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Avaliação: CEL0239_AV_201507184999 » OFICINA LITERÁRIA Tipo de Avaliação: AV Aluno: 201507184999 - BIANCA SANCHES FERREIRA Professor: NADIA REGINA BARBOSA DA SILVA Turma: 9002/AB Nota da Prova: 7,0 Nota de Partic.: 1,5 Data: 01/09/2015 14:47:31 1a Questão (Ref.: 201507408209) Pontos: 1,5 / 1,5 Caracterize a presença do homem e do mito na epopeia. Resposta: A epopéia é uma narrativa, que enaltece os feitos grandiosos de um herói, que embora seja da aristocracia, representa a força e o poder de um povo, em um passado bem distante. O maravilhoso e o sobrenatural acontecem. O homem não é visto como um ser individual, pois há uma ênfase muito grande na coletividade. E o mito é o agir e o mover do sobrenatural nessa narrativa. Gabarito: A epopeia é uma narrativa de caráter heroico, grandioso. Expressa sempre o interesse nacional e social. Neste universo narrativo, o homem não tem espaço como ser único, ou seja, como portador de uma individualidade, pois o texto épico é o espaço de representação da coletividade. Há também uma atmosfera maravilhosa. Os acontecimentos narrados, na epopeia, são históricos e situados em um passado muito distante. Há, nas histórias, uma reunião de mitos, heróis e deuses. Elas abrangem uma totalidade de acontecimentos. 2a Questão (Ref.: 201507308425) Pontos: 1,5 / 1,5 O texto literário trabalha com as múltiplas significações que as palavras podem ter. Sendo assim, no fragmento do texto Pra não dizer que não falei das flores, de Geraldo Vandré, qual o significado da palavra FLOR? Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores Geraldo Vandré Composição: Geraldo Vandré Caminhando e cantando E seguindo a canção Somos todos iguais Braços dados ou não Nas escolas,nas ruas Campos ,construções Caminhando e cantando E seguindo a canção... Vem, vamos embora Que esperar não é saber Quem sabe faz a hora Não espera acontecer...( 2 x ) Pelos campos há fome Em grandes plantações Pelas ruas marchando Indecisos cordões Ainda fazem da flor Seu mais forte refrão E acreditam nas flores Vencendo o canhão... http://letras.terra.com.br/geraldo-vandre/46168/ Resposta: A flor, nesse texto, tem o sentido de esperança. Gabarito: A flor representa a esperança de paz, de dias melhores. 3a Questão (Ref.: 201507236938) Pontos: 0,5 / 0,5 Podemos dizer que ao imitar a realidade em suas obras literárias o autor sempre exerce um processo revelador porque: Renega a realidade que o cerca, anulando-a. a imitação é um processo que anula a realidade, já que se afasta totelmente dela Esconde o que pode desgostar o leitor. A construção literária é um processo No processo de imitação, o autor revela a realidade e a transforma em bem cultural 4a Questão (Ref.: 201507236740) Pontos: 0,5 / 0,5 Carta XIII ¿ Ao Rei D. João IV ¿ 4 de abril de 1654 "(...) Tornando aos índios do Pará, dos quais, como dizia, se serve quem ali governa como se foram seus escravos, e os traz quase todos ocupados em seus interesses, principalmente no dos tabacos, obriga-me a consciência a manifestar a V.M. os grandes pecados que por ocasião deste serviço se cometem. Primeiramente nenhum destes índios vai senão violentado e por força, e o trabalho é excessivo, e em que todos os anos morrem muitos, por ser venenosíssimo o vapor do tabaco: o rigor com que são tratados é mais que de escravos; os nomes que lhes chamam e que eles muito sentem, feiíssimos; o comer é quase nenhum; a paga tão limitada que não satisfaz a menor parte do tempo nem do trabalho; e como os tabacos se lavram sempre em terras fortes e novas, e muito distante das aldeias, estão os índios ausentes de suas mulheres, e ordinariamente eles e elas em mau estado, e os filhos sem quem os sustente, porque não têm os pais tempo para fazer suas roças, com que as aldeias estão sempre em grandíssima fome e miséria. Também assim ausentes e divididos não podem os índios ser doutrinados, e vivem sem conhecimento da fé, nem ouvem missa nem a têm para a ouvir, nem se confessam pela Quaresma, nem recebem nenhum outro sacramento, ainda na morte; e assim morrem e se vão ao Inferno, sem haver quem tenha cuidado de seus corpos nem de suas almas, sendo juntamente causa estas crueldades de que muitos índios já cristãos se ausentam de suas povoações, e se vão para a gentilidade, e de que os gentios do sertão não queiram vir para nós, temendo-se do trabalho a que os obrigam, a que eles de nenhum modo são costumados, e assim se vêm a perder as conversões e os já convertidos; e os que governam são os primeiros que se perdem, e os segundos serão os que os consentem; e isto é o que cá se faz hoje e o que se fez até agora.¿ Padre Antonio Vieira. Carta XIII. 1949 A partir desse fragmento, podemos perceber que Padre Antonio Vieira: Baseia-se na realidade para isolar-se dela Assume uma postura abstrata, afastando o texto da realidade Baseia-se na realidade que vive e tece um discurso de denúncia Assume a noção de que o índio é um ser inferior Transforma a realidade que o cerca, para compor uma imagem literária 5a Questão (Ref.: 201507468725) Pontos: 0,5 / 0,5 É correto dizer que a Epopeia é: uma narrativa longa cujo objetivo é informar. uma narrativa curta, com forte traço cômico. uma narrativa longa de caráter heroico e grandioso. uma narrativa literária, compromissada com o riso. uma narrativa curta, extremamente objetiva. 6a Questão (Ref.: 201507236777) Pontos: 0,5 / 0,5 Leia o texto abaixo: O romance é a epopéia de uma era para a qual a totalidade extensiva da vida não é mais dada de modo evidente, para a qual a imanência do sentido à vida tornou-se problemática, mas que ainda assim tem por intenção a realidade. (LUKÁCS,G. A teoria do romance. Editora 34.2009) O trecho extraído da obra de Georg Lukács confirma-se quando percebemos que: o romance pode ser visto com uma decorrência da epopéia em função do tempo, do espaço e do público epopéia e romance são textos totalmente diferentes, não havendo entre eles qualquer relação epopéia e romance não diferem em nada. O que acontece é meramente uma mudança de nomes o romance assemelha-se à comédia em sua gravidade e profundidade o romance deu origem à epopéia 7a Questão (Ref.: 201507236811) Pontos: 0,5 / 0,5 Qual das afirmativas abaixo não se refere ao conto? O conto é uma obra de ficção, um texto ficcional Como todos os textos de ficção, o conto apresenta um narrador, personagens, ponto de vista e enredo Classicamente, diz-se que o conto se define pela sua pequena extensão Como todos os textos de ficcção, o conto é longo. Sua extensão deve-se à complexidade de seus temas Cria um universo de seres e acontecimentos de ficção, de fantasia ou imaginação 8a Questão (Ref.: 201507778424) Pontos: 0,5 / 0,5 A OUTRA NOITE "Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui. Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal. Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou o sinal fechado para voltar-se para mim: -O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas, tem mesmo luar lá em cima? Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia uma outra - pura, perfeita e linda. -Mas, que coisa... Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva. Depois continuou guiando mais lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa. -Ora, sim senhor... E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um "boa noite" e um "muito obrigado ao senhor" tão sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse feito um presente de rei." Rubem Bragahttp://pensador.uol.com.br/cronicas_de_rubem_braga/ Sabemos que a crônica é uma forma de narrar que apresenta, assim como o conto, uma história curta. Qual das alternativas apresenta uma característica que, também, nos possibilita conceituar o texto apresentado como crônica? O uso da linguagem com certa polidez. O diálogo entre duas personagens. O questionamento do chofer. A trivialidade é o destaque do texto, por isso as personagens sequer apresentam nomes. Apresenta como cenário Copacabana, o famoso bairro da cidade do Rio de Janeiro. 9a Questão (Ref.: 201507238339) Pontos: 1,0 / 1,0 Opinião Podem me prender Podem me bater Podem até deixar-me sem comer Que eu não mudo de opinião. Aqui do morro eu não saio não Aqui do morro eu não saio não. Se não tem água Eu furo um poço Se não tem carne Eu compro um osso e ponho na sopa E deixa andar, deixa andar... Falem de mim Quem quiser falar Aqui eu não pago aluguel Se eu morrer amanhã seu doutor, Estou pertinho do céu. (Zé Ketti.Opinião) Essa música fez parte de um importante espetáculo teatral que estreou no ano de 1964, no Rio de Janeiro. O papel exercido pela Música Popular Brasileira (MPB) nesse contexto, evidenciado pela poesia na forma de letra de música citada, foi o de: entretenimento para os grupos intelectuais crítica à passividade dos setores populares mobilização dos setores que apoiavam a Ditadura Militar valorização do progresso econômico do país denúncia da situação social e política do país 10a Questão (Ref.: 201507779234) Pontos: 0,0 / 1,0 Mas eu ainda espero angariar as simpatias da opinião, e o primeiro remédio é fugir a um prólogo explícito e longo. (...)A obra em si mesma é tudo: se te agradar, fino leitor, pago-me da tarefa; se te não agradar, pago-te com um piparote, e adeus. Brás Cubas Leia o fragmento do prólogo do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas e observe que o defunto-autor deseja ganhar a simpatia do público, mas, ao mesmo tempo, paga o fino leitor com um piparote. Através dessas afirmações opostas, podemos dizer que o narrador criado por Machado de Assis é volúvel? Sim. Trata-se de um narrador que engana o leitor. Não. Brás Cubas, enquanto narrador, sabe o que quer: ele ri de tudo e de todos. Inclusive, do leitor. Não. Trata-se de um narrador que deixa claro o objetivo de conquistar o leitor. Sim. Trata-se de um narrador que muda de opinião. Não. Trata-se de um narrador que deseja ser pago por realizar uma boa tarefa.
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