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Disciplina: Direito Administrativo 
Professor: Jonatas Albino do Nascimento 
Direito Administrativo - Teoria 
Professor Jonatas Albino do Nascimento 
 
 
Prof. Jonatas Albino do Nascimento 2 de 23 
www.exponencialconcursos.com.br 
Sumário 
Atos Administrativos x Fatos Administrativos ...................................... 3 
Noções Introdutórias ........................................................................... 3 
Elementos do Ato Administrativo ......................................................... 4 
Competência ........................................................................................ 5 
Finalidade .......................................................................................... 10 
Forma ................................................................................................ 12 
Motivo ................................................................................................ 13 
Objeto ................................................................................................ 16 
Mérito Administrativo ........................................................................ 16 
Atributos dos Atos Administrativos .................................................... 18 
Presunção de Legitimidade e de Veracidade ...................................... 18 
Imperatividade .................................................................................. 19 
Autoexecutoriedade ........................................................................... 20 
Tipicidade .......................................................................................... 22 
 
E para facilitar sua referência, abaixo as esquematizações disponíveis: 
 
Esquema 1 – Fatos jurídicos ........................................................................................ 3 
Esquema 2 – Atos da administração............................................................................. 4 
Esquema 3 – Elementos dos atos administrativos ........................................................ 5 
Esquema 4 – Competência ........................................................................................... 6 
Esquema 5 – Competência - características ................................................................. 7 
Esquema 6 – Delegação x avocação ............................................................................. 8 
Esquema 7 – Vícios de competência ............................................................................. 9 
Esquema 8 – Finalidade ............................................................................................ 11 
Esquema 9 – Forma ................................................................................................... 12 
Esquema 10 – Motivo ................................................................................................. 14 
Esquema 11 – Teoria dos motivos determinantes ...................................................... 15 
Esquema 12 – Vício insanável .................................................................................... 16 
Esquema 13 – Mérito administrativo .......................................................................... 17 
Esquema 14 – Presunção de legitimidade e veracidade ............................................. 19 
Esquema 15 – Imperatividade ................................................................................... 20 
Esquema 16 – Executoriedade ................................................................................... 20 
Esquema 17 – Autoexecutoriedade ............................................................................ 21 
Esquema 18 – Tipicidade ........................................................................................... 22 
 
 
Direito Administrativo - Teoria 
Professor Jonatas Albino do Nascimento 
 
 
Prof. Jonatas Albino do Nascimento 3 de 23 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 
 Primeiramente, devemos entender que ato administrativo é uma 
espécie do gênero ato jurídico. Estes, por sua vez, são espécies do gênero fato 
jurídico em sentido amplo. Vejamos um esquema para facilitar: 
 
Esquema 1 – Fatos jurídicos 
 O esquema acima não está completo porque estamos interessados 
apenas nos atos administrativos, não sendo necessário abordar outras 
espécies. 
 O gênero atos jurídicos pode ser definido como a manifestação unilateral 
de vontade com finalidade de produzir determinada alteração no mundo jurídico. 
Notem que o vocábulo unilateral exclui os contratos como atos jurídicos, já que 
são bilaterais (duas vontades). 
 Assim, podemos definir os atos administrativos como os atos 
jurídicos realizados pela Administração Pública e particulares 
delegatários sob regime de direito público, cuja finalidade é a produção 
de efeitos jurídicos imediatos em conformidade com o interesse 
público. 
 Quando a Administração atua desprovida de suas prerrogativas, sob 
regime de direito privado, tais atos não são tidos como atos administrativos, 
mas sim como atos da administração, conceito mais amplo que contém todos 
os atos praticados pela Administração. 
 Em tal conceito estão incluídos os atos administrativos (definidos 
anteriormente), os atos da Administração Pública regidos pelo direito 
privado e os chamados atos materiais, que correspondem aos atos de mera 
execução de determinadas atividades. 
Fatos Jurídicos
(sentido amplo)
Fatos Jurídicos 
(sentido estrito)
Atos Jurídicos
Atos 
Administrativos
Atos Administrativos x Fatos Administrativos 
Noções Introdutórias 
Direito Administrativo - Teoria 
Professor Jonatas Albino do Nascimento 
 
 
Prof. Jonatas Albino do Nascimento 4 de 23 
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Esquema 2 – Atos da administração 
 
 (CESPE / Auditor de Controle Externo / TCE-PA / 2016) 
Acerca dos atos administrativos, julgue o item subsequente. 
O conceito de ato administrativo é praticamente o mesmo de ato jurídico, 
diferindo o primeiro do segundo por ser aquele uma categoria informada pela 
administração de áreas meio. 
Comentários. 
Afirmativa incorreta. Atos administrativos podem ser considerados espécie do 
gênero atos jurídicos. Não se confundem, pois os atos administrativos são 
emanados pelo Poder Público, estando, portanto, submetidos a regime jurídico 
de direito público. 
Gabarito: Errado. 
 
Ademais, os atos administrativos estão presente tanto nas áreas meio como nas 
áreas fim, pois são a forma de a administração por em prática as ordens de suas 
entidades, órgãos e agentes. 
 É importante não confundir o conceito de ato com fato administrativo. 
Este último (ato material) é a materialização do primeiro. Por exemplo, o ato 
que solicita a desocupação de um terreno público tem como resultado (fato) a 
desocupação em si. 
 
 
 São cinco os elementos dos atos administrativo: competência, 
finalidade, forma, motivo e objeto. Vamos analisar cada um deles em 
seguida. 
Atos da 
Adminstração
Atos 
Administrativos
Atos da APU 
regidos pelo 
direito privado
Atos materiais
Elementos do Ato Administrativo 
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Esquema 3 – Elementos dos atos administrativos 
 
 (CESPE / Auditor de Controle Externo / TCE-PA / 2016) 
Com relação aos atos administrativos e suas classificações, julgue o item 
seguinte. 
Motivação, finalidade, competência, forma e objeto constituem elementos 
obrigatórios do ato administrativo e requisitos de validade da sua prática, de 
modo que a ausência de qualquer um desses elementos implica a nulidade do 
ato praticado. 
Comentários. 
Afirmativa incorreta. Trata-se de uma pegadinha em que o examinador colocou 
motivação no lugar de motivo. 
Não podemos confundir o conceito de motivo com motivação. A motivação 
corresponde a exposição dos motivos que justificarama realização de um ato. 
Todo ato administrativo possui motivo, mas nem todos têm motivação. 
Gabarito: Errado. 
 
 
 Podemos definir competência como o conjunto de atribuições 
definidas no ordenamento jurídico para os órgãos, entidades e agentes 
públicos, com o objetivo de possibilitar o desempenho de suas funções. 
Falando de forma mais simples, competência é definir quem faz o quê. 
 Notem que a definição da competência ao longo de toda a cadeia da 
Administração Pública é crucial para a sua organização. Sem a clara definição 
das competências, teríamos uma verdadeira anarquia institucional. 
 Geralmente, são adotados diversos critérios para a definição de 
competência. Por exemplo, quem fiscaliza a cobrança dos tributos federais no 
Estado de São Paulo certamente é uma unidade federal localizada nessa mesma 
Elementos dos atos 
administrativos
Competência Finalidade Forma Motivo Objeto
Competência 
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região. Nesse caso, estamos vendo uma aplicação de critério territorial, que 
é amplamente adotado na Administração. 
Seguindo o raciocínio do parágrafo anterior, imagine que, para uma maior 
qualidade dos trabalhos, seja feita uma divisão onde determinada UA (unidade 
administrativa) fiscaliza as contribuições previdenciárias enquanto outra 
fiscaliza os demais tributos federais. Nesse caso, estariámos diante do critério 
de matéria. 
Outro caso é a a possibilidade de um órgão especializado julgar recursos 
administrativos em última instância de autos de infração aplicados por outras 
UAs. Este seria o critério hierárquico. 
A lista acima é meramente exemplificativa, sendo possível a adoção de diversos 
outros critérios pela Administração Pública. 
Quando a competência é originada das leis ou da própria CF/88, dizemos 
que a competência é originária. Já nos demais casos, a competência é dita 
secundária. 
 
Esquema 4 – Competência 
 
 A competência é irrenunciável (inderrogável), pois o agente não pode, 
ainda que voluntariamente, abrir mão da mesma. Quando um agente delega a 
competência para se realizar determinada atividade, tal delegação é sempre 
precária já que o agente delegante (quem possui a competéncia definida nas 
leis) pode a qualquer tempo retirar a delegação. Por isso, dizemos que a 
competência é intransferível, pois a titularidade continua com a autoridade 
delegante. 
 Apesar de ser intransferível, o agente delegado (quem recebeu a 
delegação) age em nome próprio e responde por suas decisões. Já o agente 
delegante não responde pelos atos praticados pelo delegado. 
 
Competência definida por leis Originária
Demais casos Secundária
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Não pode o agente ser furtar a exercê-la quando a lei expressamente 
determine que deve atuar. É um verdadeiro poder-dever de caráter 
obrigatório. A competência não é extinta pelo decurso do tempo nem pela falta 
do seu exercício, sendo por isso imprescritível. 
 A competência é também imodificável pela vontade do agente. Isso 
decorre de tal elemento estar estabelecido em lei e ser sempre vinculado 
(veremos isso adiante). A ideia é: se a lei atribui a competência, só idêntico 
instituto pode modificá-la. 
 
Esquema 5 – Competência - características 
 
Parte da doutrina entende que a competência é também improrrogável, pois 
a mera prática do ato pelo agente ou órgão incompetente não o torna 
competente nem prorroga sua competência, salvo expressa previsão na 
legislação. 
A delegação de competência é tipicamente um ato discricionário e 
geralmente é feita entre órgãos/agentes subordinados. Entretanto é possível 
a delegação entre órgãos não subordinados (Lei nº 9.784/99). 
Diferentemente da delegação, a avocação não pode ser realizada entre 
órgãos/agentes não subordinados uns aos outros. A avocação é medida 
excepcional e deve sempre ser temporária. 
 
Características da Competência
imodificável irrenunciável obrigatória intransferível imprescritível
 Jurisprudência do STF 
Segundo o STF, o foro da autoridade delegante não se transmite 
à autoridade delegada. Com isso, o eventual mandado de segurança 
ou medida judicial deverá ser impetrado de acordo com o foro da 
autoridade delegada (para quem foi delegada a atribuição). Sumula 510. 
AgR 24.732/DF. 
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Esquema 6 – Delegação x avocação 
 
 A violação ao elemento competência gera o que a doutrina chama de 
vício de competência, cujos principais detalhes estão expostos abaixo: 
 
 Usurpação de Função 
Em tal situação, uma pessoa exerce atribuições de agentes públicos sem 
ter tal condição. Tal conduta é inclusive tipificada como crime (Código Penal, 
art. 328). O ato praticado com tal vício não pode ser convalidado, pois é tido 
como ato inexistente (nulo). Imagine que um cidadão, sem qualquer vínculo 
com a Administração, emita um laudo atestando a possibilidade de 
funcionamento de um estabelecimento comercial. Em tal situação, a pessoa está 
claramente usurpando (“roubando”) as prerrogativas de um agente publico. 
 
 Excesso de poder 
Nessa situação o agente público atua além da sua competência, adotando 
medidas que não poderia tomar no caso concreto. É uma espécie de abuso de 
poder. Em certas situações, tal vício pode ser sanado por meio da 
convalidação, conforme explicaremos adiante. 
Vamos imaginar que, em um procedimento de diligência, um fiscal verifique 
uma irregularidade. A sanção seria a aplicação de uma multa, mas o fiscal aplica 
outra penalidade como, por exemplo, interditando o estabelecimento, não 
previsto nas competências da função que exerce. Nitidamente está agindo com 
excesso de poder. 
 
 Função de fato 
Nesse caso, o agente público está irregulamente investido na função 
pública. Por exemplo, uma mulher aos 17 anos toma posse em cargo público 
cuja lei estabeleça como requisito a idade mínima de 18 anos. Nesse caso os 
atos praticados devem ser considerados válidos se houver boa-fé do 
administrado. Isso se deve pela teoria da aparência, já que seria 
Delegação
• tipicamente ato 
discricionário
• é possível entre orgãos 
não subordinados
Avocação
• medida excepcional
• sempre temporária
• não pode ser realizada 
entre órgãos não 
subordinados
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praticamente impossível o administrado descobrir que o agente está 
irregularmente investido. O que ocorreu foi que a Administração Pública falhou 
ao permitir que tal situação ocorresse, não podendo o onus de tal irregularidade 
cair sobre o cidadão. 
 
Esquema 7 – Vícios de competência 
 
 (FCC / Defensor Público / DPE-CE / 2014) 
No que tange à competência como elemento ou requisito dos atos 
administrativos, 
 a) ao contrário dos atos praticados na vida civil, a incapacidade absoluta do 
agente nem sempre leva à nulidade do ato administrativo. 
 b) a delegação de competência deve ser feita sempre por norma legal de 
mesma hierarquia da que estabeleceu a regra de competência. 
 c) ato administrativo ampliativo de direitos, que tenha sido praticado por 
usurpador de função, pode ser convalidado pela autoridade competente, em 
face do princípio da segurança jurídica. 
 d) não pode atuar em processo administrativo, por ser considerado suspeito, o 
agente que tenha interesse direto ou indireto na matéria a ser decidida. 
Vícios de 
competência
Usurpação
de função
Não tem competência para 
praticar o ato
Ato inexistente
Excessode 
Poder
Atuou além da sua competência
Passível de convalidação
Função de 
Fato
Agente irregularmente 
investido
Atos válidos, se o 
administrado agir de boa-fé
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 e) em caso de anulação de concurso público, os atos praticados pelos agentes 
irregularmente empossados em cargo público são nulos de pleno direito. 
Comentários. 
A alternativa correta é a letra A. o vício de competência poderá ser convalidado 
por ato expedido pela autoridade competente para a prática do ato a ser 
convalidado. No entanto, esse procedimento não se aplica quando a lei previr a 
competência do ato como exclusiva. 
A alternativa B é incorreta, pois a competência é originalmente prevista em lei, 
podendo ser delegada por meio de ato administrativo, quando não tiver sido 
prevista como exclusiva. 
A alternativa C é incorreta, pois o ato praticado pelo usurpador de função é 
inexistente, não sendo possível, portanto, convalidar algo que não existe. 
A alternativa D é incorreta, pois se trata de hipótese de impedimento, não de 
suspeição. 
Art. 18. É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou 
autoridade que: 
I - tenha interesse direto ou indireto na matéria; 
II - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou 
representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro 
ou parente e afins até o terceiro grau; 
III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou 
respectivo cônjuge ou companheiro. 
No caso da alternativa E os atos serão válidos, sendo resguardados os direitos 
de terceiros de boa-fé, uma vez que não se pode prejudicar o administrado por 
conduta viciada do Poder Público (posse proveniente de concurso irregular). 
Gabarito: A. 
 
 
 A finalidade dos atos administrativos é a satisfação do interesse 
público. Porém, há uma finalidade específica para cada ato administrativo 
praticado. 
 Temos então o seguinte: todo ato administrativo regulamente praticado 
tem como finalidade geral (ou mediata) a satisfação do interesse 
Finalidade 
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público. Há, entretanto, uma finalidade específica (ou imediata) para 
cada ato administrativo e corresponde ao resultado que se espera que 
seja alcançado naquele ato. Entenderam o conceito? 
 Os vícios no elemento finalidade podem ocorrer de duas formas. Na 
primeria, o ato é praticado com finalidade diversa da especificada na lei. 
Por exemplo, um servidor é removido para exercer suas funções em local 300 
km distante de onde originalmente trabalhava, a título de punição. É possível, 
que haja interesse público que fundamente eventual situação, porém a lei não 
preve essa medida como punição ou sanção a servidor. Portanto o ato praticado 
teria um revestimento legal, uma vez que previsto em lei e praticado por 
autoridade competente, porém a finalidade seria diversa da prevista em lei. 
 A segunda hipótese de desvio de finalidade é que o ato seja praticado 
na busca de realização do interesse particular, e não do interesse 
público. Por exemplo, a contratação de servidores para cargos em comissão 
em que não haja efetivamente a necessidade de tais agentes, mas o governante 
opte por fazer tal ato porque um grande amigo do parlamentar fulano de tal 
está desempregado. Ainda bem que sabemos que isso nunca acontece no 
Brasil... 
 Independente de como ocorrer, o vício no elemento finalidade não 
pode ser sanado através da convalidação. 
 
Esquema 8 – Finalidade 
 (CESPE / Técnico Judiciário / STM / 2018) 
Acerca do direito administrativo, dos atos administrativos e dos agentes 
públicos, julgue o item a seguir. 
Finalidade 
Geral
Interesse
público
Específica
Objetivo 
imediato
daquele ato
Vício não pode ser 
convalidado
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A finalidade que um ato administrativo deve alcançar é determinada pela lei, 
inexistindo, nesse aspecto, liberdade de opção para a autoridade administrativa. 
Comentários. 
Afirmativa correta. A finalidade é um elemento vinculado do ato administrativo, 
assim como a competência e a forma, não havendo liberdade de escolha do 
agente público quando a esses elementos. 
Gabarito: Certo. 
 
 
 A forma, no direito administrativo, é geralmente interpretada como o 
modo de exteriorizar os atos administrativos. Em provas de concursos públicos 
esse é o significato mais adotado. 
 Já numa abordagem mais doutrinária (que hoje também é cobrada nos 
concursos para a área fiscal), a forma no seu aspecto restrito é a 
exteriorização dos atos administrativos. Já o conceito de forma, em sua 
vertente ampla, representa todas as formalidades necessárias na 
execução dos atos administrativos. 
A interpretação restrita olha a forma sob o aspecto estático, pois aborda o ato 
já formado. A interpretação ampla analisa a forma sob o aspecto dinâmico, 
pois contém todo o processo de formação dos atos administrativos. 
 
Esquema 9 – Forma 
 
Em regra, no direito público é adotado o formalismo moderado, o que significa 
que os atos devem ser ao menos escritos. No âmbito federal, a Lei nº 
9.784/99, disciplina os processos administrativos federais e estabelece o 
seguinte no seu artigo 22. 
Conceito Restrito
Exterioração do 
ato final
Aspecto 
estático
Conceito Amplo
Todo o 
procedimento de 
formação do ato
Aspecto 
dinâmico
Forma 
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“Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma 
determinada senão quando a lei expressamente a exigir.” 
 
Os vícios verificados na forma podem ser convalidados, em regra. Podemos 
citar, como exemplo de vício no elemento forma, a ausência da motivação 
quando esta for definida na lei como obrigatória. 
 (VUNESP / Investigardor de Polícia / PC-BA / 2018) 
Ao negar pedido de um cidadão para ter acesso aos dados estatísticos sobre os 
crimes violentos cometidos no âmbito estadual no último ano, a autoridade 
administrativa não indicou qualquer fato ou fundamento jurídico para embasar 
sua decisão, embora a lei exigisse que essa indicação fosse expressa. Nesse 
caso, considerando que apesar da ausência de indicação os fatos e os 
fundamentos jurídicos para a denegação do pedido existiam e eram válidos, é 
correto afirmar que o ato administrativo em questão possui vício de 
 a) forma. 
 b) finalidade. 
 c) motivo. 
 d) objeto. 
 e) competência. 
Comentários. 
A alternativa correta é a letra A. O foco aqui é a imposição da lei de que deve 
constar na prática do ato os fundamentos de fato e de direito. Perceba que o 
vício no elemento motivo seria a sua inexistência de fato ou de direito. Trata-se 
de uma pegadinha do examinador que pode pegar o candidato que estiver na 
“correria”. 
Gabarito: A. 
 
 
 Conforme explicamos em aula anterior, o motivo corresponde aos 
pressupostos de direito e de fato que dão origem aos atos 
administrativos. 
• De direito: por que a lei deve estabelecer a situação que enseja a 
execução do ato. 
• De fato: quando ocorre a situação efetiva no mundo dos fatos que 
justifica a prática do ato. 
Motivo 
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Esquema 10 – Motivo 
 
 Vamos a um exemplo. Suponhamos que o Banco Central estabeleça que 
todos o recintos bancários devem dispor de ferramentas de inspeção não 
invasiva, o escaner,para que todas as barras de ouro sejam escaneados ao 
entrar ou sair de um banco. Pensemos também que a legislacão preveja que no 
caso de inoperância de tais equipamentos as cargas devem ficar armazenadas 
no banco até que o escaner volte a funcionar. No caso de um banco sofrer uma 
pane no equipamento, devido a uma descarga elétrica, a previsão de que as 
barras de ouro devem ficar no aguardo do conserto do aparelho é o motivo de 
direito. O fato do equipamento ter quebrado é o motivo de fato. 
 Não podemos confundir o conceito de motivo com motivação. A 
motivação corresponde a exposição dos motivos que justificaram a 
realização de um ato. Todo ato administrativo possui motivo, mas nem todos 
têm motivação. 
 A doutrina não apresenta uniformidade no entendimento de terem os atos 
administrativos a necessidade de serem motivados. Entretanto, a Lei nº 
9.784/99, que trata do processo administrativo no âmbito federal, determina 
que: 
“Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação 
dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: 
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; 
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; 
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção 
pública; 
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; 
V - decidam recursos administrativos; 
VI - decorram de reexame de ofício; 
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem 
de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; 
Motivo
de direito
Previsão legal
abstrata
de fato
Ocorrência da 
situação prevista
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VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato 
administrativo.” 
 
 Assim, na esfera federal, diversos atos devem ser motivados. A 
CF/88, entretanto, apenas determinou a motivação das decisões 
administrativas dos Tribunais e do Ministério Público (CF/88, art. 93, X e 
art. 129, §4º). 
 Há a possibilidade de em um determinado ato ou decisão 
administrativa ser referenciado um motivo exposto em outro 
documento/processo, a chamada motivação aliunde (“de outro lugar”). Tal 
formalidade é tida como válida no nosso ordenamento jurídico. 
 Ainda, a lista trazida no artigo 50 acima transcrito é exemplificativa. 
 
✓ Teoria dos Motivos Determinantes 
 Todos os atos têm motivo, mas não necessariamente motivação (salvo 
os casos em que a lei expressamente determina que sejam expostos os motivos 
da sua prática). Essa é a regra geral. Entretanto, caso um ato que não precise 
ser expressamente motivado o faça, tal ato ficará vinculado ao motivo 
exposto. A implicação disso é que caso tal motivo seja declarado inválido 
o ato também o será. Essa é a chamada teoria dos motivos determinantes. 
 
Esquema 11 – Teoria dos motivos determinantes 
 
 Imaginemos o caso peculiar de um ato que tenha vários motivos, todos 
expressos quando da sua prática. Caso um desse motivos seja declarado nulo, 
o ato também o será? O entendimento vigente é que não. Nesse caso, como 
outros motivo válidos ainda subsistem, o ato não dever ser declarado nulo, 
existindo inclusive julgados do STJ nesse sentido. 
Teoria dos Motivos Determinantes
Ao declarar expressamente os motivos de um ato, o mesmo fica 
vinculado aos motivos expostos; ainda que tal divulgação não seja 
obrigatória por lei
Se o motivo declarado for inválido ou inexistente o ato também deve ser 
anulado
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 (CESPE / Oficial de Inteligência / ABIN / 2018) 
No que se refere a atos administrativos, julgue os itens que se seguem. 
A inexistência do motivo no ato administrativo vinculado configura vício 
insanável, devido ao fato de, nesse caso, o interesse público determinar a 
indicação de finalidade. 
Comentários. 
Afirmativa correta. Trata-se da teoria dos motivos determinantes. Todos os atos 
têm motivo, mas não necessariamente motivação (salvo os casos em que a lei 
expressamente determina que sejam expostos os motivos da sua prática). Essa 
é a regra geral. Entretanto, caso um ato que não precise ser expressamente 
motivado o faça, tal ato ficará vinculado ao motivo exposto. A implicação 
disso é que caso tal motivo seja declarado inválido o ato também o será. 
Essa é a chamada teoria dos motivos determinantes. 
Gabarito: Certo. 
 
 
 Podemos definir objeto como o próprio conteúdo material do ato 
administrativo ou como a alteração no mundo jurídico que o ato provoca 
(efeito jurídico imediato). 
 Por exemplo, no caso de concessão de um alvará de funcionamento para 
um restaurante, o objeto é a prórpria concessão da licença. Fácil, não? 
 O vício verificado no elemento objeto é insanável, pois se o conteúdo 
do ato é inválido não é possível convalidá-lo, uma vez que o objeto é próprio 
efeito externo do ato administrativo. 
 
Esquema 12 – Vício insanável 
 
 
 Ja estudamos esse conceito em aula anterior. O mérito administrativo é 
o grau de valoração de que dispöe o agente público ao executar certo atos 
administrativos (atos discricionários). Está associado ao juízo de conveniência e 
oportunidade na prática de tais atos. 
Conteúdo 
material
Efeito Jurídico 
imediato
Vício
INSANÁVEL
Objeto 
Mérito Administrativo 
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 O mérito administrativo é formado pelos elementos motivo e 
objeto. O motivo é o que justifica a prática do ato; e o objeto é o próprio 
conteúdo do ato. É fácil perceber a relação de causa e efeito entre um 
elemento e o outro: se, numa dada situação, o administrador puder escolher 
o motivo, obviamente o objeto acabará ocorrendo de acordo com o motivo 
escolhido. 
 
 
Esquema 13 – Mérito administrativo 
 
 O Poder Judiciário não pode avaliar o mérito administrativo. Essa 
análise é privativa da própria Adminsitração Pública. Mas isso não quer dizer 
que o atos discricionários estejam livres do controle do Judiciário. Já estudamos 
que os atos são formados por cinco elementos: competência, finalidade, forma, 
motivo e objeto. Os três primeiros são sempre vinculados e podem ser avaliados 
pelo Judiciário. 
 Os elementos discricionários dos atos administrativos (motivo e objeto), 
que formam o mérito administrativo, podem passar pelo controle do Judiciário. 
Por exemplo, imagine que a APU possa escolher entre o motivo 1 e o motivo 2, 
que têm como consequência a realização dos objetos 1 e objeto 2, 
respectivamente. Se a Adminsitração utilizar um outro motivo, diferente dos 
motivos 1 e 2 previstos em lei, o Judiciário pode agir e anular o ato. 
 Notem que não está ocorrendo a análise do mérito administrativo, pois 
se a Adminsitração escolhesse qualquer um dos dois motivos previstos em lei 
(motivos 1 e 2), o Judiciário não poderia interferir. Entretanto, como a 
Adminsitração escolheu um motivo estranho e fora do mérito administrativo, o 
Judiciário deve atuar. 
Em resumo, tenha em mente que, em relação aos atos discricionários, o Poder 
Judiciário poderá analisar a legalidade do ato, tendo como possível consequência 
sua anulação. Não poderá discutir o mérito administrativo. 
 A revogação é a possibilidade de que dispõe a Administração de retirar 
do mundo jurídico seus próprios atos, sem a necessidade de recorrer ao 
Judiciário (com base no princípio da autotutela). A revogação é a retirada do 
mundo jurídico de atos válidos, mas que porventura se tornaram 
inconvenientes. 
Mérito 
Administrativo
Motivo
Objeto
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 Como a revogação é originada do mérito administrativo, e não da 
verificação de irregularidade, os seus efeitos jurídicos são sempre ex nunc, 
ou seja, diferentemente da anulação, não retroagem, produzindo efeitos 
apenas a partir da revogação. 
 Essa regra do que é ou não mérito administrativo nem sempre é clara! 
Por exemplo, nas demandas que envolvam discussão acerca de concurso 
público, é vedada, em regra, a apreciação pelo Poder Judiciário dos critérios 
utilizados pela banca examinadora para a formulação de questões e atribuição 
de notas a candidatos. A jurisprudência do STF entende que a análise de tais 
questões poderia representar uma invasão do mérito administrativo. 
 Ressalte-se ainda que, conforme reconhecido pela doutrina e 
jurisprudência, a Administração Pública, com base no princípio da autotutela, 
poderá anular seus próprios atos, quando eivados de vício. 
 (QUADRIX / Assistente Administrativo / CRN2 / 2020) 
Atos administrativos são atos jurídicos que constituem manifestações unilaterais 
de vontade. A respeito dos atos administrativos, julgue o item. 
A possibilidade de a Administração rever seus próprios atos, por razões de 
oportunidade e conveniência, consiste em expressão do princípio da autotutela. 
Comentários. 
Afirmativa correta, baseando a revisão dos atos administrativos no princípio da 
autotutela. 
Gabarito: Certo. 
 
 
 Atributos dos atos administrativo são características específicas desses 
atos sem as quais não seria possível alcançar os fins almejados pela 
Administração Pública. A doutrina não é uniforme ao listar tais atributos e por 
isso usaremos a abordagem mais adotada pela doutrina e principalmente pelas 
bancas de concursos públicos. 
 
 
 A presunção de legitimidade ou legalidade está ligada à presunção 
relativa de que gozam todos os atos administrativos. De acordo com este 
atributo, os atos administrativos, a princípio, foram praticados de acordo 
com a lei, sendo, portanto, legítimos. 
 Já a presunção de veracidade nos informa que os atos administrativos 
trazem informações condizentes com os fatos, portanto verdadeiras. 
Atributos dos Atos Administrativos 
Presunção de Legitimidade e de Veracidade 
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 Dizemos que essas presunções são relativas (juris tantum), porque é 
possível que o administrado prove que o ato foi praticado em 
desconformidade com o prescrito na lei ou traz informações errôneas. 
 Como consequência da presunção da legitimidade e da veracidade, há 
a inversão do ônus da prova. No direito privado, quem acusa deve provar 
que a outra parte agiu de forma ilegal. No caso dos atos administrativos, o ônus 
é do administrado, que é a quem a Administração Pública imputou a 
prática do ato. O administrado precisa, em regra, provar que a situação não 
ocorreu como o descrito pelos agente públicos. Aqui, quem deve provar é o 
acusado e não o acusador. Essa é a regra geral, mas não absoluta, já que 
existem situações em que a própria Administração Pública deve provar que a 
conduta do administrado se deu como relatado. 
 
 
Esquema 14 – Presunção de legitimidade e veracidade 
 
 
 O conceito de imperatividade está associado à capacidade que tem a 
Administração Pública de impor coercitivamente aos administrados os 
seus atos. É decorrência do poder extroverso do Estado de impor 
obrigações e restrições aos cidadãos ou entidades, com base nos princípios 
da supremacia do interesse público e da indisponibilidade do interesse público. 
 Esse atributo nem sempre está presente nos atos administrativos. Um 
exemplo são os atos enunciativos, que não geram obrigações ou restrições ao 
administrado e, por esse motivo, não gozam de imperatividade. 
Presunção de legitimidade e de veracidade dos atos 
administrativos
Presunção de 
veracidade/ 
legitimidade das 
alegações da 
Administração
Relativa (juris 
tantum)
Inversão do ônus 
da prova
Imperatividade 
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Esquema 15 – Imperatividade 
 
 
 A autoexecutoriedade representa a possibilidade de a Administração 
Pública executar diretamente seus atos sem necessidade de recorrer ao 
Poder Judiciário. Por exemplo, um fiscal que realiza diligência em que sejam 
encontradas provas de fraude deve realizar a apreensão de tais documentos. 
 Assim como a imperatividade, nem todo ato possui tal atributo. 
Segundo a Professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, esse atributo está 
presente nas seguintes situações: 
 Estiver expressamente previsto em lei; e 
 Se tratar de medida urgente, cuja demora na implementação possa 
gerar prejuízo ao interesse público. 
 
Esquema 16 – Executoriedade 
 
Regra geral, quando estivermos diante de atos com características de execução, 
o atributo de autoexecutoriedade estará presente. Podemos dizer que a 
autoexecutorieade é a regra e a necessidade de apelo ao Judiciário a 
exceção. 
Imperatividade
Capacidade da Administração Pública de impor coercitivamente seus 
atos
Decorrência do poder extroverso
Impõe obrigações e restrições aos administrados
Situações onde há 
Executoriedade
Expressamente previstos em 
lei
Urgência quando a demora 
possa gerar prejuízo ao 
interesse público
Autoexecutoriedade 
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 É muito importante entender que a possibilidade de executar diretamente 
os seu atos, sem a participação do Judiciário, em nada impede que o 
administrado que se achar prejudicado venha a recorrer ao Poder Judiciário 
(princípio da inafestabilidad da jurisdição, previsto na CF/88). 
 Outro ponto de atenção é que o Professor Celso Antônio Bandeira de 
Mello considera que no lugar do atributo da autoexecutoriedade existem dois 
outros atributos: exigibilidade e executoriedade. 
 A exigibilidade corresponde à obrigação do administrado de cumprir 
o ato. Já a executoriedade está associada à capacidade da Administração 
Pública executar o ato. Notem que os dois atributos estão contidos na 
autoexecutoriedade. 
 
Esquema 17 – Autoexecutoriedade 
 (FGV / Técnico Superior / Especializado / DPE-RJ / 
2019) 
Joaquim construiu irregularmente, sem obter qualquer licença para tal e ao 
arrepio dos ditames legais sobre a matéria, um muro que se iniciou nos limites 
de sua propriedade e se estendeu para a calçada, ocupando parte de área 
pública, com risco iminente de desabamento e dificultando o tráfego de 
pedestres. O poder público municipal, com as formalidades legais, utilizando 
sua prerrogativa de direito público que, calcada na lei, lhe autoriza a restringir 
o uso e o gozo da propriedade privada em favor do interesse da coletividade, 
determinou a demolição da obra. O poder administrativo que fundamentou a 
demolição e o atributo do ato administrativo que fez valer tal decisão sem 
necessidade de prévia intervenção do Poder Judiciário, são denominados, 
respectivamente 
 a) normativo e coercitibilidade. 
 b) disciplinar e autoaplicabilidade. 
 c) de polícia e autoexecutoriedade. 
 d) sancionatório e imperatividade 
 e) de hierarquia e impositividade. 
Comentários. 
Autoexecutoriedad
e
Executoriedade
Administração 
Pública pode 
executar seus 
próprio atos
Exigibilidade
O particular é obrigado 
a cumprir o solicitado 
pela Administração 
Pública
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A alternativa correta é a letar C. Em relação ao poder administrativo,temos 
uma clara manifestação da administração pública no sentido de resguardar a 
coletividade diante do exercício da propriedade particular. Sobre a característica 
do ato administrativo, o ato poderá ser promivido sem a interveniência de outros 
poderes, pois autoexecutável. 
Gabarito: C. 
 
 
 A tipicidade corresponde ao fato de que todo ato administrativo deve 
adotar um modelo (tipo) de ato previamente definido em lei, não sendo 
possível que o agente público competente execute um ato inominado e sem 
previsão legal. Para cada finalidade específica há um tipo de ato. 
 O atributo da tipicidade acaba representando uma garantia para o 
administrado, pois o administrador não pode “inventar” um ato não previsto 
em lei. Mesmo os atos discricionários devem adotar os tipos definidos 
em lei. 
 Devemos salientar que tal atributo só se aplica aos atos unilaterais. 
Os atos bilaterais, como os contratos, não impedem que seja adotado um tipo 
diferenciado, caso isso venha a representar melhores garantias para o interesse 
público. 
 
 
Esquema 18 – Tipicidade 
 (FGV / Oficial da Infância e Juventude / TJ-SC / 2018) 
O Ministério Público ofereceu representação por prática de infração 
administrativa em face de sociedade empresária que deixou de observar o que 
dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente (art. 258, do ECA) no que diz 
respeito ao acesso de criança ou adolescente aos locais de diversão e a sua 
participação no espetáculo. A materialidade e autoria do ilícito restaram 
demonstradas por meio de relatório de fiscalização e depoimento, ambos do 
Limita a discricionariedade
administrativa
Inviabiliza o uso de atos 
inominados
Funciona como garantia para o 
administrado
Só se aplica aos atos unilaterais
Tipicidade
Tipicidade 
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Oficial da Infância e da Juventude presente no espetáculo, que comprovam a 
prática da infração. 
O ato administrativo consistente no citado relatório subscrito pelo oficial goza 
do atributo da: 
 a) imperatividade, razão pela qual a multa prevista no Estatuto da Criança e 
do Adolescente pode ser imediatamente aplicada após a emissão do relatório; 
 b) autoexecutoriedade, que exige a prévia decisão judicial para a prática de 
todos os atos administrativos que decorrem do poder de polícia administrativo; 
 c) exigibilidade, segundo o qual o Poder Judiciário, por ato de seu Oficial, pode 
exigir imediatamente o pagamento da multa prevista no ECA; 
 d) tipicidade, que autoriza que qualquer ato contrário aos bons costumes 
constatado pelo Oficial pode ser objeto de infração administrativa, 
independentemente de previsão legal; 
 e) presunção relativa de veracidade, prerrogativa presente em todos os atos 
administrativos que, contudo, admite prova em contrário pelo particular 
interessado. 
Comentários. 
A alternativa correta é a letra E, pois todos os atos da administração pública 
gozam de presunção de veracidade, cabendo o particular a prova em contrário 
se assim alegar. 
Gabarito: E. 
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FGV 
1. (FGV / Técnico Superior / Especializado / DPE-RJ / 2019) 
Joaquim construiu irregularmente, sem obter qualquer licença para tal e ao 
arrepio dos ditames legais sobre a matéria, um muro que se iniciou nos limites 
de sua propriedade e se estendeu para a calçada, ocupando parte de área 
pública, com risco iminente de desabamento e dificultando o tráfego de 
pedestres. O poder público municipal, com as formalidades legais, utilizando 
sua prerrogativa de direito público que, calcada na lei, lhe autoriza a restringir 
o uso e o gozo da propriedade privada em favor do interesse da coletividade, 
determinou a demolição da obra. O poder administrativo que fundamentou a 
demolição e o atributo do ato administrativo que fez valer tal decisão sem 
necessidade de prévia intervenção do Poder Judiciário, são denominados, 
respectivamente 
 a) normativo e coercitibilidade. 
 b) disciplinar e autoaplicabilidade. 
 c) de polícia e autoexecutoriedade. 
 d) sancionatório e imperatividade 
 e) de hierarquia e impositividade. 
Comentários. 
A alternativa correta é a letar C. Em relação ao poder administrativo, temos 
uma clara manifestação da administração pública no sentido de resguardar a 
coletividade diante do exercício da propriedade particular. Sobre a característica 
do ato administrativo, o ato poderá ser promivido sem a interveniência de outros 
poderes, pois autoexecutável. 
Gabarito 1. C. 
 
2. (FGV / Oficial da Infância e Juventude / TJ-SC / 2018) 
O Ministério Público ofereceu representação por prática de infração 
administrativa em face de sociedade empresária que deixou de observar o que 
dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente (art. 258, do ECA) no que diz 
respeito ao acesso de criança ou adolescente aos locais de diversão e a sua 
participação no espetáculo. A materialidade e autoria do ilícito restaram 
demonstradas por meio de relatório de fiscalização e depoimento, ambos do 
Oficial da Infância e da Juventude presente no espetáculo, que comprovam a 
prática da infração. 
O ato administrativo consistente no citado relatório subscrito pelo oficial goza 
do atributo da: 
Questões Comentadas 
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 a) imperatividade, razão pela qual a multa prevista no Estatuto da Criança e 
do Adolescente pode ser imediatamente aplicada após a emissão do relatório; 
 b) autoexecutoriedade, que exige a prévia decisão judicial para a prática de 
todos os atos administrativos que decorrem do poder de polícia administrativo; 
 c) exigibilidade, segundo o qual o Poder Judiciário, por ato de seu Oficial, pode 
exigir imediatamente o pagamento da multa prevista no ECA; 
 d) tipicidade, que autoriza que qualquer ato contrário aos bons costumes 
constatado pelo Oficial pode ser objeto de infração administrativa, 
independentemente de previsão legal; 
 e) presunção relativa de veracidade, prerrogativa presente em todos os atos 
administrativos que, contudo, admite prova em contrário pelo particular 
interessado. 
Comentários. 
A alternativa correta é a letra E, pois todos os atos da administração pública 
gozam de presunção de veracidade, cabendo o particular a prova em contrário 
se assim alegar. 
Gabarito 2. E. 
 
3. (FGV / Oficial de Chancelaria / MRE / 2016) 
O Ministro de Estado da Justiça editou portaria determinando a expulsão de 
estrangeiro do território nacional, em razão de sua condenação em processo 
criminal à pena privativa de liberdade de oito anos. Inconformado, o estrangeiro 
ajuizou a ação judicial cabível e comprovou que o ato expulsório baseou-se 
unicamente em pressuposto de fato equivocado, uma vez que, na verdade, foi 
absolvido naquela ação penal, por força do provimento de sua apelação criminal 
pelo Tribunal. Dessa forma, o estrangeiro obteve judicialmente a declaração da 
nulidade da portaria de sua expulsão, porque a validade do ato administrativo, 
ainda que discricionário, vincula-se aos motivos apresentados pela 
administração, ou seja, o motivo do ato administrativo deve sempre guardar 
compatibilidade com a situação de fato que gerou a manifestação da vontade. 
Com base na doutrina de Direito Administrativo, no caso em tela houve a 
aplicação: 
a) da teoria dos motivos determinantes; 
b) da teoria da vinculação da expulsão; 
c) do princípio administrativo da autotutela; 
d) do princípio da reciprocidade administrativa; 
e) do princípio damotivação ministerial. 
Comentários. 
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A alternativa correta é a letra A. O enunciado descreve um fato e em seguida 
nos traz as características da Teoria dos Motivos Determinantes. Em termos 
sucintos, o motivo no qual se baseia o ato é seu pressuposto de validade. 
Gabarito 3. A. 
 
4. (FGV / Analista de Gestão / COMPESA / 2016) 
Com relação aos atos administrativos, assinale V para a afirmativa verdadeira 
e F para a falsa. 
( ) O silêncio da Administração Pública em emitir o ato administrativo implica, 
necessariamente, em anuência tácita. 
( ) Há atos administrativos que não são autoexecutórios, dependendo da 
intervenção do Poder Judiciário para sua execução. 
( ) É possível a convalidação de atos administrativos que possuam vícios 
sanáveis. 
As afirmativas são, respectivamente, 
a) V, F e V. 
b) F, V e F. 
c) V, V e V. 
d) F, V e V. 
e) F, F e F. 
Comentários. 
A alternativa correta é a letra D. Vejamos a análise por item. 
Item I. Se a lei não atribuir efeito jurídico ao silêncio ele não poderá ser 
considerado ato administrativo. 
Item II. Correto. Há atos administrativos que podem ter necessidade de 
suprimento pelo Judiciário. Uma multa, quando contestada judicialmente, 
precisará da anuência da Justiça. 
Item III. Correto. É justamente a isso que se presta o instituto da 
convalidação. 
Gabarito 4. D. 
 
5. (FGV / Analista Judiciário / TJ-PI / 2015) 
Dentre os elementos do ato administrativo, destaca-se a competência, que é o 
círculo definido por lei dentro do qual podem os agentes públicos exercer 
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legitimamente sua atividade. Como característica da competência, destaca-se 
a: 
a) derrogabilidade, segundo a qual a competência de um órgão pode, em regra, 
se transferir a outro por acordo entre as partes, ou por assentimento do agente 
da Administração, ou seja, apesar de fixada em norma expressa, a competência 
pode ser alterada; 
b) indelegabilidade, segundo a qual a competência de um agente ou órgão não 
pode, em qualquer hipótese, ser delegada a outro, ainda que haja norma 
posterior autorizativa, em respeito ao poder hierárquico e ao princípio da 
estabilidade das relações jurídicas; 
c) improrrogabilidade, segundo a qual a incompetência, em regra, não se 
transmuda em competência, ou seja, se um órgão não tem competência para 
certa função, não poderá vir a tê-la supervenientemente, a menos que a antiga 
norma definidora seja alterada; 
d) vedação de avocação, segundo a qual a competência de um agente ou órgão 
não pode ser transferida à autoridade hierarquicamente superior para atrair 
para sua esfera decisória a prática de ato da competência natural de agente 
com menor hierarquia; 
e) discricionariedade, segundo a qual a competência para a prática de 
determinado ato administrativo pode ser definida e alterada, caso a caso, de 
acordo com critérios de oportunidade e conveniência do chefe administrativo da 
repartição, mediante decisão fundamentada. 
Comentários. 
A alternativa correta é a letra C, por ser a única a trazer uma característica da 
competência no contexto dos atos administrativos. 
A competência é irrenunciável (inderrogável), pois o agente não pode, ainda 
que voluntariamente, abrir mão da mesma. 
A competência não é extinta pelo decurso do tempo nem pela falta do seu 
exercício, sendo por isso imprescritível. 
A alternativa A é incorreta, pois a competência é intransferível, pois a 
titularidade continua com a autoridade delegante. 
Assim, vemos que a alterantiva B é incorreta também, pois é possível a 
delegação. 
A alternativa D está incorreta, pois pode haver avocação no caso de a 
competência não ser erxclusiva. 
A alternativa E está incorreta, pois a competência é também imodificável pela 
vontade do agente. Isso decorre de tal elemento estar estabelecido em lei e 
ser sempre vinculado (veremos isso adiante). 
Gabarito 5. C. 
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6. (FGV / Técnico de Nível Superior / SSP-AM / 2015) 
Os atos administrativos são emanados de agentes dotados de parcela do 
Poder Público e, por isso, estão revestidos de certas características que 
os tornam distintos dos atos privados em geral. Nesse contexto, é correto 
citar o atributo da: 
a) retroatividade, que faz com que o ato retroaja à data em que ocorreu 
o fato que motivou sua edição; 
b) imperatividade, que faz com que o ato seja cogente somente em 
relação às pessoas que forem intimadas do ato; 
c) autoexecutoriedade, por meio do qual o ato administrativo pode ser 
posto em execução pela própria Administração Pública, sem necessidade 
de intervenção do Poder Judiciário; 
d) autotutela, por meio do qual o ato administrativo somente pode ser 
imputado ao particular a partir de decisão judicial que ratifique a 
legalidade do ato; 
e) continuidade, por meio do qual o ato administrativo não pode sofrer 
interrupção a partir do momento em que o administrado for intimado de 
sua prática. 
Comentários. 
A alternativa correta é a letra E, que trata corretamente da 
autoexecutoriedade. Vamos aos erros das demais. 
A letra A está incorreta, pois a retroatividade não é um atributo dos atos 
administrativos. 
A letra B está incorreta, pois não é preciso que haja intimação para que 
o atributo da imperatividade esteja presente. 
A letra D está incorreta, pois a autotutela não é um atributo dos atos 
administrativos, mas um princípio da administração. 
A alternativa E está incorreta, pois a continuidade não é um atributos dos 
atos administrativos. 
Gabarito 6. E. 
 
7. (FGV / Técnico de Nível Superior / SSP-AM / 2015) 
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O Secretário de Segurança Pública do Amazonas praticou ato 
administrativo, por motivo de interesse público, que determinou a 
remoção do servidor João. Insatisfeito, João impetrou mandado de 
segurança pretendendo a invalidação do ato, ao argumento de que possui 
direito público subjetivo de permanecer lotado em seu órgão de origem, 
que se localiza mais próximo de sua residência. No caso em tela, a João: 
a) assiste razão, pois se trata de ato discricionário e seria imprescindível 
que autoridade administrativa obtivesse previamente a concordância do 
servidor; 
b) assiste razão, pois se trata de ato vinculado e não estão preenchidos 
os requisitos legais para remoção, eis que a nova lotação trará prejuízos 
ao servidor; 
c) não assiste razão, pois se trata de ato discricionário no qual a 
autoridade administrativa tem liberdade na valoração dos elementos do 
motivo e do objeto do ato; 
d) não assiste razão, pois se trata de ato vinculado no qual foram 
adotadas todas as cautelas legais e, mesmo se houvesse algum vício de 
legalidade, apenas o próprio Administrador poderia proceder à 
invalidação do ato; 
e) não assiste razão, pois se trata de ato discricionário, porém o ato pode 
ser revogado a qualquer tempo pelo próprio Administrador ou pelo Poder 
Judiciário, por motivo de revisão de seu mérito. 
Comentários. 
A alternativa correta é a letra C. A remoção do servidor poderá acontecer 
por motivo de interesse público. 
As alternativas A e B estão incorretas tendo em vista o exposto acima. 
A alternativa D está incorreta, pois o ato é discricionário.A alternativa E está incorreta, pois o Poder Judiciário não pode revogar 
atos da Administração Pública. 
Gabarito 7. C. 
 
8. (FGV / Analista Judiciário / TJ-GO / 2014) 
Os atos administrativos são praticados por agentes dotados de parcela do Poder 
Público e, por isso, estão revestidos de certas características ou atributos que 
os tornam distintos dos atos de direito privado em geral. É exemplo de atributo 
do ato administrativo, a: 
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a) presunção de legitimidade, segundo a qual existe presunção absoluta de que 
o ato foi praticado em conformidade com a lei; 
b) imperatividade, segundo a qual o ato administrativo se impõe à própria 
Administração Pública, incluindo seus agentes e excluindo terceiros particulares 
que não tenham expressamente concordado; 
c) autoexecutoriedade, segundo a qual o ato administrativo pode ser posto em 
execução pela própria Administração Pública, sem necessidade de intervenção 
do Poder Judiciário; 
d) autotutela, segundo a qual o ato administrativo se impõe de forma coercitiva 
à própria Administração Pública e a todos os administrados; 
e) discricionariedade, segundo a qual todos os elementos do ato administrativo 
estão previstos em lei e o agente público não possui liberdade para aferir a 
oportunidade e conveniência na escolha do momento da prática do ato. 
Comentários. 
A alternativa correta é a letra C, que traz um dos atributos do ato administrativo 
corretamente descrito. Vejamos os erros das demais alternativas. 
A alternativa A fala em presunção absoluta, quando na verdade a presunção é 
relativa, admitindo prova em contrário. 
A alternativa B está incorreta, pois a imperatividade é o atributo que impõe o 
ato ao particular, sem que seja necessária sua concordância. 
A alternativa D é incorreta, pois a autotutela orienta que a Administração 
Pública deve prezar pela legalidade dos seus atos, promovendo a anulação ou 
convalidação conforme o caso. 
A alternativa é está incorreta, pois discricionariedade é a margem de escolha 
que o agente público tem, podendo analisar conveniência e oportunidade, 
quando assim a lei o permitir. 
Gabarito 8. C. 
 
9. (FGV / Analista Judiciário / TJ-RJ / 2014) 
O Estado do Rio de Janeiro, observadas as formalidades legais, firmou ato de 
permissão de uso de bem público com particular, para exploração de uma 
lanchonete em hospital estadual. No mês seguinte, o Estado alegou que iria 
ampliar as instalações físicas do hospital e revogou a permissão de uso. 
Passados alguns dias, comprovou-se que o Estado não realizou nem nunca teve 
a real intenção de realizar as obras de expansão. Em razão disso, o particular 
pretende invalidar judicialmente o ato administrativo que revogou a permissão, 
a fim de viabilizar seu retorno às atividades na lanchonete. Nesse contexto, é 
correto afirmar que a pretensão do particular está baseada: 
 Direito Administrativo 
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a) na teoria da exceção do contrato não cumprido, porque o Estado não poderia 
rescindir a permissão de uso na vigência do contrato, exceto por ordem judicial 
e com a prévia indenização ao particular; 
b) no princípio da continuidade dos serviços públicos, porque 
independentemente da veracidade dos motivos fáticos que ensejaram a 
extinção da permissão, o particular tem direito público subjetivo de utilizar a 
lanchonete no prazo acordado; 
c) na natureza jurídica da permissão de uso, que é um ato bilateral e vinculado, 
devendo ser respeitado o prazo contratual da permissão de uso, que só pode 
ser extinta com prévia e justa indenização; 
d) na natureza jurídica da permissão de uso, que é um ato bilateral e vinculado, 
devendo ser respeitado o prazo contratual da permissão de uso, que só pode 
ser extinta por motivo de interesse público; 
e) na teoria dos motivos determinantes, porque, apesar de a permissão de uso 
ser ato discricionário e precário, o Estado está vinculado à veracidade do motivo 
fático que utilizou para revogar a permissão de uso. 
Comentários. 
A alternativa correta é a letra E. 
A Teoria dos Motivos Determinantes manda que o motivo determinante do 
ato administrativo é pressuposto de validade. Portanto, caso o motivo seja falso 
ou inexistente, mesmo que o ato esteja conforme os preceitos legais, será ele 
inválido, com base na teoria citada. 
Gabarito 9. E. 
 
10. (FGV / Analista Administrativo / PROCEMPA / 2014) 
Assinale a opção que indica os elementos vinculados dos atos 
administrativos. 
a) Competência, motivação e finalidade. 
b) Tempo, forma e objeto 
c) Competência, forma e finalidade. 
d) Motivo e objeto. 
e) Objeto e resultado. 
Comentários. 
A alternativa correta é letra C. Questão conceitual que cobra a 
memorização dos elementos vinculados do ato administrativo: 
competência, finalidade e forma. 
 Direito Administrativo 
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11. (FGV / Advogado / BADESC / 2010) 
O atributo pelo qual atos administrativos se impõem a terceiros, ainda 
que de forma contrária a sua concordância, é denominado: 
a) competência. 
b) veracidade. 
c) vinculação. 
d) imperatividade. 
e) autoexecutoriedade. 
Comentários. 
A resposta correta é a letra D. O enunciado se refere ao atributo da 
imperatividade, o que significa a imposição de determinado ato a 
particular, independentemente da sua concordância para que isso ocorra. 
Gabarito 10. D. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Direito Administrativo 
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FGV 
1. (FGV / Técnico Superior / Especializado / DPE-RJ / 2019) 
Joaquim construiu irregularmente, sem obter qualquer licença para tal e ao 
arrepio dos ditames legais sobre a matéria, um muro que se iniciou nos limites 
de sua propriedade e se estendeu para a calçada, ocupando parte de área 
pública, com risco iminente de desabamento e dificultando o tráfego de 
pedestres. O poder público municipal, com as formalidades legais, utilizando 
sua prerrogativa de direito público que, calcada na lei, lhe autoriza a restringir 
o uso e o gozo da propriedade privada em favor do interesse da coletividade, 
determinou a demolição da obra. O poder administrativo que fundamentou a 
demolição e o atributo do ato administrativo que fez valer tal decisão sem 
necessidade de prévia intervenção do Poder Judiciário, são denominados, 
respectivamente 
 a) normativo e coercitibilidade. 
 b) disciplinar e autoaplicabilidade. 
 c) de polícia e autoexecutoriedade. 
 d) sancionatório e imperatividade 
 e) de hierarquia e impositividade. 
 
2. (FGV / Oficial da Infância e Juventude / TJ-SC / 2018) 
O Ministério Público ofereceu representação por prática de infração 
administrativa em face de sociedade empresária que deixou de observar o que 
dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente (art. 258, do ECA) no que diz 
respeito ao acesso de criança ou adolescente aos locais de diversão e a sua 
participação no espetáculo. A materialidade e autoria do ilícito restaram 
demonstradas por meio de relatório de fiscalização e depoimento, ambos do 
Oficial da Infância e da Juventude presente no espetáculo, que comprovam a 
prática da infração. 
O ato administrativo consistente no citado relatório subscrito pelo oficial goza 
do atributo da: 
 a) imperatividade, razão pela qual a multaprevista no Estatuto da Criança e 
do Adolescente pode ser imediatamente aplicada após a emissão do relatório; 
 b) autoexecutoriedade, que exige a prévia decisão judicial para a prática de 
todos os atos administrativos que decorrem do poder de polícia administrativo; 
 c) exigibilidade, segundo o qual o Poder Judiciário, por ato de seu Oficial, pode 
exigir imediatamente o pagamento da multa prevista no ECA; 
Lista de exercícios 
 Direito Administrativo 
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 d) tipicidade, que autoriza que qualquer ato contrário aos bons costumes 
constatado pelo Oficial pode ser objeto de infração administrativa, 
independentemente de previsão legal; 
 e) presunção relativa de veracidade, prerrogativa presente em todos os atos 
administrativos que, contudo, admite prova em contrário pelo particular 
interessado. 
 
3. (FGV / Oficial de Chancelaria / MRE / 2016) 
O Ministro de Estado da Justiça editou portaria determinando a expulsão de 
estrangeiro do território nacional, em razão de sua condenação em processo 
criminal à pena privativa de liberdade de oito anos. Inconformado, o estrangeiro 
ajuizou a ação judicial cabível e comprovou que o ato expulsório baseou-se 
unicamente em pressuposto de fato equivocado, uma vez que, na verdade, foi 
absolvido naquela ação penal, por força do provimento de sua apelação criminal 
pelo Tribunal. Dessa forma, o estrangeiro obteve judicialmente a declaração da 
nulidade da portaria de sua expulsão, porque a validade do ato administrativo, 
ainda que discricionário, vincula-se aos motivos apresentados pela 
administração, ou seja, o motivo do ato administrativo deve sempre guardar 
compatibilidade com a situação de fato que gerou a manifestação da vontade. 
Com base na doutrina de Direito Administrativo, no caso em tela houve a 
aplicação: 
a) da teoria dos motivos determinantes; 
b) da teoria da vinculação da expulsão; 
c) do princípio administrativo da autotutela; 
d) do princípio da reciprocidade administrativa; 
e) do princípio da motivação ministerial. 
 
4. (FGV / Analista de Gestão / COMPESA / 2016) 
Com relação aos atos administrativos, assinale V para a afirmativa verdadeira 
e F para a falsa. 
( ) O silêncio da Administração Pública em emitir o ato administrativo implica, 
necessariamente, em anuência tácita. 
( ) Há atos administrativos que não são autoexecutórios, dependendo da 
intervenção do Poder Judiciário para sua execução. 
( ) É possível a convalidação de atos administrativos que possuam vícios 
sanáveis. 
As afirmativas são, respectivamente, 
a) V, F e V. 
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b) F, V e F. 
c) V, V e V. 
d) F, V e V. 
e) F, F e F. 
 
5. (FGV / Analista Judiciário / TJ-PI / 2015) 
Dentre os elementos do ato administrativo, destaca-se a competência, que é o 
círculo definido por lei dentro do qual podem os agentes públicos exercer 
legitimamente sua atividade. Como característica da competência, destaca-se 
a: 
a) derrogabilidade, segundo a qual a competência de um órgão pode, em regra, 
se transferir a outro por acordo entre as partes, ou por assentimento do agente 
da Administração, ou seja, apesar de fixada em norma expressa, a competência 
pode ser alterada; 
b) indelegabilidade, segundo a qual a competência de um agente ou órgão não 
pode, em qualquer hipótese, ser delegada a outro, ainda que haja norma 
posterior autorizativa, em respeito ao poder hierárquico e ao princípio da 
estabilidade das relações jurídicas; 
c) improrrogabilidade, segundo a qual a incompetência, em regra, não se 
transmuda em competência, ou seja, se um órgão não tem competência para 
certa função, não poderá vir a tê-la supervenientemente, a menos que a antiga 
norma definidora seja alterada; 
d) vedação de avocação, segundo a qual a competência de um agente ou órgão 
não pode ser transferida à autoridade hierarquicamente superior para atrair 
para sua esfera decisória a prática de ato da competência natural de agente 
com menor hierarquia; 
e) discricionariedade, segundo a qual a competência para a prática de 
determinado ato administrativo pode ser definida e alterada, caso a caso, de 
acordo com critérios de oportunidade e conveniência do chefe administrativo da 
repartição, mediante decisão fundamentada. 
 
6. (FGV / Técnico de Nível Superior / SSP-AM / 2015) 
Os atos administrativos são emanados de agentes dotados de parcela do 
Poder Público e, por isso, estão revestidos de certas características que 
os tornam distintos dos atos privados em geral. Nesse contexto, é correto 
citar o atributo da: 
a) retroatividade, que faz com que o ato retroaja à data em que ocorreu 
o fato que motivou sua edição; 
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b) imperatividade, que faz com que o ato seja cogente somente em 
relação às pessoas que forem intimadas do ato; 
c) autoexecutoriedade, por meio do qual o ato administrativo pode ser 
posto em execução pela própria Administração Pública, sem necessidade 
de intervenção do Poder Judiciário; 
d) autotutela, por meio do qual o ato administrativo somente pode ser 
imputado ao particular a partir de decisão judicial que ratifique a 
legalidade do ato; 
e) continuidade, por meio do qual o ato administrativo não pode sofrer 
interrupção a partir do momento em que o administrado for intimado de 
sua prática. 
 
7. (FGV / Técnico de Nível Superior / SSP-AM / 2015) 
O Secretário de Segurança Pública do Amazonas praticou ato 
administrativo, por motivo de interesse público, que determinou a 
remoção do servidor João. Insatisfeito, João impetrou mandado de 
segurança pretendendo a invalidação do ato, ao argumento de que possui 
direito público subjetivo de permanecer lotado em seu órgão de origem, 
que se localiza mais próximo de sua residência. No caso em tela, a João: 
a) assiste razão, pois se trata de ato discricionário e seria imprescindível 
que autoridade administrativa obtivesse previamente a concordância do 
servidor; 
b) assiste razão, pois se trata de ato vinculado e não estão preenchidos 
os requisitos legais para remoção, eis que a nova lotação trará prejuízos 
ao servidor; 
c) não assiste razão, pois se trata de ato discricionário no qual a 
autoridade administrativa tem liberdade na valoração dos elementos do 
motivo e do objeto do ato; 
d) não assiste razão, pois se trata de ato vinculado no qual foram 
adotadas todas as cautelas legais e, mesmo se houvesse algum vício de 
legalidade, apenas o próprio Administrador poderia proceder à 
invalidação do ato; 
e) não assiste razão, pois se trata de ato discricionário, porém o ato pode 
ser revogado a qualquer tempo pelo próprio Administrador ou pelo Poder 
Judiciário, por motivo de revisão de seu mérito. 
 
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8. (FGV / Analista Judiciário / TJ-GO / 2014) 
Os atos administrativos são praticados por agentes dotados de parcela do Poder 
Público e, por isso, estão revestidos de certas características ou atributos que 
os tornam distintos dos atos de direito privado em geral. É exemplo de atributo 
do ato administrativo, a: 
a) presunção de legitimidade, segundo a qual existe presunção absoluta de que 
o ato foi praticado em conformidade com a lei; 
b) imperatividade, segundo a qual o ato administrativo seimpõe à própria 
Administração Pública, incluindo seus agentes e excluindo terceiros particulares 
que não tenham expressamente concordado; 
c) autoexecutoriedade, segundo a qual o ato administrativo pode ser posto em 
execução pela própria Administração Pública, sem necessidade de intervenção 
do Poder Judiciário; 
d) autotutela, segundo a qual o ato administrativo se impõe de forma coercitiva 
à própria Administração Pública e a todos os administrados; 
e) discricionariedade, segundo a qual todos os elementos do ato administrativo 
estão previstos em lei e o agente público não possui liberdade para aferir a 
oportunidade e conveniência na escolha do momento da prática do ato. 
 
9. (FGV / Analista Judiciário / TJ-RJ / 2014) 
O Estado do Rio de Janeiro, observadas as formalidades legais, firmou ato de 
permissão de uso de bem público com particular, para exploração de uma 
lanchonete em hospital estadual. No mês seguinte, o Estado alegou que iria 
ampliar as instalações físicas do hospital e revogou a permissão de uso. 
Passados alguns dias, comprovou-se que o Estado não realizou nem nunca teve 
a real intenção de realizar as obras de expansão. Em razão disso, o particular 
pretende invalidar judicialmente o ato administrativo que revogou a permissão, 
a fim de viabilizar seu retorno às atividades na lanchonete. Nesse contexto, é 
correto afirmar que a pretensão do particular está baseada: 
a) na teoria da exceção do contrato não cumprido, porque o Estado não poderia 
rescindir a permissão de uso na vigência do contrato, exceto por ordem judicial 
e com a prévia indenização ao particular; 
b) no princípio da continuidade dos serviços públicos, porque 
independentemente da veracidade dos motivos fáticos que ensejaram a 
extinção da permissão, o particular tem direito público subjetivo de utilizar a 
lanchonete no prazo acordado; 
c) na natureza jurídica da permissão de uso, que é um ato bilateral e vinculado, 
devendo ser respeitado o prazo contratual da permissão de uso, que só pode 
ser extinta com prévia e justa indenização; 
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d) na natureza jurídica da permissão de uso, que é um ato bilateral e vinculado, 
devendo ser respeitado o prazo contratual da permissão de uso, que só pode 
ser extinta por motivo de interesse público; 
e) na teoria dos motivos determinantes, porque, apesar de a permissão de uso 
ser ato discricionário e precário, o Estado está vinculado à veracidade do motivo 
fático que utilizou para revogar a permissão de uso. 
 
10. (FGV / Analista Administrativo / PROCEMPA / 2014) 
Assinale a opção que indica os elementos vinculados dos atos 
administrativos. 
a) Competência, motivação e finalidade. 
b) Tempo, forma e objeto 
c) Competência, forma e finalidade. 
d) Motivo e objeto. 
e) Objeto e resultado. 
 
11. (FGV / Advogado / BADESC / 2010) 
O atributo pelo qual atos administrativos se impõem a terceiros, ainda 
que de forma contrária a sua concordância, é denominado: 
a) competência. 
b) veracidade. 
c) vinculação. 
d) imperatividade. 
e) autoexecutoriedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Direito Administrativo 
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Gabarito 1. C. 
Gabarito 2. E. 
Gabarito 3. A. 
Gabarito 4. D. 
Gabarito 5. C. 
Gabarito 6. E. 
Gabarito 7. C. 
Gabarito 8. C. 
Gabarito 9. E. 
Gabarito 10. D. 
 
 
Gabarito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Direito Administrativo 
Professor: Jonatas Albino do Nascimento 
Direito Administrativo - Teoria 
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Sumário 
Extinção dos Atos administrativos ....................................................... 2 
Anulação .............................................................................................. 2 
Revogação ........................................................................................... 4 
Cassação .............................................................................................. 6 
Caducidade .......................................................................................... 6 
Convalidação ....................................................................................... 7 
Conversão ............................................................................................ 9 
 
E para facilitar sua referência, abaixo as esquematizações disponíveis: 
Esquema 1 – Vícios do ato administrativo .................................................................... 3 
Esquema 2 – Atos revogáveis ...................................................................................... 5 
Esquema 3 – Convalidação - requisitos ........................................................................ 8 
 
 
 Como estudamos, todos os atos administrativos têm como atributo a 
presunção da legitimidade e veracidade. Com base nisso, um ato está pronto 
para produzir seus efeitos desde a sua produção e continuará até que, caso se 
verifique alguma irregularidade, seja promovido o desfazimento do ato. Tal 
desfazimento (extinção) pode ocorrer por meio da anulação, revogação ou 
cassação dos atos administrativos. 
Vamos estudar cada um dos conceitos. 
 
 
 A anulação está associada à retirada do mundo jurídico de ato com 
vício relativo à legalidade ou legitimidade. É importante entender que a 
anulação não tem ligação com análise de conveniência e oportunidade. 
 O vício (defeito) pode ser sanável ou insanável. No primeiro caso, a 
Administração pode anular o ato ou convalidá-lo. Já no segundo caso a 
Administração deve anular o ato. 
Extinção dos Atos administrativos 
Anulação 
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Professor Jonatas Albino do Nascimento 
 
 
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Esquema 1 – Vícios do ato administrativo 
 
Tanto os atos vinculados quanto os discricionários são suscetíveis de 
anulação. O que não pode ocorrer é a anulação por análise do mérito 
administrativo. 
 Os efeitos da anulação são retroativos (ex tunc), desconstituindo 
todos os efeitos jurídicos. Porém, devem ser preservados os efeitos já 
produzidos quanto aos terceiros de boa-fé. Tal fato não pode ser 
considerado direito adquirido, pois atos nulos/anuláveis não geram direito 
adquirido. 
 A anulação do ato administrativo pode ocorrer tanto pela própria 
Administração, que editou os atos (com base no princípio da autotutela), quanto 
pelo Judiciário, se provocado. 
 
 A Lei nº 9.784/99 (lei federal), define em cinco anos o prazo para 
que a Administração anule os atos de que decorram efeitos favoráveis 
aos particulares, salvo comprovada ma-fé. Trata-se de prazo decadencial. 
Vejamos a norma: 
Vício
Sanável pode anular
Insanável deve anular
 Jurisprudência do STF 
Segundo o STF, qualquer ato que venha a repercutir 
negativamente sobre os interesses do cidadão deverá ser 
precedido de procedimento em que sejam assegurados o 
contraditório e ampla defesa. A ideia é que, apesar de a 
Administração dispor da autotutela (possibilidade de anular seus 
próprios atos), tal ação pode repercutir severamente na vida dos 
administrados e por isso nada mais justo que este possa se pronunciar 
no caso, conforme os princípios constitucionais do contraditório e da 
ampla defesa. Ainda, segundo a Corte Maior não basta a previsão 
de recurso administrativo da decisão já tomada. A possibilidade 
de manifestação do particular deve ser prévia. (Súmula 473 e AI 
710085 SP) 
Direito Administrativo - Teoria 
Professor

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