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Trabalho sobre Diversidade

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SUMÁRIO
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2 DESENVOLVIMENTO...............................................................................................4
134 CONCLUSÃO	�
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INTRODUÇÃO
Ao consultarmos o dicionário a procura da palavra DIVERSIDADE vamos encontrar diferença, dessemelhança. Isso pode nos levar a pensar que a diversidade diz respeito somente aos sinais que podem ver apenas a olho nu. Diversidade não diz respeito apenas ao reconhecimento do outro e sim pensar a relação entre o eu e o outro.
Falamos o tempo inteiro de semelhanças e diferenças partindo de uma comparação com algum tipo de padrão ou de norma, vigente no nosso grupo cultural ou que esteja próximo da nossa visão de mundo, padrão esse que pode ser de comportamento, de inteligência, de esperteza, de beleza, cultura, linguagem de classe social, raça, gênero, de idade...
A cultura brasileira possui suas particularidades quando comparada ao restante do mundo, principalmente quando nos debruçamos sobre um passado marcado pela miscigenação racial, os principais disseminadores da cultura brasileira são os colonizadores europeus, a população indígena e os escravos africanos. Depois os imigrantes italianos, japoneses, alemães, poloneses, árabes, entre outros, também contribuíram para a pluralidade cultural do Brasil.
As diferenças precisam ser encaradas como fonte de recursos ás transformações ao invés de serem vistas como obstáculos, questionando o elo das relações humanas: a participação de cada sujeito, suas vivencias e a estruturação das relações sociais.
Configura-se o respeito ás características próprias de cada individuo e aos grupos que ele pertence, é necessário observar as diferenças de seu espaço social e planejar a escola para atender as diferentes modalidades de vida e aprendizagem, colaborando para a formação de um individuo cidadão.
“O universalismo que queremos hoje é aquele que tenha como ponto comum a dignidade humana”. A partir daí surgem muitas diferenças que devem ser respeitadas. Temos o direito de ser diferentes quando a igualdade nos descaracteriza. ’’.
(Boaventura de Sousa Santos)
2-Desenvolvimento
Hoje, os oprimidos, na sua (falta de) participação social, podem ser chamados de excluídos. Desde modo, 
[...] se faz necessário, neste exercício, relembrar que o cidadão significa individuo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado e que cidadania tem que ver com a condição de cidadão, quer dizer, com o uso dos direitos e o direito de ter deveres de cidadão. (Freire, 2001:45)
Assim, numa perspectiva educacional que se proponha a viabilizar o ato de aprender numa direção inclusiva, a ação deve estar em razão da intenção. A intenção de incluir deve estar posta em primeiro lugar, visando garantir efetivamente a participação e a aprendizagem do aluno.
A escola reproduz os “ditos e desditos” da sociedade sendo uma reprodutora da desigualdade social, para que o processo de inclusão seja posto em andamento é preciso que a pluralidade de relações presentes na sociedade seja contemplada não se padronizando de processos e respostas, mas sim o desafio do convívio e a compreensão sobre as diferenças cuja origem se deve a diversidade das relações sociais mais amplas.
Um processo de critica e revisão de valores e crenças; processo de reconhecimento e respeito ás diferenças para perceber a realidade, onde as barreiras á aprendizagem possam ser removidas exigindo que o educador seja um companheiro dos educandos.
Contudo é importante ponderar que a luta pelo direito ás diferenças sempre esteve presente na historia da humanidade e sempre esteve relacionada com a luta dos grupos e movimentos que colocaram e continuam colocando em xeque um determinado tipo de poder, um determinado padrão de homem, de políticas, de religião, de arte, de cultura.
Também sempre esteve próximo ás diferentes respostas do poder em relação ás demandas dos ditos diferentes, resposta que muitas vezes resultam em formas violentas e excludentes de se tratar o outro: colonização, inquisição, cruzadas, escravidão, nazismo, etc.
a DIVERSIDADE HISTóRICA.
 Fonte: Servicossocial-9273. brogspot.com
www.coladaweb.com
“E abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas”. (Atos 10-34)
O sujeito atribui através da sua consciência histórica, um sentido e um significado ás mudanças, criando e reciclando sua identidade frente ao outro que englobam a elaboração de um conhecimento histórico e reboque, a manutenção ou transformação das identidades.
A dinâmica entre os povos tem sido constante na formação da diversidade étnica existente no planeta, a forma como essa dinâmica tem se dado é que tem norteado historicamente a formação das distintas sociedades.
No Brasil essa dinâmica não poderia ter sido diferente, a chegada de outros povos nesse continente só haveria somar a diversidade aqui existente se a forma dessa ocupação tivesse sido diferente. Diferente se os povos europeus tivessem chegado a essas terras imbuídas na étnica do respeito das diferenças e com o espírito de contribuir com a nova expansão que se projetava.
“Uma terra rica, com muitas matas, pedras preciosas, água, habitada por muita gente altiva em relativo equilíbrio com o ambiente exuberante”. (Trecho de cartas enviadas ao rei de Portugal pelos colonizadores portugueses)
A concepção dessas pessoas era de dominação sobre os recursos da natureza inclusive nesses recursos as pessoas aqui existentes, o intuito era movido pela ambição, explorar tudo que pudesse e reverter em lucro. O respeito à diversidade étnica, portanto não era coditado, com essa concepção dominadora restava os povos habitantes da terra há submissão, fato que não foi fácil de conseguir.
Com isso a resistência à escravidão foi um marco no contexto histórico brasileiro por parte dos indígenas, muitos foram dizimados por doenças e confrontos diretos reduzindo a população indígena drasticamente. Essa redução da Mão de obra escrava os portugueses que só viam o lucro recorrem à escravidão dos povos africanos, que outrora já era comum o processo de escravização na Europa.
Inicia-se então o processo de migração forçada dos africanos para o Brasil, nesse processo de migração ocorreu de forma violenta e cruel marcando de forma dolorosa o retrato desta ocupação, muitos criminosos europeus ganharam a liberdade vindo para o Brasil, mas não podiam retornar para a Europa. Os africanos escravizados trazidos para o Brasil também não tinham como voltar, dessa forma tiveram que adotar o Brasil como moradia passando a criar descendentes em terras brasileiras, toda essa dinâmica tem repercutindo durante os últimos V séculos no desenvolvimento étnico e cultural da população.
Portanto os conhecimentos, a participação e toda a diversidade trazida a partir da inclusão dos africanos, a incorporação de elementos da cultura europeia no Brasil interagindo com a diversidade e as riquezas indígenas já existentes proporcionaram a miscigenação étnica, a produção de riquezas e favoreceram o desenvolvimento da população brasileira que encontramos hoje.
a DIVERSIDADE linguística.
Fonte: WWW.humortadela.com.br
Fonte: linkliterario.brogspot.com
As dramatizações acima levanta uma discussão importantíssima do respeito mutuo quanto às variações existente dentro de uma mesma língua portuguesa.
Marcada por uma acentuada heterogeneidade social, cultural e econômica, a história de nosso país aponta para a diversidade linguística que caracteriza a língua portuguesa aqui falada. No Brasil há um alto grau de diversidade em virtude da sua grande extensão territorial e sua desigualdade social que deste os primeiros séculos da colonização não permitiu que a maioria da população brasileira tivesse acesso aos padrões normativos da línguapor ela falada.
A língua de um povo constitui-se como um dos seus bens mais preciosos, é pela língua que se dão as relações de poder e dominação construindo seu lugar na sociedade e também é através da língua que é excluído. As cidades de nossa região são formadas pela união de diversas raças e povos, a diversidade étnica caracteriza nosso país.
‘A língua se relaciona com a sociedade porque é a expressão das necessidades humanas de se congregar socialmente, de construir e desenvolver o mundo. A língua não é somente a expressão da alma, ou do intimo, ou do que quer que seja, do individuo; é acima de tudo, a maneira pela qual a sociedade se expressa como se fosse a sua boca’. (SIGNORINI, 2002.p.76-77)
O ato de educar na atualidade tem se apresentado como um desafio aos educadores já que o papel fundamental da educação no desenvolvimento das pessoas e das sociedades amplia-se cada vez mais no novo milênio e aponta para a necessidade de se construir uma escola reflexiva voltada para a formação de cidadãos. Não se negando que a historia sociolinguística do Brasil desde os primeiros séculos de colonização foi marcada por uma bipolaridade no uso da língua, enquanto a reduzida elite colonial alojada nos centros urbanos procurava manter-se fieis aos padrões gramaticais lusitanos, a maioria da população-composta por negros, índios e mestiços-que se espalhava pelo interior do país falava um português aprendido de modo precário, sem instrutores ou escolas.
Com isso os moldes em que a nação brasileira foi formada gerou uma diversidade linguística que se tornou uma marca do nosso país, há diferentes usos da língua falada no nosso território nacional que denunciam o intenso processo de variação que os muitos estudos sociolinguísticos comprovam a Língua Portuguesa, os Parâmetros Curriculares Nacionais já orientam que a diversidade linguística seja trabalhada em sala de aula, conduzindo os alunos a reconhecer as variedades linguísticas para se desfazer do preconceito que muitas vezes lhe incutiram a respeito ao seu próprio modo de falar.
Portanto levando para a sala de aula a diversidade linguística é uma atitude reveladora de respeito ao próprio usuário da língua,reconhecendo que cada variedade linguística tem seu lugar e papel no âmbito do processo comunicativo para o qual a língua se presta,urge que o professor saia da inércia intelectual e procure amparo na extensa literatura que se tem produzido acerca desse assunto tão debatido no meio acadêmico.
a DIVERSIDADE cultural.
Fonte:http://www.esms.edu.pt/note/566
Fonte:osminorcasvvr.wordpress.com
As imagens acima levantam os contrastes da humanidade que não se limitam a desigual ocupação da superfície da Terra pelo Homem nem ás desigualdades entre países ricos e pobres.
“Cada um de nos é vários e muitos, é uma prolixidade de si mesmo. Por isso aquele que despreza o ambiente não é o mesmo que dele se alegra ou padece. Na vasta colônia do nosso ser há gente de muitas espécies, pensando e sentindo diferentemente”. (Pessoa, 2001)
Falar sobre a diversidade é tentar entender a variedade e convivência de ideias, características ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto, situação, ou ambiente. A diversidade esta ligada aos conceitos de pluralidade, multiplicidade, pode ser encontrada na comunhão de contrários, na intercessão de diferenças ou ainda na tolerância mútua.
A Filosofia procura entender o pensamento humano a partir da diversidade de opiniões, mais é no campo da Cultura que a diversidade por meio do Multiculturalismo que apresenta como um grande desafio dos vários ramos do conhecimento.
Cultura (do latim cultura, cultivar o solo, cuidar) é um termo que se refere a crenças, comportamentos, valores, uma identidade própria de um grupo humano em um território e num determinado período. A diversidade cultural presente em nosso dia-dia convida-nos a conviver com diferenças de todas as ordens, exigindo de todos o respeito e a tolerância do ser diferente, que muitas das vezes não se tem e é motivo de violentos conflitos e guerras.
Com isso cada tradição representa um espaço para as modulações possíveis da natureza humana o risco é cada grupo social pensar que apenas a sua é a única verdadeira tradição humana, como acontece com os valores: cada individuo e cada grupo humano pensam que seus valores são os valores que sua modulação é a única humana. Então quando se confrontam, os conflitos são inevitáveis, mesmo porque, alem dessas questões, também se apresentam os problemas de poder e de hierarquias em suas relações.
Temos que aprender a conviver, respeitar e até utilizar para a nossa vida-pessoal e profissional- as diferenças culturais, para isso poderá contribuir de maneira significativa os dispositivos de diferenciação pedagógica, explicando sobre a realidade e suas experiências que possuem os sujeitos (acadêmicos ou não) envolvidos numa determinada ação, projeto, ou atividades coletivas ajudando os a formular suas percepções que são produtos de suas interações sociais condicionadas culturalmente e ainda por determinados contextos econômicos, políticos e pela cultura de massa é o desafio pedagógico, produzindo novos saberes e enriquecendo a própria cultura.
Portanto a necessidade desafiadora de se conviver com a diferença nem sempre é discutida em meios sociais, o mundo muda a todo instante, tudo na natureza se ajusta a fim de que a vida possa continuar o seu curso. Mas essas mudanças devem ser de atitude, de respeito ao diferente, o Brasil da diversidade é o mesmo tempo o país da desigualdade, os processos históricos são em grande parte responsáveis pelas diferenças culturais, embora não sejam os únicos fatores a se considerarem. Não existem culturas superiores ou inferiores, mas sim diferentes, com processos históricos diversos, os quais proporcionaram organizações sociais com determinadas peculiaridades.
CONCLUSÃO
Com esse trabalho eu concluo que nenhuma cultura é mais importante ou menos importante que outra, a visão etnocêntrica não nos leva a nada no mundo de hoje, temos que abrir nossas mentes e não fechar os olhos para tudo que ocorre á nossa volta.
Nesse Semestre tivemos as disciplinas de Sociedade e Diversidade no Contexto Educacional e Processo Educativo no Contexto Historico-filosófico, compreendi que a verdadeira beleza esta nas diferenças, se todos nos fossemos iguais à beleza não existiria.
Compartilhei tarefas com professores e o tutor contribuindo para a qualidade do meu trabalho Pedagógico e graças às disciplinas que estudei e ao trabalho que realizei pude compreender que o educador já não é mais o que apenas educa, mas o que, enquanto educa é educado transferindo conhecimento para criar possibilidades para a sua produção ou construção.
Antes de realizar o trabalho tinha outra imagem da Diversidade agora aprofundando no assunto agente vê que devemos ter em mente que existem diferenças mais independente da sua cultura ou etnia somos todos iguais e pertencemos à mesma espécie. Que a escola para todos seja posta em andamento, construindo historia de um futuro mais democrático e solidário.
“Não é bom agir sem refletir; e o que se apressa com seus pés erra o caminho.” (Bíblia. Provérbio, 19:2).
REFERÊNCIAS
BARBIER, R.A, Pesquisa-acao Brasileira. Líber, Livro 2004. 
PESSOA, Fernando (2001). Livro do desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa São Paulo: Companhia de Letras.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra (1996)
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BAGNO, Marcos. Preconceito Linguístico o que é, como se faz. São Paulo, Brasil. Loyola, 1999.
SIGNORINI, Inês. Língua (gem) e identidade: elementos para uma discussão no campo aplicado. Campinas, SP. Mercado de Letras, 2002.
BENEVIDES, Maria Victoria. Educação para a democracia. Disponível em: HTTP://www.hottopos.com/notand2/educacao_para_a_democracia.htm. Acesso em:mar. 2013.
ALMEIDA, Luiz Fernando de. O Brasil e os Desafios do Patrimônio. Portal do Ministério da Cultura, 2007.
SODRÉ, Nelson Werneck. Síntese de Historia da Cultura Brasileira. São Paulo: Bertrand, Brasil, 2003.
BIBLIOTECA VIRTUAL DA UNOPAR. Biblioteca Virtual. Padronização, Modelo para elaboração de trabalhos acadêmicos. Universidade norte do Paraná, 1999, 2013.
CARVALHO, Marília. Quem é negro, quem é branco: desempenho escolar e classificação racial de alunos. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro: ANPEd; Campinas: Autores Associados, n.28, p.62-75, jan./abr. 2005.
DUARTE, Vanda Catarina. Capacitação docente em Minas Gerais e São Paulo: uma analise comparativa. Cadernos de Pesquisa, São Paulo: Fundação Carlos Chagas, v. 34, n. 121, p. 139-168, jan./ abr. 2004.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
pedagogia
diversidade:
O caminho para a (trans)formação do fazer Pedagógico.
Alfenas
2013
diversidade:
O caminho para a (trans)formação do fazer Pedagógico.
Trabalho apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Pedagogia.
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