Buscar

LOGÍSTICA 4 0 - Logística Integrada e a Gestão da Cadeia de Suprimentos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

LOGÍSTICA 4.0 
Logística Integrada e a Gestão da Cadeia de Suprimentos 
MÓDULO 1: Descrever a história e a evolução do conceito de Logística Integrada e seus principais conceitos 
HISTÓRIA DA LOGÍSTICA: O conceito de logística formou-se no período de guerras, conforme documentado 
por Jules Dupuit, engenheiro militar francês, em 1844. Neste ano, Jules escreve uma carta endereçada aos 
seus superiores, analisando os dilemas presentes nos custos de transportes e de estoques de materiais 
bélicos. Desde então, o conceito da Logística foi adentrando o cotidiano das empresas, se tornando uma 
atividade essencial. 
DEFINIÇÃO DE LOGÍSTICA: Do ponto de vista empresarial, as primeiras atribuições da logística se limitavam 
à análise das questões de administração de materiais e distribuição de mercadorias entre diferentes destinos, 
como especificado na definição da CLM (Council of Logistic Management), associação americana dos 
profissionais de logística, criada no ano de 1962: a logística é o processo de “planejamento, implantação e 
controle do fluxo eficiente e eficaz de mercadorias, serviços e das informações relativas, desde o ponto de 
origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes”. 
Analisando a definição do CLM, pode-se verificar uma visão mais abrangente do conceito de logística até então 
apresentado, com destaque para o fluxo de mercadorias e de informações, desde o início do processo, na 
etapa de transformação da matéria-prima, até o uso final, no ponto de consumo. 
LOGÍSTICA INTEGRADA: As mudanças econômicas que afetaram a logística, destacadas anteriormente, 
nos fazem refletir sobre qual mercado consumidor as empresas desejam atuar. Se você já estudou 
marketing, sabe que o seu conceito e o da atividade mercadológica são muito mais complexos que a 
definição da atuação em um local físico. Mas aqui vamos destacar a principal ligação entre o marketing e 
a logística, representada, nesse momento, pelo local de atuação de uma determinada empresa (praça). 
Neste sentido, Fleury (2007) defende que o entendimento 
de “logística integrada deve ser visto como um instrumento 
de marketing, capaz de agregar valor por meio dos serviços 
prestados”. 
O autor apresenta uma representação gráfica do modelo 
conceitual de Logística Integrada. 
Essa representação descreve um modelo conceitual da 
ligação entre marketing e logística integrada, pois, na 
prática, cada empresa pode apresentar a sua própria 
configuração. 
 
 
 
A figura crepresenta o conceito de marketing mix, no qual a estratégia de marketing é definida com 
base em quatro ênfases: produto, preço, praça e promoção. Esses são chamados de quatro P´s de 
marketing. 
Focalizando no “P” de praça, as principais decisões das empresas estão relacionadas com a estratégia do 
canal de distribuição em que desejam atuar, implicando em diversos tipos de serviços atrelados a essa escolha. 
Vale lembrar que os consumidores têm desejos distintos e, portanto, padrões de entrega de produtos, 
consistência de prazos, flexibilidade de serviços, procedimentos de pós-venda, prazos de entrega, dentre 
outros, devem ser avaliados de acordo com o perfil de cada cliente. 
Esse conjunto de fatores listados é justamente o pacote de “serviço ao cliente”, elemento que une o contexto 
de marketing mix e compõem o sistema logístico. 
Cada componente do sistema logístico é resumido a seguir: 
1. Serviços ao Cliente; 
2. Transporte; 
3. Estoques; 
4. Compras ou vendas; 
5. Armazenagem; 
6. Processamento do pedido. 
Adotar uma determinada estratégia isolada, com base em um único elemento, poderá trazer impactos em 
outros. Esse é justamente o conceito de trade-off. 
Há uma famosa frase no mercado que diz que “o ótimo global não representa o ótimo local”. Ou seja, deve-se 
evitar analisar um componente independente dos outros, pois, no final, a empresa poderá ser prejudicada, ao 
invés de estar seguindo no melhor caminho. 
O principal conceito de trade-off presente na literatura está relacionado com a decisão da área de compras 
que, com frequência, apresenta indicadores que representam a compra de matérias-primas com o menor 
custo unitário, muitas vezes associado a compras de grandes quantidades. 
 
 
LOGÍSTICA GERANDO VALOR PARA CLIENTE – A GRANDE RESPONSABILIDADE DO GERENTE DE 
LOGÍSTICA: De forma geral, uma empresa objetiva criar valores nos seus produtos e serviços para seus 
clientes. Esses valores podem ser resumidos em quatro tipos: 
• Forma: É natural pensar que quando um produto ou serviço não atende à necessidade de seus clientes, 
este perde o seu valor: esse é o valor forma. 
• Tempo: Ocorre quando o produto não está no local adequado para seu consumo no momento adequado, 
o que acaba por representar o valor de tempo. Em contrapartida, quando uma empresa entrega para 
um cliente um produto, que antes não estava disponível, isso cria um valor para o cliente, que antes 
não existia. 
• Lugar: O valor de lugar é representado pela disponibilização do produto no local desejado pelo cliente. 
Não parece fazer muito sentido vender chinelo “Havaiano” em uma estação de esqui, por exemplo. 
• Posse: A área de produção transforma insumos ou matérias-primas em produtos acabados. A logística 
controla os valores de tempo e lugar desses produtos, por meio de transportes, fluxos de informação 
e estoques. O valor de posse, geralmente associado ao marketing, é induzir os clientes a adquirirem 
determinado produto. 
Por meio do gerenciamento da logística e da sua cadeia de suprimentos, três desses quatro valores acabam 
sendo atribuídos a um profissional que atue na área de logística, demonstrando a importância desse gestor 
no contexto de uma empresa. 
VERIFICANDO O APRENDIZADO: 
1. Em 1913, Henry Ford implementou a primeira linha de produção automobilística com seu famoso Ford 
Modelo T cor preto. Já em 1918 o modelo T já representava mais da metade do mercado americano 
de automóveis. Hoje, acessando o website da Ford, um consumidor mais exigente, com necessidade de 
produtos mais personalizados, tem a possibilidade de escolher diversos modelos de automóveis, cor de 
banco, tipo de direção, vidros e até kit multimídia. 
O conceito abordado pela passagem acima foi estimulado, prioritariamente, por qual mudança 
econômica que influenciou a logística? 
a) Aumento das incertezas econômicas. 
b) Proliferação de produtos. 
c) Menos ciclos de vida de produtos. 
d) Mais exigências de serviços/produtos. 
“Mais exigências de serviços/produtos” foi exatamente o que foi pontuado no enunciado: os 
consumidores começaram a exigir produtos diferenciados e o website permite muita 
customização dos carros da Ford. 
 
 
2. Características de seleção de modal e serviço de transporte, consolidação de fretes, determinação de 
roteiro de entrega, programação e seleção de veículos e frete são típicos de qual elemento da 
Logística Integrada? 
a) Estoques. 
b) Transportes. 
A resposta correta está relacionada a transportes, como podemos relembrar nos conceitos 
abordados no tema de “Logística Integrada”. São assuntos relativos à logística de transportes: 
seleção de modal e serviço de transporte; consolidação de fretes; determinação de roteiro de 
entrega; programação e seleção de veículos; e frete. 
c) Armazenagem. 
d) Compras ou vendas. 
 
MÓDULO 2: Descrever conceitos de Supply Chain Management, seu histórico e suas diversas terminologias. 
CONCEITO DE SCM (Supply Chain Management): Para compreender o conceito de SCM é preciso entender a 
concepção de canal de distribuição, amplamente consolidado nos livros de marketing. Ele é definido como os 
meios pelos quais os produtos de uma empresa são direcionados até seu consumidor final. 
A escolha do canal de distribuição é fundamental para a eficiência do processo de comercialização e 
distribuição de bens e serviços, pois é através dele que os consumidores terão acesso aos produtos e serviços 
de uma determinadaempresa. 
É no canal de distribuição que, muitas vezes, as informações de mercado, os desejos dos clientes e suas 
necessidades são registrados. Com o avanço das redes de telecomunicação, as informações adquiridas pelos 
canais de distribuição chegam aos demais elos da cadeia logística, fazendo com que todos trabalhem de forma 
sincronizada. 
Foi por meio dessa integração entre os diversos elos da cadeia de suprimentos que se solidificou o conceito 
de Supply Chain Management (SCM). 
A associação denominada Council of Supply Chain Management Professional - CSCMP (1995) define o SCM 
como: 
“O planejamento e a gestão de todas as atividades associadas à logística interna, bem como a coordenação 
e colaboração entre todos os parceiros da cadeia, sejam eles fornecedores, prestadores de serviço ou 
consumidores”. 
 
O conceito mais preciso do Supply Chain Management é quando ultrapassamos a fronteira da empresa 
envolvendo todas as camadas de fornecedores e de clientes, todos agindo de forma sincronizada, colaborativa 
e em uma só direção. Vale ressaltar o fluxo de informação. 
Foi possível perceber que ele segue o fluxo inverso do fluxo do produto? 
Isso revela que todas as informações são repassadas para os elos anteriores de maneira que todos trabalhem 
em prol de um único objetivo e uma única informação. Na essência, não há espaço para manobras ou artifícios 
que gerem perturbações nesse fluxo. Isso evita um efeito clássico da logística, o efeito chicote. 
CONCEITOS RELEVANTES AGREGADOS AO SCM: Durante a evolução do conceito de SCM, diversas 
considerações e práticas de mercado surgiram e serviram de base para a implantação e amadurecimento da 
cadeia de suprimentos: 
a) ECR: 
▪ Efficient Consumer Response ‒ Resposta Eficiente ao Consumidor: O ECR é uma estratégia que 
estimula os participantes da cadeia de suprimentos a estudarem e a implementarem métodos que 
possibilitem o trabalho conjunto entre os participantes, para que consigam atingir a missão da 
cadeia como um todo. 
b) VMI: 
▪ Vendor Managed Inventory ‒ Estoque Gerido pelo Fornecedor: É um sistema em que o fornecedor 
se responsabiliza pela gestão dos níveis de estoque nos clientes. O fornecedor tem acesso aos 
dados relativos ao estoque (vendas) do cliente e assume as decisões sobre os reabastecimentos 
com base em uma política de estoque pré-estabelecida com seu cliente. O VMI integra-se na cadeia 
de abastecimento como forma de estabelecer uma real colaboração e partilha de informação 
entre o fornecedor e o cliente e com isso, não só permite reduzir o nível de estoque ao longo da 
cadeia, bem como proporciona uma redução de custos. 
 
c) CR: 
▪ Continuous Replenishment ‒ Reposição contínua: Uma das práticas que têm complementado ou 
mesmo substituído o VMI em algumas situações é a Reposição Contínua, que busca principalmente 
o atendimento dos quatros processos: promoções, reposições de estoques, sortimento (mix) dos 
estoques e introdução de novos produtos. 
d) CPFR: 
▪ Collaborative Planning, Forecasting and Replenishment – Planejamento, Previsão e Reposição 
Colaborativos: Baseia-se em um programa colaborativo entre os diferentes intervenientes da 
cadeia de abastecimento, que estabelece uma coordenação entre a produção, planejamento, 
previsão de vendas e reposição. 
e) JUST-IN-TIME 
▪ JUST - IN – TIME: Significa “momento certo”. É um sistema que objetiva produzir a quantidade 
exata (não prevê estoques), de acordo com a demanda, de forma rápida, fazendo com que o 
produto seja acabado mais próximo da necessidade temporal do cliente. 
f) TQM: 
▪ Total Quality Management – Gestão da Qualidade Total: Representa a consciência de que todos 
têm a autonomia para gerar e agregar qualidade aos processos organizacionais. 
g) LEAN MANUFACTURING: 
▪ Também chamada de sistema Toyota de produção, ou manufatura enxuta, é a filosofia focada na 
redução de sete tipos de desperdícios (superprodução, tempo de espera, transporte, excesso de 
processamento, inventário, movimento e defeitos). Nesse sentido, reduzindo esses desperdícios, a 
qualidade melhora e o tempo e custo de produção diminuem. Uma das ferramentas que auxiliam a 
realizar a manufatura enxuta é o kanban. 
Representa o conceito de que as tarefas não precisam ser executadas sequencialmente, mas sim de forma 
simultânea. Esse paralelismo faz com que os objetivos finais sejam alcançados muito mais rapidamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Efeito chicote 
O efeito chicote, em inglês Bullwhip Effect, descreve um fenômeno observado em cadeias de 
distribuição de vários níveis, com padrões de demanda incertos, em que as informações são 
repassadas aos demais elos de forma limitada, trazendo perturbações aos diferentes elos da cadeia 
de suprimentos. Ele descreve um efeito clássico: aumento do inventário de estoques conforme se 
transita para os elos mais distantes do varejista, dentro de uma cadeia de suprimentos. 
O efeito chicote, às vezes, também é chamado de efeito Forrester, porque foi descrito pela primeira 
vez por Jay Wright Forrester, professor da MIT Sloan School of Management, em seu livro Industrial 
Dynamics, em 1961. Esses estudos inovadores foram fundamentais para o gerenciamento moderno 
da cadeia de suprimentos 
O exemplo mais clássico desse efeito foi evidenciado em estudos realizados com uma cadeia de suprimentos 
simples, de apenas quatro elos, na qual pequenas variações na demanda inicial levaram a amplitudes de pedidos 
de ressuprimento em até 900%. Essa situação considerando apenas quatro níveis de suprimento. Já imaginou 
o que ocorre nas cadeias de suprimento mais complexas e com mais entes envolvidos? 
Esses estudos demonstraram que a principal causa para flutuações erráticas de tamanhos de pedidos e níveis 
de estoque nas cadeias de suprimentos não era realmente motivada pela incerteza em dada função de 
demanda, mas sim pela característica da cadeia de suprimentos e o comportamento dos gerentes da cadeia 
de suprimentos, que sempre indicavam estoque a mais por dúvidas inerentes ao fornecimento de produtos. 
Os principais fatores que influenciam as amplitudes na cadeia de suprimentos são: 
• Tamanho ou número de elos na cadeia de suprimentos; 
• Velocidade ou tempo de reposição, que é o tempo entre o pedido e o atendimento do pedido; 
• Reações exageradas, com pedidos “de pânico” à medida que os níveis de estoque vão chegando aos níveis 
mínimos; 
• Baixa informação sobre os demais elos da cadeia de suprimentos. 
Analisando a figura, podemos perceber que a demanda se mantém praticamente estável ao longo dos seis 
períodos, mas, conforme a demanda se distanciava do varejista, a percepção da volatilidade da demanda se 
acentuava. 
Vamos analisar o fornecedor no período 3, que produziu cerca de 180 unidades, mas que, na realidade, o 
consumo foi de pouco mais de 100 unidades. Aumento de 80% de demanda que, na prática, virou estoque. Ou 
seja, dinheiro empatado em estoques, sem, de fato, gerar receita para a empresa. 
Nesse sentido, compreende-se a real importância de sempre demonstrar claridade ao seu fornecedor, para 
que ele se dimensione da forma como a demanda final se comporta. Essa realidade se mostra muito evidente 
com a Indústria 4.0. 
 
LOGÍDTICA REVERSA: Conforme ilustrado nos tópicos acima, geralmente associamos a logística ao 
gerenciamento do fluxo de produtos no sentido dos fornecedores até o consumidor final. 
No entanto, com aumento do valor dado à responsabilidade socioambiental pelos consumidores e pelas 
empresas, o conceito de logística reversa se apresentou como emergente e de considerável importância no 
mundo contemporâneo. 
Segundo a CLM (2007): 
A logística reversa é o processo de planejamento, implementação e controle eficiente e eficaz do fluxo de 
matérias-primas, produtos em processamento, produtos acabados e informações relacionadas desde o ponto 
de consumo ao ponto de origem, com o propósito de recapturar o fluxo, criar valor oudescartá-lo 
adequadamente”. 
A preocupação com o fluxo reverso de produtos fortalece a imagem das empresas e gera concorrência por 
diferenciação de serviços e redução de custos. O primeiro causado por alguns varejos, por acreditarem que 
determinados consumidores valorizam produtos ao saberem que são frutos de reutilização. Já o segundo, 
através, por exemplo, de embalagens retornáveis, que poupam custos das empresas ao arcarem com novos 
recipientes. 
De acordo com Fleury (2003), as atividades típicas de logística reversa são apresentadas na figura a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
VERIFICANDO O APRENDIZADO: 
1. Atualmente, quando um cliente acessa uma loja de tintas, há um prospecto com variedades de cores 
e tonalidades de tintas. Após o cliente escolher a cor, o tom e, inclusive a quantia, o vendedor 
prontamente realiza um mix de cores em uma máquina própria e fornece a tinta de acordo com a 
necessidade do cliente. 
A situação destacada acima é um exemplo de: 
a) VMI; 
b) CPRF; 
c) TQM; 
d) Just-in-time. 
O conceito just-in-time preconiza evitar estoques e entregar o que o consumidor necessita 
mais próximo ao momento certo da demanda. 
2. A Cadeia de Suprimentos de uma empresa é constituída de: 
a. Fornecedores da matéria-prima básica, atacadistas, distribuidores e varejistas. 
b. Todos os fornecedores e clientes, excluindo-se o cliente final. 
c. Todos os fornecedores da empresa, os fornecedores de seus fornecedores, e assim por diante, 
até o fornecedor da matéria-prima básica. 
d. Fornecedores primários, secundários e seus subfornecedores, incluindo o fornecedor da 
matéria-prima básica, além de atacadistas, distribuidores, varejistas e clientes finais. 
MÓDULO 3: Identificar a importância que a Logística Integrada e o Supply Chain Management apresentam 
para a estratégia de uma empresa. 
EXPECTATIVAS DE SERVIÇOS PARA CLIENTES : Conforme destacado no tópico de Supply Chain 
Management, os consumidores, cada vez mais, exigem produtos customizados de acordo com seus desejos e 
necessidades. Há muitos anos, as empresas passaram a entender esse comportamento como uma grande 
oportunidade de mercado, pois nem sempre os melhores produtos, com mais qualidade e maior valor agregado, 
atenderiam a determinada fatia do mercado. Quem nunca reparou que um determinado produto, mesmo de 
qualidade inferior, satisfez plenamente suas próprias necessidades, não é? 
Por entender que os consumidores exigem produtos e serviços distintos, as empresas perceberam a 
necessidade de segmentar o mercado, de forma a atacar o mercado consumidor de maneira diferenciada. 
Nesse caso, buscando atender às necessidades dos diversos grupos de clientes com padrões customizados 
aos seus desejos. 
Esse processo é feito, basicamente, dividindo os diversos consumidores em grupos, de forma que os clientes 
agregados ao mesmo grupo apresentem características e comportamentos similares. A empresa, nesse caso, 
buscará desenvolver campanhas para sensibilização desses grupos de clientes, de maneira customizada. 
Existem várias formas de segmentar os clientes, mas não é o foco desse módulo. A intenção aqui é que você 
perceba que a segmentação proporciona atuações distintas de marketing e, como foi visto no tópico de 
Logística Integrada, o marketing está intimamente correlacionado ao conceito de Logística Integrada e 
de Supply Chain Management. 
ESTRATÉGIA DE LOGÍSTICA: Antes de comentar sobre a estratégia da logística, deve-se ter em mente que 
a empresa precisa definir sua estratégia corporativa. Esta, em geral, é uma visão mais macro das intenções 
da corporação e é traduzida em objetivos muito claros para as diversas áreas que compõem a empresa. 
Esses objetivos podem ter vários vieses: podem ser a realização de lucros, o retorno de investimentos, a 
participação no mercado ou até o crescimento em algum ramo específico. 
Nessa linha, os objetivos, seja qual forem, se desdobram para as áreas funcionais, que enxergam a sua 
contribuição nos objetivos maiores da corporação. É como se todos estivessem amarrados de alguma forma, 
como uma árvore. 
Assim, é natural observar que a área de logística não é uma exceção e irá compor a estratégia da empresa 
por meio das suas próprias estratégias e objetivos. 
Basicamente, a estratégia logística é decidida por meio de três pilares, a saber: 
Redução do Custo Redução de Capital Melhoria de Serviços 
Estratégia voltada para 
corte de custos variáveis, 
principalmente focado em 
transporte e armazenagem. 
Em geral, está relacionado às 
decisões de ter apenas um 
ou vários armazéns, utilizar 
um modal de transporte ou 
outro, definir lote de compra, 
utilizar transportes mais 
consolidados ou fracionados, 
dentre outros; 
Representando a estratégia de 
enxugamento dos 
investimentos nos sistemas 
logísticos como: decisões da 
empresa em armazenar 
produtos ou embarcar direto 
para os clientes, contratar 
armazém público ou investir em 
armazéns privados, abordar o 
fornecimento de produtos aos 
consumidores just-in-time ou 
manter estoques de produtos 
acabado e, por fim, procurar por 
serviços terceirizados ou 
prover com recursos próprios. 
Neste caso, os lucros são fortemente 
influenciados pelos níveis de serviços 
logísticos adotados. Naturalmente, avalia-
se que os custos aumentam conforme há 
incrementos em melhorias de níveis de 
serviços fornecidos aos clientes, mas, em 
contrapartida, os lucros também. Mas 
nesse caso, se o aumento de lucro for 
superior ao aumento de custos, essa 
estratégia tende a ser adotada. 
É essencial avaliar a estratégia dos 
concorrentes para definir a da sua 
empresa, pois, no mercado, basta sua 
empresa fazer melhor que o concorrente 
para se destacar. 
 
PLANEJAMENTO DE LOGÍSTICA: A etapa de planejamento ocorre, de forma geral, em três grandes grupos: 
Planejamento Estratégico (PE) 
Representa horizonte de longo prazo, com demandas mais agregadas. 
 
Planejamento Tático (PT) 
Representa horizonte de médio prazo, com demandas mais segregadas. 
Planejamento Operacional (PO) 
Representa horizonte de curto prazo, com tomadas de decisões hora a hora ou dia a dia, em 
demandas totalmente segregadas. 
 
O planejamento de logística segue esse mesmo rito e, em geral, é calcado em quatro grandes grupos de áreas 
de análise: 
1. NÍVEL DE SERVIÇO: 
O esforço que é necessário para atender as expectativas de um determinado consumidor. Pode-se 
pensar que quanto maior esse nível, maiores os custos envolvidos, visto que aumentam as campanhas 
de marketing, por exemplo. Por isso, antes de definir qualquer estratégia logística, é importante definir 
o nível de serviço apropriado a cada cliente e se a empresa está disposta a arcar com esse valor, 
apostando numa receita futura. 
2. LOCALIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES: 
Esse grupo representa o número de instalações logísticas e seu tamanho, e a determinação de qual 
segmento do mercado privilegiar por conta da proximidade com centro consumidor. A essência dessa 
estratégia é encontrar a localização que trará menor custo, ou alternativa de maior lucratividade. 
Decisões sobre a localização perpassam por simplificar a comunicação com os demais elos da cadeia, 
reduzir rotas, possibilitar fracionamento de cargas conforme rota de entrega e servir de pulmão para 
balanceamento entre a oferta e demanda de produtos. 
3. DECISÕES SOBRE ESTOQUE: 
Refere-se à maneira com que os estoques são gerenciados. Empurrar ou puxar os estoques de/para 
os centros de estocagem e a regra de reposição de estoques são estratégias que permeiam a decisão 
desse planejamento. Essa decisão influencia sensivelmente a de localização das instalações, pois uma 
acaba impactando a outra. 
4. ESTRATÉGIA DE TRANSPORTES: 
Decisões de transportes envolvem seleção de modais, volume de embarque de mercadorias, rotas de 
entrega e programação de recursos. 
VERIFICANDO O APRENDIZADO: 
1. Sobre planejamento estratégico, é correto afirmar: 
a. É projetado para o curto prazo. 
b. Édefinido no nível operacional, para cada tarefa ou atividade. 
c. É definido no nível intermediário, em cada departamento da empresa. 
d. Envolve a empresa como um todo, abrangendo todos os recursos e as áreas de atividade. 
O planejamento estratégico é o planejamento de longo prazo, e deve envolver toda a empresa, 
abrangendo tudo que se relaciona à organização 
 
 
2. O planejamento estratégico da Logística é calcado em qual(is) pilar(es)? 
a. Nível de serviço e decisões de estoque apenas. 
b. Localização das instalações e estratégia de transportes apenas. 
c. Decisões sobre estoques e nível de serviço apenas. 
d. Nível de serviço, localização das instalações, decisões sobre estoques e estratégia de 
transportes. 
No tópico planejamento de logística foi a presentado que o planejamento estratégico avalia 
questões de Nível de serviço, localização das instalações, decisões sobre estoques e estratégia 
de transportes e por isso a alternativa D está correta. A alternativa A está incompleta, faltando 
estratégia de transportes e localização das instalações. A mesma situação ocorre com a 
alternativa B, que também está incompleta, faltando nível de serviço e decisões de estoques. 
Assim como na alternativa C, em que falta a localização das instalações e a estratégia de 
transportes.

Outros materiais