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Relaxamento de Prisão

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AO JUÍZO DA__ VARA CRIMINAL DA COMARCA____ DO ESTADO _____ _______ 
 
ROMUALDO, vem por seu advogado infra-assinado, com fundamento no art. 5°, LXV, da Constituição 
da República c/c art. 310, I, do CPP, requerer, por ser medida de justiça, com base nos fatos e 
fundamentos abaixo 
RELAXAMENTO DE PRISÃO 
 
I – Dos Fatos 
No dia 28 de fevereiro de 2021, por volta das 22 horas, Romualdo encontrava-se no interior de sua 
residência quando ouviu um barulho no quintal. Munido de um revólver, abriu a janela de sua casa e 
percebeu que uma pessoa, que não pôde identificar devido à escuridão, caminhava dentro dos 
limites de sua propriedade. Considerando tratar- se de um ladrão, desferiu três tiros que acabaram 
atingindo a vítima em região vital, causando sua morte. Ao sair do interior de sua residência, 
Romualdo constatou que havia matado um adolescente que lá havia entrado por motivos que fogem 
ao seu conhecimento. Imediatamente, Romualdo dirigiu-se à Delegacia de Polícia mais próxima, 
onde comunicou o ocorrido. O Delegado plantonista, após ouvir os fatos, prendeu-o em flagrante 
pelo crime de homicídio. 
 
II – Dos Fundamentos 
a) DA ILEGALIDADE DA PRISÃO EM FLAGRANTE 
Meritíssimo, é de suma importância ressaltar que o caso não configura o momento 
passível de prisão em flagrante, sendo desrespeitada a disposição do código de processo 
penal, uma vez que não se encaixa na figura de flagrante, como Romualdo, se dirige à 
Delegacia para comunicar o ocorrido, por falta de subsunção às hipóteses do art. 302 do CPP. 
Além disso, fica claro que o flagrante prevê a conduta de levar o acusado, quando diz no início 
do art. 304 do CPP “apresentado o preso à autoridade competente...”, de forma que, uma vez mais 
corrobora como ilegal a prisão, pois o próprio apresentou-se a autoridade competente afim de 
tornar os fatos conhecidos. 
b) DA LEGITIMA DEFESA 
É imprescindível ressaltar que o agente agiu em legítima defesa art. 23, II do CP, 
“Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: II - em legítima defesa;” por acreditar que travasse 
de um assaltante, desse modo que incidirá no parágrafo único do art. 310 do CPP, pois o agente 
praticou o ato nas condições já mencionadas, devendo ser decretada sua liberdade provisória. 
 
III – Do Pedido 
 
Diante do exposto, requer, imediatamente, que seja reconhecida a ilegalidade da prisão e, 
concedido o presente Relaxamento de Prisão, nos termos do já citado artigo constitucional, com a 
consequente expedição de Alvará de Soltura. 
 
Nestes Termos 
Pede Deferimento, 
Município, Data 
Advogado - OAB/UF

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