Buscar

O PROCESSO DE CONVERGÊNCIA DAS NORMAS CONTÁBEIS AO PADRÃO INTERNACIONAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

O PROCESSO DE CONVERGÊNCIA DAS NORMAS CONTÁBEIS AO PADRÃO INTERNACIONAL
 A Contabilidade enquanto ciência social está sujeita às grandes influências do ambiente em que atua, sendo que as práticas contábeis são fortemente afetadas pelos valores culturais, tradição histórica, estrutura política, econômica e social. Dessa forma, os sistemas contábeis se diferenciam de acordo com o conjunto de leis, filosofias, procedimentos e objetivos de cada país. De acordo com Niyama e Silva (2008), a expansão das relações comerciais e internacionais no cenário globalizado, a necessidade de investimento e o avanço tecnológico que permite fácil acesso à informação, exige uma linguagem em comum entre os países estabelecendo padrões contábeis uniformes. Leite (2002) afirma que diante da globalização dos mercados torna-se inevitável a padronização contábil entre os países, de modo que sejam utilizadas normas transparentes e comparáveis em todo o mundo.
Complementando a idéia, Niyama e Silva (2008) apontam outros benefícios que podem ser percebidos com o advento da harmonização contábil. Através desse processo, a divulgação das informações deverá seguir um padrão de acordo com a norma estabelecida, fazendo com que os usuários tenham acesso às mesmas informações. Tal situação possibilita aos interessados a análise e comparação de dados entre as empresas, evitando, assim, a chamada “assimetria da informação”. Outro fator de considerável importância é que, ao padronizar normas e procedimentos, pode-se reduzir o custo de transação e de pesquisa. Por fim, apesar da padronização não ter como objetivo a redução ou eliminação do risco do mercado de capitais é possível reduzir ou eliminar a incerteza do investidor mediante informações adequadas e confiáveis ao analisar uma empresa.
Em vista as mudanças na Legislação Societária e o Ambiente Internacional de Negócios e por ações, juntamente com o poder regulatório e interpretativo que a Comissão de valores mobiliários – CVM, possui, encontra-se a necessidade do Brasil se adaptar a regulação contábil internacional e isso implica em impactos no balanço patrimonial. 
Entre os objetivos desta lei, além de alterar artigos da lei nº. 6.404/1976 para atualizá-la ao novo mundo de negócios global, deve ser ressaltado o de providenciar maior transparência às atividades empresariais brasileiras.
Alguns dos principais avanços em termos de práticas contábeis é a adequação do Balanço Patrimonial.
(a) ativos; (b) passivos; (c) patrimônio líquido; (d) receitas e despesas, incluindo ganhos e perdas; (e) alterações no capital próprio mediante integralizações dos proprietários e distribuições a eles; e (f) fluxos de caixa.
Estrutura do Balanço Patrimonial segundo a Lei 6.404/76 X Lei ll. 638/07:
	ANTES
	DEPOIS
	ATIVO CIRCULANTE
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
ATIVO PERMANENTE
·INVESTIMENTO
·IMOBILIZADO
·DIFERIDO
	ATIVO CIRCULANTE
ATIVO NÃO CIRCULANTE
·REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
·INVESTIMENTO
·IMOBILIZADO
·INTANGÍVEL
·DIFERIDO
	PASSIVO CIRCULANTE
PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
RESERVA DE EXERCÍCIOS FUTUROS
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
·CAPITAL SOCIAL
·RESERVA DE CAPITAL
·RESERVA DE REAVALIAÇÃO
·RESERVAS DE LUCROS
·LUCROS OU PREJUIZOS ACUMULADOS
	PASSIVO CIRCULANTE
PASSIVO NÃO CIRCULANTE
·EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
·RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
·CAPITAL SOCIAL
·RESERVA DE CAPITAL
·AJUSTE DE AVALIAÇÃO 
	
	PATRIMONIAL
·RESERVAS DE LUCROS
·AÇÕES EM TESOURARIA
·PREJUIZOS ACUMULADOS
Dentre as diferenças ocorridas as diversas novidades que a Lei 11.638/2007 trouxe, destacamos as principais no quadro comparativo:
	Lei 6.404, de 15 de  dezembro de 1976
	Lei 11.638, de 28 de  dezembro de 2007
	Publicação das Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos – Doar.
	Publicação das Demonstrações dos 
Fluxos de Caixas – DFC.
	Não havia a exigência da publicação da Demonstração do   Valor Adicionado – DVA para as companhias abertas.
	Obrigatoriedade da publicação da Demonstração do Valor   Adicionado – DVA para as companhias abertas.
	Os aumentos de valores nos saldos de ativos serão   registrados com Reserva de Reavaliação, no Patrimônio Líquido.
	Os aumentos ou diminuições de valores nos saldos de 
ativos  e passivos decorrentes de avaliações e preço de 
Mercado serão registrados na   conta de Ajuste de
 Avaliação Patrimonial, no Patrimônio Líquido.
	O ativo permanente é dividido em: investimentos, ativo   imobilizado e ativo diferido.
	Ativo permanente passa a ser dividido 
em: investimentos,   imobilizado, intangível e diferido.
	Nas operações de incorporação, fusão ou cisão, os saldos   vertidos poderão ser registrados pelos valores contábeis.
	Os saldos serão vertidos a valor de mercados nos
 casos de:   fusões, cisões ou incorporações.
	O Patrimônio Líquido: capital social reserva de capital,   reservas de reavaliação, reservas de lucros ou prejuízos acumulados.
	O Patrimônio Líquido: capital social reserva de capital,   
Ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações 
em tesouraria e   prejuízos acumulados.
	As companhias abertas são obrigadas a publicar as suas   demonstrações contábeis devidamente auditadas. As companhias fechadas são   obrigadas a publicar suas demonstrações contábeis.
	As companhias abertas e as sociedades de grande 
porte de   capital fechado são obrigadas a
 apresentar demonstrações contábeis segundo os  
 mesmos padrões da Lei das S.As. e auditadas por
 auditores independentes.
	A escrituração contábil será efetuada de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos, podendo registrar nos livros   comercias ou em livros auxiliares os ajustes decorrentes da legislação   tributária.
	Deverá ocorrer segregação entre escrituração 
mercantil e   tributária.
	A CVM expedirá normas contábeis de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos.
	A CVM expedirá normas contábeis em consonância
 com as   Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
	As sociedades controladas devem ser avaliadas pelo método   da equivalência patrimonial.
	As sociedades controladas, sociedades que fazem 
parte do   mesmo grupo que estejam sob influência e 
controle comum, devem ser avaliadas   pelo método de equivalência patrimonial.
 
Uma das mudanças da lei 11.638 define a nova estrutura do balanço patrimonial, onde neste está apresentado de forma ordenada o conjunto de bens, direitos e obrigações da entidade, sendo dividido em Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. No ativo se reúnem os bens e direitos da empresa, sendo apresentadas as contas conforme seu grau de liquidez. Este era divido conforme a lei 6.404/76 art. 178, § 1º em:
Ativo circulante;
Ativo realizável em longo prazo;
Ativo permanente, dividido em investimento, ativo imobilizado e ativo diferido. 
Com a lei 11.638/07 retira-se o ativo realizável a longo prazo como grupo e altera a classificação do ativo permanente, dividido em investimento, imobilizado, intangível e diferido.E com a mais recente Lei 11.941/09 altera-se para:
Ativo circulante;
Ativo não circulante:
Ativo realizável em longo prazo;
Investimentos;
Imobilizado;
Intangível.
No passivo se reúnem os deveres e obrigações da entidade, segundo a lei 6.404/76 ele assim se divide:
Passivo circulante;
Passivo exigível em longo prazo;
Resultados de exercícios futuros;
Patrimônio líquido, dividido em:
Capital social;
Reservas de reavaliação;
Reservas de lucros;
Lucros ou prejuízos acumulados. 
Com as alterações da lei 11.638/07 acrescenta na estrutura do patrimônio líquido a conta reserva de capital. Segundo a lei 11.941/09 as contas do passivo ficam assim classificadas: 
Passivo circulante;
Passivo não circulante;
Patrimônio líquido, dividido em:
Capital social;
Reservas de capital;
Ajustes de avaliação patrimonial;
Reservas de lucros;
Ações em tesouraria; 
Prejuízos acumulados.
2.1 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ATIVO E PASSIVO
A reforma da Lei 6.404/76 proposta pela Lei 11.638/07 trouxe mudançasà elaboração das demonstrações contábeis. Os critérios de avaliação do ativo sofreram alterações e regulamentações significativas com a vigência da 11.638/07. Alguns incisos deste artigo foram revogados, outros tiveram sua redação alterada.
De um modo geral, a nova legislação trouxe às empresas brasileiras maiores facilidade de inserção em mercados internacionais e aumenta, de forma geral, o grau de transparência das demonstrações financeiras. Além disso, promove a convergência às normas internacionais e propõe alterações significativas que aumentam a confiabilidade dos dados das empresas.
Conforme as novas regras, alguns ativos das sociedades anônimas “serão registrados não mais pelos seus custos de aquisição, mas, pelos valores a eles atribuídos pelo mercado, o que garante mais realismo na análise das condições de solvência das companhias”.
2.2 ATIVOS IMOBILIZADOS
Segundo a redação da Lei 6.404/76 o ativo Imobilizado compreende “os direitos que tenham por objetos bens destinados à manutenção das atividades da companhia e da empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade industrial e comercial”. A lei 11.638/07 amplia este conceito descrevendo que o grupo tangível compreende bens corpóreos “decorrentes de operações que transferem a entidade os benefícios, os riscos e o controle dos bens”.
Os custos do Ativo Imobilizado são reconhecidos segundo o CPC 27 (2009) se gerarem futuros benefícios às entidades, e o seu custo sejam mensuráveis com confiabilidade, sendo reconhecidos no momento em que são incorridos. 
A conta redutora do ativo imobilizado é a depreciação que registra no geral perda do capital aplicado na aquisição do bem, na divulgação das demonstrações contábeis devem salientar os critérios usados na depreciação, a vida útil, taxas de depreciação, critério de mensuração de forma a fornecer a seus usuários informações que os ajudem a revisar as políticas adotadas na administração, assim ressalta o CPC 27 (2009).
2.3 ATIVOS INTANGÍVEIS 
Outra regra contábil imposta pela Lei 11.638/07 foi a criação da conta Intangível. “Ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física”. (CPC 04, 2008) no ativo intangível “serão registrados os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia inclusive o fundo de comércio adquirido.” Segundo o CPC o método de custo consiste na apresentação do custo deduzido a amortização e perdas acumuladas. Já o método de reavaliação “corresponde ao seu valor justo à data da reavaliação” é necessário efetuar a reavaliação constantemente tendo como base um mercado ativo. A amortização deve ser atualizada quando ocorrida reavaliação. A contabilização desse ativo baseia na sua vida útil que para alguns itens pode ser definida ou indefinida, essa avaliação usa como base o período em que o bem deverá gerar fluxos de caixa positivos para a organização, a amortização é aplicada somente à ativos com vida útil definida. 
CPC 25 A 26.
Continuidade. 
(25) Quando da elaboração das demonstrações contábeis, a administração deve fazer a avaliação da capacidade da entidade continuar em operação no futuro previsível. As demonstrações contábeis devem ser elaboradas no pressuposto da continuidade, a menos que a administração tenha intenção de liquidar a entidade ou cessar seus negócios, ou ainda não possua uma alternativa realista senão a descontinuidade de suas atividades. Quando a administração tiver ciência, ao fazer a sua avaliação, de incertezas relevantes relacionadas com eventos ou condições que possam lançar dúvidas significativas acerca da capacidade da entidade continuar em operação no futuro previsível, essas incertezas devem ser divulgadas. Quando as demonstrações contábeis não forem elaboradas no pressuposto da continuidade, esse fato deve ser divulgado, juntamente com as bases sobre as quais as demonstrações contábeis foram elaboradas e a razão pela qual não se pressupõe a continuidade da entidade. 
(26) Ao avaliar se o pressuposto de continuidade é apropriado, a administração deve levar em consideração toda a informação disponível sobre o futuro, que é o período mínimo (mas não limitado a esse período) de doze meses a partir da data do balanço. O grau de consideração depende dos fatos de cada caso. Quando a entidade tiver histórico de operações lucrativas e pronto acesso a recursos financeiros, a conclusão acerca da adequação do pressuposto da continuidade pode ser atingida sem análise pormenorizada. Em outros casos, a administração pode necessitar da análise de vasto conjunto de fatores relacionados com a rentabilidade corrente e esperada, cronogramas de liquidação de dívidas e potenciais fontes alternativas de financiamentos para que possa suportar sua conclusão de que o pressuposto de continuidade no futuro previsível é adequado para essa entidade.

Outros materiais