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TEORIA GERAL DO PROCESSO
AULA 4
Professora: Cristiani Fontanela
Arbitragem
Era um instrumento de desuso no direito brasileiro.
Com a Lei dos Juizados Especiais e com a Lei da Arbitragem ( Lei 9.307/96), ela ganhou nova força e vigor, e vai aos poucos, passando a ser utilizada como meio alternativo para a pacificação das pessoas em conflito.
É admitida apenas em matéria civil, em caso de direitos disponíveis. 
Juízo Arbitral
O juízo arbitral é delineado no direito brasileiro da seguinte forma:
a) convenção de arbitragem (compromisso entre as partes ou cláusula compromissória inserida em contrato);
b) limitação aos litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis;
c) restrições à eficácia da cláusula compromissória inserida em contratos de adesão;
d) capacidade das partes;
Juízo Arbitral
e) possibilidade de escolherem as regras de direito material a serem aplicadas na arbitragem, sendo ainda admitido convencionar que esta “se realize com base nos princípios gerais do direito, nos usos e costumes e nas regras internacionais de comércio”.
f) desnecessidade de homologação de sentença arbitral;
g) atribuição a esta dos mesmos efeitos, entre as partes, dos julgados proferidos pelo Poder Judiciário (valendo como título executivo);
Juízo Arbitral
h) possibilidade de controle jurisdicional ulterior, a ser provocado pela parte interessada;
i) possibilidade de reconhecimento e execução de sentenças arbitrais produzidas no exterior;
OBS: Os árbitros, não sendo investidos do poder jurisdicional estatal, não podem realizar a execução de suas próprias sentenças, nem impor medidas coercitivas.
Controle Jurisdicional Indispensável
Em alguns casos o processo é o único meio de obter a efetivação das situações ditadas pelo direito material (imposição de pena, dissolução de vínculo, anulação de casamento, suspensão e perda do poder familiar).
Então, a existência de todo o sistema processual decorre da ocorrência de casos em que uma pretensão deixe de ser satisfeita por quem poderia satisfazê-la, e também nos casos em que a lei veda a satisfação da pretensão por atos de qualquer indivíduo.
Necessidade de exame jurisdicional: pretensões que se referem a direitos e interesses regidos por normas de extrema indisponibilidade (penais, direito de família);
Indisponibilidade: regra do indispensável controle jurisdicional.
Acesso à Justiça
Solução que faça justiça a ambos os participantes do conflito e do processo;
O processo deve ser manipulado de modo a propiciar às partes o acesso à justiça, em acesso à ordem jurídica justa;
Acesso à justiça não é a mera admissão ao processo, ao ingresso em juízo!
Para que haja o efetivo acesso à justiça é indispensável:
a) o maior número de pessoas seja permitido demandar e a defender-se adequadamente;
b) garantia da observância das regras que regem o devido processo legal;
c) as partes devem participar intensamente na formação do convencimento do juiz (princípio do contraditório);
d) efetividade de uma participação em diálogo.
Necessidade de eliminação dos óbices
Para a efetividade do processo, ou seja, para a plena consecução de sua missão social de eliminar conflitos e fazer justiça, é preciso, além de tomar consciência dos escopos motivadores de todo o sistema (sociais, políticos, jurídicos), SUPERAR os óbices que ameaçam a boa qualidade de seu produto final.
Esses óbices situam-se em quatro “pontos sensíveis”:
I- A admissão do processo;
II- O modo- de- ser do processo;
III- A Justiça das decisões;
IV- A efetividade das decisões;
I- A admissão do processo
É preciso eliminar as dificuldades econômicas que impeçam ou desanimem as pessoas a litigar ou dificultem o oferecimento de uma defesa adequada;
Assistência Jurídica integral e gratuita (Art. 5, inc. LXXIV da CF), há de ser cumprida;
A justiça não pode ser tão cara de modo que seu custo seja desproporcional com os benefícios pretendidos.
O modo-de-ser do processo
É preciso que a ordem legal dos atos processuais (civil, penal, trabalhista), seja observada (devido processo legal), que as partes tenham a possibilidade de dialogar com o juiz (contraditório), e que este seja participativo, na busca de elementos para a sua própria instrução.
O juiz não deve ser mero expectador, mas um protagonista ativo de todo o drama processual.
III- A justiça das decisões
O juiz deve pautar-se pelo critério de justiça, seja:
a) ao apreciar a prova;
b) ao enquadrar os fatos em normas e categorias jurídicas, ou
c) o interpretar os textos de direito positivo.
Não se deve exigir uma prova tão precisa e exaustiva dos fatos, que torne impossível a demonstração dos fatos e impeça o exercício do direito material da parte;
Entre duas interpretações aceitáveis, deve pender por aquela que produza o resultado mais justo, ainda que, aparentemente, a vontade do legislador seja em sentido contrário;
Somente diante de um texto absolutamente sem possibilidade de interpretação em prol da justiça é que o juiz deve conformar-se.
Efetividade das decisões
Todo processo deve dar a quem tem um direito tudo aquilo e precisamente aquilo que ele tem o direito de obter;
O uso adequado de medidas cautelares, constitui poderoso instrumental capaz de assegurar os bons resultados das decisões e medidas definitivas que virão;
Prisão do devedor de alimentos;
Aplicação de multas diárias para descumprimento de obrigação de fazer ou não-fazer;

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