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Poderes Administrativos É o conjunto de prerrogativas de direito público que a lei confere aos agentes administrativos no exercício da função pública para o fim de permitir que o Estado alcance seus fins (deve sempre atender aos interesses da coletividade). ( Limites: - Juridicidade: o que a lei permite que o agente público faça. - Proporcionalidade: devem sempre ser proporcionais. O poder não é do agente e sim da Adm. Pública, por isso o agente não pode renunciá-lo. Poder Disciplinar → É o poder conferido à Adm. Pública para apurar as infrações e aplicar as penalidades funcionais a seus agentes. Ex: aplicar uma sanção a um servidor público, como a advertência. → Trata-se de um poder interno, não permanente e discricionário. → O agente público no desempenho de suas funções possui responsabilidades civil, administrativa e criminal. ( As esferas de responsabilidade do agente público são autônomas e independentes (uma não vincula a outra). → Um único fato cometido pelo agente público pode ensejar os 3 tipos de responsabilidade, sem que isso configure o bis in idem.* *bis in idem → excesso de punição → O fundamento de cada responsabilidade é diferente e não configura o bis in idem nas 3 esferas. → A Adm. Pública está vinculada às decisões do Poder Judiciário. ( A sentença para um servidor que cometeu uma infração administrativa pode ser: - Condenatória: obrigatoriamente a Adm. Pública vai ter que aplicar uma punição administrativa, ou seja, vincula a esfera administrativa. - Absolutória: nesse caso a Adm. Pública não poderá responsabilizar o agente. Depende do fundamento da absolvição. Negativa de autoria: por este fundamento a Adm. Pública não vai poder puni-lo em outras esferas de responsabilidade. Inexistência do fato: também por este fundamento, a Adm. Pública não poderá puni-lo na esfera administrativa. Falta de provas: não há provas suficientes para apontar a autoria do fato; vai ser absolvido criminalmente, mais a Adm. Pública poderá aplicar uma sanção administrativa. → A competência para aplicar a sanção disciplinar é, em regra, do superior hierárquico. Pode ocorrer da Lei atribuir a um outro órgão a função de aplicar uma sanção disciplinar. ( A E.C nº 45/2004 criou o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) que além de fiscalizador do Poder Judiciário pode também aplicar sanções disciplinares a servidores do Poder Judiciário. Poder Hierárquico → É o meio de que dispõe a Adm. Pública para: Distribuir e escalonar as funções dos órgãos públicos; Estabelecer a relação de subordinação entre seus agentes (quem será o chefe?); Ordenar e rever a atuação de seus agentes. → Hierarquia é a relação de autoridade entre o superior e o subalterno. → Só há relação hierárquica dentro da mesma pessoa jurídica. → Existe poder hierárquico nas entidades centralizadas (Adm. Pública Direta) e descentralizadas (Adm. Pública Indireta). ( Poderes decorrentes da hierarquia: Poder de comando: o superior hierárquico tem o poder de mandar e o subordinado é obrigado a cumprir essa ordem. Poder de fiscalização: o superior hierárquico tem o poder de fiscalizar o subordinado (ex: ver se está chegando no horário certo). Poder de revisão: o superior hierárquico tem o poder de rever todas as ações do subordinado (ex: o coordenador do Curso de Direito revisar a correção de provas do Professor André perante as inúmeras reclamações dos alunos). Poder de delegar e avocar competências: a delegação é a transferência de atribuições, de funções, do superior hierárquico para o inferior. Pode ocorrer a qualquer momento desde que não exista lei proibindo. Já a avocação ocorre quando o superior hierárquico traz para si o desempenho de uma função que deveria ser exercida por seu subordinado. A avocação é sempre transitória e por motivos devidamente justificados. Poder Normativo ou Regulamentar → É a prerrogativa conferida aos chefes do Poder Executivo (Presidente/Governador/Prefeito) de editar atos gerais para complementar as leis e permitir a sua aplicação. Como é feita essa complementação? Criando-se regulamentos. → O poder normativo é subjacente à lei e pressupõe a existência dela. Não pode ampliar nem restringir o alcance da lei. → Previsão: art. 84, IV, CF ( Existe regulamento autônomo (criado com base diretamente na CF)? Existem duas correntes de pensamento: - 1ª corrente: Não é possível existir regulamento autônomo, uma vez que a CF só atribuiu ao chefe do Executivo o poder de editar atos gerais para a fiel execução da lei, razão pela qual só é possível a existência do regulamento de execução. - 2ª corrente (majoritária): ganhou força a partir da EC nº 32/01 – É possível a existência dos regulamentos autônomos nas hipóteses previstas no art. 84, VI da CF (Que hipóteses são estas? Organização e funcionamento da Adm. Pública Federal e extinção de funções e cargos públicos federais quando vagos). Ou seja, pelo Princípio da Simetria Constitucional, o chefe do Executivo poderá editar regulamentos autônomos nessas situações (art. 84, VI, CF). ( Regulamento → Lei X → CF (esse tipo de regulamento é o de execução) ( Regulamento (=Decreto) → CF (esse tipo de regulamento é o autônomo) Poder Discricionário e Poder Vinculado → Poder discricionário é a prerrogativa concedida aos agentes administrativos de elegerem, entre várias condutas possíveis, a que traduz maior conveniência e oportunidade para o interesse público. → Limites do poder discricionário: a lei e o interesse público. → O Poder Judiciário não pode controlar os critérios de conveniência e oportunidade. → No poder vinculado a lei estabelece um único caminho a ser seguido pelo administrador. Não há margem de liberdade para valorar os critérios de conveniência e oportunidade. ( No ato discricionário, relacionado ao poder discricionário, a lei confere ao administrador público vários caminhos diferentes, devendo ser escolhido aquele de maior conveniência e oportunidade para o interesse público. A liberdade dada ao administrador público para escolher esse melhor caminho é o que se chama de Poder Discricionário. Poder de Polícia → É a prerrogativa de direito público que, prevista na lei, autoriza a Adm. Pública restringir o uso e o gozo da liberdade e da propriedade em favor do interesse da coletividade. → A competência para o exercício do poder de polícia é da pessoa federativa à qual a CF tiver conferido o poder de regulamentar a matéria. Ex. do exercício do poder de polícia: a Prefeitura pode proibir a construção de uma fábrica de explosivos no centro da cidade (em prol da coletividade). ( Características: Discricionariedade: diante do caso concreto a Adm. Pública deverá analisar a conveniência e a oportunidade para a prática do poder de polícia. É conveniente? É oportuno? O exercício do poder de polícia deve ser analisado caso a caso. Autoexecutoriedade: é um poder que a Adm. Pública possui de concretizar seus próprios atos sem precisar recorrer ao Poder Judiciário. Não precisa de uma autorização judicial. Coercibilidade: é um dever de obediência ao cumprimento do ato pelo destinatário. Ex: eu tive uma obra embargada, sou obrigada a obedecer. Poder de Polícia Polícia Judiciária Atua sobre a propriedade ou a liberdade. Atua sobre as pessoas. Busca impedir atividades antissociais. Busca apurar os crimes e seus autores. É essencialmente preventivo. É essencialmente repressiva. É regulado pelo Dto. Administrativo. É regulada pelo Processo Penal. É difuso pelos órgãos da administração. É reservada a certos órgãos: Polícia Civil e Polícia Federal.
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