ajudar outras 
pessoas em tudo que estiver ao nosso alcance. Isto é atitude de cidadania e também uma ação 
que nos desenvolve a espiritualidade. Não tenha dúvidas de que, fazendo assim, a primeira 
beneficiada é a própria pessoa que oferta assistência. Por isso penso que a palavra interassistência 
é mais adequada que “fazer assistência”. 
 
 
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Você presta algum tipo de ajuda a outras pessoas regularmente? Como trata os outros no dia a 
dia? Está sempre disponível paraajudar? Tem alguma atividade de voluntariado em instituições 
sem fins de lucro? 
 
Evitações: autocorrupções, autoculpas, ressentimentos. Este trio é, frequentemente, o sabotador 
de nós mesmos. A autocorrupção é quando fazemos algo que sabemos ser nocivo a nós mesmos 
ou aos outros. Erramos conscientemente. Um exemplo de autocorrupção clássica é a do 
pneumologista fumante. Hoje todos sabem o mal que é o cigarro, de maneira que fumar é atentar 
contra a própria vida. No entanto, existem várias outras modalidades de autocorrupções, mais 
sutis. 
 
A culpa também é algo que mina nossa Inteligência Emocional. Culpar-se não resolve o erro. 
Procure ver o que pode fazer para corrigir ou compensar. E se não pode fazer mais nada, cuide 
apenas para não errar novamente e seguir com a vida sem autoculpas ou autopunições. O mesmo 
vale para os ressentimentos, venenos que destroem o equilíbrio pessoal. O perdão é crucial para a 
saúde mental e emocional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quais as suas autocorrupções mais crassas? Quais as mais sutis? Quais comprometem a sua saúde 
física, mental, emocional, espiritual? 
Você ainda guarda culpas e ressentimentos? Por quem? Por quais motivos? Para quê? 
 
Ajuda profissional: Alguns traumas e características de temperamento mais recalcitrantes são 
mais difíceis de serem superados somente pelo esforço pessoal. Às vezes, é necessária a ajuda 
Depois de assistir ao vídeo, responda as perguntas abaixo, em seu caderno de autopesquisador, 
analógico ou virtual. 
Vídeo: Mantenha a forma 
https://www.youtube.com/watch?v=FMDJxXQpjxk&list=PLgzt6nsaX0xKu1N0ZpvygZ6e48BJWST
a9&index=14 
 
Com este vídeo podemos refletir sobre dois pontos mais relevantes, entre outros: o primeiro, o 
reconhecimento do quanto é difícil investirmos na saúde, seja ela física, mental ou emocional. 
Desapegar de velhos hábitos nocivos. E se as pessoas resistem aos cuidados do que é mais 
visível, ou seja, do corpo físico, imagine aquilo que é mais escondido, dentro da 
intraconsciencialidade? Outro ponto, que é fato: o descuido, os velhos hábitos, podem ser 
fatais para o corpo, ou para a alma. 
 
 
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profissional, um terapeuta holístico ou um Coach podem ajudar, mas a depender da gravidade da 
questão, pode ser necessário um psicólogo ou mesmo um psiquiatra. Há inúmeras alternativas, 
nas quais cada um pode buscar a cura naquilo com o que se identifica. Já se sabe, por exemplo, da 
medicina quântica, que investiga memórias profundas (celulares) em níveis de DNA – memórias 
que levam a comportamentos externos recorrentes, difíceis de modular. A ciência, hoje, nos oferta 
esta possibilidade: de ficar cara a cara com registros antigos, às vezes arcaicos, que nos levam a 
crenças limitantes e condicionamentos. Temos a chance de trazer para a consciência a gênese de 
certos condicionamentos destrutivos que, às vezes, remontam à vida intra-uterina ou mesmo pré-
conceptiva (Accioly, comunicação pessoal). Indicação de livro: “A Biologia da Crença Bruce Lipton.” 
 
Você já experimentou alguma psicoterapia ou terapia alternativa? Funcionou? Por que funcionou? 
Ainda precisa de ajuda? 
 
Agora que você já dedicou um tempo para exercitar seu autoconhecimento, vamos estudar um 
dos atributos mais almejados da inteligência emocional: o autocontrole! 
 
1.4 Autocontrole 
 
1.4.1 Definições 
 
O aumento do nível de autoconsciência é fundamental ao autocontrole. Aqui começamos a refletir 
no segundo atributo da Inteligência Emocional, também denominado autodomínio. Verifique em 
que fase você se enquadra: 
 
• Fase 1: Ser totalmente inconsciente do que fez (gritou e não percebeu). 
• Fase 2: Autopercebe (sabe que estava gritando mas não pode controlar). 
• Fase 3: Age. Da-se conta que está começando a se alterar (está percebendo que está 
começando a gritar). Nesta fase consegue deter-se. 
 
 
 
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Ter autocontrole ou autodomínio é ser capaz de suportar as tempestades emocionais que 
aparecem. É temperança. É ter equilíbrio e não reprimir-se. É necessária a atenção para não 
confundir resiliência e equilíbrio com repressão de emoções, esta pode adoecer uma pessoa. O 
autocontrole pressupõe equilíbrio, aceitação, compreensão. Muitas vezes, uma pessoa 
aparentemente calma está reprimindo um turbilhão de emoções e, se este é um comportamento 
constante, um dia estas emoções reprimidas vêm à tona de alguma maneira. Frequentemente, 
refletem-se na forma de doenças psicossomáticas. 
 
Características pessoais que qualificam e/ou ampliam o autocontrole: 
 
• Discernimento. Capacidade de entendimento, a partir da autocognição, criticidade e 
lucidez. 
• Confiabilidade. Integridade e sinceridade. Ser uma pessoa autêntica. 
• Iniciativa. Ser uma pessoa proativa, antecipar-se. 
• Responsabilidade, compromisso. Assumir responsabilidades, ter comprometimento com 
valores e prioridades. 
• Adaptabilidade. Desenvolver resiliência, ser persistente, ter capacidade de se adaptar às 
dificuldades. 
• Inovação. Desenvolver criatividade, ter abertismo para o novo. 
• Motivação para o sucesso. Querer efetivamente alcançar a autorrealização. 
• Otimismo. Postura íntima de esperar o melhor, de maneira lúcida, racional. 
 
Segue uma boa definição de prática de autocontrole: 
 
Teorema de Aristóteles: 
 “Qualquer um pode zangar-se, isso é fácil. Mas zangar-se: com a pessoa certa, na medida certa, 
na hora certa, pelo motivo certo e da maneira certa”. 
 
 
 
 
 
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Figura 5: Aristóteles. 
Descrição da imagem: foto de escultura do busto de Aristóteles. 
 
 
Detalhando: 
“Com a pessoa certa” - não descontar em outras pessoas o mal estar que outrem lhe causou. 
“Na medida certa” - não desenvolver reação desproporcional ao fato disparador do incômodo, 
desdramatizar. 
“Na hora certa” - falar no momento certo – às vezes tem que ser na hora, às vezes, melhor 
aguardar o momento mais apropriado. 
“Pelo motivo certo” – desenvolver reação correspondente ao fato em si e não por outro motivo. O 
descontrole porque o fato foi a gota d´água, é um exemplo que demonstra descontrole por motivo 
errado. 
“Da maneira certa” – usar as palavras, o tom e os argumentos adequados. 
 
Não é assim tão fácil. Mas seus investimentos devem trazer esta evolução. A técnica consiste em, 
na hora em que sentir o comportamento reativo, colocar-se, argumentar, desabafar, ponderar 
estes itens. 
 
Os maiores atributos que uma pessoa inteligente pode ter, devem funcionar de maneira 
integrada: vontade, discernimento e boa intenção. Não adianta vontade sem discernimento e boa 
intenção, sob pena de incorrer em erros crassos e prejuízos. Tampouco vale ter discernimento e 
não ter vontade de fazer nada ou ter má intenção. Vontade e discernimento sem boa intenção até 
um psicopata pode ter. Assim, vontade, autodiscernimento e intenção cosmoética (ética cósmica, 
multidimensional, mais ampla que a simples ética humana), são atributos que devem ser 
desenvolvidos por aquele que pretende ter inteligência emocional. 
 
 
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1.4.2 Um parêntese para a Psicologia 
 
É pertinente e esclarecedor tomarmos conhecimento de alguns conceitos interessantes e úteis da 
Psicologia: 
 
ID, Ego, Superego – Esta primeira tópica de Freud esclarece, de forma didática, que nosso ser 
apresenta diferentes facetas. O ID seria responsável pelos impulsos instintivos, nossa vontade 
crua, tendências, gostos. O Superego é nossa noção do correto, responsável pela nossa noção 
crítica, moral. O Ego é quem faz o equilíbrio entre o ID e o Superego. É uma maneira didática de 
nos entendermos, sendo útil em momentos de conflito íntimo, para ajudar nas necessidades de 
autorregulação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 6: ID, Ego e Superego. 
Descrição da imagem: três homens iguais, com roupas diferentes. O que 
representa o ID querendo brigar, com raiva, com o que representa o Superego, 
o Superego com postura de dono da verdade apontando o dedo parao ID, e o 
Ego entre os dois, tentando acalmá-los. 
 
 
Inconsciente, Pré-consciente, Consciente – O Consciente é tudo aquilo que está constantemente 
alerta em nossa consciência. O pré-consciente é tudo aquilo que pode ser acessado, caso nos 
esforcemos. O inconsciente não está acessível, somente podendo vir à tona sob condições 
específicas. Muitas coisas que nos prejudicam estão neste nível. Temos a tendência a bloquear 
todas as memórias que nos fazem mal e não conseguimos lidar. É o que jogamos para o 
inconsciente. 
 
É importante termos consciência de que há um universo de informações a nosso respeito em 
níveis que, normalmente, não conseguimos alcançar. Por exemplo, fatos que nos traumatizaram, 
 
 
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ou traços pessoais que não queremos reconhecer por algum motivo, medos ou limitações – 
positivos ou negativos – podem estar no inconsciente. A figura do iceberg ilustra bem a proporção 
destes componentes em nosso ser: o que está fora da água é o consciente, o subconsciente fica na 
faixa até onde a vista alcançaria, se estivéssemos na linha de nível do mar, próximos a poucos 
metros. E o inconsciente, como podem ver na figura, é todo o resto, ou seja, a maior parte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 7: Consciente, Pré-Consciente e Inconsciente. 
Descrição da imagem: Foto de um iceberg submerso, mostrando uma pequena 
porção fora da água e a maior proporção, submersa. 
 
A força dos pensamentos – Muitos já ouvimos falar, de diferentes maneiras, sobre a influência 
dos nossos próprios pensamentos na vida. A terapia dos esquemas (Young, 2008) explica como a 
ação de nossos pensamentos e crenças influenciam na visão que temos dos fatos e, 
consequentemente, no temperamento e no comportamento. O autocontrole também se relaciona 
à maneira como dominamos nossos pensamentos. Veja o vídeo científico e didático a seguir. 
 
 
 
 
 
Mecanismos de defesa do Ego – os mecanismos de defesa do ego são utilizados para nos proteger 
de sentimentos que nos fazem mal, atuando quando o ego não consegue equilibrar o Id e o 
superego. Atuam de maneira inconsciente. São exemplos: 
 
 Projeção: ocorre quando projetamos sobre outra pessoa uma dificuldade, característica, 
um problema que existe em nós mesmos. Ex.: Criticar uma pessoa por ser tagarela, quando 
nós mesmos somos tagarelas e não conseguimos enxergar e reconhecer. 
Vídeo: Pensamentos 
Entenda como a ciência explica a realidade do “poder do pensamento” 
https://www.youtube.com/watch?v=rfXMZk8GK3A&t=1s&list=PLgzt6nsaX0xKu1N0ZpvygZ6e48
BJWSTa9&index=27 
 
 
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 Sublimação: é o ato de substituirmos uma tendência pessoal negativa, ou que temos 
dificuldade em assumir, por uma postura ou atividade aceitável pela sociedade. Ex.: 
Substituir os instintos sexuais reprimidos por uma atividade artística como cantar. 
 Regressão: É o ato de regredir a posturas infantis diante de dificuldades em lidar com 
alguma situação. Ex.: Chorar e bater o pé diante de uma frustração. 
 Racionalização: Quando buscamos subterfúgios lógicos, mas que não são a verdadeira 
causa, para uma atitude ou problema pessoal. Ex.: Atrasar-se por uma hora para uma 
reunião e explicar que foi por causa do trânsito que, na verdade, só o atrasou em meia 
hora. A outra meia hora de atraso deveu-se, na verdade, ao fato de ter saído tarde de casa. 
 Negação: Não aceitar a realidade presente, claramente revelada pelos fatos. Ex.: A mãe 
adoradora do filho lascivo o defende como o melhor dos filhos. 
 
Vale a pena estudar a respeito dos MDE (Mecanismos de Defesa do Ego) e identificar quais 
mecanismos você utiliza para se defender das dificuldades pessoais. 
 
Você já refletiu sobre quais mecanismos utiliza na autodefensividade? Qual reação tem quando 
alguém lhe faz uma crítica? 
 
A Janela de Johari explica muito sobre as possíveis facetas que possuímos. Atente ao quadro e 
reflita sobre si mesmo. A janela de Johari é uma ferramenta conceitual, com objetivo de auxiliar 
no entendimento da comunicação interpessoal e nos relacionamentos com um grupo. 
 
 
 
 
Por hora, responda para si mesmo: 
 
Qual o seu eu oculto? Tem ciência de que existe o “eu desconhecido”, habitante do inconsciente? 
 
 
 
Para mais informações acesse https://pt.wikipedia.org/wiki/Janela_de_Johari. 
 
 
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Figura 8: Janela de Johari. 
Fonte: http://www.blogizazilli.com/conheca-a-ferramenta-janela-de-johari-e-use-a-a-seu-
favor/ 
Descrição da imagem: Janela com quatro quadrantes internos, ilustrando graficamente o 
“eu conhecido por você e pelos outros (Eu Aberto), o “eu conhecido por você e 
desconhecido pelos outros”(Eu oculto), o “eu desconhecido por você e conhecido pelos 
outros” (Eu cego) e o “eu desconhecido por você e pelos outros” (Eu desconhecido). 
 
1.4.3 Antivitimologia 
 
A antivitimologia é um assunto importantíssimo para o desenvolvimento do autocontrole, posto 
que a autovitimização é um dos traços pessoais que mais podem bloquear a inteligência 
emocional do indivíduo. O ser humano tem a tendência de autovitimizar-se, retirando de si 
mesmo a responsabilidade por seus atos e escolhas. É positivo e evolutivo evitarmos a 
autovitimização, assumindo a responsabilidade por nós mesmos. Somente assim podemos 
alcançar os objetivos desejados. 
 
“A autovitimização é postura contrária à condição de autoevolução. Quem 
se vitimiza, paralisa-se frente às frustrações, tropeços ou dificuldades da 
vida humana, permanecendo em postura egoica, passiva, acomodada, 
envolto em reclamações, lamúrias ou queixismos. Vitimizar-se é colocar a 
responsabilidade pelos problemas pessoais nos outros. Em outras palavras, 
a autovitimização paralisa a si mesmo e a própria evolução.” (Machado, 
2016). 
 
http://www.blogizazilli.com/conheca-a-ferramenta-janela-de-johari-e-use-a-a-seu-favor/
http://www.blogizazilli.com/conheca-a-ferramenta-janela-de-johari-e-use-a-a-seu-favor/
 
 
43 
Estratégias anticulpa: admitir e não errar novamente; assumir responsabilidades e manter-se 
firme; técnica do sobrepairamento analítico, ou seja, tentar ver de perspectiva externa; descartar 
a autoimagem idealizada – autorreconhecimento; descartar o mito da perfeição; saber receber. 
Observemos que, em 99% dos casos, a vítima tem algum grau de responsabilidade no que vivencia 
ou vivenciou. 
 
 
 
 
 
1.4.4 Autoestima 
 
Outro atributo crítico no desenvolvimento da inteligência emocional, e determinante para a 
antivitimização e autocontrole, é a autoestima, base da autoconfiança, da segurança pessoal e da 
assertividade. É resultante do somatório da mesologia ao funcionamento do ID-Ego-Superego e à 
Consciência (self, essência, espírito, alma). Muitas pessoas têm dificuldades com a autoestima e 
utilizam vários mecanismos de defesa, dificultando sua própria evolução pessoal. Algumas dicas 
para desenvolver uma autoestima saudável: 
 
• Autoconhecimento – reconhecer os valores pessoais, os pontos fortes e fracos. 
• Respeitar a si mesmo, inclusive seus limites. 
• Recusar a autoimagem idealizada, ou seja, não se permitir-se “falsificar” a si mesmo para 
ser apreciado, viver com autenticidade. Isso inclui valores como sinceridade, integridade. 
Não se trata de falar e fazer tudo o que quer, a todo o momento, mas sim da autenticidade 
ponderada, com discernimento. 
• Manter-se investindo no crescimento pessoal, na evolução consciencial. Evitar a “síndrome 
da Gabriela” (“Eu nasci assim, eu sou mesmo assim, vou ser sempre assim”). Ninguém é 
perfeito. Reconhecer o que precisa melhorar é um passo importante. O próximo é investir 
em superar as imaturidades, enquanto vai se aceitando intimamente. 
 
Veja agora trechos de um filme baseado na história real de um atleta que sofre um acidente e 
atravessa grandes superações íntimas e reformulações de vida – Assista ao filme e anote os três 
pontos mais significativos para você. Vídeo – Poder Além da Vida - 
https://www.youtube.com/watch?v=iDRYF-Mv6Ds 
 
 
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