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Cariologia - Completo

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Cariologia: aspectos da
 
 
Etiopatologia da cárie dentaria
 
A cárie é o resultado da desmineralização dentária, fruto da 
queda do pH após fermentação dos carboidratos da dieta. 
 
A cárie é uma doença: 
• Infecciosa e crônica 
• Resultando em perda localizada de tecido dentário
• Origem multifatorial 
 
Estudos sobre o desenvolvimento da cári
1. Modelo químico-parasitário da cárie: 
 
Cárie – fermentação dos carboidratos 
Microrganismos presentes na cavidade bucal
Redução do pH do meio – desmineralização 
 
Tal teoria ganhou destaque por conferir natureza 
à doença cárie, no entanto, tinha como limitação apresentar 
apenas uma causa para ocorrência da cárie (a presença da 
bactéria). 
 
2. Estudo de Vipeholm: 
Investigar o papel do consumo de açúcar na etiologia da 
cárie. 
Sacarose ofertada aos pacientes em diferentes 
freqüências e consistências ao longo do dia. 
GC:GC:GC:GC: dieta com baixo teor de carboidratos. Apresentou baixa 
incidência de lesões de cárie. 
 
 
@nat
Cariologia: aspectos da dentística reparadora
Etiopatologia da cárie dentaria 
A cárie é o resultado da desmineralização dentária, fruto da 
queda do pH após fermentação dos carboidratos da dieta. 
Resultando em perda localizada de tecido dentário 
Estudos sobre o desenvolvimento da cárie 
Microrganismos presentes na cavidade bucal 
desmineralização 
Tal teoria ganhou destaque por conferir natureza bacteriana 
cárie, no entanto, tinha como limitação apresentar 
apenas uma causa para ocorrência da cárie (a presença da 
na etiologia da 
Sacarose ofertada aos pacientes em diferentes 
Apresentou baixa 
 
GE1:GE1:GE1:GE1: consumiu pão açucarado. 
do que o que consumiu bebidas 
GE2:GE2:GE2:GE2: recebeu balas do tipo 
refeições. Apresentou maior numero de cárie. 
consistência dos alimentos no de
1. 
2. Ghy3. 
 3. Tríade de Keyes: 
 Diversas políticas para a prevenção 
de açucar da dieta e uso racional do fluor. 
 
 A tríade de Keyes foi modificada , em 1983, por Newb
acrescentou ao diagrama o fator tempo como agente essencial 
para o desenvolvimento da cárie. 
4.Hipótese da placa específica 
 
Descrita em 1976 por Loesche, afirmava que apenas algumas 
espécies do biofilme teriam potencial patogênic
danos ao hospedeiro. 
 
5. Hipótese da placa ecológica:
 
Em condições de normalidade (chamada homeostasia), os 
microrganismos não causam danos ao seu hospedeiro. No 
entanto, quando ocorrem alterações no 
espécies podem ser selecionadas, tornando
patogênicas. 
@nathaliacaardoso 
reparadora 
. Desenvolveu mais lesões de cárie 
do que o que consumiu bebidas açucaradas. 
recebeu balas do tipo “toffee” e caramelos entre as 
refeições. Apresentou maior numero de cárie. Freqüência e 
dos alimentos no desenvolvimento da cárie. 
iversas políticas para a prevenção da cárie: reduzir o consumo 
de açucar da dieta e uso racional do fluor. 
 
A tríade de Keyes foi modificada , em 1983, por Newbrun que 
acrescentou ao diagrama o fator tempo como agente essencial 
para o desenvolvimento da cárie. 
da placa específica 
Descrita em 1976 por Loesche, afirmava que apenas algumas 
espécies do biofilme teriam potencial patogênico para causar 
5. Hipótese da placa ecológica: 
Em condições de normalidade (chamada homeostasia), os 
microrganismos não causam danos ao seu hospedeiro. No 
entanto, quando ocorrem alterações no equilíbrio existente, 
écies podem ser selecionadas, tornando-se dominantes e 
Cariologia: aspectos da dentística reparadora 
 
Doença cárie e conceitos 
Doença Infecciosa Bacteriana 
Não possui uma única bactéria como agente causal, mas tem 
sua etiologia relacionada ao metabolismo fermentativo de um 
grupo de bactérias, principalmente estreptococos grupo 
mutans (EGM). 
Doença infecciosa: todos possuem bactérias cariogênicas 
(EGM) mas nem todos desenvolvemos lesões de cárie. 
 
 
 
Fatores que participam do processo 
cariogênico 
Fatores primários (determinantes ou necessários) 
• Hospedeiros 
• Microbiota 
• Dieta 
• Tempo 
Fatores secundários 
• Classe social 
• Conhecimento 
• Renda 
• Educação 
• Comportamentos e atitudes 
 
 
 
 
 Histopatologia da cárie 
Esmalte: 
• Origem ectodérmica 
• Mineralizado 
• 99% da composição de cristais de fosfato de cálcio. 
• Avascular e acelular não possui a capacidade de se 
defender de eventuais injúrias. 
Dentina: 
• Origem mesenquimal 
• Reagem as agressões como, por exemplo, o aumento da 
porosidade e invasão bacteriana, através de deposição 
mineral (células odontoblásticas esclerose tubular). 
 
REMINERALIZAÇÃO 
 
 
 
DESMINERALIZAÇÃO 
 
 pH : consumo de carboidratos; não remoção do biofilme. 
Microscopicamente é possível evidenciar um aumento dos 
espaços intercristalinos após uma semana de perda mineral. 
Através dos espaços intercristalinos, o ácido continua se 
difundindo, permitindo o avanço do processo cariogênico. 
Mancha branca opacaMancha branca opacaMancha branca opacaMancha branca opaca 
 
Microrganismos + 
hospedeiros + dieta + 
tempo 
Multifatorial 
Presença de flúor na 
cavidade bucal diminui 
a perda de minerais 
(desmineralização 
dentária). 
ESMALTE: 
4,5 
DENTINA 
5,5 
Cariologia: aspectos da dentística reparadora 
 
Após duas semanas (14 dias) se você realizar secagem da 
superfície dentaria com jatos de ar observará uma mancha 
branca, opaca e rugosa. 
 
Após 3 a 4 semanas de lesão ativa, as mudanças clínicas 
podem ser vistas sem necessidade de secagem => lesão de 
mancha branca opaca. 
 
Quando o esmalte sofre desmineralização ele pode ser dividido 
em quatro zonas: 
• Zona superficial 
• Corpo da lesão 
• Zona escura 
• Zona translúcida 
 
 
 
 
 
 
 Zonas histológicas de progressão da cárie 
1. A zona superficial: superfície, a mais externa 
Por ter contato com o meio bucal, pode ser mantida por mais 
tempo (por estar em contato com o flúor). Pense na casquinha 
de esmalte que esconde uma grande lesão como sendo a zona 
superficial. Ela é semelhante ao esmalte hígido, pois sofreu 
menos dissolução dos cristais e apresenta menor porosidade. 
2. O corpo da lesão 
Vem logo abaixo, sendo a região de maior perda mineral e, 
dependendo da sua extensão, pode levar ao colapso do esmalte 
superficial e formar cavidade. 
3. A zona escura 
É observada na maior parte das lesões, é uma região de 
grande perda e ganho de mineral. Lesões cariosas de 
progressão lenta ou inativas costumam exibir essa zona 
aumentada. Pode adquirir coloração escurecida (pela ação de 
corantes que penetram no interior da lesão através dos 
espaços criados pela desmineralização). Se a zona escura 
estiver presente, encontra-se entre as zonas translúcidas e o 
corpo da lesão. 
4. A zona translúcida 
Representa a frente de avanço das lesões, mas em alguns 
casos pode não ser observada. 
 
 
 
 
 
@nathaliacaardoso 
Cariologia: aspectos da
 
 
Clinicamente existem dois tipos de dentinas atingidas pelo 
processo de desmineralização: 
Dentina afetada 
• Número reduzido de bactérias 
• Consistência de “lascas” 
• Aspecto seco 
• Matriz orgânica intacta 
• Passível de remineralização 
• Deve ser mantida 
 Histologicamente 
• Zona desmineralizada inicial/profunda 
• Zona de esclerose dentinária 
• Dentina reacional 
Zona de esclerose dentinária: mais próximo
esclerose é considerada uma reação de defesa para conter 
o avanço da lesão, através da obliteração dos túbulos
Essas áreas guias servem de guia para a remoção do tecido 
afetado, a zona mais superficial pode ser remineralizada 
(não deve ser removida). 
 
 
zona de destruição
zona de desmineralização 
superficial 
zona de invasão 
bacteriana
zona de 
desmineralização 
profunda
zona de 
esclerose 
dentinária
polpa
Cariologia: aspectos da dentística reparadora
Clinicamente existem dois tipos de dentinas atingidas pelo 
 
próximo da polpa. A 
esclerose é considerada uma reação de defesa para contertúbulos. 
s servem de guia para a remoção do tecido 
afetado, a zona mais superficial pode ser remineralizada 
 
 
 
Detina infectada 
• Grande quantidade de bactérias
• Consistência amolecida 
• Aspecto úmido 
• Fibras colágenas degradadas 
• Não e passível de remineralização 
• Deve ser removida 
 Histologicamente
• Zona necrótica/destruição 
• Zona desmineralizada avançada 
• Zona de invasão bacteriana
 
Zona de destruição: com a progressão da cárie até a dentina, 
as bactérias com seus produtos da fermentação causarão a 
decomposição da porção mais 
dentina. 
Zona de desmineralização: superficial ou avançada. 
por ácidos e enzimas, e precede a invasão bacteriana. 
 Zona de invasão bacteriana: mais 
é considerada uma reação de defesa para conter o avanço da 
lesão, através da obliteração dos 
 
 
 
 
 
 
reparadora 
actérias 
degradadas 
de remineralização 
istologicamente 
/destruição 
desmineralizada avançada 
de invasão bacteriana 
com a progressão da cárie até a dentina, 
com seus produtos da fermentação causarão a 
decomposição da porção mais próxima da junção esmalte-
ona de desmineralização: superficial ou avançada. Provocada 
e enzimas, e precede a invasão bacteriana. 
mais próxima da polpa. A esclerose 
é considerada uma reação de defesa para conter o avanço da 
lesão, através da obliteração dos túbulos. 
Cariologia: aspectos da dentística reparadora 
 
 Diagnóstico da cárie 
Nyvad (2004) – “A arte de se identificar a doença a 
partir de seus sinais e sintomas”. 
O diagnóstico das lesões de cárie pode ser realizado 
através dos seguintes exames: 
• Visual 
• Tátil-visual 
• Radiográfico 
• Complementares 
Exame visual 
Observação visual do paciente; 
Geralmente é feito somente com o auxílio de abaixadores 
de língua (espátula de madeira) ou espelho bucal plano. 
Necessário a limpeza da superfície dentária (com auxílio da 
escova de Robson ou de uma simples escovação dentária) 
e posterior secagem com seringa tríplice 
. 
Um maior tempo de secagem está associado a uma menor 
perda mineral e pouco aumento da porosidade. Um menor 
tempo de secagem está associado a uma maior perda 
mineral e aumento da porosidade. 
Quando visualizamos a mancha branca sem a necessidade 
de secagem significa um estágio avançado de 
desmineralização. Não esqueça, o exame visual deve ser 
realizado com as superfícies limpas, secas e iluminadas. 
 
 
Exame tátil-visual 
É realizado com espelho bucal plano e sonda OMS-IPS. 
Sonda deve ter ponta romba com diâmetro aproximado de 
0,4mm, não exercer pressão. 
 
Os exames visual e tátil-visual podem ser complementados, 
para confirmação diagnóstica por exames radiográficos. 
Exame radiográfico 
Método auxiliar diagnóstico. 
Incapaz de detectar lesões em estágio inicial. 
A visualização das lesões ocorre apenas quando existe o 
comprometimento de mais de 0,5mm de dentina. 
As técnicas mais empregadas para diagnóstico são: a periapical 
e a bite-wing. 
@nathaliacaardoso

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