Buscar

CICLO MENSTRUAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ÓRGÃOS INTERNOS 
Útero, os ovários, as tubas uterinas e a vagina. 
OVÁRIOS: são órgãos pares, sendo responsáveis pela 
origem dos ovócitos (células germinativas femininas ou 
gametas) e pela função endócrina de produção dos 
hormônios sexuais. 
ÚTERO: é um órgão oco, sendo o local onde o embrião 
é levado para ocorrer o desenvolvimento. 
É composto de 3 camadas concêntricas sendo o 
endométrio a camada interna, o miométrio a camada 
muscular média e o perimétrio a camada mais externa. 
O endométrio é o responsável por sofrer alterações 
durante o ciclo menstrual que permite o sangramento. 
O útero também é dividido em 3 segmentos: colo 
uterino (mais abaixo, ligada ao canal vaginal), corpo 
uterino e fundo uterino (ligado as tubas uterinas). 
 
TUBAS UTERINAS: antigamente chamadas de trompas 
de falope, também são órgãos pares, sendo 
responsáveis por fazer a ligação entre os ovários e o 
útero, permitindo a condução dos ovócitos liberados 
pelo ovário para o interior da cavidade uterina. É na 
tuba uterina que ocorre a fertilização, geralmente na 
parte da ampola. 
VAGINA: é definida como um canal muscular que liga o 
colo do útero até a área externa do corpo, através do 
óstio da vagina. 
ÓRGÃOS EXTERNOS 
monte do púbis, grandes lábios, pequenos lábios e 
clítoris e abertura da uretra e abertura da vagina. 
 
 
MONTE DO PÚBIS: ele é definido como uma região rica 
em tecido adiposo e pelos pubianos, sendo localizado 
em frente a sínfise púbica. 
GRANDES LÁBIOS: são pregas cutâneas responsáveis 
pela proteção das estruturas externas, como o óstio da 
uretra, o clitóris e a entrada da vagina, sendo auxiliados 
pelos pequenos lábios que circundam o vestíbulo da 
vagina, atuando como fator de proteção auxiliar. 
CLITORIS: é responsável principalmente pela 
estimulação sexual, sendo um órgão erétil com grande 
quantidade de terminações nervosas sensitivas 
responsáveis pelo prazer. 
 
 
 
A fisiologia menstrual é determinada pela sincronia 
extremamente refinada entre hormônios secretados 
por diversos órgãos, com ação autócrina e parácrina, e, 
também, pela atividade de neurotransmissores que 
atuam como inibidores ou estimuladores dessa 
secreção de hormônios. 
Todos os mecanismos ocorrem em torno do eixo 
principal composto por hipotálamo, hipófise e ovários – 
o eixo hipotálamo-hipófise-ovariano (HHO) –, que 
recebe a interferência de áreas como córtex cerebral, 
adrenais e tireoide, e é modulado por hormônios 
secretados pelo hipotálamo, pela hipófise e pelo ovário, 
além dos hormônios que compõem o próprio eixo. 
Sendo assim, alterações na secreção, no metabolismo 
ou na excreção desses hormônios ou de seus 
reguladores determinam o comportamento do ciclo 
ovulatório e interferem em sua regularidade, bem 
como no volume e na duração dos fluxos menstruais. 
Dentro do hipotálamo, núcleos específicos liberam 
GnRH em pulsos. Esse decapeptídeo liga-se a 
receptores superficiais de gonadotrofos na adeno-
hipófise. Em resposta, os gonadotrofos secretam 
gonadotrofinas glicoproteicas, isto é, Hormônio 
Luteinizante (LH) e Hormônio Folículo-Estimulante 
(FSH), na circulação periférica. 
Dentro do ovário, LH e FSH ligam-se às células tecais e 
da granulosa para estimular a foliculogênese e a 
produção ovariana de uma variedade de hormônios 
esteroides (androgênios, estrogênios e progesterona), 
de peptídeos gonadais (activina, inibina e folistatina) e 
de fatores de crescimento. Entre outras funções, estes 
fatores de origem ovariana retroalimentam o 
hipotálamo e a hipófise para inibir ou, no pico 
intermediário do ciclo, aumentar a secreção de GnRH e 
de gonadotrofinas. 
 
ANTES DO PERIODO OVULATÓRIO: O LH se liga aos seus 
receptores na célula da teca, aumentando a quantidade 
de AMP cíclico, que ativa a enzima adenilato ciclase 
(AC). Então, é induzida a biossíntese de hormônios 
esteroides a partir do colesterol. 
Os andrógenos saem por difusão das células da teca e 
vão para a célula da granulosa (folicular). A célula da 
granulosa possui receptores de FSH, que também 
estimula a enzima adenilato ciclase, que, quando 
ativada, aumenta a AMP cíclico, que, por sua vez, é 
capaz de ativar a enzima aromatase, que transforma os 
andrógenos sintetizados das células da teca em 
estrogênio. 
CURIOSIDADE: tecido adiposo expressa grande 
quantidade de aromatases, então, acaba-se 
convertendo grande quantidade de andrógenos em 
estrogênio no tecido adiposo. Em mulheres pós 
menopausa é um fator determinante de câncer de 
útero, pois ela consegue manter níveis alto de 
estrogênio, que é capaz de proliferar o endométrio. 
PÓS PERIODO OVULATÓRIO: A célula da granulosa 
também começa a expressar receptores de LH, 
assumindo assim o processo de formação de esteroide. 
ORIGEM DOS ESTROGÊNIOS E ANDROGÊNIOS 
Os estrogênios circulantes nas mulheres em idade 
reprodutiva são constituídos de uma combinação de 
estradiol com a estrona (menos potente). 
O estradiol é o principal estrogênio produzido pelos 
ovários durante a menacme. Sua produção deriva 
diretamente da síntese pelos folículos em 
desenvolvimento e da conversão da estrona. A estrona 
é secretada diretamente pelos ovários e, também, pode 
ser oriunda da conversão da androstenediona nos 
tecidos periféricos. 
Quanto aos androgênios, os ovários produzem 
principalmente a androstenediona e testosterona, além 
de pequena quantidade de Desidroepiandrosterona 
(DHEA). 
Cerca de 25% da testosterona circulante é secretada 
pelos ovários, 25% pelas suprarrenais e os 50% 
restantes são produzidos a partir da conversão 
periférica de androstenediona. 
EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-OVÁRIOS 
HIPOTÁLAMO 
O hipotálamo encontra-se na base do cérebro, 
imediatamente acima da junção dos nervos ópticos. 
Seus neurônios são especialmente importantes na 
produção dos hormônios: hormônio liberador de 
gonadotrofinas (GnRH), hormônio liberador do 
hormônio de crescimento (GHRH), hormônio liberador 
de corticotrofinas (CRF), hormônio liberador de 
tireotrofinas (TRH). 
Em relação à produção do GnRH, o hipotálamo é 
influenciado tanto por sinais extrínsecos e intrínsecos 
ao SNC, quanto pelo controle do ovário. 
A influência exercida pela secreção ovariana sobre o 
hipotálamo é denominada de feedback, sendo este 
positivo quando os esteroides ovarianos estimulam a 
produção do GnRH, e negativo quando a secreção 
ovariana inibe a produção do GnRH. Além disso, o 
próprio GnRH controla sua produção, agindo 
diretamente no hipotálamo, então quando está 
disponível em grande quantidade ele atua reduzindo 
sua produção, já quando está presente em níveis 
baixos, age estimulando sua liberação. 
O hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH), 
produzido no hipotálamo, exerce papel obrigatório no 
controle da secreção de gonadotrofinas, como o 
próprio nome indica. Sendo responsável pela indução 
da liberação destas substâncias pela hipófise anterior. 
O hipotálamo apresenta ciclos característicos de 
liberação de seus produtos (GnRH, TRH, ACTH etc.) 
devido a centros tipo marcapasso. Algumas dessas 
substâncias são liberadas periodicamente. Outras, em 
ciclos circadianos, que podem estar relacionados a 
situações fisiológicas, como o ciclo do sono ou ingestão 
de alimentos, entre outros estímulos. 
Quanto à função reprodutiva, o GnRH é o principal 
hormônio. Na mulher, ele é liberado de uma forma 
pulsátil, sendo sua periodicidade e amplitude críticas 
para determinar a liberação correta e fisiológica do FSH 
e LH (produzidos na adenohipófise). Na menina, o 
centro hipotalâmico encontra-se bloqueado até o 
período da puberdade, quando ocorre sua liberação por 
razões ainda não bem estabelecidas, supondo-se haver 
a participação de fatores ambientais, dos opioides 
endógenos, do peso corporal e da quantidade de 
gordura corporal, entre outros. 
 
HIPÓFISE 
É uma glândula neuroendócrina situada na sela túrcica, 
e édividida em adeno-hipófise e neuro-hipófise. A 
adeno-hipófise é responsável pela secreção dos 
hormônios folículo-estimulante (FSH) e luteinizante 
(LH), hormônio estimulante da tireoide (TSH), hormônio 
adrenocorticotrófico (ACTH), hormônio de crescimento 
(GH) e prolactina (PRL). Já a neuro-hipófise secreta 
ocitocina e vasopressina. 
O GnRH age nas células gonadotróficas da hipófise 
anterior (adeno-hipófise), estimulando-as a sintetizar e 
secretar na corrente sanguínea tanto o FSH quanto o 
LH. No entanto, a secreção de LH é, essencialmente, 
caracterizada por um pico no meio do ciclo menstrual. 
Já a secreção de FSH caracteriza- se por um aumento na 
fase folicular inicial, um platô na fase lútea e acentuada 
elevação na fase lútea tardia. Ou seja, as gonadotrofinas 
são secretadas de forma pulsátil, com frequência e 
amplitude que variam de acordo com a fase do ciclo. Os 
hormônios esteroides, como o estradiol e a 
progesterona, ou fatores ovarianos não-esteroides, 
como a inibida, são os moduladores da secreção de LH 
e FSH. 
FSH: Eleva-se já no final do ciclo anterior (período pré-
menstrual) e é responsável pelo crescimento folicular. 
O FSH atua aumentando o número de receptores de 
FSH e de LH (quanto maior o número de receptores de 
LH melhor será o funcionamento do corpo lúteo) nas 
células da granulosa; aumenta a síntese e liberação de 
inibina e ativina (ação inibitória e estimulatória seletiva 
da liberação do próprio FSH). Cada folículo tem 
sensibilidade própria ao FSH, sendo que o mais sensível 
(o que possuir maior concentração de receptores) 
crescerá mais e será o folículo dominante, sintetizando 
inibina e estradiol em maiores concentrações. Os 
demais folículos sofrem atresia e o dominante é 
conduzido à ovulação. A meia-vida do FSH é de quatro 
horas. 
LH: É sintetizado pela hipófise com ação sobre as células 
da teca, sintetizando principalmente androgênios, além 
dos outros esteroides sexuais. Na fase folicular as 
concentrações de LH são baixas e com a elevação do 
estradiol no meio ciclo há incremento da liberação do 
hormônio luteotrófico, responsável direto pela 
ovulação (pico no meio ciclo). A meia-vida do LH é de 
aproximadamente 20 minutos. 
 
 
OVÁRIOS 
O ovário em funcionamento normal sintetiza e secreta 
hormônios esteroides sexuais – estrogênios, 
androgênios e progesterona – com padrão de controle 
preciso que, em parte, é determinado pelas 
gonadotrofinas hipofisárias, FSH e LH. 
Os produtos secretórios mais importantes da 
biossíntese de esteroides pelos ovários são a 
progesterona e o estradiol. Entretanto, o ovário 
também secreta estrona, androstenediona e 17a−hi- 
droxiprogesterona. Os hormônios esteroides sexuais 
desempenham papel importante no ciclo menstrual 
preparando o útero para implantação do óvulo 
fertilizado. Se a implantação não ocorrer, a 
esteroidogênese ovariana declina, o endométrio 
degenera e ocorre a menstruação. 
Os ovários normais têm a capacidade de sintetizar os 
três hormônios sexuais: estrogênios, progesterona e 
androgênios. A progesterona tem ação conhecida na 
segunda fase do ciclo menstrual, enquanto os 
androgênios são utilizados como precursores dos 
estrogênios. 
Os ovários possuem sistema de dupla célula que é 
responsável pela esteroidogênese: células da teca e 
granulosa. As primeiras sintetizam androgênios que são 
convertidos a estrogênios na camada granulosa. 
Assim, de acordo com a Teoria da Dupla Célula 
Ovariana, as células da teca, sob estímulo de LH, 
sintetizam principalmente testosterona e 
androstenediona, a partir do colesterol, que serão 
convertidos ao estradiol e estrona, respectivamente, 
nas células da granulosa, sob ação da enzima 
aromatase. A inibina é outra substância, de natureza 
proteica, produzida nos ovários e que age 
sinergicamente ao estrogênio inibindo principalmente a 
secreção de FSH. 
FFEDBACK ou RETROALIMENTAÇÃO 
Corresponde à influência dos hormônios ovarianos 
sobre as gonadotrofinas hipofisárias e hipotalâmicas. 
Na maior parte do ciclo menstrual, o retrocontrole é 
inibitório, ou seja, os hormônios ovarianos inibem a 
síntese e liberação das gonadotrofinas hipofisárias (FSH 
e LH), evitando o desenvolvimento de múltiplos 
folículos gonadais. 
A retroação pode ser de alça longa (ovário-hipotálamo), 
curta (ovário-hipófise; hipófise-hipotálamo) ou 
ultracurta (hipotálamo, hipófise e ovário sobre as 
próprias secreções). 
RECONTROLE NEGATIVO 
É o bloqueio da secreção hipofisária e/ou hipotalâmica 
pelos hormônios esteroides (estradiol e progesterona) 
e não esteroides (inibida). Neste contexto, é possível 
concluir que retroação negativa consiste na inibição do 
eixo HHO. 
RECONTROLE POSITIVO 
Caracteriza-se pelo aumento da liberação de 
gonadotrofinas mediada pelos hormônios ovarianos. 
Este tipo de retroação é observado no período puberal: 
o estradiol produzido pelos ovários é capaz de estimular 
a síntese de LH. No meio do ciclo menstrual (14o dia), 
há pico de estradiol (rápida elevação plasmática), que 
culmina por elevar os níveis sanguíneos de LH, 
resultando na ovulação propriamente dita. 
REGULAÇÃO DO SISTEMA HHO 
INIBINAS 
Inibina A e Inibina B. As duas formas inibem a liberação 
hipofisária de FSH. 
A inibina B é secretada principalmente pelas células da 
granulosa de folículos maduros, mediante o estímulo de 
FSH. Portanto, é a forma predominante no líquido 
folicular. 
A inibina A aumenta na fase folicular tardia e atinge sua 
concentração máxima no dia do início do pico do LH. Ela 
é secretada pelas células do corpo lúteo (células 
granulosas luteinizadas) sob controle de LH. 
ATIVINAS 
São substâncias proteicas produzidas nas células 
granulosas e, ao contrário da inibina, têm ação positiva 
sobre a liberação de FSH. Ela estimula a liberação do 
FSH pela hipófise e potencializa sua ação no ovário. 
 
 
A ovocitogênese é o processo de formação do óvulo e 
ocorre nos folículos dos ovários. Ocorrem 3 etapas 
distintas: multiplicação, crescimento e maturação. 
Começa divisão na vida fetal e continua/completa 
depois na puberdade quando tem liberação de 
hormônios. 
OBS: Quando se fala sobre espermatogênese, além das 
3 fases, também há uma 4ª fase: a espermiogênese. 
OVOGÔNIA: célula germinativa primordial feminina, 
diploide (2n), que realiza processo de mitose, ou seja, 
divisão equacional, dando origem a 2 outras células 
diploides. 
FASE DE MULTIPLICAÇÃO: ovogônias fazendo mitoses. 
As ovogônias passam por um aumento do volume do 
citoplasma celular, e se diferenciam em ovócitos 
primários. 
FASE DE CRESCIMENTO: aumento do vol. citoplasma. 
OVÓCITO I: diploide (2n), inicia meiose I, que não se 
completa e fica na prófase I na vida uterina (estágio de 
repouso: produzido pelo inibidor de maturação de 
ovócitos: peptídeo secretado pelas células foliculares) 
FASE DE MATURAÇÃO: meioses. 
No período entre o nascimento até a menarca, o ciclo 
fica estagnado em prófase I da meiose I. Na puberdade, 
finaliza-se a meiose I (reducional), resultando em 2 
células haploides (n): o ovócito secundário que segue 
no ciclo, e o primeiro glóbulo polar, que tem por destino 
degeneração. 
OVÓCITO II: célula n, produto da meiose I (que estava 
na prófase I e acabou na puberdade), começa a meiose 
II (equacional) e fica parada na fase de metáfase II. Essa 
célula é liberada no ovário antes da fecundação, 
quando completa a metáfase II. 
Caso ocorra fecundação, a presença do espermatozoide 
é o sinal para a conclusão da meiose II, formando o 
óvulo e o segundo glóbulo polar (também degenerado). 
Óvulo (n) + espermatozoide (n) = processo de 
cariogamia (fusão dos pronucleos), formação do zigoto/ 
célula ovo (2n), que começa o processo embrionário. 
Meiose I é reducional, meiose II é equacional. 
Os ovócitos são envolvidos por folículos ovarianos, 
classificados também em: folículo primordial, primário, 
em crescimento,maduro. 
Durante cada ciclo menstrual, dois processos 
reprodutivos principais ocorrem: 
1o) Maturação folicular por estímulo hormonal e 
liberação de um óvulo a partir de um dos ovários; 
2o) Preparação do útero para receber o embrião, caso 
ocorra fertilização. 
OBS: O processo de gametogênese do homem 
(espermatogênese) começa na puberdade e termina na 
puberdade, enquanto o processo de gametogênese da 
mulher inicia a vida intrauterina e pode nunca ter fim, 
ficando estagnado em metáfase II da meiose II. Será 
concluído apenas com processo de fecundação. 
 
FASE FOLICULAR 
A fase folicular se estende do 1o dia da menstruação até 
o dia do pico de LH, no meio do ciclo. 
A duração do ciclo menstrual é determinada pela 
variação na duração da fase folicular, ou seja, o tempo 
necessário para que o folículo se desenvolva e atinja sua 
maturidade. 
Durante esta fase, ocorre uma sequência ordenada de 
eventos, que assegura que um número apropriado de 
folículos se desenvolva e esteja pronto para a ovulação. 
O resultado final desse desenvolvimento folicular é, 
comumente, um único folículo maduro viável, o qual 
passará pelos estágios de folículo primordial, folículo 
primário, folículo pré-antral, antral e pré-ovulatório. 
Este processo ocorre ao longo de 10 a 14 dias. 
O sinal para o recrutamento folicular inicia-se na fase 
lútea do ciclo anterior, com a diminuição da 
progesterona, do estradiol e da inibina A. Como 
consequência, o feedback negativo sobre o FSH é 
liberado, observa-se então seu aumento nos primeiros 
dias da fase folicular. Este aumento é o sinal para o 
recrutamento folicular. Aproximadamente 15 ou mais 
folículos são recrutados a cada ciclo. 
FOLÍCULO PRIMORDIAL 
É o primeiro estágio do desenvolvimento folicular. 
Ele consiste em um ovócito, paralisado no estágio 
diplóteno da prófase I meiótica, envolto por uma única 
camada fusiformes de células da granulosa. A fase 
inicial do crescimento folicular envolve respostas que 
não dependem da regulação hormonal. O mecanismo 
regulador do crescimento parece se encontrar no 
próprio ovário. As primeiras modificações ocorrem no 
ovócito com síntese de RNA e proteínas. 
Há também uma mudança no formato das células da 
granulosa que, antes eram epitélio simples 
pavimentoso (laminares) e, agora, adquirem aspecto 
cuboide – epitélio simples cúbico. Ou seja, há um 
aumento do volume citoplasmático celular desse 
epitélio. 
 
Nesse momento, surgem junções entre as células da 
granulosa e o ovócito que permitem trocas de 
nutrientes. 
FOLÍCULO PRIMÁRIO 
O folículo primordial torna-se um folículo primário com 
a multiplicação das células da granulosa. Neste estágio, 
a unidade folicular consiste em ovócito, duas ou mais 
camadas de células da granulosa (camadas de células 
cuboides) e membrana basal – epitélio estratificado. 
Uma importante mudança que ocorre nesta fase é a 
diferenciação das células do estroma em teca interna e 
teca externa, que independe da estimulação pelas 
gonadotrofinas. 
 
FOLÍCULO PRÉ-ANTRAL 
Também chamado de folículo secundário. 
A partir do momento que o crescimento folicular passa 
a ser acelerado pelo FSH, o folículo progride ao estágio 
pré-antral. Caracteristicamente, nesse estágio, células 
da granulosa tornam-se cuboidais e apresentam-se em 
várias camadas. Secretam uma matriz glicoproteica, 
chamada de Zona Pelúcida. Células do estroma 
ovariano incorporam-se ao folículo formando nova 
camada, Teca. Esta subdivide-se em interna e externa. 
 
As células da granulosa deste folículo são capazes de 
sintetizar todas as três classes de esteroides. 
Entretanto, são produzidos mais estrogênios, em 
relação a androgênios e progestagênios. 
Nesta etapa, a ação da enzima aromatase, que age 
convertendo androgênios em estrogênios nas células 
da granulosa (aromatização), é imprescindível e é 
induzida pela ação do FSH. Este age nas células da 
granulosa através de receptores. O aumento dos níveis 
de FSH e de estrógenos, que estão sendo produzidos, 
estimula um aumento do número desses receptores. 
FOLÍCULO ANTRAL 
Ou folículo terciário. A influência sinérgica do 
estrogênio e do FSH promove um aumento na produção 
de líquido folicular, que se acumula nos espaços 
intercelulares da granulosa que, posteriormente, se 
coalesce e forma uma cavidade líquida, o antro 
folicular, rico em estrogênios produzidos pelas células 
da granulosa. Essa sucessão de eventos origina folículo 
antral. Este folículo possui a maior taxa de proliferação 
da granulosa, contém concentrações de estrogênio 
mais elevadas e, consequentemente, possui ovócitos de 
melhor qualidade. 
 
Na presença de FSH, o estrogênio passa a ser o 
elemento dominante no líquido folicular. Na ausência 
de FSH, o androgênio predomina. E um microambiente 
androgênico opõe-se à proliferação da granulosa e 
acarreta degeneração do ovócito. 
FOLÍCULO PRÉ-OVULATÓRIO 
Neste estágio, as células da granulosa tornam-se 
maiores e as da teca ricamente vascularizadas. O 
ovócito prossegue com a meiose e quase completa a 
sua divisão reducional. 
Próximo da maturação, o folículo pré-ovulatório, que 
corresponde ao folículo maduro e que é também 
denominado de folículo de Graaf, produz quantidades 
cada vez maiores de estrogênio. Durante a fase folicular 
tardia, os níveis de estrogênio aumentam rapidamente, 
e atingem seu pico cerca de três dias antes da ovulação. 
Vale salientar que a concentração e o tempo de duração 
da elevação do estradiol são determinantes para a 
liberação do LH. 
 
A interação do LH com seus receptores promove 
luteinização das células da granulosa no folículo 
dominante, que resultam na produção de 
progesterona. Ocorre, então, um pequeno aumento na 
produção de progesterona que começa a ser detectado 
12-24 horas antes da ovulação. 
A progesterona facilita a retroação positiva do estradiol, 
age diretamente na hipófise e contribui para a elevação 
do FSH e do LH, observada no meio do ciclo menstrual. 
As células da teca dos folículos em atresia, sob ação do 
LH, aumentam a produção de androgênios, elevando os 
níveis destes no plasma. 
 
FASE OVULATÓRIA 
A ovulação acontece como consequência da ação 
simultânea de diversos mecanismos que ocorrem no 
folículo dominante, estimulando sua maturação e 
induzindo a rotura folicular. Somente o folículo que 
atinge seu estágio final de maturação é capaz de se 
romper. O marcador fisiológico mais importante da 
aproximação da ovulação é o pico do LH no meio do 
ciclo, o qual é precedido por aumento acelerado do 
nível de estrogênio. 
Sabe-se que o folículo pré-ovulatório produz, com a 
síntese crescente de estradiol, seu próprio estímulo 
ovulatório. O pico de estradiol estimula o pico de LH e, 
consequentemente, a ovulação. O início do pico de LH 
ocorre 32 a 36 horas antes da ovulação. 
No momento da ovulação, dentro do microambiente do 
folículo dominante, ocorrem três fenômenos principais: 
RECOMEÇO DA MEIOSE 
O ovócito permanece no estágio diplóteno da meiose I 
até a onda de LH, quando ocorre a retomada da meiose 
e o ovócito torna-se apto para fertilização. Este 
processo de retomada da meiose é mais uma 
interrupção da inibição do que propriamente um 
fenômeno estimulado. 
O ovócito reassume a maturação nuclear, acontece a 
transição da prófase I para a metáfase I e a extrusão do 
primeiro corpúsculo polar na metáfase II. Estes fatos 
ocorrem em sincronia com a maturação citoplasmática 
e da zona pelúcida no preparo para a fecundação. 
A meiose só se completa após a penetração do 
espermatozoide e a liberação do segundo corpúsculo 
polar. 
LUTEINIZAÇÃO 
Um pequeno aumento da progesterona ocorre 12 a 24 
horas antes da ovulação. Este aumento da 
progesterona antes da ovulação tem importância na 
indução da onda de FSH e LH, pelo aumento do 
feedback positivo do estradiol na ação desses 
hormônios. O pico do FSH acompanhadodo LH não 
ocorre sem um aumento pré-ovulatório nos níveis da 
progesterona. Por outro lado, a elevação progressiva na 
progesterona pode atuar de modo a terminar o pico de 
LH, pois, sob concentrações mais elevadas, é exercido 
um efeito de feedback negativo. 
OVULAÇÃO 
O processo de ovulação é comparado a uma reação 
inflamatória, na medida em que ambos envolvem 
componentes como neutrófilos, histamina, bradicinina, 
enzimas e citocinas. 
Desde a fase folicular, sob ação das gonadotrofinas no 
folículo, há acúmulo de prostaglandinas E e F e 
produção de grande quantidade de fator ativador de 
plasminogênio, consequentemente plasmina e outras 
proteases, as quais ativam a colagenase que irá digerir 
o colágeno presente na parede do folículo, o que facilita 
a liberação do oócito. 
O FSH e LH estimulam também a produção e o depósito 
de ácido hialurônico em volta do ovócito e dentro da 
coroa radiada, dispersam e separam o complexo 
cúmulo-oóforo da membrana da granulosa. 
Sob ação sinérgica das prostaglandinas E e F e do LH, 
acontece contração das células musculares da parede 
folicular, já enfraquecida, com extrusão do ovócito, 
ocorrendo dessa forma a ovulação. 
Paralelamente às mudanças estruturais que ocorrem 
durante o processo ovulatório, que envolvem a ação 
das proteases, ocorrem modificações importantes no 
fluxo sanguíneo do ovário. Vários mediadores 
produzidos e liberados pelo ovário após o pico pré-
ovulatório de LH, como as prostaglandinas, a histamina, 
os neuropeptídios e o óxido nítrico exercem um efeito 
sobre o sistema vascular do folículo. Observa-se, então, 
um aumento do fluxo sanguíneo intrafolicular, além de 
um aumento na permeabilidade capilar. 
A rotura folicular se acompanha de eliminação do 
óvulo e do líquido folicular para a cavidade peritoneal. 
Pode haver uma irritação local e, consequentemente, a 
dor abdominal (dor do meio ou Mittelschmerz) referida 
por algumas mulheres. Tão logo isso ocorra, o óvulo é 
apreendido pelas fímbrias tubárias, e fica à mercê dos 
movimentos das tubas e do epitélio ciliar. 
FASE LÚTEA 
Sua duração é normalmente fixa e é de 14 dias. O 
aumento dos níveis de progesterona de forma aguda 
caracteriza esta fase. O pico máximo ocorre em torno 
do oitavo dia após a ovulação, coincidentemente com 
os maiores níveis estrogênicos e com a maior 
vascularização do endométrio. 
Uma vez liberado o oócito, a estrutura dominante passa 
a ser chamada de corpo lúteo ou corpo amarelo. Antes 
da ruptura do folículo e liberação do óvulo, as células da 
granulosa começam a aumentar de tamanho e 
assumem um aspecto caracteristicamente vacuolado, 
associado ao acúmulo de pigmento amarelo, a luteína. 
O funcionamento lúteo normal requer um 
desenvolvimento folicular pré-ovulatório adequado, 
sobretudo um estímulo apropriado de FSH e um 
ininterrupto apoio tônico do LH, o que resulta em 
síntese e secreção adequada de estradiol e 
progesterona. Sabe-se da necessidade de estrogênio 
para a síntese de receptores de progesterona no 
endométrio. 
O estrogênio da fase lútea é necessário para que 
ocorram as alterações induzidas pela progesterona no 
endométrio após a ovulação. Uma quantidade 
inadequada de receptores de progesterona pode levar 
a uma preparação inadequada do endométrio, e 
representar, portanto, uma possível causa de 
abortamento precoce. 
A manutenção de um endométrio secretor depende da 
presença de progesterona. Quando o corpo lúteo 
degenera e a produção hormonal diminui, os vasos 
sanguíneos da camada superficial do endométrio 
contraem. Sem oxigênio e nutrientes, as células 
superficiais morrem. Cerca de dois dias após o corpo 
lúteo parar de funcionar, ou 14 dias após a ovulação, o 
endométrio começa a descamar a sua camada 
superficial, e a menstruação inicia. 
 
 
O endométrio pode ser dividido, do ponto de vista 
morfológico, na camada funcional, que compreende os 
dois terços superiores e sua finalidade é preparar-se 
para a implantação do embrião em fase de blastocisto. 
Já a camada basal, que compreende o terço inferior é 
responsável pela regeneração do endométrio após a 
menstruação. 
Esse ciclo é divido em fases histológicas que são 
determinadas pelos diferentes estímulos dos 
hormônios produzidos pelos ovários. 
ENDOMÉTRIO MENSTRUAL 
Caracteriza-se por uma ruptura irregular do 
endométrio, que ocorre pela interrupção da secreção 
das glândulas endometriais na ausência de implantação 
embrionária. 
Esta sequência de eventos ocorre devido ao término da 
vida funcional do corpo lúteo, o que ocasiona a redução 
da produção de estrogênio e progesterona. A 
diminuição dos níveis desses hormônios leva a reações 
vasomotoras, perda decidual e à menstruação. Os 
espasmos vasculares levam à isquemia e à perda de 
tecido. Há também ruptura de lisossomas e liberação de 
enzimas proteolíticas que provocam destruição local 
adicional de tecido. 
Prostaglandinas são produzidas durante todo o ciclo 
menstrual, mas apresentam maior concentração no 
período menstrual. A PGF2alfa é um potente 
vasoconstrictor que intensifica os espasmos 
arteriolares, causa isquemia adicional do endométrio e 
leva à ocorrência de contrações miometriais. Estas 
contrações podem servir para expelir fisicamente o 
tecido endometrial que descama do útero. 
A camada basal do endométrio permanece intacta, e 
pode assim iniciar a reparação da camada funcional. 
ENDOMÉTRIO PROLIFERATIVO 
Corresponde à fase folicular no ovário. Após três a 
quatro dias de menstruação, o endométrio inicia sua 
regeneração, e cresce rapidamente em resposta ao 
estímulo estrogênico. No início, as glândulas 
endometrias são pequenas, tubulares e curtas. No final 
desta fase, tornam-se alongadas e tortuosas. O estroma 
é denso. 
O endométrio no início da fase folicular possui 
aproximadamente 2 mm de espessura, e atinge cerca 
de 10 mm no período pré-ovulatório. A modificação 
predominante dessa fase consiste na transformação 
das glândulas endometriais inicialmente retas, estreitas 
e curtas em estruturas mais longas e tortuosas. 
Outra característica importante é o aumento das células 
ciliadas e microvilosas, importantes para a fase seguinte 
do endométrio, a fase secretora. 
ENDOMÉTRIO SECRETOR 
Corresponde à fase lútea no ovário. Caracteriza- se pela 
atuação da progesterona produzida pelo corpo lúteo 
em contraposição à ação estrogênica. 
As glândulas endometriais se encontram em processo 
progressivo de dilatação, tornando-se cada vez mais 
tortuosas. O estroma é edemaciado. Os vasos 
sanguíneos apresentam- se espiralados. 
As células das glândulas endometriais formam vacúolos 
característicos, contendo glicogênio com coloração 
positiva pelo ácido periódico de Schiff. No início, estes 
vacúolos aparecem sob o núcleo e depois seguem em 
direção à luz glandular. 
O estroma permanece inalterado até o sétimo dia após 
a ovulação, quando se inicia edema progressivo do 
tecido. Nesse mesmo período, a atividade secretora das 
glândulas costuma ser máxima e o endométrio já se 
encontra preparado para a implantação do blastocisto. 
 
 
 
 
 
É um termo amplo que se refere ao processo de 
avaliação dos riscos sociais, comportamentais, 
ambientais e biológicos associados ao casal em idade 
fertil que planeja uma futura gestação, a fim de que 
possa reduzir esses riscos por meio de educação, 
aconselhamento e intervenções apropriadas. 
OBS: Mais de 50% das gestações não são planejadas. O 
aconselhamento pré-concepcional faz parte dos 
cuidados pré-natais, devendo estar disponível a todas 
as mulheres em idade fertil que desejarem, inclusive na 
atenção primária. 
CONSULTA MÉDICA PRÉ-CONCEPCIONAL 
Caso seja do interesse da mulher em realizar um 
acompanhamento pré-concepcional, é importante que 
a consulta médica ocorra pelo menos três meses antes 
da suspensão do método anticoncepcional utilizado, 
sendo que nessa consultadeve ser realizado um 
histórico ginecológico e obstétrico além de uma 
anamnese detalhada voltada para avaliação do risco 
gestacional, sendo avaliado os seguintes critérios: 
• Idade materna 
• Antecedentes médicos 
• Diabetes 
• Doença da tireoide 
• Doenças tromboembólicas 
• Doenças psiquiátricas 
• Epilepsia 
• HAS 
• Histórico familiar 
• Doenças infecciosas 
• Rubéola 
• Varicela 
• Toxoplasmose 
• Hepatite B e C 
• HIV 
• Infecção urinária 
• Imunizações 
• Medicamentos em uso 
• Hábitos nutricionais 
• Exercícios físicos praticados 
• Tabagismo 
• Abuso de drogas 
• Abuso de álcool 
• Situação familiar 
• Riscos ocupacionais 
Além da anamnese, também deve ser realizado uma 
série de exames físicos e laboratoriais, sendo eles: 
• Exame físico geral e ginecológico completo, 
incluindo exame de mamas 
• Coleta de material para exame citopatológico 
do colo uterino 
• Aferição de peso e altura 
• Medida de pressão arterial 
• Hemograma 
• Glicemia de jejum 
• VDRL 
• Anti-HIV 
• HbsAg 
• Anti-Hbs quantitativo 
• IgG para toxoplasmose 
• IgG para rubéola 
• TSH 
IMUNIZAÇÃO E INFECÇÕES 
Deve ser investigado desde as doenças infantis, como 
rubéola e varicela, que tem grande potencial de causar 
lesão fetal e podem ser evitadas através da vacinação 
eficaz disponível. 
Caso tenha dúvidas sobre a mulher, pode realizar 
sorologias específicas, e caso as pacientes sejam 
suscetíveis, essas devem receber as vacinas pelo menos 
três meses antes de suspender o anticoncepcional. 
Além disso, deve ser rastreada a hepatite B também, 
uma vez que existe a possibilidade de realizar a 
vacinação contra a doença. 
IDADE MATERNA ELEVADA 
Entre as principais causas para gestações entre os 35 e 
45 anos estão os casamentos tardios e melhores 
métodos de contraceptivos, além de maiores 
oportunidades de educação e carreira, porém, sabe-se 
que a idade materna elevada define tanto a diminuição 
da fertilidade como o aumento de risco de algumas 
complicações na gravidez. 
Após os 32 anos, inicia um declínio na probabilidade de 
gravidez por ciclo menstrual, sendo o declínio mais 
acentuado após os 37 anos. 
Um dos maiores problemas de gravidez tardia está na 
possibilidade de abortos espontâneos ocasionados por 
trissomias ou aneuploidias, que tem um aumento de 
frequência com o declínio da qualidade ovocitária 
ocasionado pela gravidez tardia, uma vez que o ovócito 
se encontra em repouso por um longo período. 
Além disso, a idade materna superior aos 35 anos 
também determina um aumento de 4 a 8 vezes na 
incidência de gestações ectópicas. 
DOENÇAS GENÉTICAS 
É importante que a anamnese busque enfocar o 
histórico de doenças genéticas na família da paciente e 
de seu companheiro, na tentativa de identificar uma 
possível doença hereditária que possa ser levada 
adiante com a gravidez, sendo necessário o apoio de um 
geneticista clínico no planejamento das decisões caso 
seja presente o histórico positivo de doenças genéticas 
nas famílias. 
 
SUPLEMENTAÇÃO DE ÁCIDO FÓLICO E SUPLEMENTOS 
ESTÉTICOS 
O ácido fólico é a forma sintética do folato, que é uma 
vitamina B solúvel existente em alimentos como fígado, 
vegetais de folhas verdes, laranja e legumes. O folato 
acaba sendo importante na gestação uma vez que a sua 
baixa concentração durante a gravidez pode ocasionar 
defeitos de tubo neural, como anencefalia e espinha 
bífida, sendo necessário realizar uma pesquisa da 
concentração de folato em todas as mulheres pré-
concepção e/ou gravidaz. 
OBS: A suplementação deve ser mantida até a 12a 
semana de gestação. 
ESTADO NUTRICIONAL 
A gravidez, por ser um período de intenso crescimento 
e desenvolvimento fetal, necessita de uma ingesta 
adequada de macro e micronutrientes, uma vez que a 
falta de algum desses pode ocasionar repercussões 
fetais a curto, médio e longo prazo. Sendo assim é 
necessário investigar patologias clínicas ou cirúrgicas, 
além de medicações ou substâncias que possam gerar 
deficiências nutricionais. 
OBESIDADE 
É importante levar em consideração o excesso de peso 
da mulher, uma vez que a obesidade se torna um fator 
de risco obstétrico. Além disso, por conta da obesidade 
é possível também ocorrer complicações nas gestantes 
durante a gravidez, como por exemplo a diabetes 
gestacional. 
Além disso a obesidade também está relacionada ao 
aumento do risco de malformações congênitas e 
complicações do parto puerpério. 
A CONCEPÇÃO 
Após a investigação e avaliação dos diversos riscos 
concepcionais, é comum a paciente concluir sua 
consulta perguntando qual a melhor maneira para 
efetivamente ficar grávida. 
Em relação a isso, se a paciente tiver ciclos regulares, as 
relações sexuais deverão começar no quinto dia antes 
da data prevista para a ovulação, e acontecer em dias 
alternados até cinco dias após a ovulação. 
A chance de concepção em um dado mês fica em torno 
de 20%, sendo por isso importante lembrar que casais 
normais e saudáveis podem levar até um ano para 
terem sucesso na tentativa de conceber. 
Obs: Se a mulher tem mais de 35 anos e não conceber 
em 6 meses, tem que ser feito investigação adicional.

Outros materiais