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Apicultura Aula 1 Luiza Helena 1 Apresentação da disciplina 2 Objetivos Ementa Bibliografia Parte teórica Parte prática Datas dos exames O que é a apicultura? Criação de abelhas para que elas possam, a partir do néctar das flores produzir mel e outros produtos (geleia real, cera e própolis. 3 Apicultura Abelha = Apis Apicultura - Atividade de criar as abelhas 4 Vantagens na criação de abelhas Baixo Investimento Sendo o retorno em 1,5 anos Mão-de-obra familiar Dispensa a propriedade de terra Preserva a natureza Aumenta produções agrícolas 5 Mel produzido pelas abelhas a partir do néctar recolhido de flores e processado pelas enzimas digestivas desses insetos, sendo armazenado em favos em suas colmeias para servir-lhes de alimento. Teremos uma aula só de mel com mais detalhes lá na frente! 6 Cera Abelhas usam para construção dos favos e fechamento dos alvéolos (opérculo) Produzida por glândulas ceríferas - no abdome das abelhas operárias Cera de Apis mellifera apresenta 248 componentes - alguns ainda não identificados... Indústrias que utilizam a cera de abelha Composição da cera de abelha Composta por ácido cerótico e palmítico, é isolante elétrico, funde entre 63 °C e 64 °C, derretendo a partir dos 35ºC, e tem densidade próxima da água. É solúvel em gorduras, azeites, benzina, sulfeto de carbono, terebentina, éter e clorofórmio. Ácido cerótico ou ácido hexacosanoico Países importadores USA, Alemanha, Reino Unido, China, frança 10 Países Exportadores Chile, tanzania, brasil, Holanda e australia 11 Própolis Substância resinosa, adesiva e balsâmica Elaborada pelas abelhas a partir da mistura da cera e da resina coletada das plantas, retirada dos botões florais, gemas e dos cortes nas cascas dos vegetais É usado pelas abelhas para fechar as frestas e a entrada do ninho. Tem propriedades bactericidas e fungicidas, é usada na limpeza da colônia e para isolar uma parte do ninho ou algum corpo estranho que não pode ser removido. 12 Própolis composição Vai depender da espécie de plantas que está disponível para as abelhas. Apresentam propriedades medicinais Utilizada principalmente na indústria farmacêutica e médica. Própolis composição A composição química da própolis inclui flavonóides (como a galangina, quercetina, pinocembrina e kaempferol), ácidos aromáticos e ésteres, aldeídos e cetonas, terpenóides e fenilpropanóides (como os ácidos caféico e clorogênico), esteróides, aminoácidos, polissacarídeos, hidrocarbonetos, ácidos graxos e vários outros Galangina Quercetina Pirocembrina Ac caféico kaempferol 14 Própolis 75 % da produção no Brasil é exportada para o Japão Produtos de própolis Pólen Gameta masculino das flores coletado pelas abelhas e transportado para a colmeia para ser armazenado nos alvéolos e passar por um processo de fermentação. Pólen Usado como alimento pelas abelhas na fase larval e abelhas adultas com até 18 dias de idade, é um produto rico em proteínas, lipídios, minerais e vitaminas Composição Em virtude do seu alto valor nutritivo é usado como suplementação alimentar, comercializado misturado com o mel, seco, em cápsulas ou tabletes. 19 Produtos Em virtude do seu alto valor nutritivo é usado como suplementação alimentar, comercializado misturado com o mel, seco, em cápsulas ou tabletes. Não existem dados sobre a produção e comercialização mundial desse produto. 20 Polinização A polinização é a transferência de grãos de pólen das anteras de uma flor para o estigma (parte do aparelho reprodutor feminino) da mesma flor ou de uma outra flor da mesma espécie. As anteras são os órgãos masculinos da flor e o pólen é a gameta masculino. 21 Uma flor completa apresenta as seguintes estruturas: Estame: estrutura masculina da flor onde localizam-se o filete e a antera. Carpelo: estrutura feminina da flor, formada pelo estigma, estilete e ovário. Pétalas: folhas modificadas e coloridas com a função de atrair os polinizadores. O conjunto de pétalas é chamado de corola. Sépalas: localizadas abaixo das pétalas, geralmente, de coloração verde. O conjunto de sépalas é chamado de cálice. Toda essa estrutura é sustentada pelo pedúnculo, haste responsável por ligar a flor à planta. O pedúnculo apresenta uma porção dilatada ligada à flor denominada de receptáculo floral, onde estão inseridos os elementos florais. Estigma da flor: Estigma é a área receptiva do pistilo das flores, onde o grão de pólen inicia a germinação do tubo polínico. O que é a antera? Antera é a porção terminal do estame das flores. São sacos revestidos internamente por tecido esporogênico, onde são produzidos os grãos de pólen. As anteras podem ser formadas por uma ou duas tecas, ou compartimentos, divididos internamente em dois lóculos ou lojas, onde o pólen é armazenado. 22 Polinização A transferência de pólen para o estigma pode ocorrer das anteras para o estigma da mesma flor ou de flor diferente, mas na mesma planta (autopolinização) ou pode ser feita de uma flor para outra em plantas diferentes (polinização cruzada). 23 Polinização Em locais com alto índice de desmatamento e devastação ou com predominância da monocultura, os produtores fica extremamente dependentes das abelhas para poderem produzir. Com isso, muitos apicultores alugam suas colmeias durante o período da florada para servições de polinização. Polinização Dependendo da cultura, local de produção, manejo utilizado e devastação da região, a polinização pode aumentar a produção entre 5 e 500% Dessa forma, estima-se que por ano a polinização gere um benefício mundial acima de cem bilhoes de dólares (De Jong, 2000). 25 Geleia real A geleia real é uma substância produzida pelas glândulas hipofarigeanas e mandibulares das operárias com até 14 dias de idade. Na colmeia é usada como alimento das larvas e da rainha. Composição da geleia real Água Carboidratos Proteínas Lipídios Vitaminas Características cor branca-leitosa e sabor ácido forte 27 Comercialização da geleia real A comercialização da geleia real tem crescido significativamente com sua incorporação em medicamentos, alimentos saudáveis e cosméticos. Por possuir composição rica em ácidos graxos, proteínas, vitaminas B1, B2, B6, niacina, ácido pantotênico, biotina e ácido fólico, é considerada extremamente benéfica para o organismo de quem o consome. Seu efeito antioxidante, por exemplo, impossibilita a formação de radicais livres, combatendo a formação de células cancerígenas (ISHIMOTO, 2003 BUTTSTEDT et al., 2013). 28 Geleia real Embora não seja estocada na colmeia como mel e o pólen, é produzida por alguns apicultores para comercialização in natura, misturada com mel ou mesmo liofilizada. A indústria de cosméticos e medicamentos também a utilizam na composição de diversos produtos. A China é o principal país produtor, responsável por cerca de 60% da produçãp mundial, exportando aproximadamente, 450 ton/ano para o Japão, Estados Unidos e Europa. Apitoxina A apitoxina é o veneno das abelhas operárias de Apis mellifera purificado. O veneno é constituído basicamente de proteínas, polipeptídios e constituintes aromáticos, sendo produzido pelas glândulas de veneno nas duas primeiras semanas de vida da operária e armazenado no "saco de veneno" situado na base do ferrão. Cada operária produz 0.3 mg de veneno. 30 Apitoxina Origem das abelhas GONDWANA – vespas predadoras 100 milhões de anos. 10 famílias, 700 gêneros e 20.000 espécies sociais e solitárias. Classe: Insecta Ordem: Hymenoptera Família: Apidae Gênero: Apis Espécie: Apis Mellifera 32 Raças de Apis Mellifera Apis mellifera mellifera (abelha real, alemã, comum ou negra) Originárias do Norte da Europa e Centro-Oeste da Rússia, provavelmente estendendo-se até a Península Ibérica.Abelhas grandes e escuras com poucas listras amarelas. 33 Apis mellifera mellifera Possuem língua curta (5,7 a 6,4 mm), o que dificulta o trabalho em flores profundas. Nervosas e irritadas tornam-se defensivas com facilidade caso o manejo seja inadequado. Produtivas e prolíferas, adaptam-se com facilidade a diferentes ambientes. 34 Apis mellifera lingustica (abelha italiana) Essas abelhas têm coloração amarela intensa; Produtivas e muito mansas, são as abelhas mais populares entre os apicultores de todo o mundo. Apesar de serem menores que as A. m. mellifera, têm a língua mais comprida (6,3 a 6,6 mm) Constroem favos rapidamente e são mais propensas ao saque do que abelhas de outras raças europeias. 35 Apis mellifera caucasica Originária do Vale do Cáucaso, na Rússia Possuem coloração cinza-escura, com um aspecto azulado, pelos curtos e língua comprida (pode chegar a 7 mm). Considerada a raça mais mansa e bastante produtiva Enxameiam com facilidade e usam muita própolis. Sensíveis a Nosema apis. 36 Apis mellifera carnica (abelha carnica) Originária do Sudeste dos Alpes da Áustria, Nordeste da Iugoslávia e Vale Danúbio. Assemelham-se muito com a abelha negra, tendo o abdome cinza ou marrom. Pouco propolisadoras, mansas, tolerantes a doenças e bastante produtivas. Coletam "honeydew" em abundância. São facilmente adaptadas a diferentes climas e possuem uma tendência maior a enxamearem. 37 Apis mellifera scutellata (abelha africana) Originária do Leste da África, são mais produtivas e muito mais defensivas. São menores e constroem alvéolos de operárias menores que as abelhas europeias. Possuem um ciclo de desenvolvimento precoce (18,5 a 19 dias) em relação às europeias (21 dias) Ao contrário das europeias que armazenam muito alimento, elas convertem o alimento rapidamente em cria, aumentando a população e liberando a vários enxames reprodutivos. Migram facilmente se a competição for alta ou se as condições ambientais não forem favoráveis. 39 Abelha africanizada A abelha no Brasil é um híbrido das abelhas europeias (Apis ellifera mellifera, Apis mellifera lingusta, Apis mellifera caucasica e Apis mellifera carnica) com a abelha africana Apis mellifera scutellata. A abelha africanizada possui um comportamento muito semelhante ao da Apis mellifera scutellata A variabilidade genética dessas abelhas é muito grande, havendo uma predominância das características das abelhas europeias na sul do brasil, e no norte predominam as caracteristicas das abelhas africanas. 40 População Rainha: 1/colmeia Operária: 60.000/colmeia Zangão: 400/colmeia População Rainha Única fêmea sexualmente madura, é a mãe de todas as operárias, dos zângãos e futuras rainhas. Nasce de um alvéolo especial — alimentada com geleia real — e pode viver entre 2 a 4 anos. É fecundada uma vez na vida — em voo e por vários zângãos — e chega a pôr dois mil ovos por dia. 42 População Operária Na colmeia existem entre 20 e 80 mil indivíduos. As obreiras constroem os favos, cuidam da criação, gerem a saúde da colónia, defendem a colmeia, procuram, recolhem e armazenam alimentos (pólen e mel). No pico da produção primaveril, vivem entre 15 e 40 dias. No Inverno duram alguns meses. 43 População Zangões Podem existir alguns milhares na colónia na Primavera e só servem para garantir a fecundação das futuras rainhas. Na Primavera vivem entre 20 e 30 dias; no Verão, 90 dias. Morrem depois de acasalarem com uma rainha. 45 População Feromônios A rainha estabelece uma complexa interação com as outras abelhas por via da libertação de um conjunto de feromonas (compostos químicos). Uma delas inibe a fertilidade das obreiras. 46 A arquitetura da colmeia Duas áreas: na base está o ninho, no topo, o espaço para produção de mel. As obreiras constroem os alvéolos hexagonais em cera para servirem de berçários e de reservatórios de pólen e mel. decisão do género É a rainha a que decide que dará origem a uma obreira, a um zângão ou a outra rainha. E orienta-se em função da dimensão do alvéolo. Nos mais pequenos põe um ovo que dará origem a uma obreira, nos maiores um ovo para um zângão. O de maior dimensão — o alvéolo real — está reservado para um ovo de onde nascerá uma nova rainha. O alvéolo real Todos os alvéolos são alimentados nos primeiros dias de processo de criação com geleia real, seguindo-se pólen e mel. As candidatas a rainha são exclusivamente alimentadas a geleia real. Novo ciclo Quando a rainha sai para enxamear, deixa na colmeia vários alvéolos reais prestes a eclodir. As rainhas virgens poderão conviver durante algum tempo, mas a primeira que conseguir ser fecundada matará as restantes candidatas ao cargo. Nasce assim uma nova colónia. A enxameação É o processo natural de reprodução da própria espécie e consiste na saída de parte das obreiras da colmeia com a rainha para a criação de uma nova colónia (numa gruta, num tronco de árvore ou noutra colmeia). 49 Ciclo de vida Ciclos da vida Depois de a rainha pôr um ovo no alvéolo, segue-se a fase de larva, pupa e adulto. Durante os 21 dias que dura todo o processo, as operárias-amas cuidam de cada uma das futuras abelhas. Depois de nascer, a primeira tarefa de uma operária é a limpeza dos alvéolos. 51 Ciclos da vida 52 O O OH HO
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