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DPC3_T3_Teoria Geral da Execução_Responsabilidade

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR - UCSAL
FACULDADE DE DIREITO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III
 Tema 03: 	TEORIA GERAL DA EXECUÇÃO III
Responsabilidade Patrimonial. Bens do devedor. Sucessor. Bens em poder de terceiros. Sócio. Cônjuge. Fiador. Fraude à Execução. Processo e procedimento. Embargos do devedor. Impugnação.
RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. BENS DO DEVEDOR.
 BENS EM PODER DE TERCEIROS, ETC.
A matéria versada neste tópico, está disciplinada no art. 591, e seguintes, do CPC.
A base da responsabilidade patrimonial é encontrada, primeiramente, no art. 591: “ O devedor responde, para o cumprimento de suas obrigações, com todos os seus bens presentes e futuros, salvo as restrições estabelecidas em lei”. Complementarmente, encontramos a seguinte determinação legal de responsabilidade patrimonial, no art. 592, rezando que “ficam sujeitos à execução os bens:” descritos nos incisos I a V, conforme se vê adiante:
“Da responsabilidade patrimonial
.....................................................................................................
É importante, ainda, lembrar que as regras sobre responsabilidade patrimonial são autônomas em relação às regras sobre a legitimação passiva para o processo de execução. Os legitimados passivos para a execução são os devedores e como tais seus patrimônios responderão pela divida em caráter primário e direto. A execução, porém, poderá atingir bens de terceiros, sem que sejam citados para a execução, nas seguintes condições: 
I – 	do sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada em direito real ou obrigação reipersecutória (art. 592, II).
II – 	do sócio, nos termos da lei (art. 592, II). 
 
 Em certos casos e tipos de sociedade os sócios podem responder subsidiariamente pela divida da sociedade. É a lei civil ou comercial que disciplina essas hipóteses.
III –	do devedor quando em poder de terceiros (art. 592, III). 
 Não é a circunstancia eventual de os bens do devedor estarem em poder de terceiros que poderia excluí-los da execução. A responsabilidade atinge-os inequivocamente.
IV – 	do cônjuge, nos casos em que seus bens próprios, reservados ou de sua meação, respondem pela divida (art. 592, IV). 
V – 	alienados ou gravados com ônus real em fraude de execução, (art. 592, V).” 
“Considera-se em fraude de execução a alienação ou oneração de bens (art. 593): I – quando sobre eles pender ação fundada em direito real. II quando, ao tempo da alienação ou oneração, corria contra o devedor demanda capaz de induzi-lo à insolvência; III – nos demais casos expressos em lei”.
Ainda no que diz respeito à responsabilidade patrimonial, convém transcrever artigos do CPC para colocação em sala de aula:
“Art. 594. O credor, que estiver, por direito de retenção, na posse de coisa pertencente ao devedor, não poderá promover a execução sobre outros bens senão depois de excutida a coisa que se achar em seu poder.
	Art. 595. O fiador, quando executado, poderá nomear à penhora bens livres e desembaraçados do devedor. Os bens do fiador ficarão, porém, sujeitos à execução, se os bens do devedor forem insuficientes à satisfação do direito do credor.
	Parágrafo único. O fiador, que pagar a divida, poderá executar o afiançado, nos autos do mesmo processo.
	Art. 596. Os bens particulares dos sócios, não respondem pelas dividas da sociedade senão nos casos previstos em lei; o sócio, demandado pelo pagamento da dívida, tem direito a exigir que sejam primeiro excutidos os bens da sociedade.
	§ 1º . Cumpre ao sócio, que alegar o beneficio deste artigo, nomear bens da sociedade, sitos na mesma comarca, livres e desembaraçados, quantos bastem para pagar o débito.
	§ 2º . Aplica-se aos casos desse artigo, o disposto do parágrafo único do artigo anterior.
	Art. 597. O espólio responde pelas dívidas do falecido; mas , feita a partilha, cada herdeiro responde por elas na proporção da parte que na herança lhe cabe.
 
FRAUDE À EXECUÇÃO
A fraude à execução se configura quando o devedor, ou parte interessada , por meios escusos, promove o desfazimento dos seus bens, geralmente por alienação, doação, testamento, ou outra qualquer forma de transferência, ou gravame, do seu patrimônio, em tentativa, que pode ser frustada, de inviabilizar a apreensão dos mesmos por ato judicial.
No particular, melhor analisar a doutrina destacada : 
“Fraude de execução...
	O devedor pode no correr do processo de conhecimento, ou mesmo no executório, praticar atos que objetivem fraudar a execução, seja alienando, seja onerando bens, isto é, vendendo, doando, ou constituindo direito real sobre eles, como ocorre com a hipoteca e o penhor.
	Os atos de alienação ou de oneração de bens em fraude de execução não são nulos nem anulados, mas apenas ineficazes com relação à execução instaurada ou a se instaurar. 
Por ser ineficazes os atos alienatórios ou de oneração, não há mister nenhum processo para declarar a ineficácia. Basta simples determinação judicial, para que os bens sejam constritos, expropriados ou devolvidos.
Quando a execução recai em bens alienados em fraude de execução, tem-se caso típico de responsabilidade patrimonial de terceiro, ou seja, sujeito passivo do processo e devedor é um e a responsabilidade é de bens do outro.
O terceiro não é executado, ou seja, não é parte na execução. Seus bens é que por ela vão responder. Sendo terceiro, não pode embargar como devedor, embora dele possa ser assistente litisconsorcial (ar.t 593 c/c o art. 54). Os embargos que pode manejar são os de terceiro, onde, inclusive, se discute a respeito da fraude.”
 
- 	In Ernane Fidelis dos Santos - Manual do Direito Processual Civil, Volume 2, Editora Saraiva, Vol 2, pág. 71 – 
......................................................................................................................................
“Fraude de execução. Configura-se quando a alienação do bem é posterior à citação no processo de conhecimento, não se exigindo o processo de execução (1º TACciv. SP, Ag 507465, Re. Juiz Ferraz Nogueira J. 26.5.1992).”
- 	In Nelson Néri Junior - Código Processo Civil Comentado, 9ª Edição revista - 2006, Editora Revista dos Tribunais, pág. 827 – 
PROCESSO E PROCEDIMENTO, EMBARGOS DO DEVEDOR. IMPUGNAÇÃO.
Na execução do título extrajudicial
No processo e no procedimento dos embargos do devedor, que constitui sua defesa, observar-se-ão as prescrições contidas nos arts. 736 a 740 do CPC, observadas as alterações impostas pela Lei nº. 11.382/2006, aqui transcritos para discussão em sala de aula :
“Art. 736 . O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá opor-se à execução por meio de embargos. 
Parágrafo Único – Os embargos à execução serão distribuídos por dependência, autuados em apartado, e instruídos com cópias (art. 544, § 1º, in fine ) das peças processuais relevantes.
Art. 737 . (revogado pela Lei nº. 11.382, de 06/12/2006)
Art. 738 . Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data da juntada aos autos do mandado de citação. 
 
§ 1º - Quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles embargar conta-se a partir da juntada do respectivo mandado citatório, salvo tratando-se de cônjuges.
§ 2º - Nas execuções por carta precatória, a citação do executado será imediatamente comunicada pelo juiz deprecado ao juiz deprecante, inclusive por meios eletrônicos, contado-se o prazo para embargos a partir da juntada aos autos de tal comunicação.
§ 3º Aos embargos do executado não se aplica o disposto no art. 191 desta lei. 
Art. 739 . O Juiz rejeitará liminarmente os embargos: 
 
 I – 	Quando intempestivos;
 
II – 	Quando inepta a petição (art. 295); ouIII – 	quando manifestamente protelatórios.
Art. 739 – A – Os embargos do executado não terão efeito suspensivo.
§1º - O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando, sendo relevantes seus fundamentos, o prosseguimento da execução manifestamente possa causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação, e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.
§ 2º - A decisão relativa aos efeitos dos embargos poderá, a requerimento da parte, ser modificada ou revogada a qualquer tempo, em decisão fundamentada, cessando as circunstancias que a motivaram.
§ 3º - Quando o efeito suspensivo atribuídos aos embargos disser respeito apenas a parte do objeto da execução, essa prosseguirá quanto à parte restante. 
§ 4º - A concessão do efeito suspensivo aos embargos oferecidos por um dos executados não suspenderá a execução contra os que não embargaram, quando o respectivo fundamento disser respeito exclusivamente ao embargante.
§ 5º - Quando o excesso de execução for fundamento dos embargos, o embargante deverá declarar na petição inicial o valor que entende correto, apresentando memória do cálculo, sob pena de rejeição liminar dos embargos ou de não conhecimento desse fundamento.
§ 6º - A concessão do efeito suspensivo não impedirá a efetivação dos atos de penhora e de alienação dos bens.
Art. 739 – B – a cobrança de multa ou de indenizações decorrentes de litigância de má fé (arts. 17 e 18) será promovida no próprio processo de execução, em autos apensos, operando-se por compensação ou por execução.
Art. 740 . Recebidos os embargos, será o exeqüente ouvido no prazo de 15 (quinze) dias; a seguir, o juiz julgará imediatamente o pedido (art. 330) ou designará audiência de conciliação, instrução e julgamento proferindo sentença no prazo de 10 (dez) dias. 
Parágrafo Único – No caso de embargos manifestamente protelatórios, o juiz imporá, em favor do exeqüente, multa ao embargante em valor não superior a 20% (vinte por cento) do valor da execução.
Na execução do título judicial
No procedimento executório de título judicial, a impugnação não tem efeito suspensivo, mas a ela pode ser deferido o efeito suspensivo, nos termos do CPC : “Art. 475-M. A impugnação não terá efeito suspensivo, podendo o juiz atribuir-lhe tal efeito, desde que relevantes seus fundamentos e o prosseguimento na execução seja manifestamente suscetível de causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação.”
Os §§ 1º ao 3º desse artigo estabelecem as condições para a suspensividade dos efeitos da sentença, em face da impugnação, bem assim para recursos, merecendo exame cuidadoso do estudante.
Vale registrar que o cumprimento da sentença, ou seja a sua execução, está regida, no Código modificado, pelos artigos 475 I e ss. do CPC, valendo destaque para este artigo : “O cumprimento da sentença far-se-á conforme os arts. 461 e 461 A, desta lei ou, tratando-se de obrigação por quantia certa, por execução, nos termos dos demais artigos deste capitulo”.
Obs: Fica recomendado ao estudante o estudo sistematizado dos mencionados artigos que dizem respeito a execução de títulos judicial e à respectiva impugnação. Isto a título de atividade dirigida, até porque, em vista da complexa peculiaridade da matéria, não se pode lecioná-la em tão curto espaço de tempo, sem prejuízo do estudo das cautelares e sob pena de comprometer a qualidade pedagógica (art. 475–A e ss.). 
_________________________________________________________
APOSTILA DE RESPONSABILIDADE DO PROFº. LUIZ SOUZA CUNHA.
AUTORES CITADOS E CONSULTADOS
Ernane Fidelis dos Satnos	Manual de Direito Processual Civil
	 Vols. 1 e 2 - 10ª Edição
Nelson Neru Junior 	Código de Processo Civil Comentado
Rosa Maria de Andrade Nery	Vol. único - 9ª Edição 
Atenção:	A apostila é, tão somente, um resumo da matéria que pode ser aprendida pelo aluno. Ela deve servir de guia do ensino-aprendizado, sob orientação pedagógica.
	
	Esta apostila se destina, pois, exclusivamente ao estudo e discussão do texto em sala de aula, como diretriz do assunto, podendo substituir os apontamentos de sala de aula, a critério do aluno.
 	
	Consulte a bibliografia anteriormente indicada além de outros autores.
Atualização maio/2011
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DPC3_T3_Teoria Geral da Execução III_Responsabilidade

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