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DPC3_T6_Execuçao pro quantia certa

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR - UCSAL
FACULDADE DE DIREITO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III
Tema 06.	Execução por quantia certa contra devedor solvente. Disposições gerais. Procedimento Inicial. Citação, penhora e alienação dos bens.
DISPOSIÇÕES GERAIS
Todo aquele que seja titular de direito de crédito, ou seja, que tenha este crédito representado por título judicial, ou extrajudicial, elencado em quaisquer dos arts. 585 e 475 do CPC (de consulta obrigatória do aluno), pode promover a execução de quantia certa, desde que esse título, como é óbvio, se apresente como líquido, certo e exigível e corresponda a uma obrigação do devedor de pagar em dinheiro, ao credor, a quantia certa.
Sabe-se que, quando o título judicial contém decisão genérica quanto ao objeto da condenação, em primeiro lugar promove-se, por quaisquer dos meios, a liquidação da sentença para, ao depois, promover o cumprimento.
De outra sorte, também se dá a execução por quantia certa quando necessária a substituição ou conversão, por esta, da execução para entrega da coisa certa ou incerta, in natura, ou da execução da obrigação de fazer ou não fazer, por exemplos. Exatamente quando aquela se configura imprescindível, ou ante a omissão do obrigado/devedor no cumprimento da obrigação, tanto mais quando, não podendo ele ser constrangido a praticar qualquer ato, essas mencionadas obrigações se convertem em indenização por perdas e danos. Neste caso, a obrigação se converte em pagamento em dinheiro, estipulado por quantia certa.
Nesse tipo de execução (quantia certa), responde pela obrigação, em termos de garantia ao direito do credor, todos os bens do devedor, presentes e futuros. Por isso mesmo, nos bens do devedor, que constituem o seu patrimônio, com a ressalva daqueles absolutamente impenhoráveis, a exemplo do que é estabelecido em lei (art. 649), está o objeto imediato da execução, eis que a execução por quantia certa tem como objetivo expropriar bem ou bens (tantos quantos bastem) do patrimônio do devedor, a fim de satisfazer o direito do credor:
“Art. 646. A execução por quantia certa tem por objeto expropriar bens do devedor, a fim de satisfazer o direito do credor (art. 591).”
Impõe, agora, falar sobre devedor solvente, objeto do tema. Consoante preleciona Moacyr Amaral Santos (obr. cit., pág. 277):
“Nesta espécie de execução cumpre verificar se o devedor é solvente ou insolvente, pois, conforme o seja, tal será o procedimento.
	Será solvente o devedor quando o seu patrimônio abrange bens suficientes para pagamento das dívidas, isto é, quando o seu patrimônio representa um ativo superior ao seu passivo, será insolvente, quando o seu patrimônio represente um ativo inferior ao seu passivo, isto é, quando as dívidas excedam à importância dos bens compreendidos no seu patrimônio (Cód. Proc. Civil, art. 748).”
O estudo de execução contra devedor insolvente, será feito em conteúdo programático prescrito no tema próprio.
Seguro, o credor, de que o devedor é solvente, e não se dispondo, este, de cumprir a obrigação, pode dar início à execução, mediante a prática dos atos processuais próprios. Basicamente tais atos implicam em atividades finalísticas, quais sejam:
Penhora - apreensão dos bens do devedor;
Arrematação - transformação dos bens em dinheiro, mediante 		 	 expropriação;
Pagamento - entrega do produto ao exeqüente. 
PROCEDIMENTO INICIAL
Segundo Leibman, citado por Moacyr Amaral Santos, “Compreende, assim, esse procedimento, três fases, a que... denomina de proposição, instrução e entrega do produto”. 									(idem)
A fase da proposição tem início com a petição inicial, que encerra proposta por petição escrita do credor, dirigida ao Juízo Competente, e da qual constarão:
a) 	o nome, o prenome, a residência ou domicílio, a profissão e o estado civil do credor e do devedor;
b) a fundamentação do pedido, bastando fazer-se menção ao título executivo e ao inadimplemento do devedor;
c) 	o pedido executivo, isto é, o de que se expeça mandado executivo contra o devedor para, tomando conhecimento da ação, pagar ou nomear bens à penhora no prazo de 03 dias;
d)	o requerimento da citação do devedor para os termos do processo.
A petição inicial deverá ser instruída:
“I. com o título executivo, salvo se ela se fundar em sentença;
 II. 	com demonstrativo do débito atualizado até a data da propositura da ação, quando se tratar de execução por quantia certa;
III.	 com a prova de que se verificou a condição, ou ocorreu o termo.”
 (arts. 475 e ss., 572, 585, 614 e 652 do CPC)
Assim, quando a execução decorrer de sentença definitiva transitada em julgado, encerrando direito certo, com quantia líquida, far-se-á a execução definitiva (cumprimento da sentença) nos próprios autos em que foi proferida a sentença. A execução provisória se processa em autos apartados, instruídos com a juntada das peças principais (art. 475 A e ss.).
Quando se tratar de título extrajudicial, a execução será processada em autos próprios e perante o Juízo competente.
É de bom alvitre fique registrado que o credor não tem prazo para promover a execução, todavia o seu direito é susceptível de prescrição, na conformidade das disposições legais pertinentes.
C I T A Ç Ã O E P E N H O R A
No procedimento executivo extrajudicial, a citação tem finalidade idêntica à dos demais : de dar conhecimento ao executado da ação que contra ele foi proposta; por ela se completa a formação da relação processual; cria-se a oportunidade de defesa, ou do imediato cumprimento da obrigação , querendo, ou quando for o caso.
Um outro ônus importante que a citação cria para o devedor, é marcar o termo para que ele, dentro de 03 dias, pague o devido ou nomeie bem ou bens à penhora.
No processo executivo extrajudicial, a citação se fará por oficial de justiça, ou por edital (arts. 221/222). Também se poderá fazer a citação por edital quando ocorrer arresto dos bens do devedor, conforme preceitua o art. 654 do CPC. Em sendo assim, também poder-se-á fazer por meio de carta precatória. Todavia, na execução, não comporta a citação por hora certa, tanto mais quando, neste caso, a citação por mandado terá de ser pessoal e real (idem, pág. 280).
Igualmente, não cabe citação pelo correio, a teor da nova redação dada ao art. 222 do CPC, nos processos de execução.
Não tendo sido encontrado o executado/devedor, o oficial de justiça poderá arrestar-lhe os bens, tantos quantos bastem para garantia da execução (arts. 653/654).
Nos dez dias seguintes ao arresto, e por três vezes, em dias distintos, o oficial de justiça procurará o executado para proceder a citação. Não o encontrando deverá retornar ao processo e certificar. Ciente do arresto e da certidão do oficial de justiça, o Credor/Exeqüente terá que requerer e providenciar a citação por edital do Executado, dentro de dez dias da intimação.
Decorrido o prazo da citação por edital, o Executado tem 03 dias para pagar ou nomear bens à penhora. Não o fazendo, o arresto será convertido em penhora.
Quando a citação por mandado for realizada, não haverá arresto de bens e o executado terá 03 dias para pagar ou nomear bens à penhora. Não o fazendo, seus bens, os que forem encontrados, serão penhorados.
A defesa do Executado, por título extrajudicial, é oferecida por meio de Embargos, “que se caracterizam por ser um processo incidente, provocado pela ação do devedor, em autos apartados (processo incidental) e apensos ao processo principal”. 
Os embargos são oferecidos no prazo de 15 dias “... contados da data da juntada aos autos do mandado de citação.”
Na defesa, o embargante poderá exercitar toda a matéria constantedos arts. 745, 745–A e 746.
Quanto à penhora, detalhadamente, vide arts. 659/679 do CPC.
Vide art. 743, quanto ao excesso de execução e o 745 e ss., que permite o amplo direito de defesa.
A L I E N A Ç Ã O D E B E N S
No que diz respeito à alienação dos bens, convém conhecermos os ensinamentos teóricos de Frederico Marques (obr. cit.) :
“A expropriação processual é ato do Estado, praticado através do juiz, com que se transfere bem do devedor, independentemente de seu consentimento, a outra pessoa, a fim de satisfazer o direito do credor.
	Ela se torna necessária, na execução por quantia certa, quando a penhora não recai em dinheiro, porque, sendo assim, a apreensão é de coisa diversa daquela devida ao credor.
	A penhora individualiza os bens do devedor destinados a satisfazer o direito do credor e, com isso, prepara a expropriação a ser praticada, para que se dê o pagamento da prestação em dinheiro.
	O ato expropiatório importa em alienação ou transferência de bens, que se opera independentemente do consentimento do devedor, ou do dono desses bens.
	Não existe, ai, ato de direito privado em que o juiz se substitui ao devedor, para consentir na alienação ou transferência. O que há, realmente, é ato processual, de natureza executiva. O Estado, por intermédio do juiz, tira os bens do poder de seu titular e os transfere a outra pessoa, para que, com o produto dessa alienação, se satisfaça o credor. Trata-se de ato de imperium exercido através da tutela jurisdicional. O Estado, no exercício da jurisdição, desapropria os bens do devedor, para compor um litígio e dar a cada um o que é seu. A expropriação, portanto, é ato processual executivo, isto é, ato de tutela jurisdicional.
	Uma vez que, no exercício da jurisdição, cumpre ao Estado solucionar litígios, aplicando o Direito objetivo a fim de dar a cada um o que é seu, - inadmissível se torna assimilar o ato expropiatório a figuras e institutos de Direito privado, em que se regula a alienação ou transferência de bens.”
								(obr. cit., págs. 177/178)
No tocante à alienação dos bens, na prática, obedecer-se-ão às normas prescritas para arrematação, objeto dos arts. 686 a 707 do CPC. (de consulta obrigatória) 
Obs.: O tema seguinte aborda a defesa do executado.
_______________________________________________________
APOSTILA DE RESPONSABILIDADE DO PROFº. LUIZ SOUZA CUNHA.
AUTORES CITADOS E CONSULTADOS :
Moacyr Amaral Santos 	 Direito Processual Civil
 	 3º Vol. 12ª - Edição - 1992
José Frederico Marques 	 Manual de Direito Processual Civil
	 4º Vol. - 7ª Edição - 1987
Humberto Theodoro Júnior 	Curso de Direito Processual Civil
 	Vol. II - 14ª Edição - 1995 
Atenção:	A apostila é, tão somente, um resumo da matéria que pode ser aprendida pelo aluno. Ela deve servir de guia do ensino-aprendizado, sob orientação pedagógica.
	Esta apostila se destina, pois, exclusivamente ao estudo e discussão do texto em sala de aula, como diretriz do assunto, podendo substituir os apontamentos de sala de aula, a critério do aluno.
	Consulte a bibliografia anteriormente indicada além de outros autores.
Atualizada em janeiro/2012
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DPC3_T6_Execução por quantia certa

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