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A FAMILIA E O AFETO

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A FAMILIA E O AFETO
JORDANA LORENA BRUNO ALVES
FACULDADE DR.FRANCISCO MAEDA- (FAFRAM)
PRAÇA JOÃO ATHAIDE DE SOUZA NETO,142
TELEFONE: (16) 99364-1404 / E-MAIL: jorda_lorena@hotmail.com
A palavra Família é derivado do latim “famulus” que significa escravo domestico . Este foi o termo criado na Roma Antiga para designar um novo grupo social que surgiu nas tribos latinas. (www.wikipedia.org.com)
Desde essa época as famílias eram baseadas em vinculo de sague.
A família é um grupo constituída por pessoas que residem em uma mesma casa, sendo uma mãe e um pai que normalmente são unidos por uma relação jurídica ( matrimonio ) e também constitui por um ou mais filhos, que assim forma uma família tradicional.
Os pais são responsáveis pela educação, pelo bom comportamento dos seus filhos perante a sociedade. O papel da família é muito importante para a formação da personalidade e do caráter dos filhos.
Antigamente as estruturas das famílias era :
Família Real: Constituída pelo soberano rei e rainha e os seus descendentes.
Família Sagrada: Formada pela tríade Cristã representada na bíblia Sagrada por Jesus.
Atualmente existem várias estruturas que são elas :
Família Monoparental : Constituída pelos progenitores. Exemplo: pai e mãe.
Família Comunitária: Constituída por várias pessoas adultas que estão responsabilizados pela educação da criança.
Família Arco- Iris: Constituída por casal homossexual.
Família Contemporânea: Constituída também pelos progenitores ( pai e mãe) , mas os papeis do homem e da mulher são invertidos, passando a mãe ser a chefe. Aqui também se encaixa a família que é constituída apenas pela mãe solteira.
A Constituição Brasileira, do ano de 1988, protege vários valores sobre a dignidade da pessoa humana e considera a família a base da sociedade, onde é vedado qualquer tipo de descriminação.
Art. 226 - A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 1º - O casamento é civil e gratuita a celebração.
§ 2º - O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
§ 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
§ 4º - Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.
§ 5º - Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.
§ 7º - Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.
§ 8º - O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações.
Infelizmente não é bem isso que acontece, a nova estrutura de família formada por pessoas do mesmo sexo, é alvo de preconceito e sofrem exclusão social e legal, pois não existe nem um tipo de lei que reconhece o direito dessa nova estrutura de família.
O conceito de família começou a mudar a partir do reconhecimento da união estável que não era reconhecida pelo âmbito jurídico, e tão pouco protegida pela Constituição, essa união antes tinha o nome de Concubinato e era reconhecido somente pela jurisprudência. Assim, depois de algum tempo o constituinte trouxe a união estável para o âmbito do Direito das famílias, começando então uma certa mudança no conceito de família, onde podemos perceber que o ordenamento jurídico viu que a união estável nada mais é que um relacionamento formado por fundamento afetivo.
Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família.
Desde então a constituição vem reconhecendo como família o convívio de um dos pais com seus filhos, incluindo no conceito de família das estruturas monoparentais.
O termo homossexualidade é um hibrido do grego e do latim que refere-se a uma pessoa que sente atração física, estética ou emocional por outra pessoa do mesmo sexo ou gênero. 
E o termo afeto envolve carinho, cuidado por uma pessoa querida ou alguém intimo, envolve mais sentimentos do que vontade. É representado por um apego, confiança, intimidade, amor, bem- estar, satisfação, etc...
Juntando esses dois termos podemos formar um vínculo afetivo e dar então um conceito para essa nova estrutura familiar que atualmente é constituída por duas pessoas do mesmo sexo. O reconhecimento constitucional não tem que “criar uma nova família”, mas sim “igualá-las” em grau de proteção, igualdade e direitos garantidos que só o Direito das famílias consegue assegurar.
Atualmente no Brasil, segundo dados do IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), existem mais de 60 mil casais homossexuais, número este considerável que pode ser muito maior ao considerar aqueles que omiti sua sexualidade em razão do preconceito. Dessa forma, cabe ao sistema jurídico garantir igualdades de direitos entre os cidadãos. 
Nada impede que a união estável já reconhecida pelo âmbito jurídico seja formada por pessoas do mesmo sexo, porém, não tem previsão legal . Ocorre que, mesmo diante desta omissão legislativa, o Poder Judiciário precisa julgar, e como bem diz Maria Berenice Dias “Ausência de Lei não significa ausência de Direito”.
(www.mariaberenice.com.br)
Conforme o artigo 4º da Lei de Introdução ao Código Civil diz: 
Art. 4o  Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
O STJ tem duas decisões reconhecendo que a competência de julgar ações que envolvem uniões homoafetivas não é das varas da família, mas das varas cíveis, só que essas decisões não vingaram, e as ações continuam tramitando nas varas de família.
A Lei 11.340/2006 que previne a violência doméstica e familiar contra a mulher, conhecida como Lei Maria da Penha, define família como a relação intima de afeto, com isso não tem como negar que ausência de previsão legal.
Enquanto não se tem lei explicitamente assegurando direitos, os avanços vêm sendo feitos pelas jurisprudências que trouxe para o âmbito do direito de família a união estável.
É necessário o reconhecimento desse novo conceito de família independente da exclusividade do relacionamento ou da identidade sexual, essa nova estrutura deve ser identificada como entidade familiar, garantindo direitos e deveres aos seus integrantes. 
(www.direitohomoefetivo.com.br)
PALAVRA-CHAVE: família-afeto-estrutura-direitos-obrigações

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