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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA GERAL SECRETARIA NACIONAL DE JUVENTUDE MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO GRUPO DE TRABALHO INTERMINISTERIAL JUVENTUDE E MEIO AMBIENTE Relatório Final BRASÍLIA – DF 2013 1 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO................................................................................................. 3 REUNIÕES ORDINÁRIAS............................................................................. ........ 7 CONSULTA PÚBLICA ....................................................................................... . 16 REUNIÕES COM OS MINISTÉRIOS.................................................................... 26 PROGRAMA NACIONAL JUVENTUDE E MEIO AMBIENTE............................. 28 DIRETRIZES PARA A POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE E MEIO AMBIENTE........................................................................................................... 47 RECOMENDAÇÕES DO GT JUVENTUDE E MEIO AMBIENTE....................... 48 2 APRESENTAÇÃO O Grupo de Trabalho Interministerial Juventude e Meio Ambiente – GT Juventude e Meio Ambiente, instituído pela Portaria Interministerial n.º 319, de 19 de setembro de 2012, é composto pelo Ministério do Meio Ambiente, pelo Ministério da Educação e pela Secretaria Nacional de Juventude da Secretaria–Geral da Presidência da República, que o coordena, conforme a Portaria Interministerial n.º 330, de 6/11/2012. Foram membros do GT Juventude e Meio Ambiente, pela Secretaria Nacional de Juventude da Secretaria Geral da Presidência da República: Angela Cristina Santos Guimarães e Francisco Rodrigo Josino Amaral, como titulares; e Elisa Guaraná de Castro e Bruno de Oliveira Elias, como membros suplentes. Pelo Ministério da Educação: Maria das Graças Correia de Almeida e Rodrigo de Oliveira Júnior, titulares; e Leila Taeko Jin Brandão e Lourival Inácio Batista, suplentes. O Ministério do Meio Ambiente foi representado por Luiz Antônio Correia de Carvalho e Geraldo Vitor de Abreu, membros titulares e por Fabiana de Fátima Prado e Alex Barroso Bernal, como suplentes. Contribuíram, também, com imensa dedicação e cotidianamente: Aida Rodrigues Feitosa, do Ministério do Meio Ambiente e Magnólia Lins, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMbio/MMA, Fani Mamede, consultora pela SNJ/SG/PR e Naiara Moreira Campos, consultora pelo MEC. Rogério Eliseu Egewartt, do ICMbio, foi convidado a participar de algumas reuniões. Ângela Cristina Santos Guimarães, Secretária-Adjunta da Secretaria Nacional de Juventude, coordenou o Grupo de Trabalho. Gabriela Oliveira, assessora da Secretaria Executiva da Presidência da República atuou como facilitadora da segunda reunião. O GT iniciou seus trabalhos no dia 21 de novembro de 2012, a partir da reunião de instalação, e encerrou suas atividades, no dia 19 de junho de 2013, com a entrega do presente relatório final. Foram princípios norteadores da produção do Grupo: a) a participação do segmento juvenil em todas as suas etapas e atividades, por meio de mecanismos participativos, democráticos e de controle social; b) o respeito às diferentes formas 3 de participação juvenil em seus processos de organização, produção e representação, garantindo a coerência e a legitimidade das atividades do GT; e c) o diálogo, a cooperação e a colaboração intergeracional na condução das atividades do GT e nas políticas relacionadas às questões socioambientais. Seus objetivos foram: a análise de conteúdos, conceitos, práticas e resultados do contexto atual e o histórico de políticas relacionadas à juventude e meio ambiente, desenvolvidos pelo Governo Federal e por outros organismos de âmbito nacional e local; a proposição de diretrizes para o estabelecimento de uma Política Nacional de Juventude e Meio Ambiente, com a finalidade de orientar e potencializar esforços de ordem executiva e financeira em prol dos programas e atividades do Governo Federal relacionados com tal temática, bem como definir bases conceituais e metodológicas para os programas e atividades nesse âmbito; e o estabelecimento de conteúdos, formatos e planejamento da criação da Política e do Programa Nacional de Juventude e Meio Ambiente, com base nas políticas já desenvolvidas pelo Governo Federal. O prazo para o cumprimento dos objetivos do GT foi de 180 dias, prorrogados por 30 dias. Nesse período, realizou dezessete reuniões ordinárias; uma consulta Pública ao texto do Programa Nacional de Juventude e Meio e Ambiente; e uma série de reuniões com os órgãos que seguem: Ministério da Saúde, Ministério do Turismo, Ministério do Trabalho e Emprego, Fundação Palmares, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Secretaria de Políticas para Promoção da Igualdade Racial, Ministério da Cultura, Secretaria-Geral da Presidência da República, além de reuniões internas na Secretaria Nacional de Juventude, Ministério do Meio Ambiente e Ministério da Educação. Reuniu-se, também, com o Grupo de Trabalho Juventude e Meio Ambiente do Conselho Nacional de Juventude – Conjuve. De modo a assessorar o GT em seus trabalhos, a Secretaria Nacional de Juventude – SNJ/SG/PR selecionou e contratou uma consultoria. Neste relatório restará disponibilizado um compêndio com todas as informações pertinentes às atividades e produção do GT Juventude e Meio Ambiente. A íntegra e os originais de todos os documentos, tais como: portarias, listas de presença, registros das reuniões, entre outros, constarão no Processo n.º: 00019.000374/2012-78, disponibilizados no arquivo da Secretaria Geral da Presidência da República, onde poderão ser consultados. 4 Este relatório apresentará o processo de construção e apresentará o produto final dos trabalhos do GT Juventude e Meio Ambiente, qual seja, o desenho do Programa Nacional de Juventude e Meio Ambiente e as orientações para sua institucionalização, além das diretrizes para a Política Nacional de Juventude e Meio Ambiente. 5 1. REUNIÕES ORDINÁRIAS: No período de 21 de novembro de 2012 a 18 de junho de 2013 o Grupo de Trabalho Juventude e Meio Ambiente realizou dezessete reuniões ordinárias. As datas, presenças e a pauta seguem abaixo: 1.1. 1ª Reunião Data: 21/11/2012 Hora: 10h às 12h Local: Sala de Reuniões do 5º andar – Ministério do Meio Ambiente Pauta: o Instalação do GTI o Discussão sobre Plano de Trabalho o Regimento Interno Presentes: Maria das Graças Correia de Almeida, Rodrigo de Oliveira Júnior, Geraldo Vitor de Abreu, Aída Rodrigues Feitosa, Alex Bernal, Rodrigo Amaral, Luciana Soares, Moisés Savian. 1.2. 2ª Reunião Data: 14/12/2012 Hora: 9h às 12h Local: Sala de Reuniões do 8º andar – Ministério do Meio Ambiente Pauta: o Informes o Análise e aprovação do Regimento Interno o Análise e aprovação do Plano de Trabalho o Análise das contribuições ao “Programa Juventude e Meio Ambiente – Produtos do IV Encontro Nacional de Juventude e Meio Ambiente” 6 Presentes: Aida Rodrigues Feitosa, Alex Bernal, Ângela Guimarães, Geraldo Vitor de Abreu, Luciana Soares, Maria das Graças Correia de Almeida, Rodrigo Amaral, Rodrigo de Oliveira Júnior. 1.3. 3ª Reunião Data: 21/01/2012 Hora: 9h às 12h Local: Sala de Reuniões do 9º andar – Ministério do Meio Ambiente Pauta: o Definição dos eixos e temas do programa e da política de juventude e meio ambiente. Presentes: Aída Rodrigues Feitosa, Alex Bernal, Ângela Guimarães, Fabiana de Fátima Prado, Gabriella Oliveira,Geraldo Vitor de Abreu, Isabela Mattos, Luciana Soares, Maria das Graças Correia de Almeida, Rodrigo Amaral, Rodrigo de Oliveira Júnior. 1.4. 4ª Reunião Data: 28/01/2012 Hora: 9h às 12h Local: Sala de Reuniões do 9º andar – Ministério do Meio Ambiente Pauta: o Validação Final dos Eixos e Temas Presentes: Aída Rodrigues Feitosa, Alex Bernal, Ângela Guimarães, Isabela Mattos, Luciana Soares, Maria das Graças Correia de Almeida, Rodrigo Amaral, Rodrigo de Oliveira Júnior. 1.5. 5ª Reunião Data: 21/02/2013 7 Hora: 9h às 12h Local: Sala de Reuniões do 9º andar – Ministério do Meio Ambiente Pauta: • Debate sobre os subsídios à resolução de pendencias: o Resíduos sólidos, líquidos, catadores. o Educação nos processos de gestão ambiental publica (qualificação na participação da juventude) o Colegiados ambientais existentes e apresentação dos mais importantes e prioritários. o Resoluções da conferencia nacional de saúde ambiental o Recursos hídricos e ar • TEXTO: Apresentação da contextualização e objetivos do programa da política (introdução) • Apresentação de proposta sobre as CONSULTAS REGIONAIS Presentes: Aída Rodrigues Feitosa, Ângela Guimarães, Geraldo Vitor de Abreu, Isabela Mattos, Luciana Soares. 1.6. 6ª Reunião Data: 28/02/2013 Hora: 9h às 12h Local: Sala de Reuniões do 9º andar – Ministério do Meio Ambiente Pauta: • Debate sobre os subsídios à resolução de pendencias: o Resíduos sólidos, líquidos, catadores. o Educação nos processos de gestão ambiental publica (qualificação na participação da juventude) o Colegiados ambientais existentes e apresentação dos mais importantes e prioritários. 8 o Resoluções da conferencia nacional de saúde ambiental o Recursos hídricos e ar • OBJETIVOS: Debate sobre o Geral e os específicos • Apresentação de proposta sobre as CONSULTAS REGIONAIS • Conferência Nacional de Meio Ambiente • Conferência Infanto-juvenil pelo Meio Ambiente Presentes: Aída Rodrigues Feitosa, Alex Bernal, Ângela Guimarães, Luciana Soares, Rodrigo de Oliveira Júnior. 1.7. 7ª Reunião Data: 07/03/2013 Hora: 14:30h às 18h Local: Sala de Reuniões do 8º andar – Ministério do Meio Ambiente Pauta: o Debate sobre os subsídios à resolução de pendencias: o Resíduos sólidos, líquidos, catadores. o Educação nos processos de gestão ambiental publica (qualificação na participação da juventude) o Colegiados ambientais existentes e apresentação dos mais importantes e prioritários. o Resoluções da conferencia nacional de saúde ambiental o Recursos hídricos e ar • OBJETIVOS: Debate sobre o Geral e os específicos • Apresentação de proposta sobre as CONSULTAS REGIONAIS • Conferência Nacional de Meio Ambiente • Conferência Infanto-juvenil pelo Meio Ambiente Presentes: Aída Rodrigues Feitosa, Alex Bernal, Ângela Guimarães, Luciana Soares, Rodrigo de Oliveira Júnior, Rogério Eliseu Egewartt. 9 1.8. 8ª Reunião Data: 28/03/2013 Hora: 14:30h às 18h Local: Sala de Reuniões do 9º andar – Ministério do Meio Ambiente Pauta: o Apresentação da consultora Fani: Construção e validação dos Eixos e Subeixos Presentes: Aída Rodrigues Feitosa, Alex Bernal, Ângela Guimarães, Luciana Soares, Fani Mamede, Magnólia Lins. 1.9. 9ª Reunião Data: 3/4/2013 Hora: 14h30 às 18h30 Local: Sala de Reuniões do 9º andar – Ministério do Meio Ambiente Pauta: o Construção e validação dos Eixos e Subeixos. o Validação da estrutura do documento. Presentes: Aída Rodrigues Feitosa, Alex Bernal, Rodrigo de Oliveira Júnior, Luciana Soares, Fani Mamede, Magnólia Lins. 1.10. 10ª Reunião Data: 8/4/2013 Hora: 9h30 às 12h30 e 13h30 às 18h00 Local: Sala de Reuniões do 9º andar – Ministério do Meio Ambiente Pauta: o Construção e validação dos Eixos e Subeixos. 10 o Leitura do texto do Eixo 1 apresentado pela Consultora. o Estratégias políticas de atuação do GT. Presentes: Aída Rodrigues Feitosa, Alex Bernal, Rodrigo de Oliveira Júnior, Maria das Graças Correia de Almeida, Fani Mamede, Ângela Guimarães. 1.11. 11ª Reunião Data: 17/4/2013 Hora: 9h30 às 12h30 Local: Sala de Reuniões do 9º andar – Ministério do Meio Ambiente Pauta: o Avaliação dos textos das Linhas de Ação e Contextualização do Programa, enviados pela Consultora. o Relato da reunião do GT de Meio Ambiente do Conjuve Presentes: Ângela Guimarães, Alex Bernal, Aída Rodrigues Feitosa, Rodrigo de Oliveira Júnior, Magnólia Lins, Fani Mamede. 1.12. 12ª Reunião Data: 23/4/2013 Hora: 14h30 às 18h00 Local: Sala de Reuniões do 9º andar – Ministério do Meio Ambiente Pauta: o Avaliação da proposta de texto do Programa, disponibilizada na internet pela ferramenta de trabalho “google docs”. Presentes: Rogério Eliseu Egewartt, Alex Bernal, Aida Rodrigues Feitosa, Fani Mamede. 11 1.13. 13ª Reunião Data: 29/4/2013 Hora: 14h30 às 18h30 Local: Sala de Reuniões do 9º andar – Ministério do Meio Ambiente Pauta: - Discussão e ajustes no texto do Programa, com a definição dos objetivos específicos incorporando as contribuições do GT Juventude e Meio Ambiente do Conjuve. Presentes: Ângela Guimarães, Alex Bernal, Aida Rodrigues Feitosa, Maria das Graças Correia de Almeida, Rodrigo de Oliveira Júnior, Fani Mamede. 1.14. 14ª Reunião Data: 15/05/2013 Hora: 14h30 às 18h30 Local: Sala de Reuniões do 9º andar – Ministério do Meio Ambiente Pauta: o Definição das diretrizes políticas de juventude e meio ambiente; o Realização da consulta pública do Programa; o Realização das webs conferências (responsáveis pelas linhas de ação); o Apresentação pelo MEC da proposta da consulta presencial. Presentes: Ângela Guimarães, Alex Bernal, Aida Rodrigues Feitosa, Rodrigo de Oliveira Júnior, Fani Mamede, Luciana Soares, Magnólia Lins, Geraldo Vitor de Abreu. 1.15. 15ª Reunião Data: 12/06/2013 12 Hora: 9h30 às 12h Local: Sala de Reuniões da SNJ - CCBB Pauta: o Sistematização das contribuições da Consulta Pública Presentes: Ângela Guimarães, Aida Rodrigues Feitosa, Fani Mamede, Naiara Moreira Campos, Magnólia Lins. 1.16. 16ª Reunião Data: 17/06/2013 Hora: 9h30 às 12h Local: Sala de Reuniões 9º andar - MMA Pauta: o Sistematização das contribuições da Consulta Pública Presentes: Ângela Guimarães, Aida Rodrigues Feitosa, Fani Mamede, Naiara Moreira Campos, Magnólia Lins, Alex Bernal. 1.17. 17ª Reunião Data: 18/06/2013 Hora: 14:30h às 18h Local: Sala de Reuniões 9º andar – MMA Pauta: o Sistematização das contribuições da Consulta Pública o Definição e aprovação das Recomendações do GT o Análise e aprovação das Diretrizes da Política Nacional de Juventude e Meio Ambiente; 13 Presentes: Ângela Guimarães, Aida Rodrigues Feitosa, Fani Mamede, Naiara Moreira Campos, Alex Bernal. 14 2. CONSULTA PÚBLICA: De modo a efetivar os princípios norteadores do GT e garantir a participação do segmento juvenil em todas as suas etapas e atividades, por meio de mecanismos participativos, democráticos e de controle social; o respeito às diferentes formas de participação juvenil em seus processos de organização, produção e representação, garantindo a coerência e a legitimidade das atividades do GT; e o diálogo, a cooperação e a colaboração intergeracional na condução das atividades do GT e nas políticas relacionadas às questões socioambientais, foi realizada a consulta pública ao Programa Nacional de Juventude. A consulta pública foi realizada nos seguintes modais: duas reuniões com o Grupo de Trabalho Juventude e Meio Ambiente do Conselho Nacional de Juventude – GT Juvema/Conjuve; quatro webs conferências concernentesa cada uma das linhas de ação da proposta de Programa; e uma Consulta Pública disponível em um blog. 2.1. Reuniões Juvema/Conjuve Houve duas reuniões presenciais entre os dois grupos de trabalho. Na primeira, em Brasília, no dia 12 março, foram apresentados os eixos do Programa. Na segunda, no dia 11 de abril, no Rio de Janeiro, debateu-se mais detalhada e detidamente o conteúdo de cada um dos eixos. 2.2. Web Conferência Foram realizadas uma série de quatro webs conferências, transmitidas ao vivo pelo portal do Ministério da Educação, através do endereço: http://portal.mec.gov.br/ambiental/transmissao. As conferências virtuais ocorreram nas datas que seguem e trataram das linhas de ação propostas no Programa Nacional Juventude e Meio Ambiente – PNJMA. A média de participação foi de 32 conexões simultâneas: 2.2.1. Linha de Ação: Educação Ambiental, Formação e Produção do 15 Conhecimento Data e horário: 24/05/2013 - 10h às 12h Participantes: Rodrigo Oliveira, Alex Bernal e Luciana Soares Disponível para acesso em: http://consultajuventudemeioambiente.wordpress.com/web-conferencias/educacao-ambi- ental-formacao-e-producao-do-conhecimento/ 2.2.2. Linha de Ação: Trabalho Decente e Sustentável para a Juventude Data e horário: 27/05/2013 – 15h às 17h Participantes: Ângela Guimarães e Alex Bernal Disponível para acesso em: http://consultajuventudemeioambiente.wordpress.com/web-conferencias/trabalho-decente-e- sustentavel-para-a-juventude/ 2.2.3. Linha de Ação: Direito da Juventude ao Território Data e horário: 10/06/2013 – 10h às 12h Participantes: Aida Feitosa e Ângela Guimarães Disponível para acesso em: http://www.youtube.com/watch?v=2lyWY_jHl74&feature=youtu.be 2.2.4. Linha de Ação: Participação Social da Juventude nas Políticas Públicas para a Sustentabilidade Data e horário: 10/06/2013 – 10h às 12h Participantes: Aida Feitosa, Rodrigo Oliveira e Ângela Guimarães Disponível para acesso em: http://www.youtube.com/watch?v=22XRUBRmJ-U&feature=youtu.be 16 2.2.5. Consulta Pública ao Programa Nacional Juventude e Meio Ambiente: Entre os dias 20 de maio e 10 de junho de 2013 a proposta de Programa Nacional Juventude e Meio Ambiente esteve disponível para emendas através do endereço: www.consultajuventudemeioambiente.wordpress.com Esta iniciativa teve como objetivo reafirmar o compromisso do governo com essa pauta, consolidando o conceito de democracia participativa como método de governo e possibilitar que qualquer cidadão ou cidadã pudesse opinar sobre a proposta. O texto foi divido nas seguintes partes: introdução, justificativa, contextualização, objetivo geral, objetivos específicos e linhas de ação. Para apresentar a contribuição, o/a interessado/a deveria acessar o texto e postar um comentário com sua proposta. Não havia limite para a postagem de comentários. Outra forma de participar foi através do envio de opiniões para o e-mail: juventude.meioambiente@presidencia.gov.br. Ao final de todos este rico processo participativo, foram encaminhadas as 65 (sessenta e cinco) emendas ao texto, que seguem sistematizadas na tabela abaixo: MATRIZ DE CONTRIBUIÇÕES À CONSULTA PÚBLICA PROPOSTA DO PROGRAMA NACIONAL DE JUVENTUDE E MEIO AMBIENTE PERÍODO: 20 DE MAIO A 10 DE JUNHO DE 2013 PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA - SECRETARIA GERAL – SECRETARIA NACIONAL DE JUVENTUDE MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO GRUPO DE TRABALHO INTERMINISTERIAL DE JUVENTUDE E MEIO AMBIENTE TEXTO ORIGINAL (TÍTULO OU NÚMERO DO PARÁGRAFO) ENVIO DA CONTRIBUIÇÃO O RI G E M E TE XT O DELIBERAÇÃO DO GTI INTERNET e E- MAIL WEB CONFERÊNCIA STATUS C – contemplado R - rejeitado JUSTIFICATIVA e OBSERVAÇÕES TEXTO NA ÍNTEGRA X Coletivo Jovem de Rondônia 1. Abrir C Item 7 será contemplado nas iniciativas 17 TEXTO ORIGINAL (TÍTULO OU NÚMERO DO PARÁGRAFO) ENVIO DA CONTRIBUIÇÃO O RI G E M E TE XT O DELIBERAÇÃO DO GTI INTERNET e E- MAIL WEB CONFERÊNCIA STATUS C – contemplado R - rejeitado JUSTIFICATIVA e OBSERVAÇÕES espaços para os jovens, através de suas reivindicações, para colocarem em prática seus projetos; 2. Interv ir em ações públicas – como, por exemplo, a construção do aterro sanitário perto de uma nascente; 3. Gover no ajudar na divulgação dos projetos de Educação ambiental, em que jovens são protagonistas, para que mais jovens se interessem a participar. 4. Os jovens precisam estar capacitados para a gestão pública, para o controle social das políticas ambientais, estimulando seu senso critico; 5. A juventude precisa esta presente nas discussões da gestão pública, levando sugestões e criticas que contribuam para o meio do Programa. 18 TEXTO ORIGINAL (TÍTULO OU NÚMERO DO PARÁGRAFO) ENVIO DA CONTRIBUIÇÃO O RI G E M E TE XT O DELIBERAÇÃO DO GTI INTERNET e E- MAIL WEB CONFERÊNCIA STATUS C – contemplado R - rejeitado JUSTIFICATIVA e OBSERVAÇÕES ambiente; 6. Const ruir Hortas espaços ociosos – fazer as hortas comunitárias em terrenos baldios – estimulando que a comunidade se envolva e que tenha capacitação para jovens atuarem nesse trabalho profissionalmen te. 7. Direit o á terra as famílias para poder produzir alimentos saudáveis, combatendo os agrotóxicos, causadores de doenças que só se multiplicam. TEXTO I INTRODUÇÃO X Damaris Paz - AM 4. Mudar a redação: é notório o papel central da juventude na transformação dos modelos socioambientai s. A participação das novas gerações na promoção da sustentabilidad e não deve se restringir a um olhar apenas para o futuro. C 19 TEXTO ORIGINAL (TÍTULO OU NÚMERO DO PARÁGRAFO) ENVIO DA CONTRIBUIÇÃO O RI G E M E TE XT O DELIBERAÇÃO DO GTI INTERNET e E- MAIL WEB CONFERÊNCIA STATUS C – contemplado R - rejeitado JUSTIFICATIVA e OBSERVAÇÕES Sendo que todas as transformações necessárias para a construção de sociedades sustentáveis devem ser feita por todos. Mas é necessário garantir cada vez mais a participação dos jovens na construção de políticas públicas, ressaltando suas prioridades e contribuições no debate sobre sustentabilidad e. Damaris Fazer um parágrafo somente para as experiências das redes de juventude. C Contemplado com a inclusão do texto proposto pelo GT Juvema do Conjuve na contextualizaçã o. Damaris Unir parágrafos 5. e 6. por tratarem do mesmo tema. C X Daniela Pessanha 2. Alterar a redação do texto "3,0% do próprio consumo" para "3,0% de trabalhadores na produção para o próprio consumo". C TEXTO II X Damaris C 20 TEXTO ORIGINAL (TÍTULO OU NÚMERO DO PARÁGRAFO) ENVIO DA CONTRIBUIÇÃO O RI G E M E TE XT O DELIBERAÇÃO DO GTI INTERNET e E- MAIL WEB CONFERÊNCIA STATUS C – contemplado R - rejeitado JUSTIFICATIVA e OBSERVAÇÕES JUSTIFICATIVA Mudar redação 9. Este modelo sustentável, para ser alcançado, exige profundas transformações nos sistemas de gestão e concepção das políticas, visando estratégias que busquem garantir condições de governabilidad e compatíveis com um projeto global de sustentabilidad e. Os jovens desse novo século, que vivem em um mundo que conjuga um acelerado processo de globalização e múltiplas desigualdades sociais, compartilham uma experiência geracional historicamente inédita. Boa parte da mudançasocioambiental, que irá garantir a vida das gerações futuras, é influenciada por mudanças de atitudes da juventude. obs: não por a juventude 21 TEXTO ORIGINAL (TÍTULO OU NÚMERO DO PARÁGRAFO) ENVIO DA CONTRIBUIÇÃO O RI G E M E TE XT O DELIBERAÇÃO DO GTI INTERNET e E- MAIL WEB CONFERÊNCIA STATUS C – contemplado R - rejeitado JUSTIFICATIVA e OBSERVAÇÕES como única responsável nas mudanças necessárias na sociedade. TEXTO III CONTEXTUALIZ AÇÃO X Gt Juvema do Conjuve Atividades e cronograma das ações de Juventude e Meio Ambiente no Brasil C Incorporado o texto com esse título. TEXTO IV OBJETIVO GERAL X Gt Juvema do Conjuve Elaborar, articular, fortalecer e executar ações governamentai s e não governamentai s de juventude e meio ambiente, garantindo os direitos da juventude brasileira em suas diversidades - como descrita no Estatuto da Juventude - enquanto segmento estratégico no processo de consolidação de sociedades sustentáveis e transição para uma nova civilização, fomentando condições para o enfrentamento à crise socioambiental que atinge desigualmente C Contemplada a expressão “executar”. 22 TEXTO ORIGINAL (TÍTULO OU NÚMERO DO PARÁGRAFO) ENVIO DA CONTRIBUIÇÃO O RI G E M E TE XT O DELIBERAÇÃO DO GTI INTERNET e E- MAIL WEB CONFERÊNCIA STATUS C – contemplado R - rejeitado JUSTIFICATIVA e OBSERVAÇÕES as diversas juventudes. TEXTO IV OBJETIVOS ESPECÍFICOS X Diogo Damasceno Pires 1) item 49: “Estimular e fortalecer os movimentos ju- venis de meio ambiente e apoiar as ações socioambien- tais por eles promovidas” PROPOSTA: (Novo Texto) - Estimular e fortalecer os Coletivos Jovens de Meio Ambiente, bem como os demais movimentos juvenis com atuação na área ambiental e apoiar as ações socioambientai s por eles promovidas. Justificativa: É importante reconhecer o papel e o histórico dos Coletivos Jovens de Meio Ambiente, dando o destaque necessário aos mesmos, visto que em sua maioria já aglutinam diversos jovens militantes e movimentos inseridos nos próprios R A forma original do item foi considerada mais abrangente. 23 TEXTO ORIGINAL (TÍTULO OU NÚMERO DO PARÁGRAFO) ENVIO DA CONTRIBUIÇÃO O RI G E M E TE XT O DELIBERAÇÃO DO GTI INTERNET e E- MAIL WEB CONFERÊNCIA STATUS C – contemplado R - rejeitado JUSTIFICATIVA e OBSERVAÇÕES coletivos, bem como é importante reconhecer outras iniciativas e grupos com atuação na área ambiental com a intenção de somar esforços. Diogo Damasceno Pires itens 29 e 52: “Promover a formação do jovem para a sustentabilidad e socioambiental ” e “Estimular a formação de jovens lideranças para atuação na temática socioambiental ” PROPOSTA: (Unificar textos) - Promover a formação de jovens para a sustentabilidad e socioambiental, bem como estimulando a formação de novas lideranças para atuação na área Justificativa: ambos os textos tratam praticamente da mesma questão e juntos, podem reforçar o C 24 TEXTO ORIGINAL (TÍTULO OU NÚMERO DO PARÁGRAFO) ENVIO DA CONTRIBUIÇÃO O RI G E M E TE XT O DELIBERAÇÃO DO GTI INTERNET e E- MAIL WEB CONFERÊNCIA STATUS C – contemplado R - rejeitado JUSTIFICATIVA e OBSERVAÇÕES assunto. Diogo Damasceno Pires 2) item 37: “Fomentar o tu- rismo ecológico e o turismo ét- nico em base comunitária e apoiar a forma- ção de jovens educadores ambientais” 3) PRO- POSTA: (des- membrar itens e novo texto) - Fomentar no âmbito da juventude o turismo ecológico e o turismo étnico em base comunitária - Fomentar e apoiar a formação de jovens educadores ambientais de acordo com a sua realidade local na construção de sociedades sustentáveis, tendo como base os eixos: “jovem educa jovem”, “jovem mobiliza jovem” e; “uma contemplado em parte 25 TEXTO ORIGINAL (TÍTULO OU NÚMERO DO PARÁGRAFO) ENVIO DA CONTRIBUIÇÃO O RI G E M E TE XT O DELIBERAÇÃO DO GTI INTERNET e E- MAIL WEB CONFERÊNCIA STATUS C – contemplado R - rejeitado JUSTIFICATIVA e OBSERVAÇÕES geração aprende com a outra” Justificativa: As temáticas têm particularidade s distintas. Na primeira, importante destacar o foco na juventude a importância do turismo ecológico e na segunda é importante reforçar a Educação Ambiental como estratégia de formação de jovens militantes na área, bem como destacar a EA para Sociedades Sustentáveis em acordo com a lei da PNEA, assim como é importante destacar os princípios que norteiam a atuação das juventudes na atuação da EA, “jovem educa jovem”, “jovem mobiliza jovem” e; “uma geração aprende com a outra”. Diogo Damasceno Pires 4) Itens 34 e 40 5) Itens 34 e 42 aproximar no texto 26 TEXTO ORIGINAL (TÍTULO OU NÚMERO DO PARÁGRAFO) ENVIO DA CONTRIBUIÇÃO O RI G E M E TE XT O DELIBERAÇÃO DO GTI INTERNET e E- MAIL WEB CONFERÊNCIA STATUS C – contemplado R - rejeitado JUSTIFICATIVA e OBSERVAÇÕES PROPOSTA: (Aproximar as questões) - Sugiro aproximar os itens, que tratam de assuntos correlatos. Diogo Damasceno Pires 6) itens 40, 45, 46, 47, 48, 50, 51. PROPOSTA: (Aproximar e aglutinar questões) - Todos os itens falam de garantir a participação das juventudes nos espaços de controle social, sugiro aproximar alguns itens e/ou aglutinar as questões onde for possível. C Juntado os itens 40, 45 e 46 e os itens 48 e 50. X Damaris 30. Fomentar a produção de materiais de referência e didáticos que articulem o diálogo entre conhecimentos científicos e tradicionais. Complementar a redação: (...) conhecimentos científicos e tradicionais relacionados a temática juventude e C 27 TEXTO ORIGINAL (TÍTULO OU NÚMERO DO PARÁGRAFO) ENVIO DA CONTRIBUIÇÃO O RI G E M E TE XT O DELIBERAÇÃO DO GTI INTERNET e E- MAIL WEB CONFERÊNCIA STATUS C – contemplado R - rejeitado JUSTIFICATIVA e OBSERVAÇÕES meio ambiente. Damaris Proposta de novo objetivo: - Garantir a participação da Juventude nas Conferências de Meio Ambiente R Já está contemplado em item do texto. Damaris 37. Fomentar o turismo ecológico e o turismo étnico em base comunitária e apoiar a formação de jovens educadores ambientais; Desmembrar: -Fomentar o turismo ecológico e étnico -Fomentar a formação de jovens educadores ambientais contemplado em parte Os itens foram desmembrados . X GT JUVEMA DO CONJUVE 25-incentivar e promover estudos (trocar por ensino), pesquisas e extensão universitária sobre juventude e meio ambiente e meio ambiente e desenvolvimen to sustentável; Contemplado o que está negritado 28 TEXTO ORIGINAL (TÍTULO OU NÚMERO DO PARÁGRAFO) ENVIO DA CONTRIBUIÇÃO O RI G E M E TE XT O DELIBERAÇÃO DO GTI INTERNET e E- MAIL WEB CONFERÊNCIA STATUS C – contemplado R - rejeitado JUSTIFICATIVA e OBSERVAÇÕES X GT JUVEMA DO CONJUVE 27-estimular e promover processos sustentáveis de produção e práticas de consumo consciente e sustentável (acrescentar: e estabelecer o controle social sobre campanhas publicitárias); Contemplado o que está negritado X GT JUVEMA DO CONJUVE 28-valorizar, disseminar e preservar saberes e conhecimentos dospovos e comunidades tradicionais (acrescentar: entre os jovens, principalmente jovens dos povos tradicionais e indígenas); C Juntado os itens 28 e 38. X GT JUVEMA DO CONJUVE 31-estimular e apoiar a produção de conteúdo social, político, cultural e educativo dos jovens, para os jovens e fortalecer instrumentais de educomunicaçã o; (reformulada) C 29 TEXTO ORIGINAL (TÍTULO OU NÚMERO DO PARÁGRAFO) ENVIO DA CONTRIBUIÇÃO O RI G E M E TE XT O DELIBERAÇÃO DO GTI INTERNET e E- MAIL WEB CONFERÊNCIA STATUS C – contemplado R - rejeitado JUSTIFICATIVA e OBSERVAÇÕES X GT JUVEMA DO CONJUVE 34-estruturar a capacitação para o trabalho, bem como a indústria da reciclagem solidária, com resíduos sólidos e garantir condições de trabalho decente e permanência na vida escolar, acadêmica e profissionalizan te para os jovens catadores; (reformulada) C X GT JUVEMA DO CONJUVE 36-fomentar a sustentabilidad e socioambiental da agricultura familiar favorecendo a transição de base agroecológica, a permanência, a mobilidade da juventude (acrescentar: e o acesso à internet), no meio rural; C X GT JUVEMA DO CONJUVE 44-estimular a implementação (modificação para "e o") uso de energia vinda de fontes renováveis e sustentáveis que não C 30 TEXTO ORIGINAL (TÍTULO OU NÚMERO DO PARÁGRAFO) ENVIO DA CONTRIBUIÇÃO O RI G E M E TE XT O DELIBERAÇÃO DO GTI INTERNET e E- MAIL WEB CONFERÊNCIA STATUS C – contemplado R - rejeitado JUSTIFICATIVA e OBSERVAÇÕES impactem negativamente as comunidades; X GT JUVEMA DO CONJUVE 45-garantir a gestão sustentável, de bacias hidrográficas, aquíferos e ecossistemas costeiros com a participação da juventude, (acrescentar: inclusive nos comitês de bacias hidrográficas); R Já está contemplado no texto de origem. X GT JUVEMA DO CONJUVE 46-promover a gestão territorial adequada da biodiversidade com a participação da juventude (acrescentar: inclusive nos conselhos gestores das unidades de conservação); R Já está contemplado no texto de origem. X GT JUVEMA DO CONJUVE 48-ampliar os espaços de participação social nos processos de licenciamento ambiental garantindo a efetiva participação das comunidades atingidas e em Contemplado o que está negritado 31 TEXTO ORIGINAL (TÍTULO OU NÚMERO DO PARÁGRAFO) ENVIO DA CONTRIBUIÇÃO O RI G E M E TE XT O DELIBERAÇÃO DO GTI INTERNET e E- MAIL WEB CONFERÊNCIA STATUS C – contemplado R - rejeitado JUSTIFICATIVA e OBSERVAÇÕES especial da juventude, (reformulado); X GT JUVEMA DO CONJUVE 49-estimular e fortalecer as ações socioambientai s dos movimentos e organizações socioambientai s por ele desenvolvidas (reformulado). Contemplado o que está negritado X GT JUVEMA DO CONJUVE NOVO- estabelecer instância de formação junto a Organismos Internacionais da América Latina, e de outros países, para a criação e promoção de Políticas Públicas de Juventude e Meio Ambiente que implementem e aperfeiçoem as práticas correntes; contemplado no texto do programa X GT JUVEMA DO CONJUVE NOVO- estipular agendas de encontro e formação sobre as metas dos Objetivos do Desenvolvimen to Sustentável (ODS), o Fórum Mundial da Água de 2018 e C Contemplado nas iniciativas (participação nas metas dos ODS e outro item de participação para cada evento) 32 TEXTO ORIGINAL (TÍTULO OU NÚMERO DO PARÁGRAFO) ENVIO DA CONTRIBUIÇÃO O RI G E M E TE XT O DELIBERAÇÃO DO GTI INTERNET e E- MAIL WEB CONFERÊNCIA STATUS C – contemplado R - rejeitado JUSTIFICATIVA e OBSERVAÇÕES as metas "Pós 2015" da agenda do desenvolviment o sustentável global na formulação de planos de trabalho temáticos apoiados pelos órgãos públicos de Juventude e organismos internacionais; X GT JUVEMA DO CONJUVE NOVO- promover a estabilidade da vida do jovem no campo por meio do apoio à melhoria e ampliação da estrutura de escolas rurais e o desenvolviment o de projetos de Educação Ambiental assistidos pelas redes de educação ambiental e juventude; C contemplado e incorporado na linha de ação 1 X GT JUVEMA DO CONJUVE NOVO- garantir a participação das jovens mulheres no licenciamento ambiental de grandes obras; C Contemplado na justificativa. X GT JUVEMA DO CONJUVE NOVO- reunir e sistematizar ações já desenvolvidas C Contemplado nas recomendações do Programa. 33 TEXTO ORIGINAL (TÍTULO OU NÚMERO DO PARÁGRAFO) ENVIO DA CONTRIBUIÇÃO O RI G E M E TE XT O DELIBERAÇÃO DO GTI INTERNET e E- MAIL WEB CONFERÊNCIA STATUS C – contemplado R - rejeitado JUSTIFICATIVA e OBSERVAÇÕES pelo governo federal envolvendo a temática juventude e meio ambiente nos últimos 10 anos e fazer um balanço no sentido de analisar e avaliar indicadores de resultado e outros resultados com o objetivo de fortalecer substituir, retomar ou extinguir ações no próximo período de execução deste programa; X GT JUVEMA DO CONJUVE NOVO- mapear articular ações do programa nacional de juventude e meio ambiente com ações de programas, projetos e ações no âmbito das demais políticas públicas e políticas de juventude desenvolvidas pelo governo federal com o objetivo de transversalizar e complementar os seus objetivos; C Contemplado nas recomendações do Programa. 34 TEXTO ORIGINAL (TÍTULO OU NÚMERO DO PARÁGRAFO) ENVIO DA CONTRIBUIÇÃO O RI G E M E TE XT O DELIBERAÇÃO DO GTI INTERNET e E- MAIL WEB CONFERÊNCIA STATUS C – contemplado R - rejeitado JUSTIFICATIVA e OBSERVAÇÕES X GT JUVEMA DO CONJUVE NOVO- promover ações que garantam a autonomia e a emancipação das jovens mulheres frente às mudanças ambientais; C Contemplado na justificativa. X GT JUVEMA DO CONJUVE NOVO- implementar as ações de sustentabilidad e socioambiental contidas no plano nacional de educação em direitos humanos e plano nacional de políticas públicas para LGBT; R Já está contemplado no objetivo geral e linhas de ação. X GT JUVEMA DO CONJUVE NOVO- formação de jovens através de conteúdo e metodologias para a reflexão, instrumentaliza ção e ações que promovam a transição para um outro modelo de produção e consumo para a juventude; C Já está contemplado no texto. X GT JUVEMA DO CONJUVE NOVO- apoiar iniciativas sustentáveis de produção e C Já está contemplado no texto. 35 TEXTO ORIGINAL (TÍTULO OU NÚMERO DO PARÁGRAFO) ENVIO DA CONTRIBUIÇÃO O RI G E M E TE XT O DELIBERAÇÃO DO GTI INTERNET e E- MAIL WEB CONFERÊNCIA STATUS C – contemplado R - rejeitado JUSTIFICATIVA e OBSERVAÇÕES geração de renda para a juventude por meio da implementação de iniciativas da economia solidária e economia solidária e feminista, e incentivar o cooperativismo, associativismo e solidariedade entre jovens; X GT JUVEMA DO CONJUVE NOVO- Implementar uma agenda nacional de trabalho decente e sustentável para a juventude com base na agenda nacional do trabalho decente para a juventude; C Já está contemplado no texto. X GT JUVEMA DO CONJUVE NOVO- valorizar, disseminar e preservar saberes e conhecimentos civilizatórios dos povos e comunidades tradicionais e indígenasque contribuam para promoção de sociedades sustentáveis e a transmissão destes saberes as novas C Já está contemplado no texto. 36 TEXTO ORIGINAL (TÍTULO OU NÚMERO DO PARÁGRAFO) ENVIO DA CONTRIBUIÇÃO O RI G E M E TE XT O DELIBERAÇÃO DO GTI INTERNET e E- MAIL WEB CONFERÊNCIA STATUS C – contemplado R - rejeitado JUSTIFICATIVA e OBSERVAÇÕES gerações; X GT JUVEMA DO CONJUVE NOVO- fomentar, estimular e apoiar a produção cultural e socioeducativa dos jovens através de instrumentos e processos de educomunicaçã o, audiovisual, e outras mídias que abordem situações de conflitos socioambientai s e que tenham como objetivo transmitir conhecimento a gerações seguintes; C Contemplado na linha de ação 1. X GT JUVEMA DO CONJUVE NOVO- incentivar o ecoturismo e o ecoturismos- étnico de forma comunitária para a formação de jovens guias e educadores socioambientai s oriundos das comunidades com garantia de remuneração e infraestrutura, principalmente em territórios de povos e comunidades tradicionais e indígenas, C Contemplado na linha de ação 2. 37 TEXTO ORIGINAL (TÍTULO OU NÚMERO DO PARÁGRAFO) ENVIO DA CONTRIBUIÇÃO O RI G E M E TE XT O DELIBERAÇÃO DO GTI INTERNET e E- MAIL WEB CONFERÊNCIA STATUS C – contemplado R - rejeitado JUSTIFICATIVA e OBSERVAÇÕES unidades de conservação, seu entorno e corredores ecológicos, gerando renda, preservando e evidenciando as características culturais, naturais e territoriais; X GT JUVEMA DO CONJUVE NOVO- incentivar iniciativas de demarcação, homologação, reconheciment o, desistrução e titularização das terras dos Povos e Comunidades Tradicionais com prioridade para indígenas e quilombolas; R Não é objetivo do Programa. X GT JUVEMA DO CONJUVE NOVO- incentivar iniciativas que promovam a gestão territorial adequada e compartilhada entre governos e sociedade dos biomas: Amazônia, Cerrado, Caatinga e Seminário, Mata Atlântica, Pampas e Pantanal, com a participação da juventude; C Contemplado na linha de ação 3. 38 TEXTO ORIGINAL (TÍTULO OU NÚMERO DO PARÁGRAFO) ENVIO DA CONTRIBUIÇÃO O RI G E M E TE XT O DELIBERAÇÃO DO GTI INTERNET e E- MAIL WEB CONFERÊNCIA STATUS C – contemplado R - rejeitado JUSTIFICATIVA e OBSERVAÇÕES X GT JUVEMA DO CONJUVE NOVO- Estimular e fortalecer ações e projetos que trabalhem com a soberania e a segurança alimentar e nutricional das juventudes; C Já está contemplado no texto. TEXTO V LINHA DE AÇÃO 1) Educação ambiental, formação e produção do conhecimento X Teresinha Sá Oliveira - Porto Alegre – RS [...] um programa feito por jovens para jovens com a temática da sustentabilidad e, mostrando concretamente escolas, organizações de bairros, entrevistas… enfim, comunicação em tempo real dentro das casas envolvendo as famílias de fato em horário nobre, daí sim, acredito que o País falaria a mesma língua e nossas crianças, nossos jovens e os adultos também teriam a possibilidade de refletir seu cotidiano, suas práticas. Falo de TV mas também de todas as mídias, pois comunicar e sensibilizar C 39 TEXTO ORIGINAL (TÍTULO OU NÚMERO DO PARÁGRAFO) ENVIO DA CONTRIBUIÇÃO O RI G E M E TE XT O DELIBERAÇÃO DO GTI INTERNET e E- MAIL WEB CONFERÊNCIA STATUS C – contemplado R - rejeitado JUSTIFICATIVA e OBSERVAÇÕES deve ser o foco. X Lívia Portela Considerando os entraves presentes atualmente na implementação do PNEA, o texto do Programa deve tentar elencar formas em que os princípios anteriormente estabelecidos no PNEA de fato sejam efetivados e saiam do papel. Além dessa meta proposta de “desenvolver, executar e potencializar iniciativas de formação de jovens, incorporando conteúdos e metodologias que promovam a reflexão, a instrumentaliza ção e a ação individual e coletiva para o enfrentamento da crise socioambiental global”. A meu ver as ações do programa devem ter por meta desburocratizar as escolas e metodologias atualmente Contemplado com outra redação 40 TEXTO ORIGINAL (TÍTULO OU NÚMERO DO PARÁGRAFO) ENVIO DA CONTRIBUIÇÃO O RI G E M E TE XT O DELIBERAÇÃO DO GTI INTERNET e E- MAIL WEB CONFERÊNCIA STATUS C – contemplado R - rejeitado JUSTIFICATIVA e OBSERVAÇÕES empregadas nelas, que são o real obstáculo para o emprego das metodologias da Educação Ambiental. X Franciele Regina Escorteganha Laner 1) Propo sta de emenda aditiva V. Linhas de Ação artigo 1º emenda 57 ·Fomentar a pesquisa científica nos Institutos Federais e Universidades sobre ecossistemas marinhos e biomas, especificament e manguezais localizados em área urbana que vem sendo alterados pela emissão de efluentes líquidos e sólidos. ·Convergir conhecimento técnico e científico para aplicar em procedimentos que auxiliem nos casos de desequilíbrio físico-químico de recursos hídricos. Contemplado no objetivo específico e na Linha de Ação III 41 TEXTO ORIGINAL (TÍTULO OU NÚMERO DO PARÁGRAFO) ENVIO DA CONTRIBUIÇÃO O RI G E M E TE XT O DELIBERAÇÃO DO GTI INTERNET e E- MAIL WEB CONFERÊNCIA STATUS C – contemplado R - rejeitado JUSTIFICATIVA e OBSERVAÇÕES Franciele Regina Escorteganha Laner 2) Propo sta de emenda aditiva V. Linhas de Ação artigo 1º emenda 55. ·Incentivar políticas sustentáveis na sociedade brasileira, através do uso de ecobags, refis de produtos, bicicletas, etc. ·Conscientizar indústrias da crise socioambiental global para que adotem medidas em grande escala sustentáveis, reduzindo ou substituindo substâncias nocivas ao meio ambiente. Contemplado nas Linhas de Ação e no Objetivo Franciele Regina Escorteganha Laner 3) Propo sta de emenda aditiva V. Linhas de Ação artigo 1º emenda 63. ·Formar um maior número de jovens técnicos e profissionais de saneamento. ·Valorizar o conhecimento técnico científico da C 42 TEXTO ORIGINAL (TÍTULO OU NÚMERO DO PARÁGRAFO) ENVIO DA CONTRIBUIÇÃO O RI G E M E TE XT O DELIBERAÇÃO DO GTI INTERNET e E- MAIL WEB CONFERÊNCIA STATUS C – contemplado R - rejeitado JUSTIFICATIVA e OBSERVAÇÕES área de saneamento, com o intuito de reduzir a incidência de patologias e impactos ambientais, enfatizando a poluição de reservas de água doce, aquíferos e lençóis freáticos, que compromete a segurança hídrica nacional a longo prazo. ·Aplicar o conhecimento técnico científico da área de saneamento para fins de controle da poluição atmosférica, hídrica e do solo. X FETAG-BA Que o Programa Juventude e Meio Ambiente, viabilize cursos de agroecologia e capacitações sobre a importância do consumo de produtos sustentáveis para a juventude rural e urbana, visando que os jovens sejam multiplicadores da C Será contemplado nas iniciativas do Programa. 43 TEXTO ORIGINAL (TÍTULO OU NÚMERO DO PARÁGRAFO) ENVIO DA CONTRIBUIÇÃO O RI G E M E TE XT O DELIBERAÇÃO DO GTI INTERNET e E- MAIL WEB CONFERÊNCIA STATUS C – contemplado R - rejeitado JUSTIFICATIVA e OBSERVAÇÕES sustentabilidad e ambiental e econômica no campo e nas cidades. X FETAG-BA • Que o Programa Juventude e Meio Ambiente, viabilizem campanhasde conservação dos mananciais e do uso consciente da água e do solo. • Que o Programa Juventude e Meio Ambiente, viabilize campanhas de conscientização e adotem políticas de diminuição até a eliminação do uso dos agrotóxicos no Brasil. C TEXTO V LINHA DE AÇÃO 2) Trabalho decente e sustentável para a juventude FETAG-BA Criação de Certificação solidária de produtos orgânicos e agroecológicos da agricultura familiar, na perspectiva da promoção da saúde, segurança alimentar e nutricional, com agregação de valor à sua produção e melhoria da R 44 TEXTO ORIGINAL (TÍTULO OU NÚMERO DO PARÁGRAFO) ENVIO DA CONTRIBUIÇÃO O RI G E M E TE XT O DELIBERAÇÃO DO GTI INTERNET e E- MAIL WEB CONFERÊNCIA STATUS C – contemplado R - rejeitado JUSTIFICATIVA e OBSERVAÇÕES qualidade de vida das pessoas. X FETAG-BA Que o Programa Juventude e Meio Ambiente, dispõe de recursos para divulgação das experiências existentes e exitosas em agroecologia, preservação e sustentabilidad e ambiental, realizadas pelos governos e sociedades. C Será contemplado nas iniciativas do Programa. X FETAG-BA Que o Programa Juventude e Meio Ambiente, crie canais de acesso para a comercialização da produção orgânica e agroecologica em todo o país, nos eventos, Fóruns Nacionais e Internacionais de Meio Ambiente, Esportes, Turismo, Compras Governamentai s e as diversas atividades na área do desenvolviment o sustentável e solidário. C 45 TEXTO ORIGINAL (TÍTULO OU NÚMERO DO PARÁGRAFO) ENVIO DA CONTRIBUIÇÃO O RI G E M E TE XT O DELIBERAÇÃO DO GTI INTERNET e E- MAIL WEB CONFERÊNCIA STATUS C – contemplado R - rejeitado JUSTIFICATIVA e OBSERVAÇÕES X FETAG-BA Que o Programa Juventude e Meio Ambiente, fomente, em parceria com as entidades de pesquisa e extensão rural, ações relacionadas às tecnologias sociais e de convivência com o semiárido. R TEXTO V LINHA DE AÇÃO 3) Direito da juventude ao território X Wellington Antonio dos Santos Considerando a importância da educação ambiental no ambiente do ensino técnico é universitário, sugere-se que o programa garanta aos jovens o transporte público gratuito ou com preço diferenciado. Ressalta-se que muitas cidades brasileiras não possuem escolas técnicas e universidades, e os jovens dessas cidades enfrentam diversas dificuldades financeiras para a continuidade na jornada da qualificação C 46 TEXTO ORIGINAL (TÍTULO OU NÚMERO DO PARÁGRAFO) ENVIO DA CONTRIBUIÇÃO O RI G E M E TE XT O DELIBERAÇÃO DO GTI INTERNET e E- MAIL WEB CONFERÊNCIA STATUS C – contemplado R - rejeitado JUSTIFICATIVA e OBSERVAÇÕES profissional. Considerando a importância e necessidade do transporte gratuito para a juventude, peço deferimento desta proposta. X FETAG-BA Que o Programa Juventude e Meio Ambiente, incentive o reflorestament o de matas ciliares, das áreas de preservação permanente e de pagamentos por serviços ambientais para os agricultores familiares e comunidades tradicionais. C TEXTO V LINHA DE AÇÃO 4) Participação social da juventud e nas políticas públicas para a sustentab ilidade 47 3. REUNIÕES COM MINISTÉRIOS: A opção do GT foi pelo aporte de ações já previstas no Plano Plurianual 2011-2015, dos diferentes ministérios, ao programa. Neste sentido, procedeu-se a uma série de reuniões para a apresentação do Programa Nacional Juventude e Meio Ambiente, aos diferentes órgãos, com o objetivo de se identificar os programas e ações, passíveis de serem aportados às linhas de ações do PNJMA. Já foram realizadas reuniões com os Ministérios da Saúde, do Turismo, do Trabalho e Emprego, do Desenvolvimento Agrário, da Cultura, Fundação Palmares, Secretaria de Políticas para Promoção da Igualdade Racial, Secretaria-Geral da Presidência da República, além de reuniões internas na Secretaria Nacional de Juventude, Ministério do Meio Ambiente e Ministério da Educação. A pauta, comum a todas as reuniões, foi a articulação de ações previstas no PPA para o PNJMA. Segue o calendário realizado: 3.1. Fundação Palmares: Data: 21/05/2013 Reunião com: Alexandro Reis, Diretor do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro- Brasileiro. 3.2. Ministério da Saúde: Data: 07/06/2013 Reunião com: Tereza de Lamare, coordenadora da área Técnica de Saúde do Adolescente e do Juventude. 3.3. Ministério do Trabalho e Emprego: 48 Data: 04/06/2013 Reunião com: Josbertini Clementino, Diretor de Políticas para a Juventude. Reunião com: Roberto Marinho: Secretário Nacional de Economia solidária 3.4. Ministério do Turismo: Data: 04/06/2013 Reunião com: Adelino Silva Neto, Coordenador-Geral do Programa Turismo Sustentável e Infância. 3.5. Ministério do Desenvolvimento Agrário: Data: 13/06/2013 Reunião com: Ana Carolina Silva, Assessora de Juventude. 3.6. Secretaria de Promoção de Políticas para a Igualdade Racial: Data: 13/06/2013 Reunião com: Bárbara Oliveira, Diretora de Programas da Secretaria de Políticas para Comunidades Tradicionais. 3.7. Secretaria Geral da Presidência da República: Data: 14/06/2013 Reunião com: Daniela Metello, Coordenadora do Comitê Interministerial de Inclusão dos Catadores de Materiais Recicláveis. 3.8. Ministério da Cultura: 49 Data: 17/06/2013 Reunião com: Juana Nunes, Diretora de Educação e Cultura da Secretaria de Políticas Culturais 50 4. PROGRAMA NACIONAL JUVENTUDE E MEIO AMBIENTE Grupo de Trabalho Interministerial de Juventude e Meio Ambiente GTI Juventude e Meio Ambiente PROGRAMA NACIONAL DE JUVENTUDE E MEIO AMBIENTE PROPOSTA PÓS CONSULTA PÚBLICA I INTRODUÇÃO Segundo o levantamento da Divisão de Estudos da População da Organização das Nações Unidas (ONU), no final de outubro de 2011 a população do planeta Terra atingiu a marca de 7 bilhões de habitantes, sendo 26% de Jovens. Para a ONU, o número de pessoas entre 14 e 24 anos nunca foi tão grande no mundo, são mais de 1 bilhão distribuído pelos continentes. Mais da metade da população mundial tem menos de 25 anos de idade. A maior geração de jovens já registrada na história do planeta se prepara para passar à idade adulta em um mundo cada vez mais desigual e competitivo. No Brasil, segundo o Censo de 2010 há 51.330.569 jovens (15 a 29 anos). Isso representa ¼ da população brasileira. O desemprego atinge 46,5 % dos jovens. A ocupação da juventude brasileira está representada pelos seguintes dados: 52,7% com empregos com carteira assinada, 3,1% empregados estatutários, 13,8% empregados sem carteira assinada, 13,5% trabalham por conta própria, 0,8% de empregadores, 2,0% não remunerados, 3,0 % dos trabalhadores na produção para o próprio consumo. O levantamento constata que 4,0 % dos jovens não têm renda; 37,5% dos jovens de 15 a 29 anos apresentam renda domiciliar per capita inferior até meio salário mínimo (SM), 27,9% de ½ a 1 SM, 18,9% de 1 a 2 SM, 5,4 % de 2 a 3 SM, 3,6 % de 3 a 5 SM, 2,0% de 5 a 10 SM, 0,5 % de 10 a 20 SM, e apenas 0,2 % com renda acima de 20 SM. O aquecimento do planeta nas últimas décadas tem sido extremamente rápido em comparação com as mudanças climáticas durante os últimos dois milênios. O reconhecimento da necessidade de integrar as preocupações ambientais 51 às instituições sociais públicas, privadas e ao setor econômico ganhou amplitude na última década, tanto nacional quanto internacional.Os serviços prestados pelos ecossistemas no mundo são fundamentais para o desenvolvimento das nações. No entanto, o esgotamento dos recursos naturais como as florestas, terras agrícolas e bacias hidrográficas, além dos danos decorrentes de poluentes no ar e na água, os padrões atuais de produção e consumo têm impactado de maneira negativa na vida dos jovens de todo o mundo. É notório o papel central da juventude na transformação dos modelos socioambientais. A participação das novas gerações na promoção da sustentabilidade não deve se restringir a um olhar apenas para o futuro. Recai sobre todos e todas a tarefa inadiável de transformar a dívida que receberam em benefícios para a atual e as futuras gerações. Mas, é necessário aproximar cada vez mais os jovens da construção e implementação de políticas públicas, ressaltando todas as suas prioridades e contribuições no debate sobre sustentabilidade. As experiências observadas nas redes de juventude de todo o país demonstram a importância do envolvimento deste segmento da sociedade na busca de novos caminhos para o desenvolvimento sustentável. A Agenda 21 Global, acordada e assinada por mais de 170 países, traz a temática juventude em 17 de seus 40 capítulos e estabelece as diretrizes, objetivos e atividades a serem seguidas pelos países signatários, incluindo o Brasil, colocando na pauta dos governos a necessidade de melhorias nas condições de vida deste segmento da população, bem como a relevância do diálogo entre gestão governamental e juventude. Em seus capítulos, aponta os jovens como camada importante da população mundial, seja por sua situação de vulnerabilidade social, com menos proteção e atenção da sociedade e menos oportunidades de formação e estruturação social; seja por seu papel de destaque como agente promotor da sustentabilidade, geração estratégica para a transformação socioambiental. A participação da juventude no processo de mobilização para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em 2012, foi fundamental para a articulação de uma agenda de juventude para sociedades sustentáveis, combinando políticas de promoção da autonomia e emancipação dos jovens e uma nova governança mundial pela sustentabilidade. Dentre as propostas apresentadas pelos jovens brasileiros está a reivindicação para que sejam 52 asseguradas políticas públicas de juventude que atendam às reais demandas da população. II JUSTIFICATIVA Vivemos em uma crise civilizatória. Se por um lado vemos o modelo de desenvolvimento atual, caracterizado como predatório, injusto e excludente levando a escassez dos recursos naturais, por outro temos o desafio de implementar o paradigma da sustentabilidade que consiste em garantir um desenvolvimento ambientalmente adequado, socialmente justo e economicamente viável, incorporando questões relativas a ética, política e cultura. Este modelo sustentável, para ser alcançado, exige profundas transformações nos sistemas de gestão e concepção das políticas, visando estratégias que busquem garantir condições de governabilidade compatíveis com um projeto global de sustentabilidade. Os jovens desse novo século, que vivem em um mundo que conjuga um acelerado processo de globalização e múltiplas desigualdades sociais, compartilham uma experiência geracional historicamente inédita. A mudança socioambiental que irá garantir a vida das gerações futuras depende de mudanças de atitude de toda a sociedade e em especial da juventude. O Programa deverá articular, integrar, desenvolver, executar e potencializar ações de formação de jovens, incorporando conteúdos e metodologias que promovam a reflexão, a instrumentalização e a ação para o enfrentamento individual e coletivo da crise socioambiental global, considerando o jovem, em especial as jovens mulheres, como sujeito de direitos específicos e singulares que demanda políticas públicas do Estado para se desenvolver plenamente. III CONTEXTUALIZAÇÃO O Ministério da Educação e o Ministério do Meio Ambiente, a partir de 2003, realizaram três edições da Conferência Nacional Infanto-Juvenil que transformaram milhares de escolas de todo País em espaços de mobilização, promovendo o debate entre professores, estudantes e comunidades. Essa iniciativa formou jovens em todas as Unidades Federativas do Brasil que deram origem aos Coletivos Jovens de Meio Ambiente. Em 2010 essa tecnologia social foi compartilhada pelo governo 53 brasileiro, com 56 países por meio do processo da Conferência Internacional Infantojuvenil – Vamos Cuidar do Planeta que envolveu e formou adolescentes e jovens de todo o mundo. No período de 2003 a 2010 os movimentos de juventude e meio ambiente realizaram cinco edições do Encontro Nacional de Juventude e Meio Ambiente apoiados pelos Ministérios da Educação e Meio Ambiente e a Secretaria Nacional de Juventude. Esses encontros se consolidam como espaço de formação, articulação e fortalecimento dos movimentos de juventude na perspectiva de convergir esforços na perspectiva da sustentabilidade. Em fevereiro de 2005, o Presidente da República, assinou a Lei nº 11.129, de 30 de junho de 2005, instituindo a Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), vinculada à Secretaria-Geral da Presidência da República. A Secretaria é responsável pela articulação e integração de programas e projetos, em âmbito federal, destinados aos jovens na faixa etária entre 15 e 29 anos. A mesma lei que instituiu a Secretaria Nacional de Juventude criou o Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), composto por 60 membros, sendo 20 do governo federal e 40 da sociedade civil. A 1ª Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude, coordenada pela Secretaria Nacional de Juventude e pelo Conselho Nacional de Juventude, foi realizada em Brasília nos dias 27 a 30 de abril de 2008. O tema meio ambiente foi a 4ª prioridade em um rol de 22 definidas pela plenária da Conferência. A ação prioritária foi “Criar uma Política Nacional de Juventude e Meio Ambiente que inclua o Programa Nacional de Juventude e Meio Ambiente, institucionalizado no PPA (Plano Plurianual), com a participação dos jovens nos processos de construção, execução, avaliação e decisão, bem como da Agenda 21 da juventude que fortaleça os movimentos juvenis no enfrentamento da grave crise ambiental, global e planetária, com a construção de sociedades sustentáveis”. O tema Juventude também foi o foco de três deliberações na plenária final da III Conferência Nacional do Meio Ambiente, realizada em 2008, Deliberações 33, 83 e 87 do Eixo Temático IV: Educação e Cidadania Ambiental: 54 “33. Ampliar e fortalecer o Programa 'Vamos Cuidar do Brasil com as Escolas' e implantar o 'Programa Juventude e Meio Ambiente' nas comunidades escolares, além das tradicionais e indígenas para a formação de público infanto-juvenil para a compreensão e construção de sociedades sustentáveis.” “83. Garantir nas Secretarias estaduais e municipais de educação em suas respectivas redes de ensino, a formatação do apoio pedagógico e financeiro, cumprindo o dispositivo na Lei 9.795/99, conforme o artigo 4º e todos os seus incisos, art. 17, inciso III, na formação de educadores ambientais populares, por meio da implementação do Programa Nacional de Juventude e Meio Ambiente e do fortalecimento e ampliação do Programa de Coletivos Educadores, os Coletivos Jovens de Meio Ambiente e Com-Vidas (círculos de aprendizagem participativa sobre meio ambiente e qualidade de vida nas escolas e comunidades), e Agenda 21 Escolar, bem como a outros grupos, coletivos e organizações sociais, das instituições de ensino na comunidade, em todo o tecido social,para que sinergizem as ações das instituições de uma base territorial.” “87. Incentivar, garantir e dar condições à ampla participação dos(as) jovens na construção, execução, avaliação e decisão das políticas de meio ambiente, com a implementação do Programa Nacional de Juventude e Meio Ambiente, institucionalizado no PPA, bem como da Agenda 21 da Juventude, com a participação em colegiados e conferências, Comitês Gestores ou Conselhos da Juventude.” Na 2ª Conferência Nacional de Juventude, realizada em dezembro de 2011, merece destaque a Proposta 4 do Eixo 2: “Fortalecer a política nacional de juventude e meio ambiente e criar o programa nacional de juventude e meio ambiente, intersetorializado e institucionalizado no PPA (Plano Plurianual), na LOA (Lei de Orçamento Anual) na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), bem como a agenda 21 da juventude, de modo 55 a fortalecer os movimentos juvenis e a agenda 21 brasileira no enfrentamento das graves crises ambientais, com a participação das juventudes nos processos de construção, execução, avaliação e decisão, sustentada por pesquisas periódicas.” A realização de todo esse processo legítimo e qualificado de mobilização deu origem aos Coletivos Jovens de Meio Ambiente, hoje em número de 400, aproximadamente. Esses coletivos são grupos informais de jovens e organizações juvenis existentes em todos os estados e diversos municípios brasileiros que se articulam em Rede mobilizados em torno da temática socioambiental. Contando hoje com 4.600 Comissões de Meio Ambiente e Qualidade de Vida, a COM-VIDA foi criada a partir da realização da primeira Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente em 2003 se traduz numa nova forma de organização, um espaço permanente e dinâmico, integrado com a comunidade escolar, onde se constrói a Agenda 21 na escola. Foi criado, em setembro de 2012, o Grupo de Trabalho Interministerial de Juventude e Meio Ambiente, coordenado pela Secretaria Nacional de Juventude da Secretaria Geral da Presidência da República, e composto ainda pelo Ministério da Educação e pelo Ministério do Meio Ambiente. O GTI Juventude e Meio Ambiente tem como princípios orientadores a participação juvenil em todas as suas etapas e atividades; o respeito às diferentes formas organizativas juvenis; e o diálogo, cooperação e colaboração intergeracional na condução de suas atividades, cujos objetivos foram definir as bases conceituais e metodológicas e planejar a criação da Política e do Programa Nacional de Juventude e Meio Ambiente. Atividades e cronograma das ações de Juventude e Meio Ambiente no Brasil 56 2003 - I Encontro Nacional de Juventude e Meio Ambiente: Contou com a participação de 6 jovens de cada unidade da federação, para trocar experiências sobre o processo de organização das conferências estaduais infanto-juvenil do meio ambiente. Nesse encontro foi criada a REJUMA, Rede de Juventude pelo Meio Ambiente e Sustentabilidade; I Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, com a criação dos Conselhos Jovens com assento nas Comissões Organizadoras das etapas Estaduais - COE; 2004 - Conselhos Jovens criados a partir da I Conferência Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente permanecem como espaços de articulação juvenil, passando a ser chamados de Coletivos Jovens; 2005 - II Encontro Nacional de Juventude e Meio Ambiente; Criação do Programa Juventude e Meio Ambiente – fase 1 (2005/2006) no Ministério da Educação; 2006 - II Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente; 2007 - III Encontro Nacional de Juventude e Meio Ambiente; 2008 - I Conferência Nacional de Políticas Públicas para Juventude; 2009 - III Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Ambiente; IV Encontro Nacional de Juventude e Meio Ambiente; 2010 - V Encontro Nacional de Juventude e Meio Ambiente; 2011 - II Conferência Nacional de Políticas Públicas para Juventude; 2012 - Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20 Criação do Grupo de Trabalho Interministerial de Juventude e Meio Ambiente e do Grupo de Trabalho de Juventude e Meio Ambiente do Conselho Nacional de Juventude; 57 IV OBJETIVO GERAL E OBJETIVOS ESPECÍFICOS o Objetivo Geral Elaborar, articular, executar e fortalecer ações governamentais e não governamentais de juventude e meio ambiente, visando garantir os direitos da juventude brasileira em sua diversidade, como segmento estratégico no processo de construção e consolidação de sociedades sustentáveis e garantindo as condições para o enfrentamento à crise socioambiental, que atinge desigualmente os diversos grupos sociais. o Objetivos Específicos o Incentivar e promover estudos, pesquisas e extensão nos institutos federais e universidades sobre juventude e meio ambiente, sustentabilidade e desenvolvimento sustentável; o Apoiar a produção acadêmica da juventude para as temáticas ambientais; o Estimular e promover processos sustentáveis de produção e práticas de consumo consciente e sustentável; o Valorizar, disseminar e preservar saberes e conhecimentos dos povos e comunidade tradicionais com o apoio de políticas públicas específicas para os jovens dessas populações; o Promover a formação do jovem e de jovens lideranças para a sustentabilidade socioambiental e apoiar a formação de jovens educadores ambientais; o Fomentar a produção de materiais de referência e didáticos que articulem o diálogo entre conhecimentos científicos e tradicionais relacionados a temática juventude e meio ambiente; o Estimular e apoiar a produção de conteúdo social, político, cultural e educativo dos jovens e fortalecer processos de educomunicação; 58 o Apoiar iniciativas sustentáveis de produção e geração de renda para a juventude por meio da economia popular e solidária, cooperativismo e associativismo; o Fortalecer as ações de saúde e segurança no trabalho para a juventude; o Capacitar para o trabalho com resíduos sólidos, garantindo condições de trabalho decente e permanência na vida escolar, acadêmica e profissionalizante para os jovens catadores; o Apoiar a implementação da gestão adequada, sustentável e territorial dos resíduos sólidos, de bacias hidrográficas, aquíferos e ecossistemas costeiros e da biodiversidade com a participação da juventude; o Garantir condições de trabalho decente no campo e condições de segurança adequada no manuseio de agrotóxicos; o Fomentar a sustentabilidade socioambiental da agricultura familiar favorecendo a transição de base agroecológica, a permanência, a mobilidade e a inclusão digital da juventude no meio rural; o Fomentar o turismo ecológico e o turismo étnico em base comunitária com a participação da juventude; o Apoiar iniciativas de juventude para a promoção da segurança e soberania alimentar e nutricional; o Inibir e restringir o uso de agrotóxicos e sementes transgênicas e estimular a participação da juventude nas questões relativas à biossegurança, visando progressivamente alcançar territórios ambientalmente saudáveis; o Incentivar a democratização do acesso a terra e as políticas de reforma agrária para a juventude rural; o Estimular a implementação e o uso de energia vinda de fontes renováveis e sustentáveis que não impactem negativamente as comunidades; o Garantir a participação das juventudes na implementação de políticas de prevenção e mitigação dos desastres naturais e de convivência com os biomas e seus ciclos; 59 o Fomentar a participação da juventude das comunidades diretamente atingidas por empreendimentos em processos de licenciamento ambiental;o Garantir o controle social e a participação qualificada da juventude nos conselhos e colegiados da área ambiental e de gestão territorial; o Estimular e fortalecer os movimentos juvenis de meio ambiente e organizações socioambientais por eles desenvolvidas; o Fomentar a participação da juventude em fóruns e espaços de cooperação internacional pelo meio ambiente e sustentabilidade em especial a cooperação Sul-Sul; o Promover ações de educação de jovens no processo de gestão ambiental pública; o Apoiar e fomentar a criação de programas de juventude e meio ambiente nos níveis estadual e municipal; V LINHAS DE AÇÃO 1) Educação ambiental, formação e produção do conhecimento Esta linha de Ação do Programa deverá se basear nos princípios estabelecidos pela Política Nacional de Educação Ambiental. Fundamentadas na educação integral, e numa educação ambiental crítica e emancipatória, a ações de formação do Programa visam desenvolver, executar e potencializar iniciativas de formação de jovens, incorporando conteúdos e metodologias que promovam a reflexão, a instrumentalização e a ação individual e coletiva para o enfrentamento da crise socioambiental global. A educação ambiental é uma das dimensões da educação caracterizada pela prática pedagógica intencional, que visa à construção de conhecimentos, ao desenvolvimento de habilidades, atitudes e valores sociais; ao cuidado com a comunidade, a justiça e a equidade socioambiental; a proteção do meio ambiente natural e construído; e a promoção da responsabilidade cidadã por meio da reciprocidade das relações dos seres humanos entre si e com a natureza. Deve adotar abordagens que considerem a interface entre a natureza, a sociocultura, a produção, o trabalho, o consumo, superando as concepções despolitizadas, 60 acríticas, ingênuas e naturalistas ainda muito presentes na prática pedagógica das instituições de ensino formais e não-formais. No âmbito da educação formal, o programa deve assegurar e fortalecer as Conferências Nacionais Infantojuvenis pelo Meio Ambiente e a formação de Com- Vida nas escolas, seguindo os princípios: “jovem mobiliza jovem, jovem educa jovem e uma geração aprende com a outra”. O programa deve fomentar a participação da juventude na constituição de Espaços Educadores Sustentáveis, tanto nas escolas quanto nas universidades, contribuindo para a transição dessas instituições rumo à sustentabilidade socioambiental, em diálogo com as comunidades do entorno. Isso se dá na construção de conhecimento e de ações que fortaleçam a gestão participativa e democrática, adequações sustentáveis nos espaços físicos e a implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental (Resolução CNE/MEC n° 02, de 15/06/2012). Os estudos e pesquisas em educação ambiental na perspectiva da juventude têm como principal objetivo produzir conhecimentos sobre os processos educativos e conhecimentos pedagógicos para a consolidação da dimensão ambiental na educação a partir da realidade, das visões e das experiências da juventude brasileira. A finalidade básica desses estudos e pesquisas reside na produção ou consolidação de conhecimento sobre a relação da juventude com o meio ambiente a partir de fundamentação teórica, que considere as inovações metodológicas participativas e cooperativas que vêm se consolidando ao longo dos últimos anos no Brasil e no mundo. A extensão universitária na temática da educação ambiental para a juventude receberá incentivo junto à pesquisa e ao ensino. Enquanto o ensino trata de ministrar o conhecimento formal ou curricular, a extensão como uma das funções sociais de uma universidade, deverá atuar por meio de um conjunto de ações dirigidas à sociedade, indissociavelmente vinculadas ao ensino e à pesquisa, com a finalidade de promover o desenvolvimento do bem-estar físico, espiritual e social, a garantia dos valores democráticos de igualdade de direitos e de participação, o respeito à pessoa e à sustentabilidade das intervenções no ambiente. A garantia de direitos e participação da juventude deverá também estar assegurada na busca de alternativas que reduzam as pressões sobre o meio ambiente. O Programa deverá conceber e por em prática instrumentos de 61 educomunicação para formar, sensibilizar, mobilizar e engajar a juventude, visando a adoção de novas práticas que estimulem processos e padrões de produção e consumo mais sustentáveis. Nessa perspectiva o Programa deverá incentivar ações de formação socioambiental voltadas para o conhecimento e a proteção das práticas dos povos e comunidades tradicionais e o reconhecimento da garantia dos seus direitos territoriais, sociais, ambientais, econômicos, religiosos e culturais, com respeito e valorização da sua identidade, suas formas de organização e modos de distribuição e consumo da produção. Além de desenvolver ações de socialização desse conhecimento junto à juventude desses povos por meio dos diversos meios disponíveis visando subsidiar projetos e ações na perspectiva da sustentabilidade. Ainda no processo de formação socioambiental do jovem, no caso específico do meio rural, as práticas em bases agroecológicas devem ser consideradas como alternativas viáveis para a agricultura familiar frente ao modelo convencional de produção. O desenvolvimento e manutenção de unidades de produção agroecológica dependem, em parte, da adaptação e transferência de conhecimentos e de bases tecnológicas apropriadas, bem como da capacitação e organização dos agricultores, de forma a assegurar a sustentação destas unidades no espaço e no tempo. Além disso, a agricultura baseada em práticas e processos agroecológicos pode auxiliar o desenvolvimento rural, principalmente de comunidades de agricultores familiares, em decorrência da baixa dependência por insumos externos, pela alta conservação ambiental que proporciona e pelo aumento de valor agregado ao produto com consequente aumento de renda do agricultor. Com a crescente necessidade de fortalecimento e qualificação da agricultura familiar, o apoio e o investimento para a melhoria e ampliação da estrutura de escolas rurais são fundamentais, considerando que o meio rural apresenta os mais baixos índices de escolaridade de toda a sociedade. A atuação do Programa na perspectiva da superação das desigualdades sociais com a garantia da opção de vida, trabalho e renda no meio rural para a juventude como um direito, estará fundamentado no Programa de Educação Ambiental e Agricultura Familiar (PEAAF) que busca suprir a necessidade de formação, capacitação, comunicação e mobilização social dos sujeitos na agricultura familiar. 62 No que diz respeito a formação socioambiental do jovem em saúde ambiental o Programa deverá fortalecer a criação de nova perspectiva de identificação e caracterização de fatores de risco para a saúde, que foram originados no ambiente, revelando novas maneiras de planejar ações de saneamento ambiental, controle da qualidade do ar, vigilância sanitária e de serviços de saúde, bem como o monitoramento dos fatores socioambientais que impactam a saúde do trabalhador. As ações de formação devem valorizar o conhecimento técnico científico da área de saneamento, com o intuito de reduzir a incidência de patologias e a poluição do solo e das águas, visando garantir a segurança hídrica. O Programa deverá incentivar e fomentar a produção de materiais de referência e didáticos como instrumento das
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