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Coloração hematológica

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Coloração hematológica 
 
 
Coloração ortocromática: quando uma 
estrutura se cora, revelando a mesma cor do 
corante. 
Coloração metacromática: quando a 
estrutura toma uma cor diferente daquela do 
corante. 
 
Romanowsky idealizou um método em que uma 
solução de corantes poderia corar diferentes 
estruturas. 
Misturas dos corantes eosina e azul de metileno 
são preparadas segundo proposição de vários 
autores: Leishman, May-Grunwald, Giemsa, 
Wright e outros, que dão os respectivos nomes 
aos corantes. 
Estes corantes são dissolvidos em álcool 
(metanol). 
São necessários 15 dias para “envelhecer” o 
corante. 
Na solução envelhecida, o azul de metileno se 
oxida em gradações diferentes, originando 
diversos tons de azul de metileno. Teremos então 
uma solução alcoólica de um complexo 
eosinato de azul e “azures” de metileno. 
 
➔ As estruturas celulares que tem 
afinidade pelo azul de metileno são 
chamadas BASÓFILAS, corando-se em 
AZUL. 
➔ As que possuem afinidade pelos azures 
são chamadas AZURÓFILAS, corando-se 
em PÚRPURA. (metacromasia) 
(grânulos dos basófilos) 
➔ As que possuem afinidade pela eosina são 
chamadas ACIDÓFILAS, corando-se em 
ROSA/LARANJA. (eosinófilos) 
➔ As que possuem afinidade pela mistura 
complexa são chamadas 
NEUTRÓFILAS, corando-se em salmão. 
 
 
 
 FASES DA COLORAÇÃO 
FIXAÇÃO: a preparação a ser corada deverá ser 
previamente fixada. O fixador rotineiro mais 
usado em hematologia é o metanol, que deve ser 
aplicado sobre a lâmina por 01 a 03 minutos. O 
corante, preparado em solução alcoólica, quando 
aplicado sobre a lâmina, durante este tempo, 
realiza esta etapa de fixação. 
 
COLORAÇÃO: adicionando-se água de 
coloração (água tamponada, pH = 7,0 ou água 
destilada) sobre o corante, ionizam-se os sais 
contidos na solução do corante. (na mesma 
proporção do corante). Esta ionização demonstra 
uma coloração metálica esverdeada. 
 
LAVAGEM: após a coloração, as lâminas são 
lavadas sob jato de água corrente e em seguida 
secas ao ar. Limpar a parte traseira da lâmina 
para tirar o excesso de corante. 
 
 CORANTES 
 
O corante de May-Grunwald (1902) é uma 
mistura de eosina e azul de metileno (não 
oxidado) que quimicamente se transforma em 
eosinato de azul de metileno. 
 
Giemsa é uma mistura de azur II (mistura 
equimolar de azur 1 e azul de metileno) e 
eosinato de azur II (corante formado pela 
combinação equimolar de azur 1, azul de 
metileno e eosina amarelada). 
 
Esses dois corantes são utilizados em um método 
de coloração mais demorado em que após a 
fixação e coloração pelo May Grunwald, se 
processa uma segunda coloração com solução de 
Giemsa, obtendo-se um resultado final melhor e 
mais detalhado. → coloração MGG 
 
 COLORAÇÃO MGG 
- Mistura do May Grunwald + Giemsa. 
- É necessário homogeneizar e filtrar em papel 
de filtro, todos os dias antes do uso. 
Materiais: suporte para corar, água tamponada, 
corante MGG, homogeneizador, cronometro. 
 
FIXAÇÃO: sobre a extensão de sangue, após 
secagem, colocar algumas gotas do corante (ex: 
30 gotas, de forma a cobrir toda a lâmina) de 
forma a cobrir toda a lâmina. Aguardar 3-5 
minutos. 
 
COLORAÇÃO: sem desprezar o corante, 
acrescentar um igual número de gotas de água 
tamponada (fase de hidratação), homogeneizar 
(com jatos de ar) e aguardar 15-20 minutos. 
Observar o teor metálico no momento da 
coloração. 
 
LAVAGEM: lavar sob jato de água corrente. 
Limpar a parte traseira da lâmina com papel. 
Secar ao ar. 
 
 COLORAÇÃO PANÓTIPO RÁPIDO 
 
- Preparar as extensões sanguíneas, identifica-
las e deixar secar em temperatura ambiente; 
- Submergir as lâminas na solução nº 1 
(METANOL) mantendo-se um movimento 
contínuo de cima para baixo ou para os lados 
durante 5 segundos ou 5 imersões de 1 segundo 
cada; 
- Deixar escorrer tirando o excesso em gaze ou 
papel absorvente; 
- Submergir as lâminas na solução nº 2 
(EOSINA) mantendo-se um movimento 
contínuo, durante 5 segundos ou 5 imersões de 1 
segundo cada; 
- Deixar escorrer tirando o excesso em gaze ou 
papel absorvente; 
- Submergir as lâminas na solução nº 3 (AZUL 
DE METILENO) mantendo-se um movimento 
contínuo, durante 5 segundos ou 5 imersões de 1 
segundo cada; 
- Deixar escorrer tirando o excesso em gaze ou 
papel absorvente; 
- Lavar com água destilada (preferência pH=7) 
ou em água correte. 
- Secar ao ar na posição vertical. 
 
• É importante tirar o excesso para não 
danificar as soluções posteriores. 
• Em algumas rotinas, quando o corante já 
está danificado, o protocolo pode mudar 
devido a diluição (passa mais tempo para 
corar). 
 
____________________________________________ 
*Algumas vezes, mesmo desengordurando a 
lâmina, ao fazer o esfregaço e coloração, a lâmina 
apresenta algumas falhas. Isso é característico 
de neutrofilia acompanhado de desvio a 
esquerda (+bastonetes) decorrente de um 
processo inflamatório. 
Devido ao aumento das proteínas de fase aguda 
(fibrinogênio, PCR, ferritina) que possuem carga 
elétrica positiva, neutralizando a carga das 
hemácias, fazendo com o que as hemácias se 
empilhem causando o Rouleaux eritrocitário. 
Quando é muito intenso, pode ser visto 
macroscopicamente. 
 
ERROS DE COLORAÇÃO 
 
- Caso caia água no metanol, poderá ser 
visualizado artefatos semelhantes à anel de 
cabot. 
- Precipitado de corante → quando não há 
filtração do MGG ou quando passa do tempo de 
fixação. 
 
 
 
*Hemácias crenadas pelo excesso de EDTA 
→ pode ocorrer quando o estiraço é feito após 4 
horas da coleta, então a amostra passou muito 
tempo em contato com o EDTA ou há um excesso 
de EDTA na proporção EDTA-Sangue.

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