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GRUPO sandra chaves de almeida tiago barreto sostenes felisberto poliane fontes veridiana ferreira Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua 2 Invisíveis, excluídos, sem teto. Muitos são os nomes dados às pessoas que vivem em situação de rua nas grandes cidades brasileiras. O acesso aos cuidados básicos de saúde e a exclusão social estão entre as maiores dificuldades enfrentadas por essa população. Centro Pop Unidade pública onde se ofertam serviços especializados e continuados a famílias e indivíduos nas diversas situações de violação de direitos na perspectiva de potencializar e fortalecer sua função protetiva. Marco Histórico 1990/1993 Fórum Nacional de Estudos sobre População de Rua 1995 Grito dos Excluídos 2005 Aprovação da Lei para programas específicos de assistência social para pessoas que vivem em situação de rua 2009 CIAMP Quem são os usuários do Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua. Em conformidade com a Tipificação Nacional, constituem público deste Serviço: jovens, adultos, idosos e famílias que utilizam as ruas como espaço de moradia e/ou sobrevivência. Quem é o morador de rua? O morador de rua são pessoas na maioria dos casos usuários de drogas e álcool e que sai de casa pelo motivo de ser usuário e que quer liberdade,e acaba passando necessidade por pensar somente na droga e esquecer de tudo da vida, mas são pessoas com sonhos como todos e muitos pensam em sair das drogas. Onde vivem? São pessoas compelidas a habitar logradouros, (praças, jardins, canteiros, marquises, viadutos) e áreas degradadas (prédios abandonados, ruínas, carcaças de veículos) como espaço de moradia e de sustento, de forma temporária ou permanente, bem como unidades de serviços de acolhimento para pernoite temporário ou moradia provisória. Como vivem? Destituídos de seus direitos, eles lutam pela sobrevivência e vivem a mercê das políticas.É através de doações da sociedade civil que essa população sobrevive enfrentando a fome,o desemprego,a invisibilidade o preconceito e o desapego. Sem identidade, sem vínculos, sem saneamento , sem sala, cozinha e banheiro.Essas pessoas adoecem perdendo a auto-estima e a confiança em si mesma,o que as leva buscar um grupo de identificação resultando em alcoolistas e dependentes de substâncias psicoativas como o Crack. Como acessar o Pop Acesso direto: Para acesso aos serviços, as pessoas podem ir diretamente as unidades. Acesso por encaminhamento: Realizado por identificação e encaminhamento dos CRAS, CREAS, CAPE,e outros serviços da Rede de Assistência Social, das demais políticas públicas setoriais, e órgãos do Sistema de Garantia de Direitos. Composição da equipe do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua - 1 Coordenador (a); - 02 Assistentes Sociais; - 02 Psicólogos (as); - 01 técnico de nível superior, preferencialmente com formação em Direito, Pedagogia, Antropologia, Sociologia, Arte-educação, Terapia Ocupacional; - 04 profissionais de nível superior ou médio para a realização da abordagem social, o desenvolvimento de oficinas socioeducativas, dentre outras atividades; - 02 auxiliar administrativo Atualmente os serviços apresentam as seguintes ofertas. abordagens sistemáticas nas ruas e pontos de concentração desta população; encaminhamentos para os núcleos de serviços e convivência, centros de acolhida e centros de acolhida especiais (públicos específicos como idosos, mulheres e catadores). Além destes serviços também possui uma rede para estímulo à geração de renda e capacitação profissional. Os princípios da atenção ofertada no Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua. Ética e respeito à dignidade, diversidade e não-discriminação; Especialização e qualificação no atendimento; Acesso a direitos socioassistenciais; Organização, Mobilização e Participação Social; Trabalho em rede; Relação com a cidade e a realidade do território. Os objetivos do Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua Possibilitar condições de acolhida na rede socioassistencial; Contribuir para a construção de novos projetos de vida, respeitando as escolhas dos usuários e as especificidades do atendimento; Contribuir para restaurar e preservar a integridade e a autonomia da população em situação de rua; Promover ações para a reinserção familiar e/ou comunitária. São normativas que tratam da atenção às pessoas em situação de rua: Política Nacional de Assistência Social Decreto s/nº, de 25 de outubro de 2006 Lei nº 11.258 de 2005 Portaria MDS nº 381, de 12 de dezembro de 2006 do MDS Resolução do Conselho Nacional de Assistência Social Portaria Nº 843, dezembro dde 28 de e 2010 Decreto nº 7.053, de 23 de dezembro de 2009 Resolução da Comissão Intergestores Tripartite Instrução Operacional conjunta Secretaria Nacional de Assistência Social Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais Os municípios brasileiros que possuem mais moradores em situação de rua Rio de Janeiro (4.585) Goiânia (563) Salvador (3.289) Juiz de Fora (607) Curitiba (2.776) Brasília (1.734) Fortaleza (1.701) São José dos Campos (1.633) Campinas (1.027) Santos (713) Nova Iguaçu (649) O diagnóstico socioterritorial, se elaborado de forma correta, traz diversos benefícios prévios ao centro-pop, tais como, segundo o MDS, Brasil, 2013. O conhecimento dos modos de vida dessa população (suas dificuldades, necessidades e potencialidades); Políticas, programas, serviços e benefícios que conseguem acessar; Suas redes sociais de apoio formais e informais; Demandas de acesso (a diversas políticas públicas, documentação, órgãos de defesa de direitos, etc); Desafios e deslocamentos necessários à equipe do Centro de Referência para oferta da atenção a esse público. Segundo o MDS, Brasil, 2013, em conjunto com a UNESCO, foram identificados na Pesquisa Nacional alguns dados sobre o perfil desta população. 82% do sexo masculino; 53% com idade entre 25 e 44 anos; 67% são negros; A maioria (52,6%) recebe entre R$20,00 e R$80,00 semanais; Composta, em grande parte, por trabalhadores – 70,9% exercem alguma atividade remunerada; Apenas 15,7% pedem dinheiro como principal meio para a sobrevivência; Parte considerável é originária do município onde se encontra, ou locais próximos; 69,6% costuma dormir na rua, sendo que cerca de 30% dorme na rua há mais de 5 anos; 22,1% costuma dormir em albergues ou outras instituições; 95,5% não participa de qualquer movimento social ou associativismo; 24,8% não possuem quaisquer documentos de identificação; 61,6% não exerce o direito de cidadania elementar que é o voto; 88,5% não é atingida pela cobertura dos programas governamentais, ou seja, afirma não receber qualquer benefício dos órgãos governamentais.
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