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Obrigações indivisíveis e divisíveis Prof. Danilo Melo CONCEITOS: Obrigação divisível é aquela cuja prestação é suscetível de cumprimento parcial, sem prejuízo de sua substancia e de seu valor. Obrigação indivisível é aquela cuja prestação só pode ser cumprida por inteiro por sua natureza, por motivo de ordem econômica ou alguma razão determinante do negócio jurídico (legal ou convencional). -Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores. (presunção juris tantum). Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será obrigado pela dívida toda. Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos outros coobrigados. Art. 260. Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida inteira; mas o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando: I - a todos conjuntamente; II - a um, dando este caução de ratificação dos outros credores. Art. 261. Se um só dos credores receber a prestação por inteiro, a cada um dos outros assistirá o direito de exigir dele em dinheiro a parte que lhe caiba no total. Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos. § 1o Se, para efeito do disposto neste artigo, houver culpa de todos os devedores, responderão todos por partes iguais. § 2o Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo só esse pelas perdas e danos. Remissão da divida Transação Novação Compensação Confusão Se um dos credores realizar Não haverá extinção da divida com relação aos demais credores Obs: os demais credores só poderão cobrar descontado a quota do outro credor. OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS Prof. Danilo Melo CONCEITO: é aquela que contem duas ou mais prestações mediante escolha do devedor se outra coisa não se estipulou. Escolha Declaração unilateral de vontade Informal (tácita ou expressa) Obs: Se não for da vontade mas de qualquer outra circunstância não há obrigação alternativa. (não se confunde com a obrigação condicional nem com a obrigação de dar coisa incerta). A escolha é de eficácia retroativa (ex tunc) Exercida a escolha, não pode ser revogada. A escolha cabe ao devedor se não houver estipulação em contrário. Art. 252§ 1o Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra. Art. 252§ 2o Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida em cada período. - Se houver mais de um optante na mesma obrigação a decisão tem que ser unânime Exp. mais de um devedor e a escolha couber ao devedor. Art. 252 § 3o No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o juiz, findo o prazo por este assinado para a deliberação. Obs. É possível determinar que a escolha seja realizada por um terceiro e se este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao juiz a escolha se não houver acordo entre as partes. ATENÇÃO: No caso de mora do devedor este não perde o direito de escolha, se a mora for do credor e a este couber a escolha, o devedor poderá promover a consignação da coisa que escolher. IMPOSSIBILIDADE DA PRESTAÇÃO Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada inexeqüível, subsistirá o débito quanto à outra. Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último se impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso determinar. Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexeqüíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos Art. 256. Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-á a obrigação. OBRIGAÇÕES QUANTO A LIQUIDEZ CONCEITO: Obrigação líquida é aquela obrigação certa e determinada. A dívida líquida é requisito para diversos procedimentos judiciais como: Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor. Para ocorrer a compensação : Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas fungíveis. Para realizar a imputação do pagamento Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos. Para a execução: Art. 580. A execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a obrigação certa, líquida e exigível, consubstanciada em título executivo. Para a consignação em pagamento. Conceito obrigação ilíquida: É aquela incerta quanto ao seu valor. Conceito de liquidação: É o ato de fixar o valor da prestação momentaneamente indeterminada. Sem liquidação o credor não tem possibilidade de cobrar seu crédito. Obs: A obrigação ilíquida não comporta compensação, imputação do pagamento, consignação em pagamento, arresto. OBRIGAÇÃO SIMPLES E CUMULATIVA Conceito obrigação simples: É aquela cuja prestação recai somente sobre uma coisa (certa ou incerta) ou sobre um ato (fazer ou não fazer). Conceito obrigação cumulativa: É uma relação múltipla, por conter duas ou mais prestações de dar, de fazer ou de não fazer decorrente do mesmo titulo OBRIGAÇÃO MOMENTÂNEA E CONTINUADA Conceito de obrigação momentânea ou instantânea: É a que se consuma num só ato em certo momento. Conceito de obrigação continuada ou periódica: É a que se protrai no tempo. OBRIGAÇÃO CONDICIONAL Conceito: Art. 121. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto. Modalidades da obrigação condicional: 1) Possibilidade: Devem poder se realizar conforme as leis físicas e as normas jurídicas. Art. 123. Invalidam os negócios jurídicos que lhes são subordinados: I - as condições física ou juridicamente impossíveis, quando suspensivas; Art. 124. Têm-se por inexistentes as condições impossíveis, quando resolutivas, e as de não fazer coisa impossível. 2)Licitude: que não são contrária a Lei Art. 122. São lícitas, em geral, todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons costumes; entre as condições defesas se incluem as que privarem de todo efeito o negócio jurídico, ou o sujeitarem ao puro arbítrio de uma das partes. Art. 123. Invalidam os negócios jurídicos que lhes são subordinados: II - as condições ilícitas, ou de fazer coisa ilícita; 3) Natureza Necessárias- inerente a natureza do negócio. (não são obrigações condicionais. Art.121) Voluntárias- oriundas da manifestação de vontade. 4) Com relação participação da vontade das partes poderão ser: a) Casuais: se dependerem de caso fortuito, alheio à vontade das partes. b) Potestativas: se decorrer da vontade do agente. c) Mistas: parte vontade, parte elemento casual. 5) Ao modo de atuação Suspensivas Resolutivas I) Suspensivas: Ocorrem quando os contraentes protelarem, temporariamente, a eficácia do negocio até a realização de evento futuro e incerto (art.125). Obs. Não existirá direito adquirido, apenas após o advento da condição. Conseqüências jurídicas das obrigações condicionais suspensivas: a) O credor não pode exigir o cumprimento da obrigação antes se pendente a condição. b) O credor que receber antes de da condição terá o dever de restituir. c) Se a condição não se realizar haverá a extinção da obrigação. d) Se pendente a condição suspensiva o prazo prescricional não correrá. e) Se a coisa se perder pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos. f) Se Deteriorada a coisa, pendente a condição suspensiva, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu. g) Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e danos. II OBRIGAÇÕES CONDICIONAIS RESOLUTIVAS Conceito: Art. 127. Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico. Os riscos da coisa alienada sob condição resolutiva: a) se a coisa se perder antes da tradição sem culpa do adquirente, sofre o alienante a perda. b) Se perecer por culpa do adquirente responderá pelo equivalente mais perdas e danos. c) Se Deteriorada a coisa, não sendo o adquirente culpado o alienante receberá no estado em que se encontrar sem direito a qualquer indenização. d) Sendo culpado o adquirente (devedor), poderá o alienante (credor) exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e danos. OBRIGAÇÃO ONEROSA, COM ENCARGO OU MODAL É aquela que impõe um ônus à pessoa contemplada pela relação creditória. Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva. Art. 137. Considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, salvo se constituir o motivo determinante da liberalidade, caso em que se invalida o negócio jurídico. Obs: O beneficiario será obriagado a realizar o encargo, sob pena de ser revogada a liberalidade. OBRIGAÇÃO A TERMO Conceito: é aquela em que as partes subordinam os efeitos do ato negocial a um acontecimento futuro e certo. Termo é o dia em que começa ou se extingue a eficácia do negocio jurídico. O termo pode ser: a)Termo inicial - Fixa o momento em que a eficácia do negocio jurídico deve iniciar. Art. 131. O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito. b) Termo final- determina a data de cessação dos efeitos do ato negocial. Com relação a exigibilidade das obrigações a termo: Art. 134. Os negócios jurídicos entre vivos, sem prazo, são exeqüíveis desde logo, salvo se a execução tiver de ser feita em lugar diverso ou depender de tempo. Por sua vez a obrigação a termo só poderá ser exigida depois de expirado o termo, logo não há prescrição enquanto for inexigível. Exceção: Art. 333. Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo estipulado no contrato ou marcado neste Código: I - no caso de falência do devedor, ou de concurso de credores; II - se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por outro credor; III - se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las. Diniz, Maria Helena, Curso de Direito Civil Brasileiro, 25 Edição, São Paulo, Editora Saraiva, 2010. Diniz, Maria Helena, Código Civil Anotado, 9 Edição, São Paulo, Editora Saraiva, 2003. Nader, Paulo, Curso de Direito Civil-Direito das Coisas, 4 Edição, Rio de Janeiro, Editora Forense, 2010. OBRIGAÇÕES SOLIDARIAS Prof. Danilo Melo Conceito: ocorre quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda. Obs: a solidariedade não se presume (lei ou estipulação das partes) e está no sujeito e não no objeto como na obrigação indivisível. EX. de solidariedade: Pais pelos filhos menores, tutor e o tutelado, curador e o curatelado, empregador pelo empregado. EX. Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação. CARACTERÍSTICAS DA SOLIDARIEDADE a) Pluralidade de sujeitos ativos ou passivos b) Multiplicidade de vínculos c) Unidade de prestação (cada devedor responde pelo todo) d) Corresponsabilidade dos interessados ESOÉCIES DE OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA DA SOLIDARIEDADE ATIVA Conceito: é a relação jurídica entre vários credores de uma obrigação onde cada um tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro. DA SOLIDARIEDADE PASSIVA Conceito: É a relação jurídica entre vários devedores, sendo cada um responsável pelo total da divida como se fosse uma divida apenas. DA SOLIDARIEDADE MISTA OU RECÍPROCA Conceito: Pluralidade ativa e passiva simultaneamente. FONTES DA SOLIDARIEDADE LEGAL – comando normativo. CONVENCIONAL – manifestação expressa das partes. Casos em que a Lei prevê solidariedade: a) Art. 154. Vicia o negócio jurídico a coação exercida por terceiro, se dela tivesse ou devesse ter conhecimento a parte a que aproveite, e esta responderá solidariamente com aquele por perdas e danos. b) Art. 680. Se o mandato for outorgado por duas ou mais pessoas, e para negócio comum, cada uma ficará solidariamente responsável ao mandatário por todos os compromissos e efeitos do mandato, salvo direito regressivo, pelas quantias que pagar, contra os outros mandantes. c) Art. 829. A fiança conjuntamente prestada a um só débito por mais de uma pessoa importa o compromisso de solidariedade entre elas, se declaradamente não se reservarem o benefício de divisão. d) Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação. e) Art. 2º da Lei 8.245/91. Havendo mais de um locador ou mais de um locatário, entende - se que são solidários se o contrário não se estipulou. f) Art. 18. do CDC Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas. DISTINÇÃO DE OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA E OBRIGAÇÃO INDIVISÍVEL Pontos em comum: Ambas possuem pluralidade subjetiva e cada devedor esta obrigado pelo debito todo. Pontos de divergência: a) A fonte da solidariedade é a Lei ou a vontade das partes enquanto que a indivisibilidade em regra é da naturezada prestação. b) A solidariedade se extingue com o falecimento - Art. 270. Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível. (vide artigo 276) c) Art. 271. Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os efeitos, a solidariedade. Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos SOLIDARIEDADE ATIVA Conceito: é a relação jurídica entre vários credores de uma obrigação onde cada um tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro. Na pratica é raro em razão dos seguintes inconvenientes: I. Impossibilidade de revogação por um dos credores. II. Risco de ausência de probidade e honradez do credor que recebe. EFEITOS JURÍDICOS a) Cada um dos credores solidários tem direito de exigir do devedor o cumprimento da obrigação por inteiro. b) Qualquer credor poderá promover medidas assecuratórias do direito de crédito. c) Cada um dos credores poderá constituir em mora o devedor de modo que a promovida por um aproveitará os demais. d) Qualquer credor poderá ingressar em juízo . e) Se um dos credores se torna incapaz este fato não influenciará a solidariedade. f) Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum, a qualquer daqueles poderá este pagar. g) Art. 269. O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do que foi pago. h) Art. 270. Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível. A B C D Credores solidários FALECE e f Divida original R$ 60.000,00 R$ 40.000,00 permanece a solidariedade R$ 10.000,00 R$ 10.000,00 Extinção da solidariedade só pode exigir o seu quinhão hereditário i) Art. 271. Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os efeitos, a solidariedade. J) Art. 272. O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros pela parte que lhes caiba. SOLIDARIEDADE PASSIVA Conceito: É a relação jurídica entre vários devedores, sendo cada um responsável pelo total da divida como se fosse uma divida apenas. EFEITOS JURÍDICOS a) O credor poderá escolher qualquer devedor para que cumpra a prestação total ou parcial. b) Art. 277. O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida não aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou relevada. c) Art. 276. Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão considerados como um devedor solidário em relação aos demais devedores. ( a solidariedade continua a operar em relação aos demais). d) Art. 277. O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida não aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou relevada. e) Art. 282. O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos os devedores. Parágrafo único. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistirá a dos demais. f) Art. 278. Qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre um dos devedores solidários e o credor, não poderá agravar a posição dos outros sem consentimento destes. g) Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado. h) Art. 280. Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação tenha sido proposta somente contra um; mas o culpado responde aos outros pela obrigação acrescida. i) Art. 281. O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais e as comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções pessoais a outro co-devedor. j) Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os co-devedores. l) Art. 285. Se a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores, responderá este por toda ela para com aquele que pagar. (Ex. fiança na locação). Diniz, Maria Helena, Curso de Direito Civil Brasileiro, 25 Edição, São Paulo, Editora Saraiva, 2010. Diniz, Maria Helena, Código Civil Anotado, 9 Edição, São Paulo, Editora Saraiva, 2003. Nader, Paulo, Curso de Direito Civil-Direito das Coisas, 4 Edição, Rio de Janeiro, Editora Forense, 2010.
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