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Projeto Hobbes - Ciencias Política (1)

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CURSO SERVIÇO SOCIAL
APRESENTAÇÃO FILOSOFIA POLÍTICA THOMAS HOBBES
		
Alunas 2º Semestre
Julyanna Vieira
Rosana de Carvalho
Tatiane Costa
Feira de Santana, 27 de agosto de 2015
Professora: Rafaela Gonzaga
Inconformado com as desordens sociais que prenunciavam o advento da Guerra Civil Inglesa, que testemunhava na Inglaterra por volta da metade do século XVII, o autor contratualista inglês Thomas Hobbes,  pressionado pelos fatos históricos,  abandona seus estudos na área de filosofia natural que, em sua própria avaliação teria como único fim o prazer, para se dedicar ao estudo das causas dos conflitos e das guerras, assim como dos meios necessários para evitá-los. 
Em sua  trilogia política, Os Elementos do Direito,  Do Cidadão e Leviatã, descreve a violência generalizada que caracteriza o Estado de Natureza como um estado de guerra.  Buscando o pragmatismo e a utilidade que a filosofia natural dispensa, propõe o contrato mútuo, como única origem legítima para a criação do Estado Político, condição única e essencial para o bem estar e o almejado progresso da humanidade com o estabelecimento da paz.
Ciente que a guerra é fruto da ignorância e a paz consequência direta do conhecimento dos conceitos políticos, o autor manifesta a esperança de que suas obras na área, sejam lidas e bem divulgadas, principalmente nas universidades.
Hobbes usa o Leviatã como um símbolo da restauração de um poder terreno que una o poder espiritual e o poder secular na pessoa do soberano. 
 UM POUCO DE THOMAS HOBBES
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Desenho da capa do livro “O Leviatã”, publicado em 1651, por um dos principais teóricos do sistema absolutista, o filósofo inglês Thomas Hobbes (1588 a 1679). 
Sendo assim, vamos ao simbolismo dos principais elementos contidos na figura proposta:
1.       A Coroa representa o sistema político defendido por Thomas Hobbes em sua obra, a Monarquia. Neste caso, a coroa é usada também para fazer alusão ao líder político deste sistema, o Rei ou Monarca;
2.       A Espada, à mão direita do rei, simboliza uma das mais fortes justificativas para a formação do Absolutismo, a segurança (o exército nacional). Em O Leviatã, Hobbes diz que “O Povo renuncia tudo em troca do grande dom da segurança”;
3.       O Cetro, à mão esquerda, simboliza o poder soberano do monarca. Diante desta observação, é válido lembrar que o monarca absolutista acumulava os poderes políticos (executivo, legislativo e judiciário) e econômico (através das medidas mercantilistas) e através destes, somado ao apoio concedido pela Igreja, exercia um forte controle social;
4.       Ao observarmos com um pouco mais de atenção o corpo do rei, perceberemos que o mesmo é formado por pessoas. Neste caso, a imagem é uma perfeita ilustração da origem do poder real, pois segundo Hobbes:“O governo absoluto havia sido estabelecido pelo próprio povo”;
5.    A proporção (tamanho) destinada à figura do rei, deve ser atribuída ao poder real. Na figura acima, fica a sensação de que a autoridade monárquica alcança facilmente todo o território nacional, ou seja, nos é passado a ideia de um controle estabelecido que podemos chamar de governo.
O título traduzido seria Leviatã ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil.
			SEGUNDA PARTE DO LIVRO LEVIATÃ 
	DO ESTADO – CAP.XVII – DAS CAUSAS GERAÇÃO E DEFINIÇÃO DE UM
O fim último, causa final e desígnio dos homens ( que amam naturalmente a liberdade e o domínio sobre os outros).Para Hobbes os humanos são seres egoístas por natureza. 
Com essa natureza tendem a guerrear entre si, todos contra todos. Assim para não exterminarem uns aos outros será necessário um CONTRATO SOCIAL, que estabeleça a paz, a qual levará os homens à abdicarem da guerra contra outros homens. Mas, egoístas que são, necessitam de um soberano que puna àqueles que não obedecem ao contrato social.
Um soberano pode ser uma pessoa tanto quanto um grupo eleito ou não. Porém, na perspectiva de HOBBES, a melhor forma de governo era a monarquia sem a presença concomitante (ao mesmo tempo) de um Parlamento, pois este dividiria o poder, e portanto, seria um estorvo ao LEVIATÃ(ESTADO) e levaria a sociedade ao caos.
HOBBES, descreve o homem em seu ESTADO NATURAL, como egoísta, egocêntrico e inseguro. Ele não conhece as leis e não tem conceito de justiça, ele somente segue os ditames de suas paixões e desejos, onde não existe governo ou lei, os homens naturalmente caem em discórdia. 
A única maneira de instituir um tal poder comum, capaz de defendê-los de estrangeiros e um dos outros, seria se cada homem dissesse:
“Cedo e transfiro meu direito de governar-me a mim mesmo a este homem, ou a esta assembleia de homens, com a condição de transferires a ele teu direito, autorizando de maneira semelhante todas as suas ações”
Feito isto, a multidão assim unida numa só pessoa se chama ESTADO, em latim CIVITAS. 
E a essência do ESTADO SERIA: Uma pessoa de cujos atos uma grande multidão, mediante pactos recíprocos uns com os outros, foi instituída por cada um como autora, de modo a ela poder usar a força e os recursos de todos, da maneira que considerar conveniente, para assegurar a paz e a defesa comum. Aquele que é portador dessa pessoa se chama soberano, e dele se diz que possui poder soberano. 
Todos os restantes são súditos. Este poder soberano pode ser adquirido de duas maneiras: Uma delas é a sarça natural, como quando um homem obriga seus filhos a submeterem- se, e a submeterem seus próprios filhos, a sua autoridade, na medida em que é capaz de destruí-los em caso de recusa. Ou como quando um homem sujeita através da guerra seus inimigos a sua vontade, concedendo-lhes a vida com essa condição. A outra é quando os homens concordam entre si em submeterem-se a um homem, ou a uma assembleia de homens, voluntariamente, com a esperança de serem protegidos por ele contra todos os outros. Este último pode ser chamado um Estado Político, ou um Estado por instituição
É esta a geração daquele grande LEVIATÃ, ou antes daquele DEUS mortal, ao qual devemos, abaixo do DEUS IMORTAL, nossa paz e defesa.
CAPÍTULO XVIII – Dos direitos dos soberanos por instituição
Diz-se que um Estado foi instituído quando uma multidão de homens concordam e pactuam, cada um com cada um dos outros, que a qualquer homem ou assembleia de homens a quem seja atribuído pela maioria o direito de representar a pessoa de todos eles (ou seja, de ser o seu representante), todos sem exceção, tanto os que votaram a favor dele como os que votaram contra ele, deverão autorizar todos os actos e decisões desse homem ou assembleia de homens, tal como se fossem os seus próprios atos e decisões, a fim de viverem em paz uns com os outros e serem protegidos dos restantes homens.
É desta Instituição do ESTADO que derivam todos os direitos e faculdades, mediante o consentimento do povo reunido.
Consequentemente não podem celebrar entre si um novo pacto no sentido de obedecer a outrem, sem sua licença. Pois são obrigados, a reconhecer e a ser considerados autores de tudo assim, a dissenção(divergência) de alguém levaria todos os restantes a romper com o pacto o que constitui injustiça. Além do mais, se aquele que tentar depor seu soberano for morto, será o autor de seu próprio castigo, dado que por instituição é autor de tudo quanto seu soberano fizer.
E Como cada homem conferiu a soberania àquele que é portador de sua pessoa, se o depuserem estarão tirando-lhe o que é seu, o que também constitui injustiça.
É evidente que quem é tornado soberano não faz antes qualquer pacto com seus súditos ou com toda multidão, e se fizer depois de assumir, esses pactos serão anulados. 
Se alguém ou mais pretender que houve infração do pacto pelo soberano quando de sua instituição, ou mesmo ele próprio pretender que não houve tal infração, não haverá juiz capaz de decidir tal controvérsia. Voltando ser a força a decidir.
Se a maioria escolher um soberano, os que discordarem devem passar a consentir juntamente com o restante.
Pois as ações
dos homens derivam de suas opiniões, e é no bom governo das opiniões que consiste o bom governo das ações dos homens.Tendo em vista a paz e a concordia entre eles.
A paz e a concordia não podem ser contrária a lei da natureza, porque antes os homens tinham direito a todas as coisas, o que provocava a guerra. 
Pertence ao poder soberano a autoridade judicial.
Compete a soberania a escolha de todos os conselheiros, ministro , magistrados e funcionários, tanto na paz , quanto na guerra.
É confiado ao soberano direito de recompensar com riquezas e honras, a qualquer súdito, de acordo com a lei que estabeleceu.
Mas poderia aqui objectar-se que a condição de súdito é muito miserável, pois se encontra sujeita aos apetites e paixões irregulares daquele ou daqueles que detêm nas suas mãos poder tão ilimitado.
É na soberania que está a fonte de honra.O poder é sempre o mesmo, se estas forem suficientemente perfeita para proteger os súditos. E todo incômodo, é de pouca importância, quando comparada com as misérias e horríveis calamidades que acompanham a guerra civil, ou aquela condição dissoluta de homens sem senhor, sem sujeição às leis e a um poder coercitivo capaz de atar suas mãos.
São estes os direitos que constituem a essência da soberania, e são as marcas pelas quais se pode distinguir em que homem, ou assembleia de homens, se localiza e reside o poder soberano. Porque esses direitos são incomunicáveis e inseparáveis.
			 CAPÍTULO XIX
 DAS DIVERSAS ESPÉCIES DE GOVERNOS POR INSTITUIÇÃO, E DA SUCESSÃO DO PODER SOBERANO
Para Hobbes: 
A diferença de governo consiste na diferença do soberano, onde, a soberania reside em um homem ou em uma assembleia de mais um.
Só pode haver três formas de governo, apesar dos livros de história trazerem a Oligarquia, Tirania e Anarquia, quando esses desagradam respectivamente a Aristocracia, Monarquia e Democracia.
MONARQUIA – Quando há um soberano
ARITOCRACIA –Quando é uma assembleia apenas de uma parte
DEMOCRACIA – Quando há uma assembleia de todos os que se uniram
O governo de Hobbes precisa ser indivisível para que o povo viva em paz, e o contrário disso levaria a multidão a uma situação de guerra, o que para Hobbes não deve existir, na medida que toda soberania foi instituída para dar segurança ao povo.
 
HOBBES neste capítulo faz uma comparação entre a MONARQUIA e as outras duas forma de poder, a Aristocracia e Democracia.
MONARQUIA
Em primeiro lugar, o interesse pessoal é o mesmo que o interesse público, porque nenhum rei pode ser glorioso, ou pode ter segurança, caso seus súditos sejam pobres ou demasiado fracos para manter uma guerra contra seus inimigos.
Em segundo lugar, um Monarca recebe conselhos de quem lhe convém e onde lhe convém.
Em terceiro lugar, as resoluções de um Monarca estão sujeitas a uma única inconstância, que é a natureza humana.
Em quarto lugar um Monarca não pode discordar de si mesmo seja por inveja ou por interesse.
Em quinto lugar os aduladores são um inconveniente, apesar de, restringirem-se aos parentes.
Em sexto lugar, há um inconveniente na soberania, que é, o de ser herdada por alguém incapaz de distinguir entre o bem e o mal, uma criança, por exemplo.
ARISTOCRACIA E DEMOCRACIA
A prosperidade pública contribui menos para a fortuna pessoal de alguém que seja corrupto ou ambicioso.
Só poderão oferecer conselhos pessoas já que tem esse direito, na sua maioria, são mais ricas do que possuem conhecimento.
As assembléias verifica-se a inconstância do número, porque a ausência(as vezes intencional)de uns pouco adiam decisões ou resoluções já tomadas podem mudar no dia seguites pelo número insuficiente de votantes.
Em uma Assembleia isso é possível, em grau que pode provocar uma guerra civil.
As Assembleias são cercada de aduladores, bons oradores, onde a ambição e a cobiça servem mutuamente.Porque acusar exige menos eloquência(natureza do homem) do que desculpar, e a condenação parece-se mais com a justiça do que com a absolvição.
Nas Assembleias, esse poder pode ficar nas mãos de um outro homem ou nas assembleias, que governará por seu direito e em seu nome.
O DIREITO DE SUCESSÃO
Dado que a matéria de todas estas formas de governo é mortal, é necessário para a conservação da paz entre os homens que, do mesmo modo que foram tomadas medidas para a criação de um homem artificial, também sejam tomadas medidas para uma eternidade artificial da vida. Sem a qual os homens que são governados por uma assembleia voltarão à condição de guerra em cada geração, e com os que são governados por um só homem o mesmo acontecerá assim que morrer o seu governante. Esta eternidade artificial é o que se chama direito de sucessão. Não existe qualquer forma perfeita de governo em que a decisão da sucessão não se encontre nas mãos do próprio soberano.Se o direito não pertencer a nenhuma pessoa em especial, e estiver na dependência de uma nova escolha, neste caso o ESTADO encontra-se dissolvido, e o direito pertence a quem dele puder apoderar-se, contrariamente à intenção dos que instituíram o ESTADO, tendo em vista uma segurança perpétua e não apenas temporária.
DIREITO DE SUCESSÃO NA DEMOCRACIA: é impossível, o direito de sucessão nessa forma de governo, porque é impossível que uma assembleia inteira falte ou a multidão que será governada.
DIREITO DE SUCESSÃO NA ARISTOCRACIA: Na Aristocracia, se morre qualquer dos membros da assembleia , a eleição de outro em seu lugar compete a própria assembleia. 
 DIREITO DE SUCESSÃO NA MONARQUIA : Há uma dificuldade nessa forma de governo, porque não fica evidente quem deve designar o sucessor, ou quem deve determinar o direito a herança ou propriedade.
Fica incapaz de proceder à eleição de um novo monarca, pois cada um tem o direito de submeter-se a quem considerar mais capaz de protegê-lo. E isso levaria a um regresso ao ESTADO DE GUERRA, que é de todos contra todos. 
Considera-se que há palavras expressas ou testamento quando tal é declarado em vida do soberano, viva ou por escrito
Mas na ausência de testamento e palavras expressas é preciso guiar-se por outros sinais naturais da vontade, um dos quais é o costume. 
Mas quando não há costume ou testamento anterior, deve-se entender, primeiro, que a vontade do monarca é que o governo continue sendo monárquico, dado que aprovou essa forma de governo em si mesmo. 
Mas sendo legítimo que um monarca decida a sua sucessão por palavras de contrato ou testamento, alguém poderá talvez objectar um grave inconveniente: que ele pode vender ou dar a um estrangeiro o seu direito de governar. O que é sem dúvida um grande inconveniente Em favor da legitimidade de uma tal decisão há também um outro argumento: que sejam quais forem os inconvenientes que possam derivar da entrega de um reino a um estrangeiro, o mesmo pode também acontecer devido ao casamento com um estrangeiro, dado que o direito de sucessão pode acabar por recair nele. Todavia, isto é considerado legítimo por todos os homens.
 Dispor da sucessão mesmo de um rei de outra nação não é ilegítimo.
CONCLUSÃO
 O QUE APRENDEMOS?
Aprendemos que para HOBBES , a instituição de um ESTADO é fundamental para se manter a paz e a seguranças dos homens.
A sociedade vive em ESTADO DE NATUREZA , ou seja, elas vivem por conta própria, vivem sua liberdade para fazer o que quiserem, vivem sem interferência de ninguém, sem lei e sem regras.O homem não precisa do ESTADO para existir.
Esse ESTADO DE NATUREZA geram conflitos, violência, é preciso brigar para ter seu direito a vida, a proteger seus bens, seu território, e como não existem regras o homem faz tudo, inclusive tirar a vida do outro para conseguir seu objetivo, neste momento, Hobbes diz, que o homem que vive essa luta diária, vive em ESTADO DE GUERRA, TODOS CONTRA TODOS.
Cansados desses conflitos, dessa falta de segurança e desse medo , o homem irão se unir e criar, ou instituir um CONTRATO SOCIAL, para criação do ESTADO CIVIL, onde, cada um, irá transferir
seus direitos de uso da força para o ESTADO.
O ESTADO surge com objetivo único e exclusivo de garantir segurança.
Esse poder será cedido para alguma instituição de uma pessoa só ou representante, onde , HOBBES defende o ABSOLUTISMO, a MONARQUIA.
Para HOBBES esse ESTADO deve ser soberano e inquestionável. Onde, seriam executadas as leis, julgando as pessoas , caso elas violem essas leis. 
Assim o homem é lobo do homem no ESTADO DE NATUREZA e também é Deus do homem, enquanto em ESTADO CIVIL.

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