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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO ENFERMAGEM 2012 POP ENFERMAGEM HGV 2012 2 APRESENTAÇÃO Atualmente estamos vivendo em um mercado extremamente competitivo as quais exigem qualidade e competência para que haja satisfação junto aos usuários, diante disso, o Procedimento Operacional Padrão (POP), é essencial para garantia da padronização de tarefas a ser realizadas com os pacientes. Estes garantem aos usuários uma assistência de enfermagem de qualidade, pois permite ao corpo de enfermagem sistematizar suas ações e seguir uma rotina padronizada, a ser realizada em todas as clínicas de internação e serviço. O POP é a descrição sistematizada e padronizada de uma atividade técnica- assistencial, com o intuito de garantir/atingir o resultado esperado por ocasião de sua realização, livre de variações indesejáveis. O Procedimento Operacional Padrão (POP), descreve cada passo crítico e seqüencial. Um POP se diferencia de uma rotina convencional, pois deve apresentar uma estrutura mínima, composta por: definição, objetivo, material utilizado, procedimento técnico, recomendações, responsabilidade e referências. Constitui um dos elementos do manual de gerenciamento de enfermagem, por conter normas e procedimentos técnicos e administrativos estabelecidos para a execução das ações de saúde, bem como outras informações significativas para o adequado, eficiente e eficaz desenvolvimento do trabalho. Assim, o procedimento Operacional Padrão é uma ferramenta de gestão da qualidade que busca a excelência na prestação do serviço, procurando minimizar os erros nas ações rotineiras, de forma dinâmica, passível de evolução que busca profundas transformações culturais na instituição, nos aspectos técnico e político-institucionais. Em 2012, é lançado, a primeira edição do Manual de Procedimentos Operacionais (POP) de Enfermagem, aqui apresentado um trabalho elaborado por enfermeiras e organizado pela Gerência de enfermagem do Hospital Getúlio Vargas e terá validade por um período de 02 anos. Francisca Cecília Viana Rocha Mestre em Enfermagem – UFPI Gerente de Enfermagem - HGV POP ENFERMAGEM HGV 2012 3 AGRADECIMENTOS “Um sonho sonhado sozinho é um sonho. Um sonho sonhado junto é realidade”. Raul Seixas Esse material não teria sido possível sem a colaboração valiosa de várias enfermeiras que se tornaram co-autores desse Manual. Vale ressaltar o fundamental e indispensável apoio técnico e dedicação da Gerência de Enfermagem, que tornaram possível a elaboração deste com abordagem técnica, mas também com muito fundamento prático. POP ENFERMAGEM HGV 2012 4 Coordenação Enfermeira Mestre Francisca Cecília Viana Rocha Gerente de Enfermagem Coordenação Técnica de Elaboração do Manual Enfermeira Mestre Francisca Cecília Viana Rocha Enfermeira Mestre Maria Zélia de Araújo Madeira Enfermeira Mestre Nirvania do Vale Carvalho Enfermeira Adriana de Andrade Bastos Enfermeira Maria da Consolação Queiroz Macedo Mendes Coordenação de Revisão Técnica Enfermeira Mestre Francisca Cecília Viana Rocha Enfermeira Mestre Maria Zélia de Araújo Madeira Apoio: Enfermeiras, Acadêmicas de Enfermagem e Fisioterapeuta que elaboraram e revisaram os POP’s Adriana de Andrade Bastos Celeste Maria do Nascimento Silva Cecília Passos Vaz da Costa (UFPI) Danielle Pereira Dourado Eliracema Silva Alves Francisca Cecília Viana Rocha Francina Lopes Amorim Neta Helena Cristina Batista Moreira Bezerra Heronilda de Araújo Silva Ivonizete Pires Ribeiro José Dílson Marques Filho (Fisioterapeuta) Luiza Pereira da Silva Luzirene da Silva Santos Marcelo Araújo Benicio Maria da Consolação Queiroz Macedo Mendes Maria de Jesus Soares Brandão Ribeiro Maria do Amparo da Silva Bida Mesquita Maria do Socorro Oliveira Guimarães Maria Zélia de Araújo Madeira Nirvania do Vale Carvalho Paula Cristina Santos Samara Barbosa Viana Paz Silvia Maria Oliveira de Deus Vieira Silvia Marques de Morais Simone Maria da Silva (Acadêmica de Enfermagem – FACID) “Tudo que um sonho precisa ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado”. Roberto Shinyashiki POP ENFERMAGEM HGV 2012 5 SUMÁRIO 0001 Admissão do paciente 7 0002 Administração de medicação vai intravenosa 9 0003 Administração de medicação via intramuscular 12 0004 Administração de medicação via subcutânea 16 0005 Administração de medicação via oral 18 0006 Administração de medicação via ocular 20 0007 Administração de medicação via nasal 22 0008 Administração de medicação via retal 24 0009 Administração de hemocomponentes 26 0010 Administração de insulina 28 0011 Administração de nutrição enteral (NE) 31 0012 Administração de nutrição parentral total (NTP) 33 0013 Aerosolterapia 35 0014 Anotações de enfermagem 37 0015 Alta do paciente 40 0016 Aspiração das vias aéreas superiores 41 0017 Aspiração traqueal de pacientes intubados e traqueostomizados com sistema aberto 43 0018 Avaliação pupilar 46 0019 Baciloscopia de escarro ou coleta de amostra de escarro para BK 48 0020 Banho no leito 50 0021 Cateterismo vesical de alivio 53 0022 Cateterismo vesical de demora (feminino) 56 0023 Cateterismo vesical de demora (masculino) 59 0024 Curativo de ferida cirúrgica limpa 62 0025 Curativo de ferida aberta 64 0026 Curativo do Cateter Venoso Central-CVC 66 0027 Curativo para retirada de Cateter Venoso Central-CVC 68 0028 Curativo para retirada de Cateter Venoso Central-CVC com infecção 70 0029 Colocação de dispositivo urinário 72 0030 Encaminhamento de paciente para o centro cirúrgico 74 0031 Gavagem 76 0032 Glicemia Capilar Periférica 78 0033 Higiene Oral 80 0034 Higienização das mãos 82 0035 Lavagem intestinal 84 0036 Lavagem vesical 87 0037 Monitorização cardíaca 89 0038 Monitorização da Saturação de oxigênio 91 0039 Mudança de decúbito 93 0040 Oxigenoterapia 96 0041 Preparo do paciente no pré-operatório 101 0042 Preparo do leito na Unidade de Terapia Intensiva 103 0043 Preparo do corpo após a morte 105 0044 Preparo da unidade (leito) do paciente 108 0045 Preparo de paciente para realizar exame de angiografia 110 0046 Preparo de paciente para cateterismo cardíaco 113 0047 Preparo de paciente para cintilografia miocárdica 115 POP ENFERMAGEM HGV 2012 6 0048 Preparo do material para Instalação de Cateter Venoso Central-CVC 118 0049 Pressão Venosa Central 120 0050 Reação de Mantoux ou prova tuberculínia ou PPD 122 0051 Realização de Eletrocardiograma 125 0052 Reanimação Cardiopulmonar – Suporte Básico de Vida 128 0053 Reanimação Cardiopulmonar – Suporte Avançado de Vida 130 0054 Sondagem Nasoentérica/Nasogástrica 133 0055 Soroterapia 137 0056 Transferência entre clínicas 140 0057 Verificação de Sinais Vitais 142 0058 Verificação de Medidas Antropométricas 147 POP ENFERMAGEM HGV 2012 7 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO – 2012 ADMISSÃO DO PACIENTE 1. Definição A admissão do paciente na unidade hospitalar ocorre quando há a necessidade de ocupar um leito hospitalar por 24 horas ou mais. Na unidade de internação o paciente é recebido por um profissional da unidade e encaminhado à enfermaria. Deve ser recebido com gentileza e cordialidade para aliviar suas apreensões e ansiedades. Geralmente,o paciente está preocupado com a sua saúde. 2. Objetivo Otimizar a admissão do paciente sistematizando o atendimento. Facilitar a adaptação do paciente ao ambiente hospitalar. Proporcionar conforto e segurança. 3. Material Utilizado Prontuário do paciente; Exames existentes anexados; Presença de um familiar ou responsável; Aparelho de pressão; Termômetro; Estetoscópio. 4. Procedimento Lavar as mãos; Certificar-se da identidade do paciente e acompanhá-lo até o leito já preparado; verificar se o prontuário está completo; Procedimento Operacional Padrão (POP) Codificação: GENF Nº 0001 Página n.º: 01/02 Admissão do paciente Edição/ Revisão: 1ª/01 Data de Emissão: 23/03/2012 Implantado: 26/03/2012 Valido: 02 anos Elaborado Por: Danielle Pereira Dourado Revisado por: Francisca Cecília Viana Rocha Validado Por: Francisca Cecília Viana Rocha (Gerente de Enfermagem) POP ENFERMAGEM HGV 2012 8 Apresentá-lo aos demais pacientes do seu quarto; Orientar sobre as normas e rotinas do hospital (horário de visita e repouso); Orientar o paciente em relação à localização das instalações sanitárias, horário das refeições, nome do médico e da enfermeira de plantão; Verificar SSVV e registrar no prontuário; Registrar o paciente no censo (livro de registro); Identificar o leito; Encaminhar a farmácia prescrição médica assinada e carimbada; Informar a dieta do paciente ao serviço de nutrição; Encaminhar o paciente para a realização dos exames solicitados; Comunicar o laboratório quanto aos exames de urgência; Realizar sistematização da assistência de enfermagem. 5. Responsabilidade Equipe de enfermagem. 6. Referências POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Fundamentos de enfermagem: conceitos, processo e prática. 6ed. Rio de Janeiro. Guanabara, Koogan, 2006. PRADO, M.L.; GELBECKE, F.L. Fundamentos de Enfermagem. 2. Ed. Florianópolis: Cidade Futura, 2002. POP ENFERMAGEM HGV 2012 9 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO VIA INTRAVENOSA 1. Definição Refere-se à administração de medicações, soluções contendo eletrólitos, nutrientes e hemoderivados diretamente na veia. 2. Objetivos Administrar medicamentos, especialmente substâncias irritantes que poderiam causar necrose tecidual se inoculados por outras vias. Administrar medicamento ou droga quando se quer ação imediata. Administrar medicamento ou droga quando se deseja ação lenta e contínua do medicamento e controle rigoroso da dose e/ou volume infundido. Administrar nutrição parental, sangue ou derivados. Infundir grandes quantidades de liquido. Restaurar ou manter o equilíbrio hidroeletrolítico. 3. Material Utilizado Seringa (5ml, 10ml, 20ml); Agulhas 40x 12; Equipo de soro S/N; Bureta S/N; Algodão com álcool a 70%; Sclap nº 21 ou 23, cateter periférico (Jelco nº 18, 20, 22); Polifix; Torneirinha; Ampola de diluente, frasco, ou bolsa com solução prescrita. 4. Procedimento Preparo e administração: utilize técnica asséptica rigorosa Lavar as mãos antes e após o preparo das medicações; Conferir a prescrição médica mais uma vez; Procedimento Operacional Padrão (POP) Codificação: GENF Nº 0002 Página n.º: 01/03 Administração de medicação via intravenosa Edição/ Revisão: 1ª/01 Data de Emissão: 23/03/2012 Implantado: 26/03/2012 Valido: 02 anos Elaborado Por: Marcelo Araújo Benicio Revisado por: Adriana de Andrade Bastos Validado Por: Francisca Cecília Viana Rocha (Gerente de Enfermagem) POP ENFERMAGEM HGV 2012 10 Remova o plástico protetor da bolsa ou frasco de solução; Faça a inspeção do frasco para observar possíveis partículas, alteração da cor, rachaduras ou vazamentos, e data da validade da solução; Prepare a etiqueta de identificação conforme prescrição. Anote a data, a hora e o nome de quem preparou. Ao colocar a etiqueta de identificação no frasco, lembre-se que ao pendurá-lo, este será invertido; Realize a desinfecção da ampola/frasco com álcool a 70%, abra a ampola ou frasco de medicamentos ou eletrólitos, aspire com seringa. Realize a desinfecção do injetor lateral, torneira ou frasco de soro com álcool a 70% e introduza a medicação aspirada no frasco da solução; Adapte o frasco ao equipo e instale no paciente, controlando o fluxo da infusão; Observe o paciente para sinais/sintomas de reações adversas ao medicamento ou solução; Cheque a medicação administrada no prontuário do paciente. 5. Recomendação Não administre medicações incompatíveis entre si, ou em soluções; Quando necessária administração simultânea de dois medicamentos injetáveis verifique se compatível. Caso contrário prepare cada um separadamente; Entre a administração do primeiro medicamento e do segundo, administre 10 a 20 ml de água destilada e somente em seguida administre o outro medicamento; Antes de administrar qualquer medicamento certifique-se que o mesmo se encontra em temperatura ambiente a fim de evitar hipotermia; Durante a reconstituição, diluição e administração do medicamento observe qualquer mudança de coloração e a formação de precipitados ou cristais. Caso ocorra um desses eventos, interrompa o processo e procure informação e notifique ao enfermeiro; Não realize a mistura de medicamentos na mesma seringa, a não ser se indicado na prescrição; Reconstitua e dilua o medicamento de preferência, imediatamente antes do uso. Caso necessite armazenar o medicamento após reconstituição e/ou diluição utilize etiqueta de identificação com as seguintes informações: nome do medicamento, responsável pela manipulação (nome do profissional e registro no COREN), data, hora e diluente); Antes de iniciar o preparo do medicamento leia atentamente a prescrição médica e confira o rótulo do fármaco com os da prescrição. Em caso de dúvida consulte o enfermeiro; Verifique na prescrição o tipo de diluente recomendado e a via de administração; Nunca colocar sobre a bancada de diluição mais de um produto de cada vez, evitando assim que ocorram erros e trocas de medicamentos; Não administre um medicamento previamente diluído sem ter certeza do prazo de validade e das informações referentes à sua diluição na etiqueta; Frascos sem rótulo ou rótulo ilegível devem ser devolvidos à farmácia; Sempre questione ordens ambíguas ou que julgue insegura para o paciente; Administre somente medicações que estejam prescritas pelo médico; Avalie o acesso venoso do paciente e o entendimento do paciente quanto à terapia prescrita (caso paciente orientado); Quando se está preparando uma solução e o paciente já está recebendo a mesma solução, o equipo só será trocado se o prazo de validade (48 horas) estiver vencendo ou se estiver sem identificação; Se um novo equipo for utilizado este deve ser rotulado com data,hora de instalação e nome do profissional que instalou. POP ENFERMAGEM HGV 2012 11 OBSERVAÇÔES: Verificar diariamente se há presença de flebite. Trocar diariamente o esparadrapo após o banho. 6. Responsabilidade Equipe de enfermagem. 7. Referências NERI,E.D.R.et al.Protocolos de prepare e administração de medicamentos: pulsoterapia e hospital dia. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, Hospital Water Cantidio, 2008. POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Fundamentos de enfermagem: conceitos, processo e prática. 6ed. Rio de Janeiro. Guanabara,Koogan, 2006. PRADO, M.L.; GELBECKE, F.L. Fundamentos de Enfermagem. 2. Ed. Florianópolis: Cidade Futura, 2002. POP ENFERMAGEM HGV 2012 12 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO VIA INTRAMUSCULAR 1. Definição Consiste na introdução de medicamento no tecido muscular. 2. Objetivos Proporcionar uma absorção mais rápida de medicamentos, devido a maior vascularização do músculo. Melhor administração de medicamentos irritantes e viscosos. 3. Material Utilizado Bandeja ou cuba rim; Seringa, conforme volume a ser injetado; Agulha (25x7 ou 30x8), comprimento /calibre compatível com a massa muscular e solubilidade do líquido a ser injetado; Algodão; Álcool 70%; Luvas de procedimento; Medicação prescrita. 4. Procedimento Ler a prescrição: Data, nome do paciente, medicação, dose, via de administração e o horário da medicação; Lavar as mãos; Separar a medicação prescrita; Preparar o medicamento conforme técnica; Levar a medicação preparada na bandeja ou cuba rim para perto do paciente, Procedimento Operacional Padrão (POP) Codificação: GENF Nº. 0003 Página n.º: 01/04 Administração de medicação via intramuscular Edição/ Revisão: 1ª/01 Data de Emissão: 23/03/2012 Implantado: 26/03/2012 Valido: 02 anos Elaborado Por: Nirvania do Vale Carvalho Revisado por: Francisca Cecília Viana Rocha Validado Por: Francisca Cecília Viana Rocha (Gerente de Enfermagem) POP ENFERMAGEM HGV 2012 13 colocando a bandeja sobre a mesinha de cabeceira; Orientar o paciente e seu acompanhante sobre o procedimento; Checar condições do músculo escolhido, para volume maior ou igual a 3ml; solução com veículo oleoso ou se for observada hipotrofia do deltóide, o músculo indicado é o glúteo. Medicações antiinflamatórias aplica na região glútea; Calçar luvas de procedimentos; Retirar o ar da seringa e agulha antes da aplicação; Fazer antissepsia da pele com algodão/álcool a 70%, mantendo o algodão entre o dedo mínimo e a mesma mão; Firmar o músculo, utilizando o dedo indicador e o polegar da mão dominante para segurar o corpo da seringa. Na região deltóide quatro dedos abaixo da região escapular e na região glútea no quadrante externo superior; Introduzir a agulha em ângulo adequado à escolha do músculo; Aspirar observando se atingiu algum vaso sanguíneo (caso aconteça, retirar agulha do local, desprezar todo material e reiniciar o procedimento); Injetar o líquido sem pressa; Retirar a seringa/agulha, comprimindo o local com algodão, observando presença de edema, hematoma ou sangramento no local; Deixar a unidade organizada; Assegurar-se que o paciente esteja confortável e seguro no leito (grades elevadas no caso de crianças); Desprezar o material perfuro-cortante em recipiente apropriado (caixa resíduo perfuro- cortante); Retirar a luva de procedimento; Lavar as mãos; Checar o procedimento na prescrição médica. 5. Recomendações Para aplicar com a agulha ideal, deve-se levar em consideração: o grupo etário, a condição física do cliente, solubilidade da droga a ser injetada e a patologia em questão (pacientes hematológicos e hepatopatas); Em crianças o músculo escolhido dependerá do peso da criança e do tipo de medicação, a saber; Para crianças menores de 3 anos a região indicada é a região vastolateral da coxa POP ENFERMAGEM HGV 2012 14 por ter maior massa muscular e possuir poucos nervos e vasos sanguíneos; Crianças maiores de 3 anos a região indicada é a região glútea; Adolescente é indicada a região deltoideana, exceto para os adolescentes com pequeno desenvolvimento muscular; Agulha de tamanhos apropriados: Adultos: calibre 25 x 7, 25 x 8 e 30 x 7; Crianças: calibre 25 x 7 e 13 x 4,5; Seringa de tamanho apropriado: Volumes: Adultos: 03 ml; Crianças, idosos e indivíduos magros: 1 a 2 ml; Posições de aplicação: o paciente deve estar em decúbito dorsal, lateral, prona ou sentado; Proteger o paciente com biombo S/N; Fazer rodízio dos locais de aplicação. ORIENTAÇÕES PARA APLICAÇÃO Dorsoglútea : Colocar o paciente em decúbito ventral ou lateral, com os pés voltados para dentro, para um bom relaxamento. A posição de pé é contra-indicada, pois há completa contração dos músculos glúteos, mas, quando for necessário, pedir para o paciente ficar com os pés virados para dentro, pois ajudará no relaxamento; Localizar o músculo grande glúteo e traçar uma cruz imaginária, a partir da espinha ilíaca póstero-superior até o trocânter do fêmur; Administrar a injeção no quadrante superior externo da cruz imaginária; Indicada para adolescentes e adultos com bom desenvolvimento muscular excepcionalmente em crianças com mais de 2 anos, com no mínimo 1 ano de deambulação. Ventroglútea : Paciente pode estar em decúbito sentado lateral, ventral ou dorsal; Colocar a mão esquerda no quadril direito do paciente; Localizar com a falange distal do dedo indicador a espinha ilíaca ântero-superior direita; Estender o dedo médio ao longo da crista ilíaca; Espalmar a mão sobre a base do grande trocânter do fêmur e formar com o indicador POP ENFERMAGEM HGV 2012 15 em triângulo; Indicada para crianças acima de 03 anos, pacientes magros, idosos ou caquéticos. Face Vasto Lateral da Coxa: Colocar o paciente em decúbito dorsal, lateral ou sentado; Traçar um retângulo delimitado pela linha média na anterior da coxa, na frente da perna e na linha média lateral da coxa do lado da perna, 12-15 cm do grande trocânter do fêmur e de 9-12 cm acima do joelho, numa faixa de 7-10 cm de largura. Indicado para lactantes e crianças acima de 1 mês, e adultos. Deltóide: • Paciente poderá ficar sentado ou decúbito lateral; • Localizar músculo deltóide que fica 2 ou 3 dedos abaixo do acrômio. Traçar um triângulo imaginário com a base voltada para cima e administrar a medicação no centro do triângulo imaginário. 6. Responsabilidade Equipe de enfermagem. 7. Referência POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Fundamentos de enfermagem: conceitos, processo e prática. 6ed. Rio de Janeiro. Guanabara, Koogan, 2006. POP ENFERMAGEM HGV 2012 16 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO VIA SUBCUTÂNEA 1. Definição É a administração do medicamento no tecido conjuntivo da pessoa, ou seja, por baixo da derme. O volume não deve ultrapassar 1 ml. Os locais mais indicados para este tipo de aplicação são as regiões abdominais, a face Antero lateral da coxa e face externa do braço. 2. Objetivos Promover absorção contínua e lenta de determinada medicação provocando o mínimo de traumatismo tecidual. Usada para administração de vacinas, anticoagulantes e hipoglicemiantes (insulina). 3. Material Utilizado 01 par de luvas de procedimento; 01 seringa de 01 ml; 01 agulha 13x4,5; Álcool a 70%; Algodão; 01 bandeja. 4. Procedimento Observar a prescrição médica: data, nome do paciente, medicação, dose, via de administração e o horário da medicação; Preparar o material; Lavar as mãos; Identificar-se; Checar o nome e o leito do cliente; Orientar o cliente e/ou acompanhante quanto ao procedimento; Colocar o cliente em posição adequada para aplicação; Procedimento Operacional Padrão (POP) Codificação: GENFNº. 0004 Página n.º: 01/02 Administração de medicação via subcutânea Edição/ Revisão: 1ª/01 Data de Emissão: 23/03/2012 Implantado: 26/03/2012 Valido: 02 anos Elaborado Por: Nirvania do Vale Carvalho Revisado por: Francisca Cecília Viana Rocha Validado Por: Francisca Cecília Viana Rocha (Gerente de Enfermagem) POP ENFERMAGEM HGV 2012 17 Proceder à anti-sepsia da área escolhida; Fazer a prega de tecido segurando entre os dedos polegar e o indicador, com a mão não dominante; Introduzir agulha, com ângulo de 90º(com agulha 13x4,5 puncionar a 90°); Observar se atingiu algum vaso sanguíneo (caso aconteça, retirar agulha do local, desprezar todo o material e reiniciar o procedimento). Exceto na administração de heparina e clexane; Administrar medicação lentamente; Retirar agulha com um movimento rápido, fazendo ligeira pressão no local; Realizar rodízio de local de punção; Desprezar o material utilizado no expurgo na caixa de perfurocortante; Lavar as mãos; Checar a prescrição médica. 5. Recomendações Na aplicação de heparina subcutânia, para evitar traumatismo do tecido, não é recomendado aspirar antes de injetar a medicação e para evitar absorção rápida da medicação, não se deve massagear o local após aplicação; No uso de Clexane® não se deve retirar a bolha que vem dentro da seringa ao administrar a medicação; Na aplicação de insulina utilizar a técnica do revezamento, um sistema padronizado de rodízio dos locais de aplicação das injeções para evitar abscessos, hipotrofias e endurecimento dos tecidos na área da injeção; Sempre que possível envolver o paciente no processo de escolha do local de administração do medicamento. 6. Responsabilidade Equipe de enfermagem. 7. Referências NERI,E.D.R.et al.Protocolos de prepare e administração de medicamentos: pulsoterapia e hospital dia. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, Hospital Water Cantidio, 2008. POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Fundamentos de enfermagem: conceitos, processo e prática. 6ed. Rio de Janeiro. Guanabara, Koogan, 2006. PRADO, M.L.; GELBECKE, F.L. Fundamentos de Enfermagem. 2. Ed. Florianópolis: Cidade Futura, 2002. POP ENFERMAGEM HGV 2012 18 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO VIA ORAL 1. Definição Consiste na administração de medicamento pela boca para ser absorvido no trato gastrointestinal (estômago e intestino) sob a forma de comprimidos, drágeas, cápsulas, líquidos e pós. 2. Objetivos Obter efeitos locais no trato gastrointestinal. Produzir efeitos sistêmicos após a absorção na circulação sanguínea. 3. Material Utilizado Bandeja; Copinho descartável; Medicamento prescrito; Rótulo de identificação; Triturador de comprimido (pilão)S/N; Papel toalha; Luvas de procedimento S/N. 4. Procedimento Conferir a prescrição médica: nome do paciente, leito, dosagem, nome da droga, via, horário e data; Lavar as mãos; Identificar o copinho com o rótulo; Colocar o medicamento no copinho sem tocá-lo, usar seringa ou medidor para os líquidos; Diluir o medicamento com água quando necessário; Levar a bandeja até o paciente e colocá-la na mesa de cabeceira; Procedimento Operacional Padrão (POP) Codificação: GENF Nº. 0005 Página n.º: 01/02 Administração de medicação via oral Edição/ Revisão: 1ª/01 Data de Emissão: 20/03/2012 Implantado: 26/03/2012 Valido: 02 anos Elaborado Por: Adriana de Andrade Bastos Revisado por: Francisca Cecília Viana Rocha Validado Por: Francisca Cecília Viana Rocha (Gerente de Enfermagem) POP ENFERMAGEM HGV 2012 19 Informar o procedimento ao paciente; Conferir o rótulo com os dados do paciente; Entregar o copinho com o medicamento e o copo com água; Esperar o paciente deglutir o medicamento; Lavar as mãos; Checar após administração. OBSERVAÇÕES: Caso o paciente esteja impossibilitado colocar a medicação diretamente na sua boca; Verificar se o paciente engoliu o comprimido, nunca deixá-lo sobre a mesa de cabeceira; Agitar o frasco que contenha suspensões para homogeneizar a solução Todo medicamento deve ser checado após a administração; Esta via está contra-indiciada em pacientes comatosos ou com dificuldades de deglutição. Neste caso utilizar SNG, para veiculação da medicação; Apresentações em forma de pó devem ser preparadas antes de serem ingeridas. O pó não deve ser colocado diretamente na boca, atentar para identificação dos frascos com a data, após a diluição dos medicamentos; Verificar necessidade de refrigeração e prazo de validade depois de diluído, conforme a recomendação do fabricante; Os comprimidos, cápsulas e drágeas são geralmente deglutidas com auxílio de água. As drágeas não devem ser cortadas e nem as cápsulas serem abertas, salvo quando para veiculação via SNG. Os comprimidos podem ser triturados e diluídos quando os pacientes apresentarem dificuldade na deglutição; A medicação via oral não é indicada em clientes apresentando náuseas, vômitos, dificuldade de deglutição ou estejam em jejum para cirurgia; Os medicamentos sublinguais seguem os mesmos procedimentos empregados para os de via oral. Nesse período, o cliente não deve conversar nem ingerir líquido ou alimentos. As medicações administradas por via sublingual promovem uma rápida absorção da droga em curto espaço de tempo, além de se dissolverem rapidamente, deixando pouco resíduo na boca. Essa via é utilizada para aplicar medicações em algumas urgências, como, por exemplo: medicações para precordialgia e para hipertensão. 5. Responsabilidade Equipe de enfermagem. 6. Referência POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Fundamentos de enfermagem: conceitos, processo e prática. 6ed. Rio de Janeiro. Guanabara, Koogan, 2006. POP ENFERMAGEM HGV 2012 20 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO VIA OCULAR 1. Definição São aplicações de medicamentos líquidos na forma de gotas ou pomadas oculares. 2. Objetivos Corrigir disfunções dos músculos do olho. Aplicar anestésicos, antibióticos, antiinflamatórios, antifúngicos ou lubrificantes. 3. Material Utilizado Prontuário do paciente; Cuba rim; Gases ou lenço de papel; Frasco do medicamento ou pomada. 4. Procedimento Lavar as mãos; Verificar prescrição médica e checar o nome do paciente, nome do medicamento, dosagem e horário e em que qual globo ocular deve ser administrado; Utilizar técnica asséptica rigorosa quando se instilam medicamentos; Colocar o paciente sentado ou deitado, mas com o pescoço em ligeira hiper-extensão; Antes de se iniciar a colocação das gotas ou pomada, devem limpar-se os olhos de qualquer secreção com a ajuda de uma compressa estéril, limpar sempre do canto interno para o externo; Pedir ao paciente para olhar para cima (diminui o reflexo corneano) e colocar no saco conjuntival a medicação prescrita; Nunca colocar o medicamento diretamente na córnea; Orientar o paciente a fechar as pálpebras suavemente; Aconselhar-se o paciente a girar o globo ocular com as pálpebras fechadas, pois o movimento vai distribuir o medicamento por toda a superfície. Procedimento Operacional Padrão (POP) Codificação: GENF Nº 0006 Página n.º: 01/02 Administração de medicação via ocular Edição/ Revisão: 1ª/01 Data de Emissão: 20/03/2012 Implantado: 26/03/2012 Valido: 02 anos Elaborado Por: Adriana deAndrade Bastos Revisado Por: Maria da Consolação Queiroz Macedo Mendes Validado Por: Francisca Cecília Viana Rocha (Gerente de Enfermagem) POP ENFERMAGEM HGV 2012 21 Se tiver que ser aplicada uma pomada, esta deverá ser aplicada ao longo de toda a extensão do fundo do saco ocular depositando uma tira fina da mesma, do canto interno para o externo; Após aplicação checar a medicação no prontuário. OBS: Nunca utilizar a medicação de um paciente para outro; 5. Responsabilidade Equipe de enfermagem 6. Referências POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Fundamentos de enfermagem: conceitos, processo e prática. 6ed. Rio de Janeiro. Guanabara, Koogan, 2006. FIGUEIREDO, N. M. A.; VIANA, D. L.; MACHADO, W.C.A. (Coord.) Tratado Prático de Enfermagem. 2 ed. São Caetano do Sul, SP: Yendis Editora, 2008. POP ENFERMAGEM HGV 2012 22 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO VIA NASAL 1. Definição É a introdução de medicamento sob a forma líquida e introduzido gota a gota no orifício nasal e estende-se desde a mucosa nasal até aos alvéolos. Estes podem ser usados para obtenção de efeitos locais ou sistêmicos. 2. Objetivo Tratar infecções e para alívio da congestão nasal. 3. Material Utilizado Medicamento com conta-gotas limpo ou frasco com spray; Lenço de papel; Almofada pequena ou travesseiro (opcional). 4. Procedimento Verificar prescrição médica e conferir horário de aplicação do medicamento, nome do paciente, dosagem e qual das narinas devem ser aplicado; Para administrar as gotas nasais deve-se determinar qual o seio nasal que está afetado, consultando o prontuário do paciente; Inspecionar as condições do nariz e dos seios nasais, apalpando os seios nasais para verificar a sua sensibilidade; Lavar as mãos; Explicar o procedimento ao paciente quanto à posição e às sensações que devem ser esperadas, como ardor ou sensação de picada da mucosa, ou ainda, sensação de choque quando o medicamento escorrer pela garganta; Instruir o paciente para assuar o nariz, a menos que seja contra-indicado (por exemplo: risco de aumento da pressão intracraniana ou sangramentos nasais); Administrar as gotas nasais; Instruir o doente a respirar pela boca; Procedimento Operacional Padrão (POP) Codificação: GENF Nº 0007 Página n.º: 01/02 Administração de medicação via nasal Edição/ Revisão: 1ª/01 Data de Emissão: 20/03/2012 Implantado: 26/03/2012 Valido: 02 anos Elaborado Por: Adriana de Andrade Bastos Revisado Por: Maria da Consolação Queiroz Macedo Mendes Validado Por: Francisca Cecília Viana Rocha (Gerente de Enfermagem) POP ENFERMAGEM HGV 2012 23 Segurar o conta-gotas a 1cm acima das narinas e instilar o número de gotas prescritas na direção do osso etmóide; Orientar a paciente a permanecer na mesma posição entre 2 a 3 minutos. Oferecer uma compressa para paciente colocar debaixo do nariz, mas avisá-lo para não assuar por alguns minutos; Ajudar o paciente a retornar a uma posição confortável após o medicamento ter sido absorvido; Desprezar materiais usados em recipientes apropriados e lavar as mãos; Após aplicação checar medicação no prontuário do paciente. 5. Responsabilidade Equipe de Enfermagem 6. Referências POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Fundamentos de enfermagem: conceitos, processo e prática. 6ed. Rio de Janeiro. Guanabara, Koogan, 2006. FIGUEIREDO, N. M. A.; VIANA, D. L.; MACHADO, W.C.A. (Coord.) Tratado Prático de Enfermagem. 2 ed. São Caetano do Sul, SP: Yendis Editora, 2008. POP ENFERMAGEM HGV 2012 24 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO VIA RETAL 1. Definição Consiste na aplicação de medicamento no reto, que permitem a absorção pela mucosa intestinal de muitos fármacos solúveis, que podem gerar efeitos sistêmicos através de supositório* ou clister**. *Supositórios são formas farmacêuticas destinadas à inserção em orifícios corporais (esp. no ânus ou vagina nos quais amolecem, se dissolvem e exercem efeitos sistêmicos ou localizados. ** A introdução de pequena quantidade de líquidos via retal chama-se Clister (até 150 ml). Acima desta quantidade é chamada Enteroclisma ou Lavagem intestinal. 2. Objetivos Administrar fármacos a pacientes incapazes ou que não querem engolir a medicação; Evitar a destruição ou desativação dos fármacos pelo ph ou atividade enzimática do estomago e dos intestinos; Evitar a irritação estomacal quando o fármaco apresenta esse efeito; Evitar a metabolização hepática quando o fármaco e muito rapidamente metabolizado no fígado. 3. Material Utilizado Bandeja; Aplicador descartável; Lubrificante; Medicamento prescrito; Papel toalha; Comadre; Luvas de procedimento. Procedimento Operacional Padrão (POP) Codificação: GENFR Nº 0008 Página n.º: 01/02 Administração de medicação via retal Edição/ Revisão: 1ª/01 Data de Emissão: 20/03/2012 Implantado: 26/03/2012 Valido: 02 anos Elaborado Por: Adriana de Andrade Bastos Revisado Por: Maria da Consolação Queiroz Macedo Mendes Validado Por: Francisca Cecília Viana Rocha (Gerente de Enfermagem) POP ENFERMAGEM HGV 2012 25 4. Procedimento Conferir a prescrição médica: nome do paciente, leito, dosagem, nome da droga, via, horário e data; Reunir os materiais e encaminhá-los ao leito do paciente; Lavar as mãos; Calçar as luvas; Colocar o paciente em posição de Sims para facilitar a aplicação; Lubrificar a cânula do aplicador com anestésico em gel; Introduzir a cânula do aplicador no reto; Aplicar o conteúdo conforme prescrição; Retirar a cânula do reto; Oferecer a comadre ou encaminhar o paciente ao banheiro; Checar a prescrição médica. 5. Responsabilidade Equipe de enfermagem. 5. Referências POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Fundamentos de enfermagem: conceitos, processo e prática. 6ed. Rio de Janeiro. Guanabara, Koogan, 2006. FIGUEIREDO, N. M. A.; VIANA, D. L.; MACHADO, W.C.A. (Coord.) Tratado Prático de Enfermagem. 2 ed. São Caetano do Sul, SP: Yendis Editora, 2008. POP ENFERMAGEM HGV 2012 26 ADMINISTRAÇÃO DE HEMOCOMPONENTES 1. Definição É um tipo de terapia eficaz em situações de choque, hemorragias ou doenças sanguíneas. Frequentemente usa-se em intervenções cirúrgicas, traumatismos, hemorragias digestivas ou em outros casos em que tenha havido grande perda de sangue. Sangue total: restaura a volemia e mantém a perfusão e a oxigenação tecidual. Concentrado de hemácias: aumenta a capacidade de transporte de oxigênio por aumento da massa de hemácias circulante. Concentrado de plaquetas: as plaquetas são essenciais para a hemostasia normal. O número adequado de plaquetas previne ou cessa um sangramento ativo. Crioprecipitado: repõe o fibrinogênio e o fator VIII. Plasma: reposição de fatores de coagulação. Observação: Não se recomenda, em nenhum caso, a administração simultânea de medicação e hemoderivados. 2. Objetivos Restaurar a normovolemia. Melhorar a capacidade de transporte de oxigênio. Corregir a coagulopatia. Restaurar da hemostasia. 3. Material Utilizado Bolsa do hemocomponente; Equipo próprio para transfusão (fornecido pelaAgência transfusional); Dispositivo intravenoso nº 18 (jelco) ou Scalp nº 19; Algodão embebido em álcool a 70%; Garrote (largo); Esparadrapo ou micropore; Luvas de procedimento. Procedimento Operacional Padrão (POP) Codificação: GENF Nº 0009 Página n.º: 01/02 Administração de hemocomponente Edição/ Revisão: 1ª/01 Data de Emissão: 23/03/2012 Implantado: 26/03/2012 Valido: 02 anos Elaborado Por: Francisca Cecília Viana Rocha Revisado por: Ivonizete Pires Ribeiro Validado Por: Francisca Cecília Viana Rocha (Gerente de Enfermagem) POP ENFERMAGEM HGV 2012 27 4. Procedimento 4.1 Antes da administração de hemocomponente Verificar o preenchimento correto da solicitação do hemocomponente; Verificar se o nome e o número do prontuário conferem com a etiqueta da bolsa Certificar-se do tipo sanguíneo ABO/RH; Se houver necessidade de coletar amostra de sangue, identificar o tubo antes da coleta e certificar-se de identificá-lo corretamente; Certificar-se da história transfusional pregressa e das reações adversas anteriores. Se o cliente citar reações, comunicar ao médico; Conferir a prescrição médica, quantidade a ser administrada, a velocidade, e o tempo de infusão, que não deve ultrapassar 04 horas; Lavar as mãos antes de iniciar o procedimento; Verificar SSVV e anotá-los no prontuário para estabelecer o parâmetro inicial; Observar a presença de febre (38,7ºC ou mais) comunicar ao médico; Providenciar acesso venoso ou verificar a permeabilidade de um acesso já existente. Certificar-se de que o calibre é adequado ou verificar a disponibilidade de via de acesso central; Orientar o paciente/acompanhante sobre a possibilidade de reações adversas. 4.2 Durante a administração de hemocomponente Realizar a administração do hemocomponente em temperatura ambiente. Caso estejam muito gelados, aguardar cerca de 20 minutos; Anotar no prontuário o inicio da infusão e conferir a prescrição médica; Colar a etiqueta com o número da bolsa do hemocomponente na prescrição; Observar rigorosamente o cliente nos 15 minutos iniciais, administrando o hemocomponente lentamente até atingir a prescrição estabelecida pelo médico. 4.3 Após administração de hemocomponente Lavar as mãos antes e após; Desconectar a bolsa do acesso venoso e comunicar a Agência Transfusional para coletar a embalagem, para posterior descarte final; Verificar SSVV e anotar no prontuário; Observar atentamente o cliente nos 15 minutos após o termino da transfusão; Realizar visita pós transfusional e observar reações adversas. 5. Responsabilidade O enfermeiro é o responsável direto por cumprir a rotina pré-instalação e todos os passos subseqüentes. Técnico de enfermagem da Agência Transfusional (instalação da hemotransfusão e descarte da bolsa – embalagem). 6. Referências FIGUEIREDO, N. M. A.; VIANA, D. L.; MACHADO, W.C.A. (Coord.) Tratado Prático de Enfermagem. 2 ed. São Caetano do Sul, SP: Yendis Editora, 2008. RESOLUÇÃO - RDC Nº 57, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2010. PORTARIA N° 1.353 DE 13 DE JUNHO DE 2011. POP ENFERMAGEM HGV 2012 28 ADMINISTRAÇÃO DE INSULINA 1. Definição Consiste no tratamento primário para todos os pacientes com Diabetes mellitus (DM) tipo I e tipo II que não sejam adequadamente controlados por dieta e/ou fármacos hipoglicemiantes orais e para pacientes com diabetes pós-pancreactomia ou diabetes gestacional. 2. Objetivos Normalizar dos níveis glicêmicos e todos os aspectos do metabolismo. Controlar níveis glicêmicos de pacientes no perioperatório com DM tipo I ou DM tipo II. 3. Material Utilizado Bandeja (cuba rim); Frasco de Insulina U-100 tipo NPH (N), Regular (R) ou ultra- rápida (Lispro); Álcool 70%; Seringa 1ml de 100 unidades; Agulha 13X 4,5. 4. Procedimento Ler a prescrição médica e verificar: data, nome do paciente, medicação, dose, via de administração e o horário da medicação (aplicação); Lavar as mãos; Preparar medicamento conforme técnica (aspirar o conteúdo da medicação do frasco e retirar todo o ar da seringa); Levar a bandeja (cuba rim) para perto do paciente; Orientar o paciente sobre o procedimento a ser realizado; Procedimento Operacional Padrão (POP) Codificação: GENF Nº 0010 Página n.º: 01/03 Administração de insulina Edição/ Revisão: 1ª/01 Data de Emissão: 23/03/2012 Implantado: 26/03/2012 Valido: 02 anos Elaborado Por: Maria da Consolação Queiroz Macedo Mendes Revisado por: Francisca Cecília Viana Rocha Validado Por: Francisca Cecília Viana Rocha (Gerente de Enfermagem) POP ENFERMAGEM HGV 2012 29 Checar as condições da região escolhida; Fazer anti-sepsia da pele com algodão/álcool a 70%, mantendo o algodão entre o dedo mínimo e a mesma mão; Com a mão não dominante fazer uma prega na pele utilizando o dedo indicador e polegar, com a mão dominante segurar o corpo da seringa; Introduzir a agulha em ângulo de 90º (perpendicular à pele) para que a absorção se faça de forma eficaz através dos capilares existentes na camada profunda do tecido. Para o paciente obeso, pince a pele do local e insira a agulha em um ângulo de 90º; Injetar o líquido lentamente; Retirar a seringa/agulha rapidamente, não massagear o local e não aspirar (fazer rodízio na próxima aplicação); Deixar o posto de enfermagem organizado; Checar o procedimento no prontuário e anotar no prontuário o local que foi administrado à insulina. OBSERVAÇÕES: Na aplicação de insulina, utilizar a técnica de revezamento, um sistema padronizado de rodízio de locais, para evitar abscessos, hipotrofias e endurecimento dos tecidos na área de injeção; Os locais indicados são: face posterior externa do braço, no espaço entre três dedos abaixo do ombro e três dedos acima do cotovelo: região lateral esquerda e direita do abdômen, região frontal e lateral superior da coxa e região lateral externa do glúteo, tendo como referência a prega interglútea; Em cada aplicação é importante dar uma distância de aproximadamente1 a 2 cm; O frasco de insulina deve ser conservado na geladeira (de preferência na gaveta da geladeira). ATENÇÃO: Ponto de decisão crítico: Furar um vaso sanguíneo durante uma injeção subcutânea é muito raro, por isso a aspiração não é necessária. LOCAIS PARA RODÍZIO DE APLICAÇÃO DE INSULINA O bom desempenho do sistema de medicação deve refletir a articulação das ações da equipe multidisciplinar, bem como o compartilhar do conhecimento de cada ciência como todos os seus componentes, objetivando o restabelecimento da saúde do paciente com máxima segurança. POP ENFERMAGEM HGV 2012 30 5. Responsabilidade Equipe de enfermagem. 6. Referências KALINOWSKI, C. Elizabeth. Programas de Atualização em Enfermagem. Artmed editora Ciclo2 Módulo4. Porto Alegre, 2007. MICELE Tânia. Enfermagem Médica e Hospitalar. Editora Rideel. 1ed- São Paulo, 2005. POTTER Perry. Fundamentos de Enfermagem. 7. ed. Elsevier Editora Ltda: Rio de Janeiro, 2009. POP ENFERMAGEM HGV 2012 31 ADMISTRAÇÃO DE NUTRIÇÃO ENTERAL (NE) 1. Definição Alimentação para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada,de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso de sondas ou via oral, industrializada ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando à síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas. 2. Objetivos Melhorar significativamente o estado geral do paciente. Reduzir complicações infecciosas, tempo de internação e custos relacionados ao tratamento. Usar em situações clínicas onde o tubo digestivo encontra-se integro, o paciente não deve alimentar-se pela boca. Usar em pacientes com anorexia prolongada, má nutrição protéico-calórica severa, trauma de cabeça e pescoço ou desordens neurológicas que impedem a alimentação oral satisfatória, estado de depressão, falência hepática e etc. em que o metabolismo esteja elevada. 3. Material Utilizado Luvas de procedimento; Frasco com nutrição enteral prescrita; Equipo próprio para nutrição enteral; Seringa de 20ml; Copo com água potável; Estetoscópio; Suporte de soro; Procedimento Operacional Padrão (POP) Codificação: GENF Nº 0011 Página n.º: 01/02 Administração de Nutrição Enteral (NE) Edição/ Revisão: 1º/01 Data de Emissão: 23/03/2012 Implantado: 26/03/2012 Valido: 02 anos Elaborado Por: Nirvania do Vale Carvalho Revisado por: Francina Lopes Amorim Neta Validado Por: Francisca Cecília Viana Rocha (Gerente de Enfermagem) POP ENFERMAGEM HGV 2012 32 Bomba de infusão. 4. Procedimento Explicar ao paciente e sua família durante sobre a indicação do procedimento; Explicar sobre o posicionamento correto da sonda e sua fixação e os riscos de seu deslocamento; Esclarecer ao paciente e sua família a necessidade de manter o paciente em decúbito elevado; Explicar ao paciente a importância de notificar a ocorrência de náuseas, vômitos, flatulência, aerofagia, dores abdominais, freqüência e aspecto das evacuações; Consultar a prescrição médica e verificar o rótulo da dieta; Lavar as mãos; Preparar o material; Preparar o paciente colocando-o semi-sentado com cabeceira elevada a 30º; Calçar luvas de procedimento; Confirmar o posicionamento da sonda; Aspirar conteúdo da sonda antes de iniciar a administração da dieta; Verificar volume aspirado, caso o volume seja superior a 50% do volume a ser administrado, não administrar a dieta; Programar a bomba de infusão; Instalar o frasco da dieta no suporte de soro e preencher o equipo com a dieta Lavar a sonda com 20 ml de água potável; Conectar o equipo da dieta a sonda e administrar a dieta por bomba de infusão, conforme prescrição, de forma contínua ou intermitente; Monitorar a infusão da dieta; Ao termino da dieta, pinçar a sonda, retirar o equipo e lavar novamente a sonda com 20 ml de água potável; Se houver obstrução da sonda, o procedimento recomendado para desobstrução é a lavagem da mesma com aproximadamente 20 ml de água sob pressão, ou com volume maior, utilizando uma seringa. 5. Responsabilidade Auxiliar ou técnico de enfermagem. 6. Referência KNOBEL, E. Terapia Venosa: enfermagem. Editora Atheneu. São Paulo. 2006. POP ENFERMAGEM HGV 2012 33 ADMINISTRAÇÃO DE NUTRIÇÃO PARENTERAL TOTAL (NPT) 1. Definição Consiste na administração de nutrientes necessários (água, eletrólitos, glicose, proteínas, sais minerais e vitaminas) para a sobrevida por outras vias que não o trato gastrointestinal, ou seja, por via endovenosa (cateter venoso central), permitindo assim a manutenção da homeostase, já que as calorias e os aminoácidos necessários são supridos. 2. Objetivos Suprir as necessidades de nutrientes devido a perdas significativas ou incapacidade de manutenção do peso corpóreo, devido a traumas e cirurgias. Manter os controles bioquímicos, clínicos e antropométricos permite diminuir as complicações infecciosas, metabólicas ou de infusão. 3. Material Utilizado Preparar material para o médico realizar o acesso venoso central; Bandeja de subclávia; Pacote estéril para pequena cirurgia; Cateter de subclávia; Seringa de 20 ml; Seringa de 10 ml; Fio cirúrgico nylon 4-0; PVPI tópico; Lidocaína a 2% sem vasoconstrictor; Agulha 40x12; Agulha 25x7 ou 30x8; Luvas estéreis nº 7,5 ou 8,0; Esparadrapo; Soro fisiológico 0,9%; Equipo de soro; Equipo para infusão da nutrição parenteral; Procedimento Operacional Padrão (POP) Codificação: GENF Nº 0012 Página n.º: 01/02 Administração de Nutrição Parenteral Total (NTP) Edição/ Revisão: 1ª/01 Data de Emissão: 23/03/2012 Implantado: 26/03/2012 Valido: 02 anos Elaborado Por: Francisca Cecília Viana Rocha Revisado por: Adriana de Andrade Bastos Validado Por: Francisca Cecília Viana Rocha (Gerente de Enfermagem) POP ENFERMAGEM HGV 2012 34 Bomba de infusão. 4. Procedimento 4.1 Para instalação Auxiliar o médico na punção do acesso central; Realizar curativo no local de inserção do cateter após a punção; Instalar a nutrição parenteral conforme prescrição médica usando técnica asséptica; Fazer programação da bomba de infusão para controle rigoroso do gotejamento; A cada 06 horas verificar o controle da bomba de infusão; A nutrição parenteral deve estar em temperatura ambiente antes de ser instalada Checar horário no prontuário; Registrar o inicio da infusão no prontuário (anotação de enfermagem). 4.2 Conservação e infusão Não adicionar outros elementos a infusão preparada; Conservar as soluções preparadas para uso não imediato, em refrigeradores específicos a 4ºC, protegidas da luz e identificadas por composição, data e hora do preparo; Garantir que a solução de NP, em temperatura ambiente, seja infundida dentro de 24 horas, e quando refrigerada, a solução deve ser administrada no máximo até 48 horas após a manipulação; Retirar o frasco da solução preparada do refrigerador duas a três horas antes do horário previsto para instalação; Observar transparência e homogeneidade da solução e presença de corpos estranhos antes da instalação; A nutrição deve ser infundida por bomba de infusão, com equipo apropriado e na temperatura ambiente; Trocar o equipo a cada término da infusão da NPT; Lavar as mãos antes e após manusear o cateter, o equipo e a solução; Interromper a administração de NP se o paciente apresentar choque pirogênico, retirar a NP e o equipo. 4.3 Com o acesso venoso Manter acesso venoso exclusivo para instalação da NP; Realizar Raio X de Tórax para confirmação do posicionamento do cateter venosos central após sua inserção; Realizar curativo do cateter venoso central com técnica asséptica diariamente. 5. Responsabilidade Equipe de enfermagem. Enfermeiro é o responsável pelo curativo e instalação da NPT. 6. Referência KNOBEL, E. Terapia Venosa: enfermagem. Editora Atheneu. São Paulo. 2006. POP ENFERMAGEM HGV 2012 35 AEROSSOLTERAPIA 1. Definição É a administração de pequenas partículas de água em oxigênio ou ar comprimido, com ou sem medicação nas vias aéreas superiores. 2.Objetivos Aliviar processos inflamatórios, congestivos e obstrutivos. Umidificar para tratar ou evitar desidratação excessiva da mucosa das vias aéreas. Fluidificar para facilitar aremoção das secreções viscosas e densas. Administrar mucolíticos - para obter a atenuação ou resolução de espasmos brônquicos. Administrar corticosteróides - ação antiinflamatória e anti-exsudativa. Administrar agentes anti-espumantes - nos casos de edema agudo de pulmão. 3. Material Utilizado Copinho e circuito de nebulização; Água destilada; Medicação prescrita conforme prescrição médica. 4. Procedimento Lavar as mãos antes do preparo; Preparar o material necessário de forma asséptica Anotar a freqüência cardíaca antes e após o tratamento (se uso de broncodilatador) Montar o aparelho regulando o fluxo de O2 ou ar comprimido com 4 a 5 litros por minuto; Colocar o paciente numa posição confortável, sentado ou semi - fowler (maior expansão diafragmática); Orientar o paciente que inspire lenta e profundamente pela boca Checar na papeleta e anotar o procedimento, reações do paciente e as características das secreções eliminadas; Procedimento Operacional Padrão (POP) Codificação: GENF Nº0013 Página N.º 01/02 Aerossolterapia Edição/ Revisão: 1º/01 Data de Emissão: 23/03/2012 Implantado: 26/03/2012 Valido: 02 anos Elaborado Por: Francisca Cecília Viana Rocha Revisado por: Maria da Consolação Queiroz Macedo Mendes Validado Por: Francisca Cecília Viana Rocha (Gerente de Enfermagem) POP ENFERMAGEM HGV 2012 36 Orientar o paciente para manter os olhos fechados durante a nebulização se em uso de medicamentos; Orientar o paciente a lavar o rosto após a nebulização, S/N Providenciar a limpeza e desinfecção dos materiais usados (aparelho) Usar água destilada para diluição do medicamento; Checar o horário no prontuário. 4.1 Medicação Berotec - Antiasmático e broncodilatador - age sobre os receptadores B-2 adrenergéticos da musculatura brônquica promovendo efeito broncoespasmolítico rápido e de longa duração; tem como efeitos colaterais tremores dos dedos, inquietação, palpitação. Fluimucil - mucolítico - estimula a secreção de surfactante e transporte mucociliar; pode causar broncoconstricção; as ampolas quebradas só podem ser guardadas no refrigerador por um período de 24 horas. Muscosolvan - mucolítico e expectorante - corrige a produção de secreções traqueobrônquicas, reduz sua viscosidade e reativa a função mucociliar; pode causar broncoconstricção e transtornos gastrintestinais. 5. Responsabilidade Técnico ou Auxiliar de enfermagem. 6. Referência SMELTZER, S.C.; BARE, B.G. Brunner & Suddarth: Tratado de enfermagem médico- cirúrgica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. POP ENFERMAGEM HGV 2012 37 ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM 1. Definição São dados que irão subsidiar o enfermeiro no estabelecimento do plano de cuidados/prescrição; suporte para análise reflexiva dos cuidados ministrados, respectivas respostas do paciente e resultados esperados e desenvolvimento da Evolução de Enfermagem. Assim, a Anotação de Enfermagem é fundamental para o desenvolvimento da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), pois é fonte de informações essenciais para assegurar a continuidade da assistência. As anotações de Enfermagem devem ser registradas em formulários/documentos, com cabeçalho devidamente preenchido com nome completo do paciente, de acordo com os critérios estabelecidos na instituição. 2. Objetivo Identificar alterações do estado e das condições do paciente. Favorecer a detecção de novos problemas, a avaliação dos cuidados. Possibilitar a comparação das respostas do paciente aos cuidados prestados. 3. Material Utilizado Prontuário; Caneta azul ou preta se diurno e caneta vermelha se for noturno; 4. Procedimento Durante a admissão devem ser anotados: Nome completo do paciente, data e hora da admissão; Condições de chegada (deambulando, maca, cadeira de rodas); Presença e acompanhante ou responsável; Condições de higiene; Procedimento Operacional Padrão (POP) Codificação: GENF Nº 0014 Página n.º: 01/03 Anotações de enfermagem Edição/ Revisão: 1ª/01 Data de Emissão: 23/03/2012 Implantado: 26/03/2012 Valido: 02 anos Elaborado Por: Danielle Pereira Dourado Revisado por: Francisca Cecília Viana Rocha Validado Por: Francisca Cecília Viana Rocha (Gerente de Enfermagem) POP ENFERMAGEM HGV 2012 38 Queixas relacionadas ao motivo da internação; Procedimentos/cuidados realizados, tais como: sinais vitais, punção de acesso venoso, coleta de exames e orientações prestadas. 5. Recomendações Nas anotações da dieta, devem ser priorizadas as seguintes informações: Indicar dieta oferecida (geral, leve, branda, pastosa, hipossódica, para diabéticos, dieta por sonda); Aceitação da dieta (total ou parcial); Dieta por sonda (quantidade da dieta e da hidratação, presença de refluxo gástrico); Dieta zero (cirurgia ou exames); Necessidade de auxílio ou não; Em caso de recusa deve-se indicar o motivo (disfagia, mastigação dolorosa, falta de apetite, náusea, etc.). Para diurese devem-se anotar os seguintes aspectos: Ausência/presença de diurese (se sonda ou balanço hídrico, medir em ml); Características como coloração e odor apresentado; Presença de anormalidades (hematúria, piúria, disúria, etc.); Forma da eliminação (espontânea, por dispositivo urinário, sonda vesical de demora/ostomias urinárias). Para evacuação: Episódios (nos respectivos horários); Quantidade (pequena, média, grande); Consistência (pastosa, líquida, semipastosa); Via de eliminação (reto, ostomias); Queixas. Para administração de medicamentos devem ser anotados os seguintes itens: Somente checar os itens administrados; Caso medicamento injetável registrar o local administrado e não se esquecer de fazer referência ao lado esquerdo ou direito do corpo; No caso de não administrar medicamento deve-se apontar o motivo. 6. Responsabilidade Técnico e auxiliar de enfermagem. POP ENFERMAGEM HGV 2012 39 7. Referências CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM-SP. COREN. Anotações de Enfermagem. São Paulo, 2008. POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Fundamentos de enfermagem: conceitos, processo e prática. 6ed. Rio de Janeiro. Guanabara, Koogan, 2006. POP ENFERMAGEM HGV 2012 40 ALTA DO PACIENTE 1. Definição A alta hospitalar é a finalização do período de internação que ocorre pela melhora do estado do paciente ou óbito. Outros motivos podem gerar altas hospitalares como: pedido de paciente ou responsável, necessidade de transferência para hospitais especializados, recusa do paciente/responsável em acatar o tratamento indicado, etc. 2. Objetivo Otimizar a alta do paciente sistematizando o atendimento. 3. Material Utilizado Prontuário do paciente; Receituário médico; Resumo de alta com todas as informações pertinentes; Presença de um familiar ou responsável. 4. Procedimento Entregar e explicar ao paciente/responsável o resumo de alto; Orientar sobre a dieta, retorno, complicações e uso de equipamentos temporários ou realização de curativos; Informar a alta ao Serviço de portaria, Serviço social e Serviço de nutrição. 5. Responsabilidade O procedimento deverá ser realizado pelo médico. Á equipe deenfermagem cabe realizar as orientações pertinentes e contactar os setores do hospital para dar os encaminhamentos necessários à saída do paciente e seus familiares. 6. Referência MOTTA, A.L.C. Normas, Rotinas e Técnicas de Enfermagem. 1 ed. Iatria Editora, 2005. Procedimento Operacional Padrão (POP) Codificação: GENF Nº 0015 Página n.º: 01/01 Alta do paciente Edição/ Revisão: 1ª/01 Data de Emissão: 23/03/2012 Implantado: 26/03/2012 Valido: 02 anos Elaborado Por: Danielle Pereira Dourado Revisado por: Francisca Cecília Viana Rocha Validado Por: Francisca Cecília Viana Rocha (Gerente de Enfermagem) POP ENFERMAGEM HGV 2012 41 ASPIRAÇÃO DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES 1. Definição É a definição de secreções existentes nas vias aéreas superiores e faríngeas, por meio de um aspirador ligado ao sistema de vácuo. 2. Objetivos Retirar fluídos das vias aéreas superiores do cliente. Melhorar a respiração. Evitar a broncoaspiração. Proporcionar uma ventilação eficaz. 3. Material Utilizado 01 par de luvas de procedimento; 01 sonda de aspiração; 01 máscara descartável padrão; 01 aspirador; 01 frasco coletor descartável; 01 extensão de silicone (borracha) esterilizado para aspiração; 01 óculo protetor; 02 ampolas de (10ml) água destilada. 4. Procedimento Preparar o material; Avaliar o tamanho da sonda de aspiração; Lavar as mãos. Checar o leito e o nome do cliente; Identificar-se Orientar o cliente e/ou acompanhante quanto ao procedimento; Posicionar o cliente (decúbito elevado); Abrir o material a ser utilizado; Conectar a sonda de aspiração à extensão do frasco descartável; Procedimento Operacional Padrão (POP) Codificação: GENF Nº0016 Página n.º: 01/02 Aspiração das vias aéreas superiores Edição/ Revisão: 1ª/01 Data de Emissão: 23/03/2012 Implantado: 26/03/2012 Valido: 02 anos Elaborado Por: Nirvania do Vale Carvalho Revisado por: Francisca Cecília Viana Rocha Validado Por: Francisca Cecília Viana Rocha (Gerente de Enfermagem) POP ENFERMAGEM HGV 2012 42 Ligar o aspirador; Colocar óculo protetor e máscara. Calçar asa luvas; Com a mão dominante, segurar a face do cliente; Pinçar o intermediário de silicone (borracha) de aspiração; Com a mão dominante, introduzir a sonda de aspiração na cavidade nasal (pinçada) e abrir quando - estiver introduzida; Ocluir a válvula e retirar a sonda lentamente, com movimentos circulares; Introduzir a sonda na cavidade oral (pinçada) e retirar lentamente com movimentos circulares; Repetir o processo até a limpeza total da cavidade oral, avaliando condição respiratória do cliente; Aspirar água destilada para limpeza da extensão; Retirar a sonda, as luvas, máscara e óculos; Desligar o aspirador; Deixar o cliente confortável e com a campainha ao alcance; Manter o ambiente limpo e em ordem; Desprezar o material utilizado; Lavar as mãos; Realizar as anotações necessárias; Checar a prescrição de enfermagem; Supervisionar e avaliar continuamente, o procedimento realizado; A freqüência das aspirações é determinada pelo acumulo de secreções; É recomendada a aspiração de pacientes que acumulam secreções em vias aéreas superiores antes de procedimentos como banho, antes de baixar a cabeceira para realizar procedimentos, antes de introduzir alimentos via oral. 5. Responsabilidade Enfermeiros, Técnicos, Auxiliares de enfermagem e Fisioterapeutas. 6. Referências POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Fundamentos de enfermagem: conceitos, processo e prática. 6ed. Rio de Janeiro. Guanabara, Koogan, 2006. PRADO, M.L.; GELBECKE, F.L. Fundamentos de Enfermagem. 2. Ed. Florianópolis: Cidade Futura, 2002. SMELTZER, S.C.; BARE, B.G. Brunner & Suddarth: Tratado de enfermagem médico- cirúrgica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. POP ENFERMAGEM HGV 2012 43 ASPIRAÇÃO TRAQUEAL DE PACIENTES INTUBADOS E TRAQUEOSTOMIZADOS COM SISTEMA ABERTO 1. Definição É a retirada passiva de secreções endotraqueais via tubo endotraqueal ou traqueostomia de forma asséptica, por meio de um cateter conectado a um sistema de sucção (aspirador elétrico ou rede de vácuo). 2. Objetivo Manter as vias aéreas livres e permeáveis garantindo uma ventilação e oxigenação adequada a fim de prevenir complicações no quadro clínico geral do paciente. 3. Material Utilizado Soro fisiológico 0,9 % 100ml; Água destilada 500ml; Seringa 10 ml; Cateter para aspiração nº12 ou n°14; Luvas estéreis nº.7,5 ou nº. 8,0; Óculos de proteção; Aspirador elétrico ou rede de vácuo; Gazes estéreis; Máscara; Extensão de látex silicone esterilizado; Água destilada de 10ml, 02 ampolas. Procedimento Operacional Padrão (POP) Codificação: GENF Nº 0017 Página n.º: 01/03 Aspiração traqueal de pacientes intubados e traqueostomizados com sistema aberto. Edição/ Revisão: 1º/01 Data de Emissão: 23/03/2012 Implantado: 26/03/2012 Valido: 02 anos Elaborado Por: Maria do Amparo da Silva Bida Mesquita. Revisado por: José Dílson Marques Filho Validado Por: Francisca Cecília Viana Rocha (Gerente de Enfermagem) POP ENFERMAGEM HGV 2012 44 4. Procedimento Realizar a higienização das mãos; Providenciar todo material necessário ao procedimento (relacionado acima); Explicar o procedimento e finalidade ao paciente; Proteger os olhos do paciente de secreções; Elevar decúbito de 30° a 40°; Colocar máscara e óculo de proteção; Testar o funcionamento do aspirador; Aspirar em uma seringa de 2 a 5ml de água destilada; Abrir a embalagem do cateter de aspiração, de forma a expor apenas a parte que será conectada à fonte de aspiração; Calçar luva estéril; Retirar o invólucro com a mão esquerda, segurando o cateter com a mão direita; Ligar a fonte de sucção com a mão esquerda e desconectar o ventilador ou a macronebulização; Estimular o reflexo da tosse; Intruduzir o cateter de aspiração no tubo ou cânula traqueal, sem sucção até o ponto de resistência; Retirar o cateter de aspiração com movimentos circulares suaves; Manter o cateter por um tempo máximo de 15 segundos; Instilar água destilada conforme característica da secreção; Repetir a aspiração quantas vezes for necessário, sempre intercalando com a ventilação do paciente; Desconectar o cateter da fonte de aspiração; Lavar o sistema de aspiração com água destilada; Desligar o aspirador com a mão menos contaminada; Proteger a extremidade da fonte de sucção com o invólucro do cateter de aspiração; OBSERVAÇÂO: O frasco com a secreção aspirada deve ser desprezada a cada 6 horas ou quando necessário e o recipiente deve ser lavado com água e detergente enzimático; 5. Recomendações A aspiração somente deverá ser realizada quando necessária, isto é, quando houver sinais sugestivos da presença de secreção nas vias aéreas (por exemplo, secreção POP ENFERMAGEM HGV 2012 45 visível no tubo, som sugestivo na ausculta pulmonar, padrão denteado na curva fluxo- volume observado na tela do ventilador, e nunca de rotina; Caso o indivíduo que estiver realizando a aspiração seja canhoto, a descrição deverá ser invertida, ou seja, onde diz mão direita considerar esquerda; Não aspirar por mais de 15 segundos e deixar intervalos de alguns segundos entre cada aspiração, intercalando com o oxigênio; Observar o valor da oximetria de pulso e freqüência respiratória no momento da aspiração; O soro fisiológico só deve ser usado em casos necessários (secreção espessa e rolhas); Caso houver resistência na retirada do cateter durante a aspiração (colabamento na mucosa traqueal) deve-se desconectar a fonte de sucção e retirar o cateter. 6. Responsabilidade Enfermeiro, Técnico e Auxiliar de Enfermagem e Fisioterapeuta. 7. Referências SMELTZER, S.C.; BARE, B.G. Brunner & Suddarth: Tratado de enfermagem médico- cirúrgica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. JORNAL BRASILEIRO DE PNEUMOLOGIA. III Consenso de Brasileiro de Ventilação Mecânica. 2007 - Vol. 33 - Supl. 2S. POP ENFERMAGEM HGV 2012 46 AVALIAÇÃO PUPILAR 1. Definição A avaliação do padrão papilar consiste em avaliar o tamanho das pupilas, sua simetria e presença de reflexo foto motor. O tamanho pupilar é controlado pelo sistema nervoso simpático e parassimpático. O primeiro ocasionando dilatação (MIDRÍASE–7 a 8 mm),o segundo ocasionando contração (MIOSE–1 a 2mm). Uma diferença pupilar de 1 mm é considerada normal. É considerada uma variação normal de 2 a 6 mm,com diâmetro médio de 3,5 mm. Classificação: ISOCÓRICAS: pupilas com diâmetros iguais. ANISOCÓRICAS: uma pupila maior do que a outra provável lesão no cérebro (no lado inverso da pupila dilatada). MIDRÍASE: pupila dilatada. MIOSE: pupila contraída. Provável choque anafilático (overdose, intoxicação, uso de anestésico nas cirurgias, etc.). FOTORREAGENTES: quando reage à exposição da luz contraindo-se e dilatando no escuro. Observação: o Se é lentamente reativa à luz- provável compressão do nervo óptico, pode ser edema, hematoma, etc. o Se não reage à luz – provável lesão em ambos os lados do cérebro, um dos critérios para morte encefálica. A avaliação pupilar deve ser utilizada em toda avaliação neurológica, com intervalos regulares, principalmente nos pacientes que possuem patologias neurológicas, poli traumatizados com TCE e em pós-operatório imediato de cirurgias neurológicas, estes devem ser avaliados de hora em hora nas primeiras 12 horas. Procedimento Operacional Padrão (POP) Codificação: GENF Nº 0018 Página n.º: 01/02 Avaliação Pupilar Edição/ Revisão: 1ª/01 Data de Emissão: 23/03/2012 Implantado: 26/03/2012 Valido: 02 anos Elaborado Por: Paula Cristina Santos Revisado por: Francisca Cecília Viana Rocha Validado Por: Francisca Cecília Viana Rocha (Gerente de Enfermagem) POP ENFERMAGEM HGV 2012 47 2. Objetivos Contribuir para o diagnóstico diferencial entre os quadros metabólicos (hipernatremia, uremia, etc.) e os originados por lesões estruturais do SNC; Detectar presença e a localização de doenças de tronco cerebral que levam ao coma; Identificar sofrimento do SNC, aumento de Pressão Intracraniana (PIC), edemas cerebrais, isquemias, hematomas, hidrocefalias, etc; Favorecer intervenção imediata clínica e/ou cirúrgica que possam evitar seqüelas, danos indesejáveis e morte encefálica. 3. Material Utilizado Lanterna clinica. 4. Procedimento Deve ser realizado independente do nível de consciência; Informar ao paciente sobre o procedimento; Fechar os olhos do paciente por alguns segundos; Abrir os olhos e com a lanterna clínica incidir a luz diretamente sobre cada uma das pupilas por alguns segundos; Avaliar, classificar e registrar no prontuário. Observação: Se anisocóricas, registrar a maior em relação à menor. Ex: pupilas anisocóricas, esquerda maior que a direita (E>D). 6. Responsabilidade Equipe multiprofissional: médicos, enfermeiros, fisioterapeuta, técnicos em enfermagem. 7. Referências CINTRA, E, A: NISHIDE, V M: NUNES, W.A. In: Assistência de Enfermagem ao Paciente Gravemente Enfermo. 2 ed.Atheneu,São Paulo, 2002. PALVEQUEIRES, S, et al. Manobras Avançadas de Suporte ao Trauma e Emergências Cardiovasculares (MAST). 5 ed. EDA, Rio de Janeiro, 2002. POP ENFERMAGEM HGV 2012 48 BACILOSCOPIA DE ESCARRO OU COLETA DE AMOSTRA DE ESCARRO PARA BK 1. Definição É um método de fundamental em adultos, para o diagnóstico e controle do tratamento da Tuberculose Pulmonar. É a pesquisa bacteriológica direta no escarro do bacilo álcool-ácido resistente (BAAR) pelo método de Zielh-Nielsen. 2. Objetivo Identificar os casos bacilíferos de Tuberculose Pulmonar, para tratamento precoce da patologia e interrupção da cadeia de transmissão, reduzindo a transmissão da doença e controle do tratamento para TP. 3. Material Utilizado 01 pote plástico descartável, com boca larga (50 mm de diâmetro), transparente, com tampa de rosca, altura de 40 mm, capacidade de 35 a 50 ml; 01 etiqueta de identificação contendo: nome do paciente, data da coleta e data de nascimento. 4. Procedimento Identificar o copo coletor, com etiqueta ou pincel; Orientar o cliente a colher amostra satisfatória. Uma boa amostra é a que provém da árvore brônquica, após esforça de tosse; Encaminhar cliente a um local aberto ou sala bem arejada em condições adequadas de biossegurança; Informar que o pote deve ser tampado e colocado em um saco plástico com a tampa para cima; Acondicionar amostra em caixa térmica ou isopor; Orientar cliente a lavar as mãos; Orientar cliente quanto a coleta da 2ª amostra no domicílio; Registrar no livro de Sintomático Respiratório. Procedimento Operacional Padrão (POP) Codificação: GENF Nº0019 Página n.º: 01/02 Baciloscopia de escarro ou coleta de amostra de escarro para BK Edição/ Revisão: 1º/01 Data de Emissão: 23/03/2012 Implantado: 26/03/2012 Valido: 02 anos Elaborado Por: Heronilda de Araújo Silva Revisado por: Luiza Pereira da Silva Validado Por: Francisca Cecília Viana Rocha (Gerente de Enfermagem) POP ENFERMAGEM HGV 2012 49 5. Responsabilidade Enfermeiro, Técnico de enfermagem ou auxiliar de enfermagem. 6. Referência Manual de Normas Técnicas de Tuberculose Para as Unidades Básicas de Saúde- Ministério da Saúde – 2011. POP ENFERMAGEM HGV 2012 50 BANHO NO LEITO 1. Definição Higienização total ou parcial do corpo, executada em pacientes acamados, impossibilitados de saírem do leito. 2. Objetivos Higienizar a pele. Reduzir potencial de infecções. Estimular a circulação sanguínea, proporcionar atividade muscular e oportunizar observação da integridade da pele e estado do paciente. Proporcionar conforto físico e mental. 3. Material Utilizado Luvas de procedimento; Kit p/banho no leito, contendo: jarra, bacia, compressas, sabonete anti-séptico; Kit de roupa contendo: 01 lençol luva, 02 lençóis cobertos, 02 toalhas de banho, 01 fronha; Espátula e solução para higiene oral; Biombo/cortina: saco de hamper ou saco descartável; Gaze. 4. Procedimento Lavar as mãos; Reunir todo o material necessário e levar ao leito do paciente, arrumando na mesa de banho; Avaliar a necessidade de higiene do couro cabeludo, se necessário proceder à lavagem conforme a técnica;
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