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Enzimas Profa. Dra. Helena Costa-UESC 2013 ENZIMAS Proteínas especializadas a velocidade das reações biológicas sem sofrerem alterações nesse processo Agem em seqüência organizadas catalisam as centenas de reações sucessivas das vias metabólicas Aumentam a velocidade das reações de 102 a 1020 vezes sem afetar o equilíbrio químico e o produto das reações I- INTRODUÇÃO ENZIMAS Na ausência das enzimas processos biológicos vitais não ocorrem – condições do meio celular são muito brandas. São codificadas pelo DNA – podem sofrer mutações genéticas – distúrbios metabólicos e patológicos graves As enzimas funcionam como um ambiente dentro do qual as reações são energeticamente favoráveis I- INTRODUÇÃO ENZIMAS Importantes no diagnóstico de várias doenças Enzimas e seus moduladores – agentes farmacológicos usados na terapia de muitas doenças I- INTRODUÇÃO II-PROPRIEDADES DAS ENZIMAS 1-Propriedades Gerais • Proteínas de alto PM – mais de 100 aa • Solúveis em meio aquoso • Estrutura globular • Apresentam pI •Sofrem desnaturação em alta temperatura e em extremos de pH 2-Propriedades Estruturais • Apresentam estrutura 1aria, 2ária, 3ária e muitas vezes a 4ária • Atividade catalítica – integridade das estruturas 3ária e 4ária • Possuem estruturas tridimensionais características -sítios com várias funções: •Sítio de ligação ao substrato ou Sítio ativo ou catalítico •Sítio alostérico •Sítio de ligação ao substrato - arranjo das cadeias laterais dos aa que é formulado para ligar um substrato específico - fenda ou cavidade na estrutura da enzima - cadeias laterais dos aa criam uma geometria tridimensional complementar à estrutura do substrato •É responsável pela especificidade ao substrato e atividade catalítica da enzima •Interação E-S no sítio ativo pode ser de natureza covalente transitória ou não covalente entre grupos específicos do S e as cadeias laterais dos aa da E •Sítio alostérico - é a porção da enzima onde ocorre a ligação de moléculas denominadas efetores (moduladores) •Moduladores - modificam a atividade catalítica ou a afinidade da E pelo S 3-Propriedades Funcionais a) Diminuem a energia livre de ativação Enzimas tornam as reações energeticamente favoráveis - diminuem a energia de ativação do complexo ativado b) Apresentam alta eficiência catalítica Estão presentes na célula em baixa conc. Apresentam grande capacidade de renovação Transformam 100 a 1000 moléculas de S/seg 3) Propriedades Funcionais •c) Têm alta especificidade pelo S Enzimas são altamente específicas, interagindo com um ou alguns substratos especificos Catalisam apenas um tipo de reação. •d) Formam sistemas multienzimáticos (SME) • inúmeras enzimas atuam em uma sequência organizada - catalisam várias reações sucessivas onde o produto de uma reação é o substrato da enzima subsequente 3) Propriedades Funcionais •Os SME podem ser de três tipos: •Solúveis •Complexos enzimáticos Várias enzimas associam-se formando um monômero ou dímero polipeptídico Ex: RNA polimerase- 7 E associadas Complexo do AG sintetase - constituído de 6 E •Associados a estruturas supramoleculares Enzimas estão associadas em alguma estrutura da célula.Ex: enzimas da CR-associadas a mmi da mitocôndria 3) Propriedades Funcionais •e) A atividade das enzimas é regulada Enzimas podem ser ativadas ou inibidas de modo que a velocidade de formação de um P responda às necessidades da célula •Regulação Hormonal Glicoquinase é ativada pela insulina Glicogênio fosforilase é ativada pela Adrenalina-músculo ou glucagon-fígado 3) Propriedades Funcionais •Regulação por sinais metabólicos - alterações intracelulares •Ativação do pepsinogênio no suco gástrico •Nos SME o acúmulo de produto final inibe a enzima reguladora do sistema •Ativação das proteínas quinases pelo AMPC 3) Propriedades Funcionais •f) Algumas enzimas necessitam de cofatores para exercer a atividade catalítica •Proteínas simples- atividade catalítica é exercida apenas pela cadeia proteica •Proteínas conjugada- atividade catalítica necessita de uma parte não proteica, chamada de cofator Holoenzima= parte proteica + parte aproteica (Apoenzima) (Cofator) •Cofatores comumente encontrados são: •Ions metálicos - Mg+2, Mn+2, Fe+2, Zn+2, Ca+2, Cu+2, etc •Substâncias orgânicas -Coenzimas (derivadas de vitaminas) - NAD+, FAD+, CoA, TPP, piridoxal fosfato, etc •Coenzimas - fracamente associadas à E •Grupo Prostético (GP) - é uma CoE forte/e associada à enzima Cofatores COE VITAMINA FUNÇÃO VIT B1 TIAMINA TPP (Tiamina pirofosfato) Coenzimas das reações de descarboxilação de -cetoácidos VIT B2 RIBOFLAVINA FAD FMN GP de enzimas desidrogenases Participam em reações de oxiredução (transferem 2H+ e 2 elétrons) NAD+ NADP+ VIT B3 NIACINA GP de enzimas desidrogenases (transferem 2H+ e 2 elétrons) VIT B5 ÄCIDO PANTOTÊNICO CoASH Transportador de grupo acila Ex: Acetil CoA e acil CoA COE VITAMINA FUNÇÃO VIT B6 PIRIDOXINA Piridoxal fosfato Coenzimas de reações de transaminação-transferência de grupos aminos BIOTINA BIOCITINA Participa de reações de carboxilação transportam CO2 VIT B12 CIANOCOBALA MINA Desoxiadenosil cobalamina Transferem átomos de H e grupos alquila, carboxila, hidroxila, etc Metilcobala mina Participa de reações de transmetilação COE VITAMINA FUNÇÃO ÁCIDO FÓLICO THF Transportam unidades monocarbônicas como grupos metil (-CH3), metileno (-CH2-), formila (CHO) Tetraidrofólico II-NOMENCLATURA E CLASSIFICAÇÃO DE ENZIMAS •Nomenclatura usual •Nome do substrato + sufixo ase Ex: Glicosidase, sacarase, amilase, lipase, peptidase, DNA polimerase •Algumas têm nome consagrado pelo uso Ex: catalase, pepsina, tripsina, quimotripsina II-NOMENCLATURA E CALASSIFICAÇÃO DE ENZIMAS •Nomenclatura sistemática •União Internacional de Bioquímica e Biologia Molecular •E foram divididas em 6 classes principais, com inúmeras subclasses •Nomenclatura sistemática Nomenclatura é constituída de 2 partes: •1- Nome do substrato ou substratos •2- Tipo de reação catalisada com a terminação ase ATP: glicose fosfotransferase Usual-Glicoquinase ATP: glicose 6- fosfato isomerase Usual -fosfoglicoisomerase •Ex: G + ATP G6P + ADP Ex: G6P F6P II- CLASSIFICAÇÃO DE ENZIMAS Catalisam reações de oxi-redução a) Desidrogenases- catalisam transferência de H+ e elétrons do doador para o aceptor CH 3 - C-COO - H OH + NAD + CH 3 - C-COO - O + NADH + + H+ LACTATO PIRUVATO lactato desidrogenase •Classe 1- Oxiredutases Dentro dessa classe temos: desidrogenases, oxidases, oxigenases, peroxidase, catalases COO- CH2 CH2 COO- + FAD+ COO- CH CH COO- + FADH2 = SUCCINATO FUMARATO succinato desidrogenase a)Desidrogenases b) Oxidases- transferem 2 e- de um doador para o O2 formando geralmente H2O2 O R-C H + O 2 + H 2 O oxidase O R-C OH + H 2 O 2 OH OH + O 2 OH O O OH catecol oxigenase c) Oxigenases- catalisam a incorporação de oxigênio no substrato d) Peroxidases - catalisam a reação de decomposição da H2O2 NADH + H+ + H2O2 NAD + + 2H2O e)Catalases-catalisam a decomposição da H2O2 H2O2 2H2O + O2 a)Aminotransferases-catalisam a transferência de grupos amino (-NH2) de um aa para um - cetoácido R1-CH-COOH NH2 R2 –C-COOH O + aminoácido1 - cetoácido2 R2-CH-COOH NH2 R1–C-COOH O + aminoácido2 - cetoácido1 •2- Tranferases- catalisam a transferência de grupos de uma molécula para outra b)Quinases - catalisam a transferência de um Grupo fosfato do ATP para o substrato G + ATP G6P + ADP glicoquinase F6P + ATP 1,6FDP + ADP fosfofrutoquinase •3- Hidrolases- catalisam a clivagem de ligações adicionando água a) Peptidases – hidrolisam ligações peptídicas R1-C-N- R2 H O R1-C O OH + H-N-R2 H + H2O Peptidases Ligação peptídica b) Fosfatases – hidrolisam ligações éster fosfato Glicose 6-fosfato Glicose + Fosfato Glicose 6-fosfatase c) Glicosidases – hidrolisam ligações glicosídicas d) Fosfolipases – hidrolisam fosfolipídios 4-Liases-adicionam ou removem agrupamentos a) Descarboxilases– promovem a remoção de CO2 H3C-C-C O OH O H3C-C-H O + CO2 Piruvato descarboxilase piruvato acetaldeido TPP b) Desidratases– promovem a remoção de H2O COO- H- C-OH H -CH COO- MALATO + H2O COO- CH CH COO- = FUMARATO fumarase c)Hidratases– catalisam a adição de H2O d) Aldolases– catalisam a quebra de moléculas Frutose 1,6-difosfato Diidroxiacetona fosfato Gliceraldeído 3-fosfato + hexose treose treose 5) Isomerases • Transferências de grupos dentro da molécula • Mudança de configuração espacial de um agrupamento ligado a um C assimétrico • Catalisam mudanças de função química a) Isomerases b) Mutases Glicose 1-fosfato Glicose 6-fosfato Glicose Frutose c) Epimerase Glicose Galactose Manose Glicose d) Racemase D-Glicose L-Glicose Ácido D-láctico Ácido L-láctico 6) Ligases – catalisam a formação de ligações C-C, C-S, C-O, C-N, etc COOH C=O CH3 + CO2 + ATP piruvato carboxilase COOH C=O CH2 COOH + ADP + P Biotina Ocorrem em reações de síntese- 2 ou mais moléculas de S são unidas às custas de ATP Fatores que afetam a velocidade das reações enzimáticas Velocidades das reações são influenciadas: •Concentração do substrato •Temperatura •pH •Presença de substâncias efetoras 1- concentração do substrato •Velocidade (v) de uma reação é o no de moléculas de S convertidas em P produtos por unidade de tempo Expressa em mmoles/min, mol/min, etc •Velocidade da reação catalisada aumenta com o aumento da [substrato] até atingir uma velocidade máxima (Vmáx) •Cada enzima tem uma [substrato] saturante e um Vmáx 0 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2 3 4 5 6 7 8[substrato] ve lo ci da de Vmax/2 Vmax Km 1- concentração do substrato Gráfico da velocidade da reação x [substrato] 2- Temperatura •Temperatura ótima- temp. na qual a v da reação atinge a máxima velocidade •Enzimas biológicas apresentam temp. ótima entre 35 e 37 oC •Elevação da temp. pode causar denaturação •Armazenamento da E em baixas temperaturas inativa a enzima 3- pH •Cada enzima tem um pH ótimo- pH onde apresenta máxima atividade catalítica •Efeito do pH na ionização dos aa do sítio ativo •Efeito do pH na desnaturação da enzima 4- Presença de efetores ( Moduladores) Efetores positivos (ativadores) •Aumentam a V das reações enzimáticas •Substâncias que se ligam no sítio alostérico da E provocando alteração favorável na geometria do sítio ativo aumenta a afinidade da E pelo S 4- Presença de efetores ( Moduladores) Efetores negativos (inibidores) •Diminuem a V das reações enzimáticas •Ligam-se no sítio alostérico da E causando mudança conformacional desfavorável no sítio ativo que diminui a afinidade da E pelo S -1 1 3 5 7 9 11 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9TEMPO VE LO CI DA DE Enzima Enzima + inibidor Enzima+ Ativador Moduladores e inibidores Enzima alostérica com subunidades catalíticas e reguladoras separadas Equação de Michaelis-Menten Equação geral do processo catalítico S = Substrato E = enzimas ES = complexo enzima-substrato P= Produto da reação k1= cte de v de formação de ES k2 e k3= cte de v de dissociação de ES S + E ES E + P k1 k2 k3 Equação de Michaelis-Menten Equação geral do processo catalítico S + E ES E + P k1 k2 k3 V2= k2[ES] V3= k3 [ES] V de formação de ES = V de dissociação de ES V1 = V2 + V3 V1= k1[E] [S] V1= k1[Et- ES] [S] Equação de Michaelis-Menten Após tratamento matemático resulta: Expressão algébrica que descreve como a v da reação enzimática varia com a [S] V = Vmáx [S] Km + [S] V= velocidade da reação Vmáx=V máxima da reação Km= constante de Michaelis-Mentem (k2 + k3)/ k1 V = Vmáx [S] Km + [S] S=0 V=0 S=Km V=Vmáx/2 S= V=Vmáx A variação da V em função da [S] é hiperbólica 0 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2 3 4 5 6 7 8[substrato] ve lo ci da de Vmax/2 Vmax Km Gráfico da velocidade da reação x [substrato] Km = [substrato] na qual a v da reação é igual a metade da Vmáx Quanto menor o Km maior a afinidade da E pelo S – menor a [S] para atingir Vmáx V = Vmáx [S] Km + [S] V=Vmáx/2 Vmáx/2 = Vmáx [S] Km + [S] Km + [S] = 2[S] Km = [S] 0 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2 3 4 5 6 7 8 [substrato] ve lo ci da de Enzima 1 Enzima 2 Vmáx [substrato] v el o ci d a d e Km1 Km2 Vmáx 2 Km das enzimas E1 e E2 Hexoquinase do cérebro [S] [Km] D-glicose D-Frutose 0,05 mM 1,5 mM Hexoquinase do cérebro tem maior afinidade pela glicose Equação de Lineweaver-Burke m 1___ V = K___ Vmax x 1___ [S] + 1___ Vmáx y = a . x + b É o inverso da equação de Michaeles-Menten 0 1 2 3 4 5 6 7 -4 -2 0 2 4 6 1/[S] 1/V 1/V max -1/K m Gráfico de Lineweaver-Burke Maior rapidez e precisão na determinação de Vmax e Km Inibição da atividade enzimática •Agentes farmacológicos mais usado na terapia médica •São reagentes químicos que diminuem ou bloqueiam a atividade enzimática •Usados para determinar os aa do centro ativo•Fornecem informações a respeito da natureza dos grupos funcionais do sítio ativo •Esclarecimento das vias metabólicas Inibidores enzimáticos Inibição da atividade enzimática •Inibição enzimática pode ser irreversível ou reversível Inibição Irreversível •Inibidor associa-se à enzima através de ligação covalente -Complexo E-S que não de dissocia •Modificam ou destroem um ou mais grupos funcionais do sítio ativo •Ex: efeitos neurotóxicos de organofosforados Inibição Irreversível •diisopropil flúor fosfato (DFP) inibe a enzima acetilcolinesterase •Iodoacetamida inibe enzimas que contêm Cys no sítio ativo •Geralmente são inibidores inespecíficos E CH2O H3C-CH-CH3 O P O O H3C-CH-CH3 + HF + H3C-CH-CH3 O F P O O H3C-CH-CH3 DIISOPROPIL FLÚOR FOSFATO( DFP) E CH2OH ACETILCOLINESTERASE Ser E CH2SH ENZIMA CONTENDO Cys NO SÍTIO ATIVO I CH2C O NH2 + IODOACETAMIDA E CH2S CH2C O NH2 + HI CICLOXIGENASE CH2 OH + COO- O-C-CH3 O ÁCIDO ACETILSALICÍLICO CICLOXIGENASE CH2 O C CH3 O COO- OH + Inibição da Cox pelo ácido salicílico Inibição reversível •Inibidor liga-se a enzima através de interações não covalentes • Forma um complexo EI que se dissocia com recuperação da atividade enzimática Existem 2 tipos de inibição reversível Inibição competitiva Inibição não competitiva Inibição competitiva •Inibidor compete com o substrato pelo centro ativo da enzima •Enzima liga-se ao S formando ES ou ao inibidor formando EI E ES E + P +S EI +I •Inibidor tem estrutura semelhante ao S •Inibição é reversível pelo aumento da [S] Ex: Inibição da succinato desidrogenase pelo malonato Inibição competitiva 0 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2 3 4 5 6 7 8 [substrato] ve lo ci da de sem inibidor com inibidor competitivo Vmax/2 Vmax Km1 Km2 Inibidor Competitivo 0 2 4 6 8 10 12 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 1/[S] 1/V sem inibidor com Inibidor competitivo 1/Vmax -1/Km(sem I) -1/Km(com I) Inibidor Competitivo Curvas de Leneweaver Burke apresentam: mesmo Vmáx e Km diferente Inibição competitiva •Alopurinol – inibidor competitivo da xantina oxidase na via metabólica de degradação das bases púricas adenina e guanina •Utilizado no tratamento da gota •Diminui a produção de ácido úrico O N N N N H H XANTINA C H OH OH N N N N H HIPOXANTINA CH O N N N N H H ÁCIDO ÚRICO C -OH OH = N N N N N H H H2 GUANINA C H O NH2 N N N N H ADENINA C H OH N N N CH H ALOPURINOL N Xantina oxidase INIBIDOR SUBSTRATO ENZIMA MOLÉSTIA SUCCINATO DESIDROGENASE INIBE O C.K COO - CH 2 COO - CH 2 SUCCINATO CH 2 COO - MALONATO COO - 3’-AZIDO-2 DESOXITIMIDINA) DESOXITIMIDINA DNA POLIMERASE VIRAL AIDS O H N O N = CH 3 OH O HOCH 2 HOCH 2 O H N O N = CH 3 N 3 AZT o INIBIDORES COMPETITIVO, SEUS SUBSTRATOS E AS MOLÉSTIAS EM CUJO TRATAMANTO SÃO EMPREGADOS TIMIDILATO SINTETASE TUMORES 6-FLUORURACILA H O N N O F H URACILA H O N N O H H Alcool :no tratamento de intoxicação por metanol Alcool desidrogenase (figado) Metanol Formaldeído Danos tecidos-olhos Alcool desidrogenase (figado) Alcool X Metanol acetaldeído Inibidor não competitivo •Não é revertida pelo aumento de S •Inibidor e substrato ligam-se em diferentes sítios da enzima •Inibidor e S são estruturalmente muito diferentes •S liga-se no sítio ativo e I no sítio alostérico •Inibidor não competitivo pode ligar-se à E livre ou ao complexo ES Inibidor não competitivo E ES E + P +S EI +I ESI +I +S 0 2 4 6 8 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 [S] ve lo cid ad e sem inibidor com inibidor não competitivo Km Inibidor não competitivo Inibidor não competitivo Curvas de Leneweaver Burke apresentam: Vmáx diferente e mesmo Km Regulação da atividade enzimática • Cada via tem uma ou mais enzimas reguladoras que ajustam a v das reações •No metabolismo celular várias E catalisam reações sucessivas nas vias metabólicas •A atividade dessas enzimas é modulada por sinais moleculares Regulação da atividade enzimática •A atividade das enzimas reguladoras podem ser moduladas por: •Efeitos alostéricos ( moduladores não covalentes) •Modulação covalente (reversível) •Indução ou repressão na síntese enzimática •Clivagem proteolítica Regulação da atividade enzimática Enzimas alostéricas são reguladas por efetores que se associam de forma não covalente ao sítio alostérico da enzima a) Regulação por efeitos alostéricos •Essas enzimas podem ser: •Ativadas pelo aumento da [1o S da via] •Inibidas pelo acúmulo de P final da via (retroinibição ou feedback) •Moduladas por metabólitos que não fazem parte da via b) Regulação por modulação covalente •Enzimas são ativadas ou inibidas através da associação covalente de grupos químicos Grupos químicos: Fosfato, metil, AMP, UMP a) Regulação por efeitos alostéricos •Homotrópica– quando o próprio S é efetor •Heterotópica- quando o efetor é diferente do S •As toxinas diftéricas e coléricas são enzimas que catalisam a ADP-ribosilação (e inativação) de enzimas chaves nos processos celulares. •Diftérica-inibe o fator de elongação 2 (envolvido na síntese proteíca) •Colérica-inibe a proteína G-parte da via de sinalização-perda de fluídos-morte •A fosforilação é o tipo de regulação mais comum- 1/3 de todas as proteíans eucarióticas são fosforiladas b) Regulação por modulação covalente Fosforilações • Adição do grupo fosforil: proteínas quinases – Ser, Thr ou Tyr- o grupo fica volumoso e carregado • Se a fosforilãção ocorrer num local crítico para a estrutura 3-D-efeitos dramáticos na conformação da proteína conseqüentemente, na ligação ao substrato e catálise •gg fosforilase (músculo e fígado) é ativada pela fosforilação •Remoção do grupo fosforil : fosfatases •gg sintetase é ativada pela defosforilação c) Indução e repressão da síntese enzimática Enzimas são reguladas através da velocidade de síntese Indução- aumento da v da síntese enzimática Repressão- diminuição na v da síntese enzimática altera o número de moléculas de E em vez de afetar sua eficiência Essas alterações nos níveis enzimáticos por indução ou repressão são lentas d) Clivagem proteolítica Algumas E são sintetizadas na forma inativa (próenzima ou zimogênio) São ativadas por clivagem proteolítica –muda a conformação da molécula tornando-a ativa Ex: ativação das enzimas digestivas quimotripsinogênio quimotripsina tripsina tripsinogênio tripsina enteroquinase pepsinogênio pepsina HCl Ativação do quimotripsinogênio Isoenzimas São diferentes formas moleculares de uma mesma enzima - diferem na composição esequência dos aminoácidos As diferentes formas da E: • Catalisam a mesma reação • Diferem nas suas propriedades cinéticas Km e Vmáx diferentes • Diferem na distribuição sub-celular (se está solúvel ou ligada à membrana) • Diferem nas respostas aos moduladores • Diferem no uso dos cofatores Isoenzimas Muitas isoenzimas contêm subunidades diferentes com várias combinações Ex: creatina quinase (CK) ocorre na forma de 3 isoenzimas Cada uma é constituída de 2 cadeias proteicas (subunidades B e M) associadas de três maneiras CK1= BB CK2= MB CK3= MM Mobilidades eletroforéticas diferentes Isoenzimas • LDH (lactato desidrogenase ) Existem pelo menos 5 isoenzimas. Todas contém 4 cadeias polipeptídicas •As cadeias M (músculo) e H (coração) são codificadas por 2 genes diferentes. •No músculo estriado – 4 cadeias M, no coração, 4 cadeias H. Outros tecidos-diferentes combinações: Localização Composição Tipo de LDH Músculo esquelético e fígado MMMM LDH5 Músculo esquelético e fígado HMMM LDH4 Cérebro e rim HHMM LDH3 coração e eritrócito HHHM LDH2 coração e eritrócito HHHH LDH1 “Sempre existe no mundo uma pessoa que espera a outra, seja no meio do deserto, seja no meio das grandes cidades. E quando estas pessoas se cruzam, e seus olhos se encontram, todo o passado e todo o futuro perde qualquer importância, e só existe aquele momento”
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