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Instrumentos possessórios - Resumo

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Instrumentos possessórios
As ações possessórias possuem natureza pessoal, portanto, não são ações reais. O objetivo é a
proteção do possuidor, e tem-se como fundamento o direito de posse.
↳ Direito de posse: consequência da situação de
posse, o direito de se manter na condição de
possuidor.
Direito à posse: Exteriorização da propriedade.
Fungibilidade dos instrumentos possessórios
Art. 554 do CPC/15. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz
conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos sejam
provados.
↳ Isso impede que as ações sejam indeferidas caso uma seja proposta no lugar de outra, ou caso os
fatos mudem no meio do tempo da propositura e conhecimento por parte do juiz.
1. Ação de proibição ou interdito possessório
Trata-se de ato de ofensa à posse sem intromissão no exercício do poder.
- Ameaça atual ou iminente de ser turbado ou esbulhado da posse;
- Mecanismo preventivo;
- Previsão legal de cominação de multa pecuniária.
Tutela concedida: tutela inibitória → é a que pretende prevenir fatos futuros e antijurídicos de
virem a ferir a esfera de direito de alguém.
2. Ação de manutenção da posse
Possuidor não perde a posse, apenas sofre incômodo.
- Requisitos:
a) posse do bem;
b) posse turbada;
c) turbação atual, concreta e efetiva.
- Possibilidade de cominação: ação de manutenção de posse + reparação de danos + indenização
dos frutos.
3. Reintegração de posse
Perda injusta da posse. Pode ser perda com ou sem violência, de maneira ostensiva ou oculta,
perdendo o contato físico e imediato do bem.
- Ocupação VS. Invasão → ocupação é o modo de aquisição de propriedade, enquanto invasão é
elemento para que se obtenha a ação de reintegração de posse.
AÇÕES POSSESSÓRIAS E AÇÕES PETITÓRIAS
ASPECTOS AÇÕES POSSESSÓRIAS AÇÕES PETITÓRIAS
Pedido Posse Posse
Causa de pedir Puramente a posse Direito real, ou seja, a propriedade
Jéssica C. França/2022.2/Direito
- As ações possessórias se baseiam exclusivamente no direito de posse, ou seja, isto é a causa de
pedir.
Portanto, tanto o possuidor quanto o proprietário podem se utilizar das ações possessórias, desde
que o direito de posse seja a base da demanda.
Por outro lado, as ações petitórias são baseadas na propriedade e podem alegar a posse, mas em
função da propriedade.
Perda da posse
Art. 1.223/CC. “Perde-se a posse quando cessa, embora contra a vontade do possuidor, o poder
sobre o bem, ao qual se refere o art. 1.996”.
a) Pelo abandono da coisa: fazendo surgir a coisa abandonada;
b) Pela tradição, entrega da coisa, que pode ser real, simbólica ou ficta;
c) Pela perda ou destruição da coisa possuída;
d) Se a coisa for colocada fora do comércio, isto é, se for tratada como bem inalienável;
e) Pela posse de outrem, ainda que contra a vontade do possuidor, se este não for mantido ou
reintegrado à posse em tempo competente;
f) Pelo constituto possessório ou cláusula constituti.
OBS: ATENÇÃO ao artigo 1.224/CC: Só se considera perdida a posse para quem não presenciou o
esbulho, quando tendo notícia dele, se abstém de retornar da coisa, ou, tentando recuperá-la, é
violentamente repelido.
Jéssica C. França/2022.2/Direito

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