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MEGE - TJSC 2022 (Prova comentada)

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2 
CURSO MEGE 
 
Site: www.mege.com.br 
E-mail: atendimento@mege.com.br 
Celular/Whatsapp: (99) 982622200 (Tim) 
Fanpage: /cursomege 
Instagram: @cursomege 
Material: Prova objetiva comentada (conforme gabarito preliminar) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROVA OBJETIVA COMENTADA 
Conforme gabarito preliminar1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 Tudo preparado dentro do prazo recursal pela Equipe Mege em total compromisso com o(a) 
concurseiro(a). 
http://www.mege.com.br/
 
3 
 
OBSERVAÇÕES INICIAIS 
 
 
A prova objetiva do TJSC foi realizada em 21/08/2022. Assim que tivemos 
acesso ao gabarito preliminar iniciamos a tradicional prova comentada do Mege. É 
incrível viver esses momentos de ansiedade juntos e, novamente, entregamos em mãos 
tudo que apuramos ainda dentro do prazo recursal. A nossa intenção neste material é 
auxiliar nossos alunos e seguidores na análise da elaboração de seus recursos, além de 
possibilitar, em formato conclusivo, a revisão de temas cobrados no certame. 
 Trata-se de versão preliminar elaborada com as finalidades informadas e 
concluída por nosso time específico para 1ª fase de magistratura estadual, sem maiores 
pretensões de aprofundamento e trabalho editorial neste momento de puro apoio. 
Não há também o viés de verificação rigorosa de temas antecipados em 
nossas atuações, diante do curto tempo para entrega desse apoio em prazo recursal. 
No entanto, nossa felicidade foi imensa ao constatarmos o quanto nosso apoio, 
novamente, foi efetivo em reta final e o quanto nossos alunos do clube da magistratura 
estão bem direcionados independentemente do nível da prova a ser aplicada. 
O corte, neste momento, segue estimado em 76/77 pontos para ampla 
concorrência (sem as anulações). Em cotas, a nota de certa necessária é de 60 pontos. 
Os nossos professores entendem que 3 questões, em especial, estão envolvidas em 
alguma polêmica a ser apreciada (14, 66, 70) e, portanto, podem ter suas situações 
alteradas na fase recursal, o que deixa em aberto uma nova nota de corte. 
Após este estudo, o candidato poderá vislumbrar a possibilidade de um 
aumento em sua nota final. Em nossa experiência, constatamos um parâmetro de que a 
cada 2 (duas) questões anuladas a pontuação oficial de corte aumenta em 1 (um) 
ponto. Essa dica deve seguir como norte para definição de maiores chances de avanço 
no certame. Guardem esta informação! 
Aos alunos da turna de reta final TJSC 2022, pedimos que não deixem de reler 
os conteúdos das rodadas com temas antecipados na prova. A melhor fixação será 
importante nos próximos desafios (e também para 2ª fase do concurso, aos que 
prosseguirão). 
Como perceberam, o estudo em sprint final foi revertido em pontos decisivos. 
Sempre acreditamos muito que, com o devido foco, é possível evoluir mesmo em menor 
prazo. Os feedbacks recebidos pós-prova comprovam que novamente teremos uma 
invasão megeana, com muitos alunos em sua primeira oportunidade em 2ª fase. 
 
GRUPO DE WHATSAPP 
 
Nós criamos um grupo de whatsapp para reunir candidatos para debates sobre 
a 2ª fase de imediato (quem tiver interesse em saber mais, basta entrar em contato com 
nosso setor administrativo para ser adicionado). 
 
4 
Eis aqui o nosso extrato de conferência de pontuação com os devidos 
apontamentos! O respeito ao concurseiro demanda transparência de informações - um 
de nossos valores em cada atuação. 
Clique no botão abaixo caso tenha interesse em debater assuntos sobre a 2ª 
fase TJSC 2022: 
 
GRUPO PARA 2ª FASE TJSC 
https://chat.whatsapp.com/GX37kyOpUwGBRNeSzO6A5I 
 
 
PARA ONDE DEVO IR? 
 
 
 
 
Em nossa análise sobre caminhos pós-prova TJsc, entendemos que esse 
direcionamento esquematizado pode orientar da melhor forma. Sobre a nota de corte 
de ampla concorrência (estimada entre 76/77), diante das polêmicas apontadas como 
possíveis anulações, estimamos que até 63 pontos seria possível imaginar uma chance 
de 2ª fase. Em cotas, 55 seria esse limite indicado, uma vez que as anulações não mudam 
a subida do corte, que seguirá em 60 pontos e ainda pode ser que outras questões 
sejam anuladas (além das apontadas pelo Mege). 
https://chat.whatsapp.com/GX37kyOpUwGBRNeSzO6A5I
 
5 
Aos colegas que não estão dentro dessas faixas, indicamos, conforme o caso, 
entrar imediatamente no Clube da Magistratura (que iniciou há 1 semana sua turma 
2022.2) ou que foque na reta final TJPE. 
 
 
SE VOCÊ NÃO FOI TÃO BEM NO TJSC NÃO SE DESESPERE 
 
O Clube da Magistratura 2022 é uma solução incrível que irá acompanhá-lo 
durante toda sua preparação para carreira (com estudo otimizado da lei seca, materiais 
de doutrina resumida, simulados específicos para carreira, videoaulas e muito mais). 
Além do apoio de nossa equipe, com a experiência de já ter comemorado a aprovação 
de mais de 1.400 alunos em 23 TJ`s diversos, por tempo ininterrupto em estudo 
constante e atento a todo cenário dos concursos de magistratura e suas novidades 
abordadas em cada prova e edital. 
O clube da magistratura conta com tudo que você precisa para preparação em 
todas as fases do concurso. Desde o estudo da lei comentada até correções de provas 
de 2ª fase de forma personalizada e até mesmo a opção de acompanhamento 
personalizado. Vale a pena conferir! 
 
CLUBE DA MAGISTRATURA 2022 
https://clube.mege.com.br/assine-clube-da-magistratura/ 
 
 
A SEGUNDA FASE É LOGO ALI! 
 
Por fim, vale ressaltar que já estamos com inscrições abertas para turma de 2ª 
fase TJSC (onde contaremos com 2 opções: com e sem correções de provas 
personalizadas) focada em uma preparação completa para este desafio. O estudo de 
humanística, o conhecimento básico em sentenças, a experiência de redigir e ter 
correções de provas manuscritas, tudo devidamente alinhado ao seu desafio no melhor 
nível. 
As inscrições já estão abertas em nosso site e você ainda poderá utilizar o 
cupom de desconto TJSC10 para garantir sua vaga 10% no carrinho de compra! 
Os links para inscrição nas turmas de 2ª fase seguem em nossa área de cursos: 
 
TURMA 1 (com correções) 
https://loja.mege.com.br/proposta/tjsccorrecaopersonalizada 
 
TURMA 2 (com correções) 
https://loja.mege.com.br/proposta/tjsc02faseespelhos 
 
Agora é com vocês, vamos para análise de tudo que caiu na objetiva do TJSC. 
 
 
 
 
 
https://clube.mege.com.br/assine-clube-da-magistratura/
https://loja.mege.com.br/proposta/tjsccorrecaopersonalizada
https://loja.mege.com.br/proposta/tjsc02faseespelhos
 
6 
UMA FELICIDADE EXTRA! Uma prévia de invasão megeana na 2ª fase. 
 
 
 
 
Em comparativo de notas prévias no site Olho na Vaga, nossos alunos já 
anunciaram o que vem pela frente! Nós recebemos esse print de uma aluna (enviado ao 
professor Rafael Maia2) e a alegria foi imensa. Tradição é tradição! 
 
Se no TJSC já tivemos a felicidade de comemorar 44 aprovações nas 2 últimas 
edições do concurso, em 2022 podemos esperar algo ainda mais incrível com esta 
prévia! 
Seguiremos firmes e com trabalho realmente específico também na 2ª fase. 
 
Bons estudos! 
 
 
Arnaldo Bruno Oliveira3 
Equipe Mege 
 
 
 
 
2 @prof.rafaelmaia 
3 @prof.arnaldobruno 
 
7 
SUMÁRIO 
 
BLOCO I ........................................................................................................................... 8 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL ...................................................................................................... 8 
DIREITO CIVIL .......................................................................................................................... 28 
DIREITO DO CONSUMIDOR ..................................................................................................... 44 
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ............................................................................. 50 
BLOCO II ........................................................................................................................57 
DIREITO PROCESSUAL PENAL .................................................................................................. 57 
DIREITO PENAL ........................................................................................................................ 70 
DIREITO ELEITORAL ................................................................................................................. 83 
DIREITO CONSTITUCIONAL ..................................................................................................... 87 
BLOCO III ....................................................................................................................... 98 
DIREITO EMPRESARIAL ........................................................................................................... 98 
DIREITO TRIBUTÁRIO ............................................................................................................ 107 
DIREITO ADMINISTRATIVO ................................................................................................... 112 
DIREITO AMBIENTAL ............................................................................................................. 126 
NOÇÕES GERAIS DE DIREITO E FORMAÇÃO HUMANÍSTICA ........................................ 129 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
BLOCO I 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 
1. Em concurso público aberto para o provimento de cargo exigente de consideráveis 
resistência e vigor físicos, determinado candidato foi eliminado do certame, por haver 
sido constatada a sua inaptidão física. 
Inconformado, o candidato ajuizou mandado de segurança para impugnar a validade do 
ato administrativo que o eliminou do concurso, aferrando-se ao argumento de que as 
suas condições físicas o habilitavam perfeitamente para o exercício do cargo almejado. 
Recebida a petição inicial do writ, e após a vinda aos autos das informações da 
autoridade impetrada, da peça impugnativa da pessoa jurídica de direito público e da 
manifestação final do Ministério Público, o juiz da causa proferiu sentença, na qual, 
afirmando que faltavam liquidez e certeza ao direito afirmado pelo impetrante, à 
míngua de prova pré-constituída de suas alegações, denegou a ordem. 
Inconformado com os termos da sentença, o autor da ação mandamental interpôs 
recurso de apelação, em cujo julgamento, a cargo de órgão fracionário do tribunal, 
depois de colhidos os votos dos dois primeiros desembargadores, ambos no sentido do 
desprovimento do apelo, o terceiro magistrado votou pelo acolhimento da pretensão 
recursal e, por conseguinte, pela procedência do pedido. 
Não havendo, naquela oportunidade, outros desembargadores presentes, designou-se 
uma outra sessão, na qual se colheram os votos de outros dois magistrados, sendo um 
deles no sentido do provimento do apelo autoral, e o outro, no de seu desprovimento, 
após o que se encerrou o julgamento. 
Preclusas as vias recursais, o acórdão transitou em julgado. 
Nesse contexto, é correto afirmar que: 
(A) o órgão colegiado do tribunal, ao aplicar a técnica de complementação de 
julgamento, incorreu em error in procedendo, fator hábil a ensejar o manejo de ação 
rescisória; 
(B) entre a primeira e a segunda sessões de julgamento da apelação seriam admissíveis 
os embargos de declaração, caso houvesse omissões em pelo menos um dos votos já 
proferidos; 
(C) intimado do acórdão, poderia o autor ter interposto, no prazo de quinze dias, o 
recurso de embargos infringentes, cujo julgamento caberia a outro órgão colegiado do 
tribunal; 
(D) poderá o autor ajuizar ação de rito comum, deduzindo a mesma pretensão e 
arrimando-se na mesma causa de pedir da primeira demanda; (E) poderá o autor ajuizar 
um segundo mandado de segurança, desde que observe o prazo de cento e vinte dias a 
partir da ciência do ato impugnado e que recolha o valor dos honorários de sucumbência 
relativos ao primeiro writ. 
 
9 
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. 
A jurisprudência do STJ é no sentido de que a técnica de ampliação do colegiado, 
prevista no artigo 942 do CPC/2015 se aplica ao julgamento não unânime de apelação 
interposta em mandado de segurança. Neste sentido: “PROCESSUAL CIVIL. MANDADO 
DE SEGURANÇA, APELAÇÃO. RESULTADO NÃO UNÂNIME. AMPLIAÇÃO DO COLEGIADO. 
ART. 942 DO CPC/2015. INCIDÊNCIA. IV - O Código de Processo Civil de 2015 ( CPC/2015), 
ao entrar em vigor, revogou o Código de Processo Civil de 1973 ( CPC/1973), nos termos 
do art. 1.046, caput, do CPC/2015. Todavia, as disposições especiais dos procedimentos 
regulados por leis específicas permaneceram em vigor, mesmo após o advento do novel 
diploma legal, consoante o previsto no art. 1.046, § 2º, do CPC/2015, de maneira que as 
disposições especiais pertinentes ao mandado de segurança seguem reguladas pela Lei 
n. 12.016/2009. Contudo, ao contrário do que ficou assentado no acórdão recorrido, a 
Lei n. 12.016/2009, responsável por disciplinar o mandado de segurança, não contém 
nenhuma disposição especial acerca da técnica de julgamento a ser adotada nos casos 
em que o resultado da apelação for não unânime. Enquanto o art. 14 da Lei n. 
12.016/2009 se limita a preconizar que contra a sentença proferida em mandado de 
segurança cabe apelação, o art. 25 da Lei n. 12.016/2009 veda a interposição de 
embargos infringentes contra decisão proferida em mandado de segurança. V - Embora 
a técnica de ampliação do colegiado, prevista no art. 942 do CPC/2015, e os embargos 
infringentes, revogados junto com Código de Processo Civil de 1973 (CPC/1973), 
possuam objetivos semelhantes, os referidos institutos não se confundem, sobretudo 
porque o primeiro compreende técnica de julgamento, já o segundo consistia em 
modalidade de recurso. Ademais: "(...) diferentemente dos embargos infringentes 
regulados pelo CPC/73, a nova técnica de ampliação do colegiado é de observância 
automática e obrigatória sempre que o resultado da apelação for não unânime e não 
apenas quando ocorrer a reforma de sentença" ( REsp n. 179.8705/SC, Relator Ministro 
Paulo de Tarso Sanseverino, Terceira Turma, julgado em 22/10/2019, DJe 28/10/2019). 
VI - Conclui-se, portanto, que a técnica de ampliação do colegiado, prevista no art. 942 
do CPC/2015, aplica-se também ao julgamento de apelação que resultou não unânime 
interposta contra sentença proferida em mandado de segurança (STJ - REsp: 1868072 
RS 2020/0068170-9, Relator: Ministro FRANCISCO FALCÃO, Data de Julgamento: 
04/05/2021, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe 10/05/2021)” 
(B) INCORRETA. 
Não é cabível a interposição de embargos de declaração entre a primeira e a segunda 
sessão do julgamento da apelação decida em primeira sessão de forma não unanime, 
pois a técnica de ampliação do julgamento não é modalidade de recurso, mas técnica 
de julgamento obrigatória em caso de resultado não unânime do recurso de apelação. 
Portanto, somente após a segunda sessão é que estará formada a decisão que pode ser 
impugnada por embargos de declaração, em caso de omissão. Tanto que os julgadores 
que já estiverem votado podem, inclusive, na segunda sessão reverem seus votos, nos 
termos do §2º do art. 942 do CPC/2015. 
 
10 
(C) INCORRETA. 
 Segundo o entendimento do STJ, não é cabível embargos infringentes contra decisão 
proferida em mandado de segurança, tendo em vista o teor do art. 25 da Lei 
12.016/2009 que veda a sua interposição. Neste sentido: “PROCESSUAL CIVIL. 
MANDADO DE SEGURANÇA, APELAÇÃO. RESULTADO NÃO UNÂNIME. AMPLIAÇÃO DO 
COLEGIADO. ART. 942 DO CPC/2015. INCIDÊNCIA. IV - O Código de Processo Civil de 2015 
( CPC/2015), ao entrar em vigor, revogou o Código de Processo Civil de 1973 ( CPC/1973), 
nos termos do art. 1.046, caput, do CPC/2015. Todavia, as disposições especiais dos 
procedimentos regulados por leis específicas permaneceram em vigor, mesmo após o 
advento do novel diploma legal, consoante o previsto no art. 1.046, § 2º, do CPC/2015, 
de maneira que as disposições especiais pertinentesao mandado de segurança seguem 
reguladas pela Lei n. 12.016/2009. Contudo, ao contrário do que ficou assentado no 
acórdão recorrido, a Lei n. 12.016/2009, responsável por disciplinar o mandado de 
segurança, não contém nenhuma disposição especial acerca da técnica de julgamento a 
ser adotada nos casos em que o resultado da apelação for não unânime. Enquanto o art. 
14 da Lei n. 12.016/2009 se limita a preconizar que contra a sentença proferida em 
mandado de segurança cabe apelação, o art. 25 da Lei n. 12.016/2009 veda a 
interposição de embargos infringentes contra decisão proferida em mandado de 
segurança. V - Embora a técnica de ampliação do colegiado, prevista no art. 942 do 
CPC/2015, e os embargos infringentes, revogados junto com Código de Processo Civil de 
1973 (CPC/1973), possuam objetivos semelhantes, os referidos institutos não se 
confundem, sobretudo porque o primeiro compreende técnica de julgamento, já o 
segundo consistia em modalidade de recurso. Ademais: "(...) diferentemente dos 
embargos infringentes regulados pelo CPC/73, a nova técnica de ampliação do colegiado 
é de observância automática e obrigatória sempre que o resultado da apelação for não 
unânime e não apenas quando ocorrer a reforma de sentença" ( REsp n. 179.8705/SC, 
Relator Ministro Paulo de Tarso Sanseverino, Terceira Turma, julgado em 22/10/2019, 
DJe 28/10/2019). VI - Conclui-se, portanto, que a técnica de ampliação do colegiado, 
prevista no art. 942 do CPC/2015, aplica-se também ao julgamento de apelação que 
resultou não unânime interposta contra sentença proferida em mandado de segurança 
(STJ - REsp: 1868072 RS 2020/0068170-9, Relator: Ministro FRANCISCO FALCÃO, Data 
de Julgamento: 04/05/2021, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe 
10/05/2021)” 
Art. 25 da Lei 12.016/2009 - Não cabem, no processo de mandado de segurança, a 
interposição de embargos infringentes e a condenação ao pagamento dos honorários 
advocatícios, sem prejuízo da aplicação de sanções no caso de litigância de má-fé. 
(D) CORRETA. 
A alternativa encontra-se correta, visto que, ao decidir o mandado de segurança, o juiz 
de primeiro grau proferiu sentença sem resolução do mérito, pois considerou que 
faltava liquidez e certeza do direito afirmado pelo autor, tendo em vista a falta de prova 
pré-constituída deste, que é o pressuposto de interposição da ação de mando de 
segurança, nos termos do art. 1º da Lei nº 12.016/2009. Segundo a doutrina e a 
jurisprudência, por direito líquido e certo, deve-se entender aquela situação jurídica cuja 
demonstração e comprovação pode ser feita de plano, mediante prova pré-constituída. 
 
11 
Assim, a parte pode entrar com ação ordinária para discutir o seu alegado direito, 
conforme previsto no art. 486 do CPC/2015. 
Art. 1º da Lei nº 12.016/2009 - Conceder-se-á mandado de segurança para proteger 
direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, 
ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação 
ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e 
sejam quais forem as funções que exerça. 
Art. 486 do CPC/2015 - O pronunciamento judicial que não resolve o mérito não obsta 
a que a parte proponha de novo a ação. 
(E) INCORRETA. 
A alternativa encontra-se incorreta ao dispor que a parte necessita recolher o do valor 
dos honorários advocatícios para fins de interposição de novo mandado de segurança, 
uma vez que na referida ação não há a condenação em honorários advocatícios, nos 
termos do art. 25 da Lei nº 12.016/2009. 
Art. 25 da Lei 12.016/2009 - Não cabem, no processo de mandado de segurança, a 
interposição de embargos infringentes e a condenação ao pagamento dos honorários 
advocatícios, sem prejuízo da aplicação de sanções no caso de litigância de má-fé. 
 
2. Em um contrato comercial firmado entre as pessoas jurídicas Obras e Reparos Ltda. e 
Eletro Eletricidade Ltda., restou ajustada a inclusão de cláusula de mediação 
extrajudicial prévia entre as empresas, em caso de eventual divergência sobre o 
cumprimento das obrigações indicadas no instrumento. No curso da relação contratual, 
as partes passaram a divergir sobre os pagamentos relativos aos serviços prestados. 
Diante disso, a Eletro Eletricidade Ltda. instaurou o procedimento de mediação 
extrajudicial, em estrito cumprimento ao contrato. 
Sobre essa situação, é correto afirmar que: 
(A) por se tratar de litígio decorrente de contrato comercial com cláusula de mediação, 
o mediador extrajudicial estará impedido de cobrar por seus serviços antes da conclusão 
do procedimento de mediação; 
(B) o convite para o procedimento de mediação extrajudicial deve observar as 
formalidades da câmara de mediação escolhida e considerar-se-á rejeitado se não for 
respondido pela Obras e Reparos Ltda. no prazo de quarenta e cinco dias; 
(C) o mediador que conduzirá a mediação deve integrar conselho, entidade de classe ou 
associação que tenha relação com o objeto do procedimento, além de gozar da 
confiança das partes envolvidas na mediação; 
(D) se o representante legal da Eletro Eletricidade Ltda. comparecer acompanhado de 
advogado e o representante legal da Obras e Reparos Ltda. estiver sem patrono, o 
mediador, sem suspender o curso do procedimento, oficiará o respectivo tribunal para 
indicação de advogado dativo; 
 
12 
(E) o não comparecimento do representante legal da Obras e Reparos Ltda. à primeira 
reunião de mediação acarretará a assunção por parte dessa pessoa jurídica de 50% das 
custas e honorários sucumbenciais, caso venha a ser vencedora em ação judicial 
posterior, que envolva o escopo da mediação para a qual foi convidada. 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. 
ART. 22, §3º, da Lei nº 13.140/2015 - Nos litígios decorrentes de contratos comerciais 
ou societários que não contenham cláusula de mediação, o mediador extrajudicial 
somente cobrará por seus serviços caso as partes decidam assinar o termo inicial de 
mediação e permanecer, voluntariamente, no procedimento de mediação. 
(B) INCORRETA. 
ART. 21, Parágrafo único, da Lei nº 13.140/2015 - O convite formulado por uma parte à 
outra considerar-se-á rejeitado se não for respondido em até trinta dias da data de seu 
recebimento. 
(C) INCORRETA. 
Art. 9º da Lei nº 13.140/2015 - Poderá funcionar como mediador extrajudicial qualquer 
pessoa capaz que tenha a confiança das partes e seja capacitada para fazer mediação, 
independentemente de integrar qualquer tipo de conselho, entidade de classe ou 
associação, ou nele inscrever-se. 
(D) INCORRETA. 
Art. 9º, Parágrafo único, da Lei nº 13.140/2015 - Comparecendo uma das partes 
acompanhada de advogado ou defensor público, o mediador suspenderá o 
procedimento, até que todas estejam devidamente assistidas. 
(E) CORRETA. 
ART. 22, §2º, IV, Lei nº 13.140/2015 - o não comparecimento da parte convidada à 
primeira reunião de mediação acarretará a assunção por parte desta de cinquenta por 
cento das custas e honorários sucumbenciais caso venha a ser vencedora em 
procedimento arbitral ou judicial posterior, que envolva o escopo da mediação para a 
qual foi convidada. 
 
3. A vítima de um atropelamento ajuizou ação em face do condutor do veículo, 
pleiteando a sua condenação ao pagamento das verbas indenizatórias dos danos 
materiais e morais alegadamente sofridos. 
Depois de ofertada a peça contestatória, veio aos autos a notícia de que, em razão do 
mesmo fato, o Ministério Público oferecera denúncia em desfavor do réu, a qual foi 
 
13 
recebida pelo juízo criminal, estando o processo ali em curso em fase de colheita de 
provas. 
Nesse contexto, é lícito ao juiz da causa cível: 
(A) determinar a suspensão do feito, no aguardo do advento da decisão do juízo 
criminal, devendo a medida ter prazo determinado; 
(B) determinar a suspensão do feito, no aguardo do advento da decisão do juízo criminal, 
devendo a medida vigorar até a efetiva solução do processopenal; 
(C) extinguir o feito sem resolução do mérito, por falta de interesse de agir, pois a 
sentença penal condenatória é um título executivo judicial; 
(D) extinguir o feito com resolução do mérito, acolhendo o pleito indenizatório autoral, 
pois o recebimento da denúncia em desfavor do réu já induz à sua responsabilidade civil; 
(E) declinar da competência para processar e julgar o feito em favor do juízo criminal. 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIO 
 
COMUM A TODAS AS ASSERTIVAS – Art. 315 CPC - Se o conhecimento do mérito 
depender de verificação da existência de fato delituoso, o juiz pode determinar a 
suspensão do processo até que se pronuncie a justiça criminal. 
§ 2º Proposta a ação penal, o processo ficará suspenso pelo prazo máximo de 1 (um) 
ano, ao final do qual aplicar-se-á o disposto na parte final do § 1º. 
 
4. Em determinado processo, o réu, a quem havia sido deferido o benefício da 
gratuidade de justiça, a todo o tempo exerceu abusivamente o seu direito de defesa, 
alterando a verdade dos fatos e provocando incidentes manifestamente infundados. 
Proferida a sentença de mérito, o juiz da causa julgou procedente o pleito autoral, além 
de reconhecer o cometimento daquelas condutas processuais ilícitas pelo demandado. 
Nesse cenário, deverá o magistrado: 
(A) condenar o réu ao pagamento das custas processuais e dos honorários de 
sucumbência, isentando-o do pagamento da multa decorrente da litigância de má-fé; 
(B) isentar o réu do pagamento das custas processuais e dos honorários de sucumbência, 
condenando-o ao pagamento da multa decorrente da litigância de má-fé; 
(C) isentar o réu do pagamento das custas processuais, dos honorários de sucumbência 
e da multa decorrente da litigância de má-fé; 
 
14 
(D) condenar o réu ao pagamento das custas processuais, dos honorários de 
sucumbência e da multa decorrente da litigância de má-fé, devendo as três obrigações 
ficar sob condição suspensiva de exigibilidade; 
(E) condenar o réu ao pagamento das custas processuais, dos honorários de 
sucumbência e da multa decorrente da litigância de má-fé, devendo as duas primeiras 
obrigações ficar sob condição suspensiva de exigibilidade. 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
 
COMUM A TODAS AS ASSERTIVAS – Art. 98, § 1º, CPC - A gratuidade da justiça 
compreende: 
I - as taxas ou as custas judiciais; 
VI - os honorários do advogado e do perito e a remuneração do intérprete ou do 
tradutor nomeado para apresentação de versão em português de documento redigido 
em língua estrangeira; 
ART. 98, § 4º, CPC - A concessão de gratuidade não afasta o dever de o beneficiário 
pagar, ao final, as multas processuais que lhe sejam impostas. 
ART. 98, § 3º, CPC - Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua 
sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser 
executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que 
as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de 
recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, 
tais obrigações do beneficiário. 
 
5. Ajuizada uma execução por título extrajudicial, não foi possível localizar o devedor 
para citação. O exequente requereu o arresto eletrônico dos bens do executado, porém 
o montante bloqueado nas contas-correntes não foi suficiente para satisfazer a 
execução. Em seguida, o exequente requereu a penhora de outros bens em nome do 
executado, o que foi deferido pelo juiz. 
Diante dessa situação hipotética, é correto afirmar que: 
(A) oferecidos embargos à execução, o juiz poderá conceder efeito suspensivo se o 
executado formular o pedido em sua defesa e demonstrar a presença dos requisitos 
para a concessão da tutela provisória, independentemente da garantia da execução; 
(B) em caso de incorreção da penhora ou da avaliação, o executado poderá manejar sua 
defesa por meio de petição simples, no prazo de dez dias, contado a partir da ciência do 
ato; 
 
15 
(C) em caso de excesso de execução, caberá ao executado alegar a matéria em seus 
embargos à execução, não havendo necessidade de declarar desde logo o valor correto 
do débito, o que poderá ser objeto de perícia técnica; 
(D) oferecidos e acolhidos embargos de terceiro, os honorários advocatícios serão 
arbitrados com base no princípio da causalidade, responsabilizando-se o embargante 
(terceiro), se não tiver atualizado os dados cadastrais; 
(E) a concessão de efeito suspensivo aos embargos oferecidos por um dos executados 
suspenderá a execução contra os que não embargaram, ainda que o respectivo 
fundamento se refira exclusivamente ao embargante. 
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
 
A questão foi abordada na RODADA 11. 
 
(A) INCORRETA. 
Art. 919, § 1º, CPC/2015 - O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito 
suspensivo aos embargos quando verificados os requisitos para a concessão da tutela 
provisória e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução 
suficientes. 
(B) INCORRETA. 
Art. 917, § 1º, CPC/2015 - A incorreção da penhora ou da avaliação poderá ser 
impugnada por simples petição, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da ciência do ato. 
(C) INCORRETA. 
Art. 917, § 3º, CPC/2015 - Quando alegar que o exequente, em excesso de execução, 
pleiteia quantia superior à do título, o embargante declarará na petição inicial o valor 
que entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu 
cálculo. 
(D) CORRETA. 
Segundo o entendimento do STJ, inclusive em sede de recurso especial repetitivo (Tema 
807), aplica-se o princípio da causalidade na condenação aos honorários advocatícios na 
ação de embargos de terceiro, em que será de responsabilidade do embargante 
quando este não atualizou os dados cadastrais do bem constrito judicialmente, 
contudo, serão suportados pelo embargado quando este, depois de tomar ciência da 
transmissão do bem, apresentar ou insistir na impugnação ou recurso para manter a 
penhora sobre o bem cujo domínio foi transferido para terceiro. Neste sentido: “Nos 
embargos de terceiro cujo pedido foi acolhido para desconstituir a constrição judicial, 
os honorários advocatícios serão arbitrados com base no princípio da causalidade, 
responsabilizando-se o atual proprietário (embargante), se este não atualizou os 
dados cadastrais. Os encargos de sucumbência serão suportados pela parte 
 
16 
embargada, porém, na hipótese em que esta, depois de tomar ciência da transmissão 
do bem, apresentar ou insistir na impugnação ou recurso para manter a penhora sobre 
o bem cujo domínio foi transferido para terceiro (Corte Especial, REsp 1.452.840-SP, 
Rel. Min. Herman Benjamin, Primeira Seção, julgado em 14/09/2016, Dje 05/10/2016, 
Tema 872, Informativo 591)”. 
Nesse sentido, é também o teor daa Súmula nº 303 do STJ: "Em embargos de terceiro, 
quem deu causa à constrição indevida deve arcar com os honorários advocatícios." 
(E) INCORRETA. 
Art. 919, § 4º, CPC/2015 - A concessão de efeito suspensivo aos embargos oferecidos 
por um dos executados não suspenderá a execução contra os que não embargaram 
quando o respectivo fundamento disser respeito exclusivamente ao embargante. 
 
6. Ajuizada pelo Ministério Público determinada ação civil pública, o juiz da causa 
procedeu ao juízo positivo de admissibilidade da demanda e, também, deferiu a tutela 
provisória de urgência requerida na petição inicial. 
Depois de sua regular citação, o Município demandado, sem prejuízo do oferecimento 
de contestação e da interposição de agravo de instrumento para impugnar o provimento 
concessivo da medida liminar, requereu ao presidente do tribunal a suspensão de sua 
eficácia, aferrando-se ao argumento de que as suas consequências seriam lesivas à 
ordem e à economia públicas. 
Não obstante, o presidente do tribunal, apreciando os argumentos da pessoa jurídica de 
direito público, indeferiu o seu pleito de suspensão de execuçãoda tutela provisória. 
Inconformado com essa decisão, o Município, através do órgão da Advocacia Pública, 
poderá interpor recurso de: 
(A) agravo, no prazo de cinco dias; 
(B) agravo, no prazo de dez dias; 
(C) agravo, no prazo de quinze dias; 
(D) agravo de instrumento, no prazo de quinze dias; 
(E) agravo de instrumento, no prazo de trinta dias. 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIO 
 
COMUM A TODAS AS ASSERTIVAS – Art. 12, § 1º, da Lei nº 7347/1985 - A requerimento 
de pessoa jurídica de direito público interessada, e para evitar grave lesão à ordem, à 
saúde, à segurança e à economia pública, poderá o Presidente do Tribunal a que 
competir o conhecimento do respectivo recurso suspender a execução da liminar, em 
 
17 
decisão fundamentada, da qual caberá agravo para uma das turmas julgadoras, no prazo 
de 5 (cinco) dias a partir da publicação do ato. 
 
7. Em relação à modificação da competência, é correto afirmar que: 
(A) reputam-se conexas duas ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou as 
partes, o que deve ser verificado pelo juiz no caso concreto; 
(B) os processos de ações conexas devem se reunidos para decisão conjunta, inclusive 
quando um deles já houver sido sentenciado; 
(C) por se tratar de questão de ordem pública, pode o réu alegar a abusividade da 
cláusula de eleição de foro a qualquer tempo e grau de jurisdição; 
(D) antes da citação, a cláusula de eleição de foro, ainda que abusiva, não pode ser 
reputada ineficaz de ofício pelo juiz, devendo haver prévio requerimento da parte 
interessada; 
(E) quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, 
no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, 
caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas. 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. 
Art. 55 CPC/2015 - Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum 
o pedido ou a causa de pedir. 
(B) INCORRETA. 
Art. 55, §1º, CPC/2015 - Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão 
conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado. 
(C) INCORRETA. 
Art. 63, §4º, CPC/2015 - Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de 
eleição de foro na contestação, sob pena de preclusão. 
(D) INCORRETA. 
Art. 63, §3º, CPC/2015 - Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode 
ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo 
do foro de domicílio do réu. 
(E) CORRETA. 
 
18 
Art. 57 CPC/2015 - Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta 
anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem 
resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas. 
 
8. Márcia foi citada em execução por título extrajudicial e, nesta oportunidade, tomou 
ciência de que deveria efetuar o pagamento do débito, no prazo de três dias, sob pena 
de penhora de bens. Ao consultar seu advogado, Márcia foi informada de que o débito 
judicial poderia ser parcelado e se interessou por essa alternativa. 
Considerando essa situação hipotética, é correto afirmar que: 
(A) em caso de adesão ao parcelamento, Márcia deverá aguardar o deferimento pelo 
juiz para iniciar o depósito das parcelas subsequentes; 
(B) além de parcelar o débito em até oito vezes, Márcia poderá manejar embargos à 
execução no prazo legal para discutir excesso de execução; 
(C) a opção pelo parcelamento do débito estanca os juros e a correção monetária, 
congelando o valor do débito na data do depósito da primeira parcela; 
(D) o exequente poderá se opor ao parcelamento do débito, ainda que o requerimento 
preencha os requisitos legais, formulando pedido de prosseguimento da execução; 
(E) para obter o direito ao parcelamento, Márcia deverá reconhecer o débito e 
comprovar o depósito de 30% do valor exequendo, acrescido de custas e honorários, 
ciente de que não poderá oferecer embargos. 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
A questão foi abordada na RODADA 11. 
 
(A) INCORRETA. 
Art. 916, § 2º, CPC/2015 - Enquanto não apreciado o requerimento, o executado terá 
de depositar as parcelas vincendas, facultado ao exequente seu levantamento. 
(B) INCORRETA. 
Art. 916 CPC/2015 - No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exequente e 
comprovando o depósito de trinta por cento do valor em execução, acrescido de custas 
e de honorários de advogado, o executado poderá requerer que lhe seja permitido pagar 
o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e de juros 
de um por cento ao mês. 
Art. 916, §6º, CPC/2015 - A opção pelo parcelamento de que trata este artigo importa 
renúncia ao direito de opor embargos. 
(C) INCORRETA. 
 
19 
Art. 916 CPC/2015 - No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exequente e 
comprovando o depósito de trinta por cento do valor em execução, acrescido de custas 
e de honorários de advogado, o executado poderá requerer que lhe seja permitido pagar 
o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e de juros 
de um por cento ao mês. 
(D) INCORRETA. 
Conforme a doutrina, uma vez preenchidos os requisitos formais, o juiz estará obrigado 
a deferir o pedido de pagamento parcelado, ainda que haja manifestação contrária do 
exequente. Trata-se, portanto, de um direito potestativo do executado (Neves, Daniel 
Amorim Assumpção, Código de Processo Civil Comentado – 5ª. ed., 2020, pg. 1558). 
(E) CORRETA. 
Art. 916 CPC/2015 - No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exequente e 
comprovando o depósito de trinta por cento do valor em execução, acrescido de custas 
e de honorários de advogado, o executado poderá requerer que lhe seja permitido pagar 
o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e de juros 
de um por cento ao mês. 
Art. 916, §6º, CPC/2015 - A opção pelo parcelamento de que trata este artigo importa 
renúncia ao direito de opor embargos. 
 
9. Carolina e Márcio, casados em comunhão parcial de bens, firmaram contrato de 
locação com Joana para instalação de uma franquia do setor de fast food no shopping 
da cidade, sendo certo que Laura, irmã de Carolina, figurou como fiadora no aludido 
instrumento. Em razão da pandemia e do aumento exponencial do IGP-M, Carolina e 
Márcio não conseguiram arcar com os custos da locação e passaram a inadimplir as 
prestações mensais de aluguel e encargos da locação. Diante da inviabilidade de 
composição entre locador e locatários, Joana ingressou com execução de título 
extrajudicial em face de Carolina, Márcio e Laura. 
Sobre a responsabilidade patrimonial no caso acima, é correto afirmar que: 
(A) o bem de família de Laura não pode responder pelo débito decorrente do contrato 
de locação em questão, por se tratar de locação comercial; 
(B) na hipótese de a entidade familiar formada por Carolina e Márcio ser possuidora de 
vários imóveis utilizados como residência, a impenhorabilidade recairá sobre o de maior 
valor; 
(C) são impenhoráveis os bens inalienáveis de Carolina e Márcio, inclusive aqueles 
recebidos por doação de terceiros antes do início da ação, gravados com cláusula de 
inalienabilidade e impenhorabilidade; 
(D) Laura, quando executada, tem o direito de exigir que primeiro sejam executados os 
bens de Carolina e Márcio situados na mesma comarca, livres e desembaraçados, ainda 
que tenha renunciado ao benefício de ordem; 
 
20 
(E) havendo alienação de bens por parte de Carolina e Márcio em fraude à execução, 
esta será ineficaz em relação a Joana, cabendo ao juiz declarar a alienação fraudulenta 
e prosseguir com a penhora do bem, independentemente de intimação do terceiro 
adquirente. 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. 
A jurisprudência consolidada dos tribunais superiores é de que é valida a penhora do 
bem de família do fiador, ainda que se trate de contrato de locação comercial. Neste 
sentido: É constitucionala penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato 
de locação, seja residencial, seja comercial (STF. Plenário. RE 1307334/SP, Rel. Min. 
Alexandre de Moraes, julgado em 8/3/2022 (Repercussão Geral – Tema 1127) - Info 
1046). O STJ acompanhou o entendimento: “É válida a penhora do bem de família de 
fiador apontado em contrato de locação de imóvel, seja residencial, seja comercial, nos 
termos do inciso VII, do art. 3º da Lei n. 8.009/1990” (STJ. 2ª Seção. REsp 1.822.040-PR, 
Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 08/06/2022 (Recurso Repetitivo – Tema 1091) 
- Info 740). 
(B) INCORRETA. 
RECURSO ESPECIAL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. PENHORA. BEM DE FAMÍLIA. 
PROPRIETÁRIA DE OUTROS BENS. LEI Nº 8.009/1990. IMÓVEL DE RESIDÊNCIA. 
IMPOSSIBILIDADE DE CONSTRIÇÃO. A jurisprudência deste Tribunal é firme no sentido 
de que a Lei nº 8.009/1990 não retira o benefício do bem de família daqueles que 
possuem mais de um imóvel. O parágrafo único do artigo 5º da Lei nº 8.009/1990 dispõe 
expressamente que a impenhorabilidade recairá sobre o bem de menor valor na 
hipótese em que a parte possuir vários imóveis utilizados como residência, o que não 
ficou demonstrado nos autos. (STJ - REsp: 1608415 SP 2016/0117332-0, Relator: 
Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, Data de Julgamento: 02/08/2016, T3 - TERCEIRA 
TURMA, Data de Publicação: DJe 09/08/2016) 
(C) CORRETA. 
Art. 832 CPC/2015 - Não estão sujeitos à execução os bens que a lei considera 
impenhoráveis ou inalienáveis. 
(D) INCORRETA. 
Art. 794 CPC/2015 - O fiador, quando executado, tem o direito de exigir que primeiro 
sejam executados os bens do devedor situados na mesma comarca, livres e 
desembargados, indicando-os pormenorizadamente à penhora. 
§ 3º O disposto no caput não se aplica se o fiador houver renunciado ao benefício de 
ordem. 
(E) INCORRETA. 
 
21 
Art. 792, § 4º, CPC/2015 - Antes de declarar a fraude à execução, o juiz deverá intimar 
o terceiro adquirente, que, se quiser, poderá opor embargos de terceiro, no prazo de 
15 (quinze) dias. 
 
 
10. Caio ajuizou ação em face de Tício, residente em local conhecido, porém em país 
estrangeiro, pleiteando a sua condenação a lhe pagar determinada dívida contratual. 
Também foi requerida na petição inicial a citação do réu pela via editalícia, sob o 
argumento de que, embora o país onde ele residia cumprisse carta rogatória, essa 
providência poderia violar a garantia da duração razoável do processo, de modo que se 
deveria considerar o citando em lugar inacessível. 
Acolhendo a alegação autoral, o juiz da causa determinou a citação por edital de Tício, 
que, após transcorrido o prazo legal, não apresentou contestação. 
Na sequência, o magistrado decretou a revelia do réu e, invocando a presunção de 
veracidade dos fatos alegados na exordial, proferiu sentença em que acolhia o pleito de 
Caio, a qual, à míngua de interposição de qualquer recurso, transitou em julgado. 
Retornando em definitivo ao Brasil, Tício descobriu, ao acaso, a existência do processo 
instaurado em seu desfavor, constatando, também, que Caio acabara de protocolizar 
petição em que requeria o cumprimento da sentença. 
Nesse cenário, é correto afirmar que: 
(A) o juiz, ao decretar a revelia do réu, deveria ter-lhe nomeado curador especial, ao 
qual seria vedado arguir a preliminar de nulidade de citação, embora podendo, no 
mérito, contestar por negação geral; 
(B) o juiz, ao decretar a revelia do réu, deveria ter-lhe nomeado curador especial, que 
poderia arguir a preliminar de nulidade de citação, tendo o ônus, já no mérito, de 
impugnar especificadamente os fatos narrados na inicial; 
(C) a citação por edital efetivada foi válida, embora o juiz devesse ter determinado a 
intimação do autor para especificar as provas que ainda pretendesse ver produzidas, 
diante da presunção relativa de veracidade resultante da revelia; 
(D) o réu poderá se valer da ação impugnativa autônoma da reclamação, arguindo a 
configuração de vício transrescisório, sendo competente para processá-la e julgá-la o 
próprio órgão de primeira instância; 
(E) o réu poderá, sem a necessidade de indicar bens à constrição judicial, protocolizar a 
sua impugnação ao cumprimento de sentença, sendo-lhe lícito arguir a nulidade da 
citação editalícia. 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
 
22 
(A) INCORRETA. Conforme disposto no art. 72, inciso II, do CPC/2015, será nomeado 
curador especial ao réu citado por edital enquanto não for constituído advogado. 
Ademais, o paragrafo único do art. 341 estabelece que o ônus da impugnação especifica 
não se aplica ao curador especial. Contudo, cabe ressaltar que a nulidade da citação 
trata-se de questão preliminar que deve ser alegada pelo curador especial do réu. 
Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao: II - réu preso revel, bem como ao réu revel 
citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado. 
Art. 341, Parágrafo único, CPC/2015 - O ônus da impugnação especificada dos fatos não 
se aplica ao defensor público, ao advogado dativo e ao curador especial. 
(B) INCORRETA. Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao: II - réu preso revel, bem 
como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído 
advogado. 
Art. 341, Parágrafo único, CPC/2015 - O ônus da impugnação especificada dos fatos não 
se aplica ao defensor público, ao advogado dativo e ao curador especial. 
(C) INCORRETA. A citação por edital de Tício não foi válida, tendo em vista que não se 
enquadra em nenhuma das hipóteses que autorizam a citação por edital, nos termos do 
art. 256 do CPC/2015. 
Art. 256 CPC/2015 - A citação por edital será feita: 
I - quando desconhecido ou incerto o citando; 
II - quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o citando; 
§ 1º Considera-se inacessível, para efeito de citação por edital, o país que recusar o 
cumprimento de carta rogatória. 
(D) INCORRETA. A alegação do réu não se enquadra em nenhuma das hipóteses de 
cabimento da reclamação, nos termos do 988 do CPC/2015. 
(E) CORRETA. Art. 525, § 1º, CPC/2015 - Na impugnação, o executado poderá alegar: I - 
falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia; 
 
11. Mariana, titular da marca ABC Floripa Summer, tomou conhecimento de que a 
empresa Eventos de Surf e Moda Praia Ltda. realizaria um evento de verão que 
começaria dali a poucas horas, na cidade de Florianópolis, contendo a marca de Mariana 
no material publicitário. Em vista disso, Mariana imediatamente procurou seu advogado 
para saber as medidas cabíveis contra essa violação. 
Diante dessa situação, Mariana poderá ingressar em juízo: 
(A) com pedido de tutela cautelar em caráter antecedente requerendo, liminarmente, o 
pagamento de perdas e danos, devendo o réu ser citado para contestar o pedido em 
quinze dias; 
 
23 
(B) requerendo a concessão de tutela de evidência liminarmente, pois a violação de sua 
marca pode ser comprovada apenas documentalmente, o que é suficiente para amparar 
o pedido de tutela de evidência; 
(C) com pedido de tutela cautelar, devendo trazer na petição inicial todas as causas de 
pedir e pedidos pertinentes, pois, uma vez efetivada a tutela cautelar, a causa de pedir 
não poderá ser aditada no momento de formulação do pedido principal; 
(D) com pedido de tutela antecipada em caráter antecedente, pois a urgência é 
contemporânea à propositura da ação, ciente de que, se a tutela for deferida, eventual 
aditamento deverá ser feito nos mesmos autos, sem incidência de novas custas; 
(E) com pedido de tutela antecipada em caráter incidental, ciente de que, caso a tutela 
seja concedida e posteriormente reformada, as perdas e danos demandarão o 
ajuizamento de ação própria pelo réu, pois não podem ser liquidadas nos autos em que 
a medida tiver sido concedida. 
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
(A) INCORRETA. 
Art. 306 CPC/2015 - O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco)dias, contestar o pedido 
e indicar as provas que pretende produzir. 
(B) INCORRETA. 
Art. 311 CPC/2015 - A tutela da evidência será concedida, independentemente da 
demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver 
tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
(C) INCORRETA. 
Art. 308, § 2º, CPC/2015 - A causa de pedir poderá ser aditada no momento de 
formulação do pedido principal. 
(D) CORRETA. 
Art. 303 CPC/2015 - Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da 
ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à 
indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca 
realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. 
§ 1º Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo: 
I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, 
a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 
(quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar; 
 
24 
§ 3º O aditamento a que se refere o inciso I do § 1º deste artigo dar-se-á nos mesmos 
autos, sem incidência de novas custas processuais. 
(E) INCORRETA. 
Art. 302, Parágrafo único, CPC/2015 - A indenização será liquidada nos autos em que a 
medida tiver sido concedida, sempre que possível. 
 
12. Servidor público municipal ajuizou mandado de segurança, aludindo à ilegalidade de 
conduta omissiva estatal, consubstanciada no não pagamento de determinada 
gratificação, prevista na legislação de seu Município. 
Regularmente cientificadas da demanda, a autoridade impetrada e a pessoa jurídica de 
direito público ofertaram, respectivamente, informações e peça impugnativa, nas quais 
deduziram um argumento defensivo comum, a saber, a inconstitucionalidade da lei que 
previu a gratificação pretendida pelo autor, daí inocorrendo, em sua ótica, qualquer 
vício de ilegalidade na postura estatal. 
Após a vinda da manifestação final do Ministério Público, o juiz da causa concluiu pela 
constitucionalidade da lei municipal invocada pelo impetrante e concedeu a segurança, 
determinando à Administração Pública municipal que procedesse ao pagamento da 
gratificação em tela. 
Inconformada com a sentença, apenas a autoridade impetrada interpôs recurso de 
apelação, visando à sua reforma pelo órgão ad quem. 
Nesse contexto, é correto afirmar que: 
(A) o juiz da causa incorreu em error in procedendo, pois, apreciando matéria 
constitucional, deveria ter suscitado o incidente de arguição de inconstitucionalidade ao 
plenário ou ao órgão especial; 
(B) o recurso de apelação interposto pela autoridade impetrada não pode ser conhecido, 
por lhe faltar legitimidade recursal autônoma; 
(C) o recurso de apelação interposto pela autoridade impetrada não pode ser conhecido, 
por lhe faltar interesse recursal, haja vista a incidência do duplo grau de jurisdição 
obrigatório; 
(D) o órgão fracionário do tribunal, concluindo pela constitucionalidade da lei municipal, 
deverá prosseguir no julgamento do processo, sem suscitar o incidente de arguição de 
inconstitucionalidade ao plenário ou ao órgão especial; 
(E) o autor, após o trânsito em julgado da sentença concessiva da ordem, poderá 
requerer o seu cumprimento, tendo por objeto as parcelas de gratificação vencidas 
antes do ajuizamento da ação, desde que observado o prazo da prescrição quinquenal. 
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
 
 
25 
(A) INCORRETA. A cláusula de reserva de plenário apenas se aplica aos tribunais, nos 
termos do art. 97 da Constituição Federal. 
Art. 97 CF/1988 - Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos 
membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. 
(B) INCORRETA. Art. 14, § 2º, Lei 12.016/2009 - Estende-se à autoridade coatora o 
direito de recorrer. 
(C) INCORRETA. Art. 14, § 2º, Lei 12.016/2009 - Estende-se à autoridade coatora o 
direito de recorrer. 
(D) CORRETA. A cláusula de reserva de plenário apenas se aplica em caso de declaração 
de INCONSTITUCIONALIDADE, nos termos do art. 97 da Constituição Federal. 
Art. 97 CF/1988 - Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos 
membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. 
(E) INCORRETA. Súmula 271 STF - Concessão de mandado de segurança não produz 
efeitos patrimoniais em relação a período pretérito, os quais devem ser reclamados 
administrativamente ou pela via judicial própria. 
 
13. Sobre citação, é correto afirmar que: 
(A) será feita preferencialmente por meio eletrônico, no prazo de até dois dias úteis, 
contado da decisão que a determinar, por meio dos endereços eletrônicos indicados 
pelo citando no banco de dados do Poder Judiciário, conforme regulamento do Conselho 
Nacional de Justiça; 
(B) a citação por edital pressupõe que o oficial de justiça tenha comparecido por duas 
vezes ao domicílio do citando sem encontrá-lo, havendo fundada suspeita de ocultação 
do citando; 
(C) nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, não será 
válida a entrega do mandado a funcionário da portaria responsável pelo recebimento 
de correspondência; 
(D) o citando deve confirmar a citação eletrônica no prazo de até três dias úteis, contado 
do recebimento da citação eletrônica, sob pena de ser dado por citado; 
(E) para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado, 
inclusive na hipótese de improcedência liminar do pedido. 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
 
 
26 
(A) CORRETA. Art. 246 CPC/2015 - A citação será feita preferencialmente por meio 
eletrônico, no prazo de até 2 (dois) dias úteis, contado da decisão que a determinar, 
por meio dos endereços eletrônicos indicados pelo citando no banco de dados do 
Poder Judiciário, conforme regulamento do Conselho Nacional de Justiça. 
(B) INCORRETA. A alternativa retrata a citação por hora certa e não a citação por edital, 
nos termos do art. 252 do CPC/2015. 
Art. 252 CPC/2015 - Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o 
citando em seu domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de 
ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, 
no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar. 
(C) INCORRETA. Art. 252, Parágrafo único, CPC/2015 - Nos condomínios edilícios ou nos 
loteamentos com controle de acesso, será válida a intimação a que se refere o caput 
feita a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência. 
(D) INCORRETA. Art. 246, § 1º-A, CPC/2015 - A ausência de confirmação, em até 3 (três) 
dias úteis, contados do recebimento da citação eletrônica, implicará a realização da 
citação: (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021) 
I - pelo correio; (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021) 
II - por oficial de justiça; (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021) 
III - pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório; (Incluído 
pela Lei nº 14.195, de 2021) 
IV - por edital. 
(E) INCORRETA. Art. 332 CPC/2015 - Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, 
independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido 
que contrariar: 
 
 
14. Tendo sido desclassificada em uma determinada licitação, a sociedade empresária 
Alfa, reputando ilegal tal desfecho, ajuizou ação pelo rito comum, pleiteando a anulação 
do ato administrativo que importou na sua desclassificação no certame e, também, do 
ato que adjudicara o objeto da licitação à empresa Beta. 
Apreciando a petição inicial, o juiz da causa procedeu ao juízo positivo de 
admissibilidade da ação e, também,deferiu a tutela provisória requerida, determinando 
a suspensão tanto do ato adjudicatório quanto a do ato que havia desclassificado a 
demandante no procedimento licitatório. 
Após a vinda aos autos da contestação da pessoa jurídica de direito público a que estava 
vinculada a autoridade que presidiu o procedimento administrativo, duas outras peças 
processuais foram protocolizadas: a primeira, da própria autora, consubstanciada numa 
emenda à sua inicial, a fim de incluir no polo passivo do feito a sociedade empresária 
Beta, que se sagrara vitoriosa na licitação; e a outra, da empresa Gama, que, afirmando 
 
27 
que também havia sido ilegalmente desclassificada na mesma licitação, postulou o seu 
ingresso no polo ativo no feito, além da extensão, em seu favor, dos efeitos da medida 
liminar originalmente concedida à autora. 
Nesse cenário, deverá o juiz: 
(A) receber a emenda, deferindo a inclusão da empresa Beta no polo passivo do 
processo, além de deferir o ingresso da empresa Gama em seu polo ativo; 
(B) receber a emenda, deferindo a inclusão da empresa Beta no polo passivo do 
processo, mas indeferir o ingresso da empresa Gama em seu polo ativo; 
(C) deixar de receber a emenda, indeferindo a inclusão da empresa Beta no polo passivo 
do processo, além de indeferir o ingresso da empresa Gama em seu polo ativo; 
(D) deixar de receber a emenda, indeferindo a inclusão da empresa Beta no polo passivo 
do processo, mas deferir o ingresso da empresa Gama em seu polo ativo; 
(E) receber a emenda, deferindo a inclusão da empresa Beta no polo passivo do 
processo, além de deferir o ingresso da empresa Gama em seu polo ativo, desde que a 
parte ré manifeste concordância num e noutro sentido. 
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIO 
 
COMUM A TODAS AS ASSERTIVAS – Não é possível o ingresso da sociedade Gama no 
polo ativo, tendo em vista que é vedado pela jurisprudência dos tribunais superiores o 
litisconsórcio facultativo posterior por violar o princípio do juiz natural, tendo em vista 
que o litisconsorte estaria escolhendo o juízo que iria analisar o seu pedido. Contudo, 
com relação a sociedade Beta é discutível o seu ingresso posterior a contestação, tendo 
em vista o teor do art. 329 do CPC/2015 que trata sobre a estabilização da demanda, 
prevê que após a citação o autor só poderá aditar o pedido com a concordância do réu, 
o que não é retratado na questão. Ainda que a jurisprudência do STJ “admita, 
excepcionalmente, a emenda da inicial após oferecimento da contestação, quando tal 
diligência não ensejar a modificação do pedido ou da causa de pedir” (STJ - AgInt no 
AREsp: 1673739 SP 2020/0055269-4, Relator: Ministro Marco Aurélio Bellizze, Data de 
Julgamento: 19/10/2020, – 3ª Turma, Data de Publicação: DJe 26/10/2020), no caso 
retratado na questão haverá alteração do pedido ou da causa de pedir para incluir a 
empresa Beta como parte que será influenciada pela decisão objeto da lide. 
Questão passível de recurso. Gabarito correto letra C. 
 
 
28 
 
 
DIREITO CIVIL 
 
15. Silmara e Edson são bastante rigorosos na disciplina de seu filho, Bruno, de 16 anos. 
Em razão da inflexibilidade dos pais, o jovem Bruno consulta um advogado para saber, 
dentre as medidas descritas abaixo, qual delas, se tomada por seus pais, viola uma 
norma jurídica: 
(A) negar consentimento para ele se casar; 
(B) exigir que lhes preste obediência, respeito e serviços próprios de sua idade e 
condição; 
(C) nomear um tutor por testamento conjuntivo para o caso de ambos morrerem; 
(D) assisti-lo nos atos em que for parte, suprindo-lhe o consentimento; 
(E) negar consentimento para que ele mude sua residência permanente para outro 
Município. 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
 
O assunto da questão foi abordado no material da turma de reta final (Rodada 10). 
 
(A) INCORRETA. 
CC/02: 
“Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o 
pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos: (Redação dada 
pela Lei nº 13.058, de 2014); 
(...) 
III - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem; (Redação dada pela Lei 
nº 13.058, de 2014) 
(...)” 
(B) INCORRETA. 
CC/02: “Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, 
o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos: (Redação dada 
pela Lei nº 13.058, de 2014); 
(...) 
IX - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e 
condição. (Incluído pela Lei nº 13.058, de 2014)” 
(C) CORRETA. 
 
29 
CC/02: “Art. 1.863. É proibido o testamento conjuntivo, seja simultâneo, recíproco ou 
correspectivo;” 
(D) INCORRETA. 
CC/02: 
“Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o 
pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos: (Redação dada 
pela Lei nº 13.058, de 2014); 
(...) 
VII - representá-los judicial e extrajudicialmente até os 16 (dezesseis) anos, nos atos da 
vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o 
consentimento; (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014) 
(...)” 
(E) INCORRETA. 
CC/02: 
“Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o 
pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos: (Redação dada 
pela Lei nº 13.058, de 2014); 
(...) 
V - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para mudarem sua residência 
permanente para outro Município; (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014) 
(...)”. 
 
16. Jussara e Evandro casaram-se civilmente sob o regime da comunhão parcial de bens. 
Na constância da união, o casal recebeu de herança da mãe de Evandro uma casa de 
praia no Rio de Janeiro, Jussara comprou um automóvel, Evandro ganhou um prêmio no 
sorteio do clube e Jussara recebeu em doação de suas amigas um jet ski. 
Caso ocorra o divórcio, será objeto de partilha somente: 
(A) a casa de praia, o automóvel e o prêmio do sorteio; 
(B) a casa de praia, o automóvel e o jet ski; 
(C) a casa de praia e o jet ski; 
(D) o automóvel e o prêmio do sorteio; 
(E) o automóvel. 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
 
O assunto da questão foi abordado no material da turma de reta final (Rodada 10). 
 
(A) CORRETA. 
 
30 
 
CC/02: 
 
“Art. 1.660. Entram na comunhão: 
 
I - os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em 
nome de um dos cônjuges; 
II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa 
anterior; 
III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges; 
(...)” 
(B) INCORRETA. 
Vide comentários da assertiva “A”. 
(C) INCORRETA. 
Vide comentários da assertiva “A”. 
(D) INCORRETA. 
Vide comentários da assertiva “A”. 
(E) INCORRETA. 
Vide comentários da assertiva “A”. 
 
17. Ansioso por se desfazer do grande estoque de soja que acumulou e que se arriscava 
a estragar, o fazendeiro Renato celebrou cinco distintos contratos, cada um tendo por 
objeto a venda de uma tonelada de soja. Em cada um deles, a determinação do preço 
foi avençada de forma distinta. 
Dos cinco contratos, é nula a compra e venda em que: 
(A) se convencionou que o preço será fixado equitativamente por terceiro, desde logo 
designado pelas partes; 
(B) se vinculou a determinação do preço à cotação da soja em bolsa, em certo local e 
data; 
(C) se deixou ao arbítrio do comprador a fixação do preço, a ser comunicado até dez dias 
antes da entrega; 
(D) não se fixou preço, mas aquele comprador habitualmente comprava de Renato 
sempre pelo mesmo preço; 
(E) o preço era objeto de tabelamento oficial, não estando à disposição das partes 
convencioná-lo. 
 
RESPOSTA: C 
 
 
 
31 
COMENTÁRIOS 
 
O assunto da questão foi abordado no material da turma de reta final (Rodada 05). 
 
(A) INCORRETA. 
CC/02: 
““Art. 485. A fixação do preço pode ser deixadaao arbítrio de terceiro, que os 
contratantes logo designarem ou prometerem designar. Se o terceiro não aceitar a 
incumbência, ficará sem efeito o contrato, salvo quando acordarem os contratantes 
designar outra pessoa”. 
(B) INCORRETA. 
CC/02: 
“Art. 486. Também se poderá deixar a fixação do preço à taxa de mercado ou de bolsa, 
em certo e determinado dia e lugar”. 
(C) CORRETA. 
CC/02: 
“Art. 489. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de 
uma das partes a fixação do preço”. 
(D) INCORRETA. 
CC/02: 
“Art. 488. Convencionada a venda sem fixação de preço ou de critérios para a sua 
determinação, se não houver tabelamento oficial, entende-se que as partes se 
sujeitaram ao preço corrente nas vendas habituais do vendedor. 
Parágrafo único. Na falta de acordo, por ter havido diversidade de preço, prevalecerá o 
termo médio.”. 
(E) INCORRETA. 
CC/02: 
“Art. 487. É lícito às partes fixar o preço em função de índices ou parâmetros, desde que 
suscetíveis de objetiva determinação.”. 
 
 
18. Enquanto andava pela calçada, Asdrúbal foi atingido por um brinquedo, jogado por 
alguém que estava no segundo andar da casa em frente da qual passava. Sem saber 
quem arremessou o objeto, conseguiu descobrir que no imóvel reside Renata, que há 
mais de um ano aluga a casa de seu proprietário, Roberval. 
A responsabilidade pelos danos sofridos por Asdrúbal é de: 
(A) Renata, exclusivamente; 
(B) Roberval, exclusivamente; 
 
32 
(C) Renata e, subsidiariamente, Roberval; 
(D) Roberval e, subsidiariamente, Renata; 
(E) Roberval e Renata, solidariamente. 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
 
O assunto da questão foi abordado no material da turma de reta final (Rodada 05). 
 
(A) CORRETA. 
CC/02: 
“Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das 
coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.”. 
(B) INCORRETA. 
Vide comentário da assertiva “A”. 
(C) INCORRETA. 
Vide comentário da assertiva “A”. 
(D) INCORRETA. 
Vide comentário da assertiva “A”. 
(E) INCORRETA. 
Vide comentário da assertiva “A”. 
 
19. A sociedade X está sendo cobrada pela sociedade Y por uma dívida não paga de cem 
mil reais. Entretanto, X e Y têm um longo relacionamento, com vários outros contratos, 
de modo que X pretende, por meio de alegação de compensação, descontar do valor 
devido outras obrigações que Y lhe deve. Mais especificamente, Y deve: entregar a X 
uma máquina avaliada em cinquenta mil reais, há mais de um mês atrasada; pagar a X 
vinte e cinco mil reais, dívida que se vencerá mês que vem; pagar a uma subsidiária 
integral da X o valor de doze mil reais, dívida que se venceu ontem. 
Feitos os descontos cabíveis, a sociedade X deve pagar à sociedade Y: 
(A) cem mil reais; 
(B) oitenta e oito mil reais; 
(C) setenta e cinco mil reais; 
(D) sessenta e três mil reais; 
(E) cinquenta mil reais. 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
O assunto da questão foi abordado no material da turma de reta final (Rodada 02). 
 
33 
 
(A) CORRETA. 
CC/02: 
“Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas fungíveis. 
Art. 370. Embora sejam do mesmo gênero as coisas fungíveis, objeto das duas 
prestações, não se compensarão, verificando-se que diferem na qualidade, quando 
especificada no contrato. 
Art. 371. O devedor somente pode compensar com o credor o que este lhe dever; mas o 
fiador pode compensar sua dívida com a de seu credor ao afiançado”. 
Note que a compensação legal é cabível apenas entre os mesmos credores e envolvendo 
dívidas fungíveis, vencidas e líquidas. Logo, não cabe a compensação, uma vez que a 
dívida da máquina não é fungível com a dívida de cem mil reais. No mais, a dívida de 
vinte e cinco mil reais é vincenda e a dívida de doze mil é perante outra pessoa. 
(B) Vide comentário da assertiva “A”. 
(C) Vide comentário da assertiva “A”. 
(D) Vide comentário da assertiva “A”. 
(E) Vide comentário da assertiva “A”. 
 
20. Vinícius comprou de Rejane um apartamento em um condomínio edilício, mas 
depois da imissão na posse e transcrição no registro veio a descobrir que a antiga 
proprietária deixou inadimplidas obrigações antigas relativas à taxa condominial, as 
quais o condomínio está agora exigindo de Vinícius. 
Sobre o caso, é correto afirmar que Vinícius: 
(A) não é responsável pelo adimplemento dessas obrigações, que são de 
responsabilidade do proprietário ao tempo de seu vencimento, cabendo ao condomínio 
exigi-las diretamente de Rejane; 
(B) é responsável pelo adimplemento dessas obrigações, mas não pode o próprio 
apartamento ser penhorado em caso de inadimplemento, nem tem direito de regresso 
em face de Rejane; 
(C) é responsável pelo adimplemento dessas obrigações, mas não pode o próprio 
apartamento ser penhorado em caso de inadimplemento, e ele tem direito de regresso 
em face de Rejane; 
(D) é responsável pelo adimplemento dessas obrigações, podendo inclusive ter o 
próprio apartamento penhorado em caso de inadimplemento, mas tem direito de 
regresso em face de Rejane; 
(E) é responsável pelo adimplemento dessas obrigações, podendo inclusive ter o próprio 
apartamento penhorado em caso de inadimplemento, e não tem direito de regresso em 
face de Rejane. 
 
34 
RESPOSTA: D 
 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. 
Vide comentário da assertiva “D”. 
(B) INCORRETA. 
Vide comentário da assertiva “D”. 
(C) INCORRETA. 
Vide comentário da assertiva “D”. 
(D) CORRETA. 
É assente nesta Corte que, em razão da natureza propter rem dos encargos 
condominiais, a obrigação de seu pagamento alcança os novos titulares do imóvel, sem 
prejuízo, evidentemente, de eventual ação regressiva” (AgInt no AREsp 1.015.212/RJ, 
Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, DJe de 02/08/2018). 
 
A jurisprudência do STJ é assente no sentido de que por ser a dívida condominial 
obrigação propter rem, pode ser demandada de quem exerce a relação jurídica de 
direito material com a coisa, salvaguardado o eventual direito de regresso. Precedentes. 
4. Agravo interno acolhido para, de plano, negar provimento ao recurso especial da 
embargante. 
(AgInt nos EDcl no REsp n. 1.809.195/SP, relator Ministro Marco Buzzi, Quarta Turma, 
julgado em 26/10/2021, DJe de 16/3/2022.) 
(E) INCORRETA. 
Vide comentário da assertiva “D”. 
_______________________________________________________________________ 
 
21. Enquanto estava fora do Brasil, Artur permitiu que Dulcineia ocupasse sua casa de 
veraneio. Quando retornou, descobriu que ela realizou uma obra que removeu uma 
coluna que, desnecessária à sustentação, ocupava uma parte da garagem e, agora 
liberada, permite o estacionamento de mais um automóvel. 
Diante disso, Dulcineia: 
(A) não tem qualquer direito em face de Artur; 
(B) tem direito ao ressarcimento do valor da obra, se estava de boa-fé, sem a faculdade 
de reter o imóvel até seu pagamento; 
(C) tem direito ao ressarcimento do valor da obra, independentemente de estar de boa-
fé ou má-fé, sem a faculdade de reter o imóvel até seu pagamento; 
(D) tem direito ao ressarcimento do valor da obra, com a faculdade de reter o imóvel 
até o seu pagamento, se estava de boa-fé; 
 
35 
(E) tem direito ao ressarcimento do valor da obra, com a faculdade de reter o imóvel até 
o seu pagamento, independentemente de estar de boa-fé ou má-fé. 
RESPOSTA: D 
 
COMENTÁRIOS 
 
O assunto da questão foi abordado no material da turma de reta final (Rodada 04) e em 
questão de nossos simulados. 
 
(A) INCORRETA. 
Vide comentário da assertiva “D”. 
(B) INCORRETA. 
Vide comentário da assertiva “D”. 
(C) INCORRETA. 
Vide comentário da assertiva “D”. 
(D) CORRETA. 
CC/02: 
“Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias 
e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, 
quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direitode retenção pelo 
valor das benfeitorias necessárias e úteis. 
Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; 
não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as 
voluptuárias.”. 
O possuidor que introduz benfeitorias possui, nos termos dos arts. 1.219 e 1.220 do 
CC/02, o direito de levantar as benfeitorias ou de ser indenizado, conforme sua natureza 
e de acordo a presença ou não de boa-fé. No mais, eventualmente, terá o direito de 
reter o bem principal até que o valor correspondente às vantagens que a ele foram 
acrescidas e não podem ser levantadas lhe seja restituído. 
(E) INCORRETA. 
Vide comentário da assertiva “D”. 
 
22. Genésio, casado com Hermenegilda pelo regime da comunhão parcial de bens, com 
quem teve dois filhos, Hugo e José Carlos, faleceu no início deste mês, tendo deixado 
bens particulares. Quando de sua morte, deixou vivos, além da esposa e de Hugo, seu 
pai, Heráclito, seu irmão, Alcebíades, e dois netos, Luiz e Paula. Seus dois netos são filhos 
de José Carlos, falecido no ano passado. Hermenegilda teve um filho antes de conhecer 
Genésio, chamado Artur. 
Considerando que Genésio não deixou testamento, sobre a sua sucessão, é correto 
afirmar que: 
 
36 
(A) Alcebíades teria direito à herança se tanto Hugo como Luiz, Paula e Hermenegilda 
fossem pré-mortos; 
(B) Luiz e Paula não herdam, porque estando Hugo em grau mais próximo entre os 
descendentes, ele os exclui da herança; 
(C) Heráclito herdaria se Genésio não tivesse deixado descendentes vivos; 
(D) se Hermenegilda tivesse morrido antes de Genésio, Artur poderia pretender parte 
na herança dele; 
(E) Hermenegilda, Hugo, Luiz e Paula fazem jus a quinhões iguais da herança. 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
O assunto da questão foi abordado no material da turma de reta final (Rodada 10). 
 
(A) INCORRETA. 
Vide comentário da assertiva “C”. 
(B) INCORRETA. 
Vide comentário da assertiva “C”. 
(C) CORRETA. 
CC/02: 
“Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: 
I – aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este 
com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de 
bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da 
herança não houver deixado bens particulares”. 
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; 
(...)” 
“Art. 1.833. Entre os descendentes, os em grau mais próximo excluem os mais remotos, 
salvo o direito de representação” 
“Art. 1.835. Na linha descendente, os filhos sucedem por cabeça, e os outros 
descendentes, por cabeça ou por estirpe, conforme se achem ou não no mesmo grau”. 
“Art. 1.852. O direito de representação dá-se na linha reta descendente, mas nunca na 
ascendente.” 
“Art. 1.854. Os representantes só podem herdar, como tais, o que herdaria o 
representado, se vivo fosse.” 
“Art. 1.855. O quinhão do representado partir-se-á por igual entre os representantes.” 
(D) INCORRETA. 
Vide comentário da assertiva “C”. 
 
37 
(E) INCORRETA. 
Vide comentário da assertiva “C”. 
 
23. Dr. Romeu foi contratado em junho de 2012 por Gilda para a propositura e o 
acompanhamento de uma ação de reparação civil em face da Transportadora Iota, mas 
o contrato continha cláusula quota litis, isto é, o pagamento dos honorários estava 
subordinado ao êxito de Gilda na ação. A ação foi ajuizada em junho de 2013, mas em 
junho de 2014 Gilda revogou o mandato outorgado ao Dr. Romeu e nomeou a Dra. 
Julieta em seu lugar. Em junho de 2016, Gilda obteve êxito no processo. 
Ciente de que o prazo prescricional para a cobrança dos honorários advocatícios é de 
cinco anos, a eventual pretensão de Romeu à cobrança dos honorários advocatícios em 
face de Gilda prescreveu em junho de: 
(A) 2017; 
(B) 2018; 
(C) 2019; 
(D) 2020; 
(E) 2021. 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
O assunto da questão foi abordado no material da turma de reta final (Rodada 02). 
 
(A) INCORRETA. 
Vide comentário da assertiva “E”. 
(B) INCORRETA. 
Vide comentário da assertiva “E”. 
(C) INCORRETA. 
Vide comentário da assertiva “E”. 
(D) INCORRETA. 
Vide comentário da assertiva “E”. 
(E) CORRETA. 
CC/02: 
“Art. 206 Prescreve: 
§ 5º Em cinco anos: 
 
38 
II – a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e 
professores pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da 
cessação dos respectivos contratos ou mandato.” 
“Art. 199. Não corre igualmente a prescrição: 
I – pendendo condição suspensiva”. 
Sublinhe-se que o termo inicial da prescrição aí será a data em que o crédito se tornou 
exigível, qual seja o êxito no processo (junho de 2016). Por conseguinte, a prescrição 
quinquenal consuma-se em 2021. 
 
 
24. Geraldo, pai de Mévio, seu primogênito, deseja vender a ele um de seus 
apartamentos em Florianópolis. No entanto, ambos sabem que os filhos de Geraldo de 
seu outro casamento, Caio e Tício, jamais concordariam. Sendo assim, Geraldo pediu a 
seu amigo Júlio que recebesse o apartamento em doação para, após um tempo, vendê-
lo a Mévio, pois entre eles não há impedimento. 
Nesse caso, ocorreu: 
(A) fraude contra credores; 
(B) simulação; 
(C) dolo; 
(D) lesão; 
(E) erro. 
 
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIOS 
O assunto da questão foi abordado no material da turma de reta final (Rodada 02). 
 
(A) INCORRETA. 
CC/02: 
“Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os 
praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o 
ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus 
direitos”. 
(B) CORRETA. 
CC/02: 
“Art. 167. § 1º Haverá simulação nos negócios jurídicos quando: 
I – aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais 
realmente se conferem, ou transmitem”. 
 
39 
(C) INCORRETA. 
O dolo pode ser conceituado como o artifício ardiloso empregado para enganar alguém, 
com intuito de benefício próprio (F.Tartuce). 
(D) INCORRETA. 
CC/02: 
“Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por 
inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da 
prestação oposta”. 
(E) INCORRETA. 
O erro é um engano fático, uma falsa noção, em relação a uma pessoa, ao objeto do 
negócio ou a um direito, que acomete a vontade de uma das partes que celebrou o 
negócio jurídico (F.Tartuce). 
 
25. A oficina Borrachex alugou uma prensa hidráulica usada de um ferro-velho local por 
um ano para utilizar em sua atividade empresarial. Ficou tão satisfeita com a máquina 
que resolveu comprá-la, tendo o ferro-velho, no âmbito do contrato de compra e venda, 
lhe dado garantia convencional contra eventuais defeitos pelo prazo de vinte dias. 
Sobre o prazo de garantia contra vícios redibitórios, nesse caso, é correto afirmar que: 
(A) a partir da aquisição começa a correr o prazo convencional de garantia, findo o qual 
começará a correr o prazo legal por inteiro; 
(B) a partir da imissão na posse do bem se iniciou o prazo legal de garantia, que se 
sobrepõe ao prazo convencional, já que superior ao disposto no contrato; 
(C) a partir da aquisição começa a correr o prazo legal de garantia, que se sobrepõe ao 
prazo convencional, já que superior ao disposto no contrato; 
(D) a partir da imissão na posse do bem se iniciou o prazo convencional de garantia, 
findo o qual começará a correr o prazo legal por inteiro; 
(E) a partir da aquisição começa a correr o prazo convencional de garantia, findo o qual 
começará a correr o prazo legal, reduzido à metade por já estar a oficina na posse do 
bem. 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
O assunto da questão foi abordado no material da turma de reta final (Rodada 05). 
 
(A) INCORRETA. 
Vide comentário da assertiva “E”. 
(B) INCORRETA. 
Vide comentário da assertiva “E”. 
 
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