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Clínica Médica e Terapêutica em Pq. Animais MEGAESÔFAGO Trata-se da dilatação1 e do hipoperistaltismo2 do esôfago. 1: A dilatação considerável patológica é de + de 3 dedos de diâmetro. 2: Diminuição ou perda da capacidade de contração do esôfago. Formas do Megaesôfago CONGÊNITA • É hereditária nas raças Fox Terrier de pelo duro e Schnauzer miniatura. • Ocorre a regurgitação logo após o desmame do filhote (aprox. 40 dias de vida). └ O leite ingerido pelo filhote passa direto pelo esôfago, mas quando o animal começa a ingerir alimento pastoso e/ou ração, acontece a regurgitação. ADQUIRIDA • Acomete animais a partir de 8 anos de idade. • As causas podem ser idiopáticas ou secundárias à outras doenças. • Principais raças acometidas: └ Pastor Alemão, Golden Retriever e Labrador. Etiologia Ocorre a falha na inervação aferente. Principais causas: • Idiopática; • Endócrina (secundária): Hipotireoidismo e hipoadrenocorticismo; • Neuromusculares (secundária): Miastenia gravis, neoplasias ou trauma no tronco cerebral. Manifestações Clínicas As principais manifestações clínicas do megaesôfago são: • Regurgitação após a alimentação; └ Pode ser imediato ou horas depois. • Tosse; └ Por pneumonia aspirativa. • Emagrecimento; • Polifagia e parorexia3; 3: Comer tudo o que estiver na frente, para saciar a fome. Doenças do Sistema Digestório O Megaesôfago não é comum em gatos, mas a raça Siamês tem predisposição para adquirir a doença. Porte grande, peso, rapidez ao comer. VÔMITO REGURGITAÇÃO Conteúdo Gástrico ou intestinal Esofágico Alimento Digerido “Inteiro” Mímica Presente Ausente Coloração Amarelada -------------- Odor Acentuado -------------- Diagnóstico • Raio-X de tórax com contraste; └ Usar Sulfato de Bário via oral para obter o contraste do esôfago na radiografia (esofagograma). • Dosagem de eletrólitos; └ Na+ e K+ └ Diagnóstico de hipoadrenocorticismo. • Perfil tireoidiano; └ TSH, T3, T4 Total e T4 Livre └ Diagnóstico de hipotireoidismo; • Teste de estímulo; └ Usar Cloridrato de Edrefônico: ─ Fármaco anticolinesterásicos, que ao ser administrado, pode resultar na melhora dos sinais clínicos, “confirmando” a doença. └ Diagnóstico de Miastenia gravis. Miastenia gravis • É uma doença autoimune. • Os anticorpos impedem a ACH a se ligar nos receptores musculares (nas membranas pós-sinápticas), resultando em uma desordem na transmissão dos impulsos neuromusculares. • Manifestações clínicas: Paralisia flácida Fraqueza muscular Atrofia • Diagnóstico/Teste: └ Cloridrato de Edrefônico (Tensilon): ─ 0,11 a 0,22 mg/kg, IV └ Neostigmina: ─ 1 a 2 mg/animal, IM. • Tratamento: └ Piridostigmina (Mestinon): ─ Fármaco parassimpatomimético, que atua no SN Parassimpático, permitindo que a transmissão dos impulsos neuromusculares. ─ CÃO: 2 mg/kg, BID ou TID. ─ GATO: 0,6 mg/kg, BID a TID. Tratamento • Manejo alimentar: └ Dieta pastosa e calórica; Parâmetros que indicam o possível diagnóstico de Hipoadrenocorticismo: • Níveis de Na+ (hiponatremia) • Níveis de K+ (hipercalemia) Parâmetros que indicam o possível diagnóstico de Hipotireoidismo: • Níveis de TSH, T3, T4 Livre e T4 Total O tratamento dura toda a vida do animal. └ Posicionar o animal na vertical durante a alimentação (“cadeirinha de bebê”). • Antibioticoterapia: └ Em casos de pneumonia aspirativa, devido a regurgitação. Prognóstico • Megaesôfago congênito: Melhora espontânea. • Megaesôfago idiopático: Irreversível. • Megaesôfago secundário: Depende do controle da doença. O animal pode vir a óbito pela pneumonia.
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