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RESENHA CRÍTICA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO SÉCULO XXI DE ONDE VIEMOS E PARA ONDE VAMOS

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AUGUSTO FERREIRA DE MORAES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESENHA CRÍTICA: AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO SÉCULO XXI: DE ONDE 
VIEMOS E PARA ONDE VAMOS 
 
 
Trabalho apresentado como requisito parcial para 
aprovação na disciplina de Psicodiagnóstico I do 6° 
período do Curso Superior de Psicologia do Centro 
de Ensino Superior dos Campos Gerais. 
 
Professor (a): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PONTA GROSSA - PR 
2022 
 Foi a partir do Satepsi (Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos) que o 
Conselho Federal de Psicologia (CFP) iniciou a regulamentação da área de avaliação 
psicológica. Esse momento foi responsável por uma grande discussão entre os 
profissionais e a construção do consenso cientifico dos instrumentos utilizados por 
eles, além dos avanços no quesito de qualidade e ampliação dos números dos 
instrumentos comercializados. Dessa forma, o Satepsi teve grande importância no 
aprimoramento da psicologia como área de conhecimento e estudo, e também foi 
responsável por indicar a importância da avaliação psicológica para a ampliação do 
trabalho do psicólogo, para além do atendimento individual. O Satepsi surgiu como 
uma reação a infrações do código de ética no que se refere à avaliação psicológica, 
com isso, o CFP criou o sistema de avaliação da qualidade dos instrumentos a partir 
de critérios científicos definidos pela área. 
 A avaliação psicológica é um método sistemático para obtenção de 
informações sobre o perfil comportamental de uma pessoa, esses são utilizados, 
principalmente, para inferir características psicológicas. Pode ser utilizado, por 
exemplo, em processos seletivos para um determinado trabalho. Na clínica, faz-se um 
entendimento aprofundado sobre a queixa do cliente para construir uma possível 
resolução do problema e/ou redução do seu sofrimento psíquico. Além disso, 
avaliação psicológica busca fazer interferências a respeito de um construto 
(inteligência, personalidade, etc.). Dessa forma, a prática dela requer um 
conhecimento especializado sobre as teorias psicológicas que darão fundamento a 
esse constructo, e também, que seja precedida por um profissional graduado em 
Psicologia, conforme regulamentada por Lei em 1962, que também enfatiza o uso 
exclusivo por esses profissionais dos instrumentos psicológicos. 
 Quanto ao uso privativo de testes psicológicos, existem duas posições do 
profissional de psicologia, aquele que defende que o uso deve ser totalmente 
exclusivo para aqueles especializados, onde situam-se a maior parcela dos 
profissionais, e o outro lado, que defende uma abertura relativa, ou seja, que alguns 
profissionais de outras áreas também possam utilizar alguns testes (médicos, 
educadores, etc.). O primeiro grupo defende que é necessário um conhecimento 
especializado para aplicação de testes, já o segundo tem a retórica de que, se um 
profissional de outra área (psiquiatria, por exemplo), tiver o conhecimento necessário, 
ele também poderia utilizar. Isso já é uma realidade com a fonoaudiologia, com o 
instrumento Neupsilin. A Lei federal de 1962 afirma que a restrição aos psicólogos 
existe somente quando o instrumento for usado para uma das quatro finalidades (em 
psicodiagnóstico, Psicologia clínica, orientação psicoeducacional, seleção e 
orientação profissional). Dessa forma, fica evidente que já existe uma abertura relativa 
do uso de testes psicológicos. 
 O fato é que não significa que outras pessoas fariam o papel do psicólogo, 
executando sua função. Elas se ocupariam de situações onde as ferramentas da 
Psicologia são uteis para diversos objetivos de outras áreas. A Lei reforça a 
necessidade da participação e consultoria do psicólogo para interpretar os resultados. 
 Existem algumas testagens psicológicas que não utilizam testes, mas são feitas 
digitalmente, por meio das redes sociais. Um exemplo disso é no Facebook: é possível 
mapear algumas características de personalidade de determinado grupo a partir dos 
likes e publicações dessas pessoas. Se utilizado de forma errada, essa coleção de 
dados pode ser utilizada para fazer marketing específico e com mais influência para 
determinados grupos. Um exemplo disso é uma teoria de que as eleições de 2016 nos 
Estados Unidos foram manipuladas a partir de influência política, onde dados dos 
usuários foram coletados nas redes sociais. 
 A diferença em relação aos testes psicológicos tradicionais e esses outros, está 
nos indicadores e nas técnicas de agregação. Nos sistemas automatizados, os 
indicadores ou o comportamento digital, é armazenado constantemente pelo grande 
Mercado, gerando bancos de dados gigantescos, se tornando potencialmente dados 
ricos de indicadores de construtos psicológicos, e outros aspectos de comportamento 
como saúde, padrões de consumo, etc. Além disso, o método de agregação de dados 
também é diferente, no meio digital pode ser feito de forma automatizada e mais 
rápida. A captação de dados e construção de resultados podem ser feitos por meio de 
inteligência artificial, com base no aprendizado de maquinas. Isso gera diversas 
dúvidas, como: o que caracteriza a avaliação psicológica nesse cenário? 
 Fica evidente o crescimento da avaliação psicológica durante os anos, 
juntamente com as demandas de outras áreas do conhecimento que ressaltam a 
importância central das ferramentas psicológicas para toda uma sociedade, bem como 
a integração dos dados obtidos para compreender características dos indivíduos. 
 
Primi, Ricardo. Avaliação Psicológica no Século XXI: de Onde Viemos e para 
Onde Vamos. Psicologia: Ciência e Profissão [online]. 2018, v. 38, n. spe 
[Acessado 29 Agosto 2022] , pp. 87-97. Disponível em: 
<https://doi.org/10.1590/1982-3703000209814>. ISSN 1982-3703. 
https://doi.org/10.1590/1982-3703000209814.

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