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1 Relatório de Tutoria Problema No. 2 M2 Data Análise:16/09/2020 Data Resolução: /09/2020 Tutor: Paulo Coordenador: Paula R. Abertura: Davi Carlos R. Fechamento: Maria Ed. Azeredo 1º Passo: Definir os termos desconhecidos • Sem termos desconhecidos 2º Passo: Definir o problema • Desconhecimento sobre hipertensão gestacional 3º Passo: Analisar o problema (Chuva de Ideias) Não utilizar fontes de consulta neste passo. • Situações de risco para D. Joana: o Idade; o Ganho de peso; o Pressão alta antes da gravidez: ➢ Medicamentos da hipertensão. • Fatores de risco para desenvolver hipertensão na gravidez. E como fica após o parto. • Eclampsia e pré-eclâmpsia. E como fica após o parto. • Rastreio de hipertensão gestacional. • Nefropatia. • Principais causa de morte na gestação DEG. 4º Passo: Sistematizar a análise e hipótese de resolução do problema Colocar o Mapa Conceitual. 5º Passo: Formular objetivos específicos de aprendizagem O1. Discutir Síndromes Hipertensivas da Gestação (inclusive os aspectos epidemiológicos, conceitos básicos e os fatores de risco). O2. Descrever mecanismos fisiopatológicos da DHEG e suas complicações. O3. Compreender o tratamento com Sulfato de Magnésio na DHEG. O4. Discutir o impacto psicossocial da perda fetal na família e como agir para noticiar situações adversas a familiares. 6º Passo: Aprendizado Autodirigido Identificar fontes de informação. Aquisição de conhecimentos. 2 ▪ https://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/hipertensao_arterial_gestacao.pdf ▪ http://www.faculdadedofuturo.edu.br/revista/2008/pdfs/REMAS3(1)208a222.pdf ▪ https://www.febrasgo.org.br/media/k2/attachments/12-PRE_ECLAyMPSIA.pdf ▪ https://isgh.org.br/intranet/images/Dctos/PDF/HRSC/PROTOCOLOS/HRSC_PRO_DOE NCA_HIPERTENSIVA_NA_GESTACAO_VP_041120.pdf ▪ https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/SINDROMES_HIPERT ENSIVAS_NA_GESTACAO_16_04_2019(1).pdf ▪ https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/25309/1/Síndromes%20hipertensivas_HC U_UFU.pdf 7º Passo: Sistematizar os conhecimentos adquiridos para a resolução do problema Mapa Conceitual RESOLUÇÃO DO PROBLEMA OBJETIVO 1 SÍNDROMES HIPERTENSIVAS DA GESTAÇÃO Conceitos Básicos: ▪ Definição: Hipertensão arterial transitória, sem proteinúria patológica, que surge após 20 semanas de gravidez, cujos níveis tensionais retornam ao normal 6-12 semanas pós-parto ▪ As síndromes hipertensivas na gestação, juntamente com as síndromes hemorrágicas e infecciosas, continuam conhecidas como a “tríade maldita da obstetrícia, sendo responsáveis pela grande maioria dos óbitos maternos no mundo ▪ Fatores que contribuem para essa alta mortalidade: falta de identificação de grupos de risco, carência de prevenção adequada, dificuldade em manter um seguimento pré-natal diferenciado, demora em realizar o diagnóstico de complicações, demora na conduta de interrupção da gestação e carência no seguimento puerperal dessas doentes de risco ▪ A hipertensão na gravidez é dividida em cinco classes: 1. Pré-eclâmpsia 2. Eclâmpsia 3. Hipertensão crônica de qualquer etiologia 4. Hipertensão crônica com pré-eclâmpsia sobreposta (ou superajuntada) 5. Hipertensão gestacional ou transitória Aspectos epidemiológicos: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/hipertensao_arterial_gestacao.pdf http://www.faculdadedofuturo.edu.br/revista/2008/pdfs/REMAS3(1)208a222.pdf https://www.febrasgo.org.br/media/k2/attachments/12-PRE_ECLAyMPSIA.pdf https://isgh.org.br/intranet/images/Dctos/PDF/HRSC/PROTOCOLOS/HRSC_PRO_DOENCA_HIPERTENSIVA_NA_GESTACAO_VP_041120.pdf https://isgh.org.br/intranet/images/Dctos/PDF/HRSC/PROTOCOLOS/HRSC_PRO_DOENCA_HIPERTENSIVA_NA_GESTACAO_VP_041120.pdf https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/SINDROMES_HIPERTENSIVAS_NA_GESTACAO_16_04_2019(1).pdf https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/SINDROMES_HIPERTENSIVAS_NA_GESTACAO_16_04_2019(1).pdf https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/25309/1/Síndromes%20hipertensivas_HCU_UFU.pdf https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/25309/1/Síndromes%20hipertensivas_HCU_UFU.pdf 3 ▪ Incide em 5% a 10% das gestações ▪ A hipertensão arterial na gestação representa a principal causa de morte materna no Brasil ▪ Principais causas de morbimortalidade materna e fetal em especial em países em desenvolvimento → responsável por cerca de 35% dos óbitos com uma taxa de 140 - 160 mortes maternas/100.000 nascidos vivos ▪ Mortalidade perinatal: a taxa nacional é de 150/1000 partos, se forem considerados os diagnósticos de prematuridade, sofrimento fetal, crescimento fetal restrito, a hipertensão está assinalada como a maior causa dos óbitos fetais ou do recém-nascido (RN) ▪ Incidência mundial: 3,0% e 5,0% das gestações ▪ Incidência no Brasil: incidência calculada para o nosso país é de 1,5% para a pré- eclâmpsia (PE) e 0,6 % para a eclampsia → logo a PE a principal causa de prematuridade eletiva no Brasil ▪ Outras incidências de um estudo brasileiro: registra que nas áreas mais desenvolvidas a prevalência de eclâmpsia foi estimada em 0,2%, com índice de morte materna de 0,8%, enquanto que em regiões menos favorecidas esta prevalência se eleva para 8,1% com razão de morte materna correspondente a 22,0% Obs.: lembrando que essas incidências são relativas, ou seja, não são muito precisas Fatores de Risco: Primiparidade Gravidez múltipla Doença vascular hipertensiva crônica Diabetes mellitus Doença renal crônica Doenças do colágeno Trombofilias Obesidade Gestação molar Hidropsia fetal Extremos de vida reprodutiva (>35 anos ou adolescente) Pré-eclâmpsia em gestação anterior História familiar de DHEG Raça negra Longo intervalo interpartal Síndrome antifosfolipídeo Troca de parceiro e nova gravidez 4 Fisiopatologia: ▪ A etiologia da pré-eclâmpsia ainda é desconhecida e motivo de investigação ▪ Uma das mais aceitas tem como base a implantação anormal da placenta no leito uterino devido à ausência da segunda onda de invasão trofoblástica, que ocorre no segundo trimestre (em torno da 16 º - 20º semana) ▪ Algumas evidências apoiam a hipótese do envolvimento do sistema imunológico materno na doença. ▪ A partir de problemas de adaptação imunológica ao trofoblasto, ocorreriam problemas na perfusão do trofoblasto, com hipóxia consequente. ▪ Essas alterações primárias seriam o gatilho de uma série de fenômenos locais de hipóxia, e reoxigenação poderia amplificar os efeitos locais, tais como: → Formação de espécies reativas de oxigênio → Ativação do sistema inflamatório materno → Aceleração de processos de apoptose celular que limitariam o estabelecimento da placentação normal → Desequilíbrio entre fatores pró-angiogênicos, como o VEGF e PLGF, e fatores solúveis antiangiogênicos, como o sFLT-1, com predomínio desses últimos 5 → Resultando no conjunto em ativação generalizada do sistema inflamatório materno, disfunção endotelial universal e limitação na vascularização placentária. ▪ O espasmo arteriolar universal devido à ativação endotelial resulta em processo insidioso e progressivo, culminando com insuficiência de múltiplos órgãos. ▪ A PE deve ser interpretada como doença crônica com potencial para insuficiência progressiva de múltiplos órgãos. Esse caráter evolutivo deve ser levado em consideração, bem como sua imprevisibilidade e instabilidade clínica nas decisões. ▪ A ativação endotelial determina basicamente: 1. Vasoconstrição e consequente aumento da resistência periférica; 2. Alterações na permeabilidade capilar, responsável pelo edema; 3. Ativação do sistema de coagulação. ▪ Rins: sofrem com padrões anatomopatológicos (glomeruloendoteliosee esclerose focal) com consequente proteinúria e comprometimento da filtração glomerular. ▪ Fígado: ocorre isquemia em intensidade variável, acarretando disfunção com elevação dos níveis de transaminases. O edema e/ou a hemorragia focais ou confluentes distendem sua cápsula, podendo resultar em ruptura hepática com hemorragia maciça. ▪ Vasoespasmo: dificulta o fluxo uteroplacentário, com intensidade variável dependente do momento da instalação do processo e de lesão crônica preexistente. ▪ Coagulação: verifica-se ativação e consumo de plaquetas com consumo progressivo e instalação de coagulação disseminada. ▪ Cérebro: pode ser afetado por isquemia, agravado por edema difuso, resultando em convulsão (eclampsia) ou acidentes vasculares. Pacientes que exibem quadros graves, particularmente eclampsia, devem receber cuidados diferenciados em face da limitação funcional progressiva de múltiplos órgãos. 6 7 8 9 10
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