Insensibilidade as experiências diversas da deficiência por meio da sobrevalorização da independência: Aqui as feministas criticavam a afirmação do modelo social de que retirar as múltiplas barreiras impostas às pessoas com deficiência pela sociedade acabaria com a opressão vivida por essas pessoas; além disso, elas lembravam que, mesmo com a eliminação de todas essas barreiras, algumas pessoas nunca poderiam alcançar esse ideal de independência e participar na sociedade em igualdade de condições. O que é deficiência?O que é deficiência? Modelo Biomédico Modelo Social vê a deficiência como uma lesão biológica que leva a restrição de habilidade ou funcionalidade; uma anormalidade biológica que precisa ser tratada/curada vê a deficiência como o resultado da descriminação social que corpos diferentes sofrem; assim, corpos diferentes, como de alguém com cegueira não leva a nenhuma sentença biológica de fracasso por si só, sendo então, apenas mais uma das diversidades da espécie humana segundo esse modelo, é o ordenamento político e econômico capitalista que leva à deficiência, por pressupor um ideal de sujeito produtivo; com isso, a opressão sofrida por corpos diferentes nada mais é que um julgamento estético e moral, além da crença da inabilidade desse corpo para o "trabalho produtivo" vale lembrar ainda que, o modelo social, apesar de ser contra a ideia da deficiência como anormalidade biológica, não ignora que, um corpo com lesão medular, por exemplo, necessite de recursos médicos e reabilitação, mas lembra que tanto corpos com quanto sem deficiência precisam de cuidados médicos ao longo da vida CONTRIBUIÇÕES FEMINISTAS As contribuições feministas aparecem em forma de críticas que levam a repensar alguns aspectos do modelo social, dentre elas: Não abrangência da totalidade das demandas Modelo Biopsicossocial E que, mesmo assim, isso não era um problema já que a interdependência e necessidade de cuidados é algo inerente a condição humana e às organizações sociais, e que é experimentada em diversos momentos da vida (infância, velhice, ao estar doente) mesmo por pessoas sem deficiência. REFERENCIAS: DINIZ, D. O que é deficiência. São Paulo: Editora Brasiliense, 2007. Outro ponto de crítica foi o foco do modelo social, o qual, apesar de criticar o modelo ideal de homem produtivo decorrente do capitalismo, buscava principalmente a inclusão das pessoas com deficiência na vida social, sem propor uma mudança nessa vida e nos valores morais dessa ideia de produtividade, os quais seriam pontos centrais da opressão vivida por esse grupo. esse modelo é uma integração do modelo biomédico e do modelo social, aqui, vê-se a deficiência como uma interação entre as lesões (biológicas) e barreiras (sociais); assim, não se trata da existência ou não de uma lesão, mas de como essa, em determinados contextos, pode levar a pessoa experienciar desvantagens quanto a, por exemplo, participação na vida social também é o modelo reconhecido/utilizado pela CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade, Deficiência e Saúde) e OMS (Organização Mundial de Saúde) por Ana Júlia Soares