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Enterobius vermicularis

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Enterobius vermicularis 
 
Verme adulto: 
 Dimorfismo sexual nítido; 
 Características comuns aos dois sexos: cor 
branca, filiformes; na extremidade anterior 
notam-se expansões vesiculosas chamadas de 
“asas cefálicas”; boca pequena; esôfago 
claviforme terminando em um bulbo cardíaco. 
(a) Machos: 5mm de comprimento x 2 mm de 
diâmetro; cauda recurvada em sentido 
ventral com um espículo; presença de um 
único testículo. 
(b) Fêmeas: 1 cm de comprimento x 0,4 mm 
de diâmetro; cauda pontiaguda e longa. A 
vulva abre-se na porção média anterior, a 
qual é seguida por uma curta vagina que se 
comunica com 2 úteros. 
Ovo: aspecto de um “D” (um lado achatado e o outro 
convexo); membrana dupla, lisa e transparente. No 
momento em que sai da fêmea, já apresenta uma larva 
em seu interior. 
 
 
 
Machos e fêmeas vivem no ceco e apêndice. As 
fêmeas cheias de ovos (5 a 16 mil) são encontradas na 
região perianal. 
Obs.: em mulheres, às vezes pode-se encontrar esse 
parasito na vagina, útero e bexiga. 
 
 
 Monoxênico; 
 Após a cópula, os machos são eliminados com 
as fezes e morrem. As fêmeas cheias de ovos, 
migram do ceco para o ânus (principalmente à 
noite). Os ovos são eliminados (oviposição na 
região perianal ou por rompimento da fêmea 
devido a algum traumatismo ou dissecamento 
– esta última teoria é mais aceita) já 
embrionados, e em poucas horas tornam-se 
infectantes e são então ingeridos pelo 
hospedeiro. No ID as larvas rabditoides 
eclodem e sofrem duas mudas até chegarem ao 
ceco. No ceco transformam-se em vermes 
adultos. 1 – 2 meses depois as fêmeas são 
encontradas na região perianal. Não havendo 
reinfecção, o parasitismo extingue-se aí. 
 
 
 
 Heteroinfecção: ovos presentes na 
poeira/alimentos atingem novo hospedeiro (é 
também conhecida como primo-infecção); 
 Indireta: ovos presentes na poeira/alimentos 
atingem o mesmo hospedeiro que os eliminou; 
 Auoinfecção externa ou direta: crianças 
(mais frequentemente) ou adultos levam os 
ovos da região perianal à boca. Principal 
mecanismo responsável pela cronicidade. 
 Autoinfecção interna: (raro) larvas eclodem 
no reto e depois migram para o ceco, onde 
transformam-se em vermes adultos; 
 Retroinfecção: larvas eclodem na região 
perianal (externamente), penetram pelo ânus e 
migram até o ceco, onde se transformam em 
vermes adultos. 
 
 
Na maioria dos casos, o parasitismo passa 
despercebido pelo paciente (a não ser quando há 
prurido anal ou quando o verme é visualizado nas 
fezes). Em infecções maiores: enterite catarral por 
ação mecânica e irritativa. O ceco apresenta-se 
inflamado e o apêndice às vezes também é atingido. 
Alteração mais frequente e intensa: prurido anal. A 
mucosa fica congesta, recoberta de muco contendo ovo 
ou às vezes, fêmeas inteiras. O ato de coçar pode lesar 
ainda mais o local. O prurido pode provocar: perda de 
sono, nervosismo, masturbação e erotismo 
(principalmente em meninas). 
A presença de vermes nos órgãos genitais femininos 
pode levar à: vaginite, metrite, salpingite e ovarite. 
 
 
Clínico: suspeita clínica a partir de prurido anal 
noturno e continuado; 
Laboratorial: exame de fezes não funciona. O melhor 
método é o da fita adesiva (método de Graham) – esta 
técnica deve ser feita ao amanhecer, antes da pessoa 
banhar-se, e, repetida em dias sucessivos. 
 
MORFOLOGIA 
HABITAT 
CICLO BIOLÓGICO 
TRANSMISSÃO 
PATOGENIA 
DIAGNÓSTICO 
 
 
 Alta prevalência em crianças de idade escolar; 
 Transmissão eminentemente doméstica ou em 
ambientes coletivos fechados (ex.: creches); 
 Somente humanos albergam E. vermicularis; 
 Fêmeas eliminam grande quantidade de ovos 
na região perianal; 
 Os ovos tornam-se infectantes em poucas 
horas, podendo atingir os hospedeiros por 
vários mecanismos; 
 Os ovos podem resistir até três semanas em 
ambiente doméstico, contaminando alimentos 
e „poeira‟; 
 O hábito de, pela manhã, sacudir roupas de 
cama, pijamas, pode disseminar os ovos no 
domicílio; 
 
 
 Pijamas e roupas de cama do hospedeiro não 
devem ser „sacudidas‟ pela manhã, e sim 
enroladas e lavadas em água fervente, 
diariamente; 
 Tratamento de todas as pessoas parasitadas da 
família (ou outra coletividade) e repetir o 
medicamento 2-3x, com intervalo de 20 dias, 
até que nenhuma pessoa se apresente 
parasitada; 
 Corte rente das unhas, aplicação de pomada 
mercurial na região perianal ao deitar-se, 
banho de chuveiro ao levantar-se e limpeza 
doméstica com aspirador de pó, são medidas 
complementares de utilidade; 
 
 
Os medicamentos mais utilizados são os mesmos 
empregados contra o A. lumbricoides. 
 Pamoato de Pirantel; 
 Albendazol; 
 Ivermectina. 
 
 
 
 
 
EPIDEMIOLOGIA 
PROFILAXIA 
TRATAMENTO

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