Buscar

slides - teoria geral da pena

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TEORIA GERAL DA PENA 
Professor: KITA MACIEL 
Gurupi-TO 
Fevereiro de 2013 
 
 SANÇÃO PENAL : é a resposta estatal, no exercício do ius 
puniendi e após o devido processo legal, ao responsável 
pela prática de um crime ou de uma contravenção penal. 
Divide-se em duas espécies: 
 - PENAS: têm como pressuposto a culpabilidade. Com efeito, 
crime é o fato típico e ilícito, e a culpabilidade funciona 
como pressuposto de aplicação da pena. Destinam-se aos 
imputáveis e aos semi-imputáveis. 
- MEDIDAS DE SEGURANÇA: têm como pressuposto a 
periculosidade, e dirigem-se aos inimputáveis e aos semi-
imputáveis dotados de periculosidade, pois necessitam, no 
lugar de punição, de especial tratamento curativo. 
 PENAS 
- CONCEITO: Pena é a consequência jurídica do crime. A 
prática de qualquer ato ilícito, em nosso ordenamento 
jurídico, deve gerar uma sanção, sob pena de nenhuma 
pessoa ser desestimulada a delinquir. 
 Consiste a pena na privação ou restrição de determinados 
bens jurídicos do condenado, aplicada pelo Estado em 
decorrência do cometimento de uma infração penal, com 
as finalidades de castigar seu responsável, readaptá-lo ao 
convívio em comunidade e, mediante a intimidação 
endereçada à sociedade, evitar a prática de novos crimes. 
 FINALIDADES DAS PENAS: 
- Retributiva: a pena é a retribuição do mal injusto, 
praticado pelo criminoso, pelo mal justo previsto no 
ordenamento jurídico. 
- Preventiva: a cominação abstrata de uma pena impõe à 
coletividade um temor (prevenção geral) e sua efetiva 
aplicação ao agente delitivo tem por escopo impedir que 
venha a praticar novos delitos (prevenção especial). 
- Ressocializadora: o escopo da pena é a ressocialização do 
condenado, isto é, reeducá-lo pra que, no futuro, possa 
reingressar ao convívio social, prevenindo, assim, a prática 
de novos crimes. 
 PRINCÍPIOS INFORMADORES DA PENA: 
- Princípio da legalidade: não há pena sem prévia cominação 
legal (CP, art. 1º, e CF, art. 5º, XXXIX). 
- Princípio da personalidade: a pena não passa da pessoa do 
condenado (CF, art. 5º, XLV). 
- Princípio da individualização: a pena deve ser individualizada 
considerando-se o fato e seu agente (CF, art. 5º, XLVI). 
- Princípio da inderrogabilidade: desde que presentes os seus 
pressupostos, a pena deve ser aplicada e executada (exceções: 
sursis, livramento condicional, perdão judicial...). 
- Princípio da proporcionalidade: a pena deve ser proporcional 
ao mal gerado (CF, art. 5º, XLVI e XLVII). 
- Princípio da humanidade: a pena não pode atentar contra a 
dignidade da pessoa humana, vedando-se tratamento 
desumano, cruel ou degradante ( CF, art. 5º, XLVII). 
 CLASSIFICAÇÃO DAS PENAS 
De acordo com o art. 32 do CP, as penas podem ser: 
- Privativas de liberdade: restringem a plena liberdade de 
locomoção do condenado. São três espécies: reclusão, 
detenção e prisão simples. 
- Restritivas de direitos: são sanções autônomas que 
substituem as penas privativas de liberdade. Não são, 
como regra, cominadas abstratamente em um tipo penal 
incriminador. 
- Multa: consiste no pagamento ao FUNPEN de quantia 
fixada na sentença e calculada em dias-multa (art. 49 do 
CP). 
Sanção 
Penal 
Penas 
Privativas de 
liberdade 
- Reclusão 
- Detenção 
- Prisão simples 
Restritivas de 
direitos 
Prestação Pecuniária 
Perda de bens e valores 
Prestação de serviços à 
comunidade 
Interdição temporária de 
direitos 
Limitação de final de semana 
Multa 
Medida de Segurança 
Detentiva (internação em 
hospital de custódia e 
tratamento psiquiátrico) 
Restritiva (sujeição a 
tratamento ambulatorial) 
DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE 
- Pena privativa de liberdade é a modalidade de sanção 
penal que retira do condenado seu direito de locomoção, 
em razão da prisão por tempo determinado. 
 
- O direito penal brasileiro admite três espécies de penas 
privativas de liberdade: 
 a) Reclusão (apenas para os crimes); 
 b) Detenção (apenas para os crimes); 
 c) Prisão simples (apenas para as contravenções penais). 
- Regimes penitenciários: 
a) Fechado: cumpre a pena em estabelecimento penal de 
segurança máxima ou média. 
b) Semi-aberto: cumpre a pena em colônia penal agrícola, 
industrial ou em estabelecimento similar. 
c) Aberto: trabalha ou frequenta cursos em liberdade, 
durante o dia, e recolhe-se em Casa de Albergado ou 
estabelecimento similar à noite e nos dias de folga. 
- Regime inicial de cumprimento de pena: de acordo com o 
art. 110 da Lei de Execução Penal, o juiz deverá 
estabelecer na sentença o regime inicial de cumprimento 
de pena, com observância do art. 33 do CP, o qual 
estabelece distinção quanto à pena de reclusão e de 
detenção. 
- Regimes penitenciários da pena de reclusão: 
a) Se a pena imposta for superior a 8 anos: inicia o seu cumprimento 
em regime fechado. 
b) Se a pena imposta for superior a 4, mas não exceder a 8 anos: inicia 
em regime semi-aberto. 
c) Se a pena for igual ou inferior a 4 anos: inicia em regime aberto. 
d) Se o condenado for reincidente: inicia em regime fechado, não 
importando a quantidade da pena imposta. Todavia o STF permitiu 
que, embora reincidente, o sentenciado anteriormente condenado a 
pena de multa pudesse iniciar o cumprimento da pena em regime 
aberto, desde que sua pena fosse inferior ou igual a 4 anos. O STJ 
também flexibilizou o rigor dessa regra ao editar a súmula 269, 
estabelecendo que, mesmo no caso de reincidente , o juiz poderá 
fixar o regime semi-aberto, e não o fechado, quando a pena privativa 
de liberdade imposta na sentença penal condenatória não exceder a 
4 anos. 
e) Se as circunstancias do art. 59 do CP forem desfavoráveis ao 
condenado: inicia em regime fechado. 
 Não se tratando de pena superior a 8 anos, a imposição de regime 
inicial fechado depende de fundamentação adequada em face do 
que dispõem as alíneas b, c e d do parágrafo 2º do art. 33 do CP, e 
também do §3º c/c com art. 59. 
 Nesse sentido é o teor da Súmula 719 do STF: “A imposição do 
regime de cumprimento mais severo do que a pena aplicada 
permitir exige motivação idônea”. 
- Gravidade do delito: por si só não basta para determinar a 
imposição do regime inicial fechado, sendo imprescindível 
verificar o conjunto das circunstancias do art. 59 do CP. Conforme 
Súmula 718 do STF: “A opinião do julgador sobre a gravidade em 
abstrato do crime não constitui motivação idônea para imposição 
de regime mais severo do que o permitido segundo a pena 
aplicada. 
- Regimes penitenciários iniciais da pena de detenção: 
a) Se a pena for superior a 4 anos: inicia em regime semi-aberto. 
b) Se a pena for igual ou inferior a 4 anos: inicia em regime 
aberto. 
c) Se o condenado for reincidente: inicia no regime mais gravoso 
existente, ou seja, no semi-aberto. 
d) Se as circunstancias do art. 59 do CP forem desfavoráveis ao 
condenado: inicia no regime mais gravoso existente, ou seja, no 
semi-aberto. 
- IMPORTANTE: não existe regime inicial fechado na pena de 
detenção (CP, art. 33, caput), a qual começa obrigatoriamente 
em regime semi-aberto ou aberto. O STJ já decidiu que o 
regime inicial de cumprimento da pena de detenção deve ser o 
aberto ou semi-aberto, admitindo o regime fechado apenas 
em caso de regressão. 
 
- Regime inicial na pena de prisão simples: 
 Também não existe regime inicial fechado, devendo a pena ser 
cumprida em semi-aberto ou aberto, em estabelecimento 
especial ou seção especial de prisão comum, sem rigor 
penitenciário (LCP, art. 6º). A diferença, em relação à pena de 
detenção, é que a lei não permite o regime fechado nem mesmo 
em caso de regressão, ao contrário do que acontece na pena de 
detenção. A regressão,quanto à pena de prisão simples, só 
ocorre do aberto para o semi-aberto. 
 Diferenças entre Reclusão e Detenção: 
a) A reclusão pode ser cumprida nos regimes fechado, semi-
aberto ou aberto. Já a detenção, somente nos regimes semi-
aberto e aberto. 
b) No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e 
detenção, executa-se aquela por primeiro e, posteriormente 
será cumprida a pena de detenção. 
c) A reclusão pode ter como efeito da condenação a incapacidade 
para o exercício do poder familiar, tutela ou curatela, nos 
crimes dolosos cometidos contra filho, tutelado ou curatelado. 
Esse efeito não é possível na pena de detenção. 
d) A reclusão acarreta na internação em caso de imposição de 
medida de segurança, enquanto na detenção o juiz pode 
aplicar o tratamento ambulatorial. 
 
 PROGRESSÃO DE REGIMES 
- A legislação brasileira adota o sistema inglês ou 
progressivo, materializado no art. 112 da LEP e art. 33, 
§2º, do CP. Assim, a pessoa condenada a cumprir sua 
pena em determinado regime, desde que preenchidos 
alguns requisitos, poderá migrar para o mais benigno, 
até que, com o cumprimento total da pena, esta restará 
extinta. 
- Para que se admita a progressão de regime, é 
necessária a satisfação de dois requisitos: 
a) Objetivo – cumprimento de parte da pena privativa de 
liberdade; 
b) Subjetivo – mérito do condenado. 
- O requisito objetivo, a depender da natureza do crime 
praticado, poderá variar. Assim, tem-se a seguinte situação: 
I) Para os crimes “comuns”, o condenado deverá cumprir 1/6 
(um sexto) da pena para poder migrar para o regime mais 
benigno; 
II) Para os crimes hediondos (assim definidos no art. 1º da Lei 
8.072/90) e equiparados (tráfico de drogas, tortura e 
terrorismo), o condenado deverá cumprir 2/5 (dois quintos) da 
pena, se primário, ou 3/5 (três quintos) da pena, se 
reincidente. 
 
- Ao lado disso, é indispensável que o condenado satisfaça o 
requisito subjetivo, qual seja, o bom comportamento 
carcerário, assim consignado em atestado emitido pela 
autoridade administrativa competente (diretor do 
estabelecimento penal). 
 - Exige-se, para a progressão de regime, que o condenado 
obtenha parecer favorável em exame criminológico? 
 Desde a edição da lei 10.792/03, o exame criminológico, 
mencionado no art. 112 da LEP, deixou de ser requisito 
indispensável à progressão de regime. 
 Contudo, mais recentemente, o STF, após editar a súmula 
vinculante nº 26, passou a admitir a exigência de exame 
criminológico àqueles condenados por crimes hediondos, 
desde que as peculiaridades do caso indiquem que a medida 
é necessária. O mesmo se deu no âmbito do STJ, que editou 
a Súmula 439, que, em suma, prevê ser admissível o exame 
criminológico, desde que as peculiaridades do caso indiquem 
que seja necessário, e desde que haja decisão motivada 
nesse sentido. 
- Crimes cometidos contra a administração pública: a 
progressão de regime, consoante determina o art. 33, §4º, 
do CP, somente será admissível após o condenado haver 
reparado o dano causado ao erário ou devolvido o produto 
do ilícito cometido, com os devidos acréscimos legais. 
- Crimes hediondos ou equiparados: após o advento da lei 
11.464/07, inspirada no julgamento pelo STF do HC 82.959-
SP, no qual se declarou incidentalmente a 
inconstitucionalidade do regime integralmente fechado 
previsto, àquela ocasião, no art. 2º, §1º, da lei 8.072/90, 
não mais se pode falar em vedação à progressão de regime. 
Apenas se imporá ao condenado o regime inicialmente 
fechado, admitindo-se a progressão após o cumprimento de 
2/5 ou 3/5 da pena, a depender, respectivamente, de ser 
primário ou reincidente.

Outros materiais