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WA - Fundamentos das Políticas Sociais e Políticas Sociais

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Web Aula - Serviço Social - Fundamentos das Políticas Sociais e Políticas Sociais – UNOPAR
Web Aula - Serviço Social - Fundamentos das Políticas Sociais e Políticas Sociais
WEB-AULA 11
Concepções e história da política social e Política Social da Sociedade Capitalista
Concepções de política social.
No modo capitalista de produção da vida social, a política social não constitui, em sua origem, em uma alternativa que objetiva privilegiar o capitalista. Mas é uma política que tem por objetivos estabelecer mecanismos de proteção social a todas as pessoas que não têm condições – temporárias ou definitivas – de prover sua própria sobrevivência, além de prover atendimentos e serviços públicos para a garantia de participação de todos no desenvolvimento nacional, como serviços públicos de saúde, educação, segurança, formação profissional, etc. É uma política que vai contra a lógica do capital, que é a lógica do lucro, que significa ganhar sempre, em qualquer situação. A política social objetiva o atendimento às necessidades básicas de vida e trabalho de indivíduos e grupos sociais sem, em suas origens, objetivar o lucro.
Frisando o conceito:
Significa que a política social em sua definição de origem, ou seja, em sua gênese, visa o atendimento às necessidades básicas de vida e trabalho de indivíduos e grupos sociais de que não tem condições de prover sua própria sobrevivência.
Continuando:
A política social se origina da luta de trabalhadores na reivindicação de direitos de proteção social, ou seja, para que eles pudessem se manter e manter suas famílias, quando não tivessem condições de estar trabalhando e recebendo salários, proteção esta que incluía, dentre outros direitos, pensão por morte, atendimento à saúde e aposentadoria. A luta dos trabalhadores impõe ao capitalista o reconhecimento de direitos sociais e trabalhistas, objetivando reduzir a exploração a que era e é submetida a classe trabalhadora.
Para entendermos melhor, vamos acessar o site http://br.youtube.com/watch?v=-r71y4WvRy4&feature=related. Assistam ao filme e envie seus comentários sobre o mesmo, utilizando-se do texto na tabela abaixo.
No entanto, apesar de sua origem de defesa dos direitos os trabalhadores, origem esta calcada na luta dos trabalhadores, a política social passou a atender os interesses dos capitalistas, a transformar os direitos dos trabalhadores em capital privado lucrativo. Em última instância, a política social da sociedade capitalista atende aos interesses dos capitalistas.
Vamos à página seguinte para definir e contextualizar a política social na sociedade capitalista.
�
[1] © Adarly Rosana Moreira Goes. UNOPAR - 2009
A política social é uma política do Estado capitalista de controle da classe trabalhadora e de controle do preço da força de trabalho. É através, também, da política social que o Estado estabelece determinações legais para adequar o preço da força de trabalho às necessidades do capitalismo.
Funcionais ao capitalismo, as políticas sociais se metamorfoseiam em ajuda, em benefícios sociais, em solidariedade entre as pessoas, em ações governamentais para acabar com as desigualdades sociais - desigualdades que significam acessos diferenciados aos serviços e direitos sociais, por exemplo: direito à alimentação, à saúde, ao saneamento básico, à educação. O Estado coloca como se ele estivesse preocupado com estas questões, mas ao mesmo tempo, não as resolve, e só demonstra preocupação nos discursos. Mas mesmo existindo, por exemplo, amplos conhecimentos para implantação do saneamento básico, continuamos tendo brasileiros morando com esgoto em céu aberto. Descola-se, assim, a política social de sua base real de existência: a contradição entre a forma social da produção e a apropriação privada do produto socialmente produzido, que é o que funda o modo capitalista de produção.
Para entender melhor, veja a pirâmide do capitalismo, analise e faça seus comentários, postando sua mensagem.
http://heliopaz.wordpress.com/2007/06/22/piramide-do-capitalismo-1911/
Agora que vocês entenderam melhor, vamos continuar a ampliar nossos conhecimentos.
É nessa perspectiva – da contradição - que a política social tem duas funções principais: a de socializar os custos de produção, como produzir mais alimentos, petróleo, aviões, roupas, trabalhadores, etc. e fazer com que todas as pessoas paguem por isso (pensemos, por exemplo, nos impostos que pagamos e para onde eles são destinados); e a de controle social – em outros termos, como fazer com que todos os trabalhadores socializem os custos de produção e, ao mesmo tempo, não se movimentem contra os capitalistas que vivem do produto do trabalho da classe trabalhadora. Desta forma, a Política Social cumpre a função de socialização dos custos de produção por meio.
A) [...] Reprodução e manutenção da força de trabalho
B) Subsídios aos baixos salários
C) Estímulo ao poder aquisitivo
Sua tarefa agora é buscar no material didático, disponibilizado para o módulo, os conceitos das três funções acima. Compreenda-as e busque exemplos, faça pesquisas sobre as funções, poste sua pesquisa e comente sobre elas.
Realizada a atividade – retornemos ao tema. Para tanto, vá para a próxima página, antes passar a frente, observe e analise a imagem abaixo.
As duas categorias fundamentais do modo capitalista de produção – o capital e o trabalho – aparecem, desse modo, no âmbito da política social, em toda sua contradição, visto que ela mediatiza a relação entre ambas. Responde às necessidades do capitalista, mas tem que produzir algum grau de satisfação às necessidades do trabalhador.
Assim é que, no capitalismo, a política social atende aos interesses dos capitalistas, daí ser uma política circunscrita pelas necessidades de reprodução do capital como capital e da força de trabalho como mercadoria. Como a reprodução do capital transcende o âmbito econômico, torna-se imprescindível o desenvolvimento de políticas que dêem sustentação e legitimação a essa reprodução, o que significa que a política social tem limites intransponíveis na ordem do capital. Em outras palavras, ainda que o objetivo da política social seja a superação das desigualdades sociais, esse objetivo não será atingido no capitalismo, pois este se sustenta na desigualdade social.
Nessa linha de argumentação, as políticas sociais atendem reivindicações postas pelos segmentos organizados da população, assim como podem se consubstanciar em medidas antecipatórias do Estado que objetivem evitar a eclosão de conflitos sociais.
Considerando esses fundamentos teórico-metodológicos, vamos analisar, na web-aula 2, o desenvolvimento da política social no Brasil entre os anos 1930 e 1988.
WEB-AULA 2
AS TRANSFORMAÇÕES DA POLÍTICA SOCIAL NO BRASIL – 1930/1988.
Muito bem. Nossa primeira web-aula tratou das concepções e história da politica social. Nesse momento agora, é hora de nos aprofundarmos sobre as transformações da política social no brasil.
Dado o período histórico estabelecido, dividimos este item em dois subitens. No primeiro deles, a política social é retratada no período de 1930 a 1963. No segundo momento, detemos na política social da ditadura militar instaurada em 1964. Vamos poder apreender que no período ditatorial pós-1964, apesar de algumas continuidades, temos rupturas importantes na política social em relação ao período 1930/1960, principalmente porque o período ditatorial subjugou de tal forma a classe trabalhadora que esta não conseguiu uma articulação para se contrapor a redução de direitos sociais.
Precisamos justificar este recorte histórico, ou seja, porque iniciamos em 1930 e não antes disso. Até 1930 não existia política social no Brasil?
Vamos dar uma paradinha aqui... pois para seguirmos em frente é importante recapitularmos:
Como afirmamos anteriormente, na web-aula 1, a política social, como política de Estado, tem sua emergência na luta dos trabalhadores para a garantia de direitos sociais e trabalhistas.
Até 1930 não tínhamos,no Brasil, uma classe trabalhadora organizada como classe. Tínhamos trabalhadores de setores específicos de serviços que se organizavam para, coletivamente, criar mecanismos de proteção social. Tínhamos, também, a assistência social, que era desenvolvida por instituições religiosas e por pessoas da sociedade. A assistência social, nesse período, não era uma política social, não tinha financiamento do Estado nem legislação específica.
O primeiro marco da política social brasileira é a Lei Eloy Chaves (Decreto n. 4.682, de 24 de janeiro de 1923), que lança as bases de financiamento das políticas sociais destinadas ao trabalhador assalariado.
Ampliando o conhecimento.
Acesse o sitehttp://mpas.gov.br/conteudoDinamico.php?id=443 e conheça o histórico da previdência.
Gostou do que conheceu? Então, vamos em frente.
Outro marco significativo da política social é a promulgação da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, em 1943. A CLT foi promulgada durante a presidência de Getúlio Vargas. O período compreendido entre 1930 e 1945 é considerado como um período de política populista.
Já sei que vocês tiveram o conteúdo sobre Getúlio Vargas, mas... vamos relembrar?  Acesse o site, consulte os slides até o governo de João Goulart, somente até aí, o restante fica para depois.
http://www.escoladomestica.com.br/documentos/eravargasnovarep.pps#1
Podemos, então, afirmar que nacionalmente não se tinha uma legislação que protegesse os trabalhadores. Existiam legislações esparsas, de difícil fiscalização. A CLT é um exemplo de política social promulgada que se antecipa às lutas dos trabalhadores. Ou seja, ciente de que haveria profundas manifestações da população contra as condições degradantes de exercício do trabalho e de que a estas manifestações poderiam se agregar outras de exigência de maior participação política, o Estado se antecipou e regulamentou o exercício do trabalho.
ISSO É IMPORTANTE:
Os direitos da CLT atingem apenas os trabalhadores urbanos. É necessário ressaltarmos que, nesse período, a maioria da população era constituída de trabalhadores rurais, sem nenhuma garantia salarial e de proteção social.
Agora sei que vão me perguntar. E para população pobre, ou seja, para a classe trabalhadora que se encontrava fora do mercado de trabalho?
Vamos para a página seguinte, que te respondo lá.
Em 1942, tivemos a criação da LBA – Legião Brasileira de Assistência. A LBA era presidida pela primeira-dama e tinha por objetivo atender as famílias dos soldados envolvidos na guerra. Findada a guerra, a LBA passou a desenvolver programas de atendimento à maternidade e à infância, junto às famílias mais empobrecidas da população. Foram desenvolvidas atividades assistencialistas, normalmente em conjunto com obras de caridade. São implantados postos da LBA em todos os estados brasileiros.
Podemos dizer, então, que a LBA era um dos mecanismos de legitimação do Estado junto às populações empobrecidas.
No âmbito da política social, tivemos o desenvolvimento de comunidade, que significava envolver os moradores de bairros em propostas de desenvolvimento local. Houve um incentivo à criação de associações de moradores, que recebiam subsídios dos municípios e do Estado.
Para entender melhor, sobre a urbanização e o motivo que levou à criação do desenvolvimento de comunidade, acesse o site indicado abaixo:
http://www.seade.gov.br/produtos/spp/v01n01/v01n01_09.pdf
Em 1960, o sistema previdenciário do trabalhador urbano foi unificado através da Lei Orgânica da Previdência Social, o qual uniformizou todos os direitos sociais em todo o território nacional. É um sistema de proteção social que atende a todos os trabalhadores com carteira assinada, extensivo aos dependentes, sendo contributivo. Trabalhador, empregador e Estado contribuem para a manutenção do sistema. Mesmo a assistência médica implica a comprovação do vínculo formal de emprego.
Em 1963, foi criado o FUNRURAL – Fundo de Assistência do Trabalhador Rural, em resposta aos movimentos dos trabalhadores rurais, estendendo-se aos mesmos os direitos trabalhistas.
É PRECISO RESSALTAR
Até a promulgação da CLT, os problemas sociais eram entendidos como caso de polícia. Pessoas desempregadas eram consideradas “vagabundas” e podiam ser presas sem nenhuma justificativa. As situações de pobreza eram consideradas problemas individuais, sem que o Estado se responsabilizasse por elas.
Na perspectiva de proteção social, a política social fundamental a ser considerada é a do salário mínimo. O salário garante autonomia ao trabalhador na escolha do necessário para sua sobrevivência e de sua família. Em diferentes momentos históricos, instituiu-se um valor mínimo para o salário, significando que nenhum trabalhador poderia receber menos que o legalmente instituído. O salário mínimo é estabelecido regionalmente e define como necessidades a serem satisfeitas alimentação, vestuário, higiene e transporte.
Ressaltamos, então, aspectos importantes desse período:
Foram lançadas as bases do financiamento da política social;
A política social contributiva – só têm acesso as pessoas que contribuem para o sistema de previdência social;
Os direitos previdenciários são extensivos aos familiares dos trabalhadores;
Foram incluídos no sistema previdenciário os trabalhadores autônomos que comprovem o exercício da atividade;
Os trabalhadores rurais foram incluídos no sistema previdenciário através do FUNRURAL;
Foi desenvolvido um programa de atendimento às pessoas carentes, não abrangidas pelo sistema previdenciário oficial, através da LBA, que atendia a maternidade e a infância.
Vamos, agora, ao período de 1964 a 1988. Para isso, siga em frente, vá para a próxima página.
Política Social – 1964/1988 
Todos os ditadores militares que assumiram o poder no período de 1964 a 1985 buscaram formas de silenciar a classe trabalhadora. Uma dessas formas foi investir contra direitos legais já conquistados. Ou seja, reduzir a política social dirigida aos trabalhadores.
Lembra do site sobre Getúlio Vargas? Pois bem. Retome a ele e vamos aprofundar mais sobre o período da ditadura militar.
http://www.escoladomestica.com.br/documentos/eravargasnovarep.pps#1
Inicie sua leitura a partir do período da ditadura militar e siga até a nova república, que se inicia em 1985 até os dias de hoje. Pare aí, combinado! O final do slide fica para depois.
Dando continuidade, podemos dizer, então, que para garantir a redução dos salários dos trabalhadores, além de acabar com a estabilidade, a ditadura impediu o direito de greve – que é arma fundamental da classe trabalhadora contra a exploração do capital.
No processo de produção capitalista, o trabalhador não é proprietário de meios de produção, tendo como alternativa de sobrevivência, que na linguagem acadêmica é dita como produção e reprodução da vida material, a venda de sua força de trabalho. Ou seja, a única coisa que o trabalhador tem para vender na sociedade capitalista é a sua força de trabalho. O trabalhador só pode vender sua capacidade de trabalho, que, como tudo no capitalismo, é transformada em mercadoria.
Assim, na luta por direitos, é também a única coisa que o trabalhador pode se recusar a vender. A greve nada mais é que a recusa do trabalhador de vender sua força de trabalho pelas condições e preços estabelecidos pelo capitalista. Por isso, a ditadura retirou a estabilidade no emprego e limitou o direito de greve. Isso significou desmobilizar a classe trabalhadora. Sem estabilidade, qualquer manifestação contra os empregadores poderia significar o desemprego.
Para saber um pouco mais, acesse o site indicado, navegue por ele, poste seu comentário. Fico aguardando.
http://blogdofavre.ig.com.br/2008/11/csn-20-anos-depois-da-greve-historica/
Depois, vá para a página seguinte, para darmos continuidade.
Em 1966, a ditadura militar substituiu a estabilidade pelo Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS, que representou a possibilidade de demissão do trabalhadorde acordo com os interesses do empregador.
Além do FGTS, a ditadura militar tomou outras iniciativas no campo da política social para os trabalhadores assalariados com o objetivo, segundo o discurso oficial, de levar os trabalhadores a participarem da produtividade nacional. Assim, os trabalhadores teriam uma participação no PIB (Produto Interno Bruto) através do PIS – Programa de Integração Social, dirigido aos trabalhadores das empresas privadas; e o PASEP – Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público.
Os dois Programas foram unificados em 1975 sob a sigla PIS/PASEP e eram justificados como a possibilidade de participação dos trabalhadores nos resultados do desenvolvimento nacional. Funcionava da seguinte forma:
Os recursos do Programa provinham de um depósito sobre um percentual da folha de pagamentos das empresas, em nome do trabalhador.
 Os acessos do trabalhador aos recursos do Programa estavam previstos em casos de aposentadoria, casamento, transferência para reserva remunerada, reforma ou invalidez.
Os trabalhadores que recebiam até cinco salários mínimos por mês tinham direito a um salário mínimo anualmente, o que foi chamado de 14º salário. Os demais trabalhadores recebiam rendimentos do Programa, também uma vez por ano.
O PIS/PASEP, mesmo sendo apresentado como uma participação dos trabalhadores nos resultados de produtividade das empresas e do Estado, constituiu-se, na realidade, em mais uma poupança forçada, visto que os trabalhadores não tinham acesso aos recursos.
Agora, estamos finalizando a unidade 1. Vá para a página seguinte.
Finalizando nossa unidade, podemos afirmar, então, que no período de 1930 a 1988 tivemos grandes mudanças na política social. De 1930 a 1964, a luta dos trabalhadores garantiu que o Estado ampliasse a política social e criasse um aparato jurídico-formal de defesa dos direitos sociais.
Entretanto, no período ditatorial pós-1964, a política social:
Foi transformada em mecanismo de transferência de recursos dos trabalhadores para o capital privado lucrativo via FGTS, PIS/PASEP, unificação do sistema de previdência social;
Se fortalece a dimensão ideológica, ao sustentar, dentre outros aspectos, que os programas habitacionais realizados com recursos dos trabalhadores propiciariam o acesso à compra da casa própria dos mesmos;
No âmbito salarial, tem-se uma profunda redução dos salários dos trabalhadores que, sem estabilidade no emprego e sem direito de greve, além de outras medidas repressivas da ditadura militar, não têm como lutar pela recomposição salarial.
Devemos frisar, ainda, que se manteve a política assistencialista dos governos anteriores, com a qual a necessidade de proteção social de parcelas significativas da população se constituía em moeda de troca em períodos eleitorais e não tem continuidade como direito social. Na Constituição de 1988, aplicou-se a concepção de política social.
Encerramos nossa primeira unidade, gostaram? Aguardo vocês na próxima unidade.
WEBAULA 11
A POLÍTICA SOCIAL NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
Olá, que bom que nos encontramos novamente. Seja bem-vindo a nossa segunda e última unidade da disciplina. Espero que aproveitem bastante.
Então, vamos lá. O ponto de nossa discussão será a Constituição Federal de 1988.
Iniciando a discussão!
É inegável que a Constituição de 1988 representou um avanço na garantia dos direitos sociais. Como vínhamos afirmando até aqui, os direitos sociais postos pela política social vinculavam-se ao trabalho e eram de cunho contributivo. Só tinham direito à aposentadoria os trabalhadores que comprovassem tempo de trabalho e contribuição para a previdência social, além de uma idade mínima. Assim também era com o atendimento à saúde, o auxílio-medicamento, o auxílio-transporte, entre outros.
A Constituição de 1988, denominada de Constituição Cidadã, por Ulysses Guimarães (deputado constituinte), pressupõe direitos sociais para além dos garantidos pela relação de emprego. No Art. 6º, estabelece que “São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados [...]” (BRASIL, 1988).
O Estado passou a reconhecer o direito à educação e ao lazer, direitos estes que integram o valor do salário mínimo. Outra questão fundamental é o reconhecimento do direito à assistência social, que passou a ser lei e, pelo menos constitucionalmente, não sujeita a interesses político-eleitorais.
Fundamental foi o reconhecimento de que o Estado tem responsabilidade nas condições de vida e trabalho dos indivíduos, principalmente da classe trabalhadora. Situações já apontadas anteriormente, nas quais os indivíduos eram culpabilizados pela sua situação de empobrecimento, desemprego, doença, etc., passaram a ter a dimensão de responsabilidade do Estado.
Em outras palavras:
Houve o reconhecimento de que as políticas desenvolvidas pelo Estado não tinham criado empregos suficientes para absorver a força de trabalho. Daí a necessidade de se estabelecer política social de assistência social para atender “[...] a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social” (BRASIL, 1988, Art. 203).
�
[1] © Adarly Rosana Moreira Goes. UNOPAR - 2009
Também foram criados os Conselhos de Direitos, espaços de participação representativa da sociedade civil na regulamentação da Seguridade Social. Para receber recursos federais, municípios e estados têm que implantar os Conselhos de Direitos.
Segue indicação de artigo sobre a reflexão da importância dos conselhos:
http://www.uel.br/revistas/ssrevista/c-v10n2_valdir.htm
Após a Constituição Federal, as políticas sociais ganham novo redirecionamento, no caso os direitos à Assistência Social, havia necessidade de regulamentação. Por exemplo: como definir quem necessita da Assistência Social? Como definir um limite financeiro para que a pessoa pudesse ter acesso à Assistência Social? Dentre outras questões, esse foi um debate que envolveu diferentes categorias profissionais, movimentos sociais e sindicatos.
Pelo texto da Lei, podemos nos perguntar: quais são os mínimos sociais? Quais são as necessidades básicas? Algumas necessidades básicas são claras: saúde, alimentação, vestuário, transporte, habitação, saneamento básico, educação, mas qual o mínimo destas necessidades a serem atendidas? Como definir mínimos sociais? Dentre outras, são questões de que têm ocupado intelectuais, movimentos sociais e segmentos da população com direito à Assistência Social.
Acesse o site indicado abaixo para ampliar seus conhecimentos sobre o que são mínimos sociais. Vamos discutir isso no fórum. Com certeza vai ser uma atividade bastante interessante.
http://www.ssrevista.uel.br/c_v3n2_minimo.htm 
Outra questão que se coloca é sobre a universalização ou a focalização da política social. Todos têm direito à política social ou ela deve ser focalizada nas camadas empobrecidas da população?
No argumento da focalização da política social, a defesa é de que só os segmentos empobrecidos da população teriam direito ao acesso à política social de assistência social. Não se coloca em questão o direito dos trabalhadores inseridos no mercado formal de trabalho – estes mantêm os direitos legalmente estabelecidos. Neste ponto de vista, há que se definir a população usuária do direito. Os defensores da focalização entendem que a política social teria melhores resultados se tivesse uma direção clara. A universalização tornaria difusos os resultados da política social e não atingiria o objetivo de redução das desigualdades sociais.
A Constituição de 1988 coloca, no debate dos direitos sociais, novas questões, pois já não se trata de discutir o direito à política social, nem de discutir a assistência social como política social. O que se mantém é que os direitos sociais continuam dependentes da organização de trabalhadores e movimentos sociais para sua efetivação, porque só os segmentos organizados dapopulação é que conseguem exercer pressão suficiente sobre o Estado para terem direitos legalmente reconhecidos.
Para as classes detentoras dos poderes político e econômico, a política social tem representado a manutenção destes poderes, visto que essas classes não necessitam de política social. Seus recursos financeiros possibilitam acesso às melhores condições de vida e lazer; só lhes interessa a política social na medida em que possa manter subjugada a classe trabalhadora. No ditado popular: antes pingar do que faltar. E essa é a política social do Estado capitalista e a dimensão ideológica da mesma.
Pense bem nisso. Agora, vamos para a página seguinte.
A Constituição de 1988 amplia direitos sociais, contudo, no cotidiano, mantém-se a ideologia dominante. Apesar de se constituir como direito, a assistência social, por exemplo, ainda não adquiriu tal status no cotidiano das pessoas. Nem todos os brasileiros que se enquadram nos critérios estabelecidos pela LOAS recebem os direitos definidos. Podemos, então, concluir que o direito constitucional é direito legal, mas não é direito real.
Em que se sustenta o modo capitalista de produção da vida social?  
Podemos afirmar que os chamados princípios liberais apregoam que todas as pessoas têm as mesmas oportunidades, e que a desigualdade de usufruto das oportunidades funda-se na desigualdade natural das capacidades individuais.
http://images.google.com/images?hl=en&q=desigualdade+social&btnG=Search+Images&gbv=2
Vamos discutir a letra da música no nosso fórum. Acredito que temos muita coisa para discutir. Espero vocês lá.
Terminando nossa discussão, vamos até a próxima página para concluirmos nossa web-aula.
Para concluir nossa aula, temos que considerar que a Constituição de 1988 rompe com esse paradigma de capacidades/incapacidades individuais naturais, mas rompe no texto da lei, não nas políticas sociais subsequentes, ou seja, esbarra no processo de operacionalização, não permitindo que os cidadãos sejam, de fato, beneficiados em seus direitos.
Todavia, sem dúvida, a nova Constituição representou um avanço na política social, nos direitos garantidos aos trabalhadores e às camadas mais empobrecidas da população. Apesar disso, essa nova política social não se constitui no estabelecimento de um Estado de Bem-Estar Social, antes se delimita pelos ditames do Estado Neoliberal.
Muito bem. Agora, o Estado neoliberal é tema da nossa ultima web-aula e consequentemente nossa última unidade. 
WEBAULA 2
Política Social e Estado Neoliberal
O fundamento do Estado neoliberal reside no fortalecimento dos capitalistas e, para tanto, na necessidade de reduzir as possibilidades de luta da classe trabalhadora. Daí, a importância de enfraquecer os sindicatos de trabalhadores.
Para reduzir a capacidade de organização da classe trabalhadora, a classe dominante investe na desarticulação de luta dos sindicatos, e se utiliza da ampliação do chamado exército industrial de reserva.
Para ampliar os direitos sociais, os empresários tiveram que reduzir suas margens de lucro. Ampliaram-se as licenças maternidade e paternidade, férias, seguro-saúde, educação, etc. Os países capitalistas implementaram a nova política social, ainda que nem todos eles. No Brasil, por exemplo, existem divergências sobre a implementação do Estado de Bem-Estar Social.
Como já colocamos pós Segunda Guerra Mundial, o que se fortaleceu no Brasil foi a assistência social, através da LBA.
O Neoliberalismo é o liberalismo revisitado. Mantém-se o princípio do Estado mínimo, ou seja, o mínimo de Estado na regulação social, e com propostas de redução da força da classe trabalhadora na luta por direitos.
Vamos entender melhor a Política de assistência social no neoliberalismo
No âmbito da assistência social, mesmo atendendo todos os critérios legais estabelecidos para ter direito, por exemplo, tem-se o acesso ao Bolsa Família. Apesar de ser um direito garantido, não têm se efetivado naturalmente, sendo, por vezes, necessário a intervenção do Ministério Público.
Agora, vamos entender um pouco sobre o programa bolsa família, seguindo nosso raciocínio de discussão. Acesse o site, abaixo, e analise o programa. Vamos discutir principalmente os critérios estabelecidos.
http://www.mds.gov.br/bolsafamilia/
Na política de assistência social, temos a maior ampliação de programas governamentais: bolsa-família, benefício de prestação continuada, políticas de inclusão social (idosos, pessoas portadoras de deficiência), sistemas de cotas nas universidades, programas de primeiro emprego, etc. O mais importante programa federal no âmbito da política social de assistência social é o Bolsa-Família. Nele, se efetiva a transferência direta de renda para famílias classificadas como abaixo da linha de pobreza.
No âmbito da política social contributiva, temos a redução dos direitos sociais vinculados ao trabalho e o incentivo a que os trabalhadores “comprem” no mercado proteção social. Estabelece-se, por exemplo, um teto máximo de aposentadoria. Trabalhadores que percebem acima do teto e que terão, quando se aposentarem, seus rendimentos reduzidos, buscam no mercado sistema de previdência privada para a complementação da renda.
Na política social de assistência social, ou na assistência social, ao contrário, temos uma proposta de fortalecimento. Ou seja, não há cortes de direitos, mas o objetivo de ampliação dos programas e das pessoas a serem atendidas.
É importante ressaltarmos que os programas de assistência social não excluem os trabalhadores formais. Como para inserção nos programas, há um limite de renda per capta mensal, independente de vínculo de emprego. Famílias que estiverem abaixo da renda pré-estabelecida podem ser inclusas nos programas.
Vamos, então, pontuar duas situações em relação à política social:
a política social contributiva, dirigida aos trabalhadores assalariados;
a política social de assistência social, não-contributiva, a qual têm acesso todos os que dela necessitarem, de acordo com critérios previamente estabelecidos.
Além dos programas governamentais, temos as Organizações Não-Governamentais – ONG’s, que também operacionalizam a política social. O Estado transfere parte de suas responsabilidades com a proteção social para as ONGs e as subsidia financeiramente. 
O controle da aplicação do dinheiro público pelas ONG’s é bastante precário, o que já motivou, inclusive, a instalação de uma CPI para avaliar as entidades. No entanto, a questão principal que se coloca em relação às ONG’s é que elas desenvolvem políticas de Estado sem que a população tenha eleito os dirigentes das mesmas para operacionalizar as políticas. Em última instância, é a não responsabilização do Estado.
Portanto, a política social brasileira também se adapta ao neoliberalismo, em vista:
da redução dos direitos advindos da relação de trabalho;
do fortalecimento de empresas privadas na oferta de serviços sociais;
da inserção da população dependente dos programas de transferência de renda no sistema bancário;
da manutenção do financiamento público para empresas privadas;
da transferência de parte das responsabilidades sociais do Estado para ONG’s.
SINTETIZANDO A DISCIPLINA. 
Frente à análise que apresentamos sobre a política social, a qual na sua história mais beneficia o capital do que o trabalho, podemos pensar se ela ainda se constitui em espaço fundamental de luta da classe trabalhadora e dos segmentos empobrecidos da população.
Estes apontamentos iniciais, que aqui apresentamos, são questões que devem servir para aprofundar a reflexão sobre a política social e sobre o Estado. Existem poucos consensos em torno da política social; o principal deles é de que ela é uma política fundamental para a maioria da população brasileira. Não se pode ignorar a fome, a falta de saneamento básico, a necessidade de habitação, a saúde e a educação.
Como afirmamos, em sua origem, a política social é uma política contra a lógica do capital.Mas seus desenvolvimento e desdobramentos posteriores a tornaram uma política fundamental para a manutenção do sistema, principalmente pela função ideológica de legitimação do Estado. Uma política que nasceu das lutas das classes trabalhadoras e, de cujas reivindicações, o Estado se apropriou e transformou-as em medidas que, além de não atenderem à totalidade das necessidades de vida e trabalho daquela classe, passaram a contribuir diretamente com o capital privado lucrativo.
Apesar disso, devemos lembrar que uma categoria fundamental do capitalismo é a contradição. Essa categoria marxista nos permite entender que, ao mesmo tempo em que a política social serve aos interesses dos capitalistas de manutenção do poder, serve também aos interesses da classe trabalhadora de ampliar sua participação no produto do seu trabalho.
No decorrer da História, as condições de vida da maioria da população melhoraram. Mais pessoas estão tendo acesso a serviços básicos de saúde e educação, mais pessoas estão podendo se alimentar todos os dias. É claro que não é suficiente, pois todas as pessoas têm o direito de participar em igualdade de condições do desenvolvimento nacional.
VEJA MAIS SOBRE:DOS DIREITOS SOCIAIS NA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL
http://www.ufrnet.br/~tl/otherauthorsworks/dpr0027/velloso_carlos_dos_direitos_sociais_na_cf.pdf 
É na luta por participação política que podemos conquistar mais direitos, que podemos ampliar os direitos existentes, não só no que se refere a direitos sociais, mas, também, no que se refere a direitos culturais. Podemos pensar, por exemplo, em incluir na cesta básica, no Bolsa-Família, um jornal diário para ampliar o acesso à informação.  
É ISSO, ENTÃO. ESPERO QUE TENHAM FICADOS AFIADOS SOBRE A POLÍTICA SOCIAL. AFINAL DE CONTAS, É ATRAVES DELA QUE IREMOS INTERVIR NO COTIDIANO DE NOSSA PROFISSÃO.
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