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Cirurgia Bariátrica e Metabólica

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Cirurgia Thomás R. Campos 
 
CIRURGIA BARIÁTRICA E METABÓLICA 
 
OBESIDADE: 
No processo fisiológico, quando a pessoa se alimenta o excesso acaba sendo estocado nos adipócitos. 
Quando os adipócitos estão cheios, ocorre liberação de hormônios que sinalizam para o SNC visando indicar 
saciedade. Além disso, quando o intestino está cheio, alguns hormônios também são liberados nesse intuito: 
CCK, GLP-1 e PYY → esses são hormônios anorexígenos. 
Por outro lado, quando o estômago está vazio ele produz grelina, que é um hormônio orexígeno. 
 
A pessoa que é obesa tem dificuldade de induzir saciedade, com maiores níveis de grelina e baixos níveis dos 
hormônios anorexígenos. 
 
 
Classificação – IMC: 
 
 
[?] TODO PACIENTE OBESO TEM INDICAÇÃO DE CIRURGIA BARIÁTRICA? 
NÃO!!! NÃO BASTA SER OBESO. 
A partir do momento em que a pessoa está em obesidade 
grau II (IMC > 35) é muito difícil conseguir perder peso 
apenas com dieta e exercício físico → apenas 3 a cada 100 
pessoas conseguem... 
 
 
 
 
 
Há também benefício em pacientes com obesidade 
grau I (IMC>30) e diabetes mellitus grave, nesses 
casos não só pela perda de peso em si, mas sim pela 
síndrome metabólica, e por isso a cirurgia passou a ser 
chamada de cirurgia metabólica. 
 
Precauções: 
- É preciso cessar drogas e etilismo 
- Não pode ter distúrbios psiquiátricos descompensados 
- A pessoa precisa compreender a proposta cirúrgica e a mudança na vida dela (não pode fazer na pessoa que 
acha que é oba-oba...). 
Cirurgia Thomás R. Campos 
 
TIPOS DE CIRURGIA BARIÁTRICA: 
 
Pensando de uma maneira básica... existem duas formas de emagrecer: 
1. Comer menos → Restrição; 
2. Não absorver o que come → Disabsorção; 
 
Desse modo, as cirurgias bariátricas variam entre serem restritivas e/ou desabsortivas. 
 
BANDA GÁSTRICA: 
 
É uma cirurgia restritiva. 
Coloca-se um anel na porção proximal do estômago, reduzindo a ingesta. 
O anel é regulável (o paciente consegue, apertar ou afrouxar o anel, através de 
um dispositivo que fica na pele) → muitas vezes os pacientes burlavam o 
tratamento... 
 
Complicações: 
-Deslocamento do anel (risco de comprimir vasos...); 
-Reganho de peso 
 
É uma técnica pouco utilizada hoje em dia. 
 
 
 
SLEEVE 
É uma cirurgia restritiva. 
É feita uma gastrectomia vertical, com retirada de parte do fundo gástrico, 
corpo e antro é retirado, de modo que o estômago fica bem fininho → o cirurgião 
passa uma sonda orogástrica de Faucher que é uma sonda grossa passada 
pela boca, aí posiciona até o piloro... essa sonda é que vai moldar a espessura 
que restará do estômago onde será passado o grampo ali. 
 
Hoje é o procedimento bariátrico mais realizado no mundo. 
 
Complicações: 
-Fístula do ângulo de His (uma deiscência do grampo na porção superior); 
-Refluxo → paciente com DRGE não deve realizar sleeve, pois piora o refluxo. 
 
 
BY-PASS GÁSTRICO: 
É uma cirurgia mista (restritiva e disabsortiva). 
Fica quase nada de estômago em cima (só um pouch gástrico de 30mL), o 
restante do estômago não recebe mais comida, ficando conectado ao jejuno 
(Y de Roux 75-150 cm após) apenas para poder liberar secreções ácidas, 
fator intrínseco e secreções biliopancreáticas. 
 
É uma cirurgia que melhora o controle glicêmico. 
 
Complicações: 
-Deiscência de anastomose; 
-Hérnia de Petersen → é um tipo de hérnia interna (os órgãos intra-
abdominais entram por algum buraco e torcem, causando obstrução nesse 
caso é o buraco que se forma após a cirurgia). 
-Deficiência de Ferro, vitamina B12, vitamina B1. 
 
Cirurgia Thomás R. Campos 
 
Existem ainda outras cirurgias que são importantes historicamente, não são mais realizadas, mas que podem 
aparecer em prova: 
 
SCOPINARO: 
É uma cirurgia mista disarbsortiva e restritiva. 
É realizada uma gastrectomia horizontal + gastrojejunostomia + 
enteroenteroanastomose distal (sobra pouco espaço para absorção dos 
alimentos – canal comum de apenas 50cm). 
Ao mesmo tempo é realizada a colecistectomia pois os pacientes perdiam peso 
muito rápido e isso propicia a formação de cálculos na vesícula... e nessa 
cirurgia se o cálculo descesse para o colédoco, ferrou, não ia ter como passar 
endoscópio... aí no mesmo procedimento já arranca a vesícula. 
 
Complicações: 
-Todas as complicações do by-pass, só que mais intensas 
-Desnutrição proteica 
-Úlcera de boca anastomótica (porque perdeu o piloro, então não tem o controle 
do ácido que passa ali pra baixo). 
 
 
SWITCH DUODENAL: 
É uma cirurgia mista disabsortiva restritiva. 
Baseado na cirurgia de Scopinaro, só que com modificações. Ao invés da 
gastrectomia horizontal, é feita uma gastrectomia vertical (o que poupa o 
piloro). O canal comum foi aumentado para que a desnutrição não fosse tão 
intensa. Além de fazer a colecistectomia também fizeram apendicectomia 
(para excluir apendicite do diagnóstico diferencial de uma possível dor abdominal 
futura). 
 
Era feita em dois tempos → primeiro era feita a gastrectomia vertical e num 
segundo momento seria feito o by-pass, a apendicectomia e a colecistectomia... 
O problema é que os pacientes não voltavam... após a gastrectomia vertical eles 
já começavam a perder bastante peso, porque iriam voltar para serem 
reoperados?? 
Foi daqui que surgiu o Sleeve. 
 
 
 
O sleeve acaba sendo também uma cirurgia metabólica pois a gastrecomia vertical, ao remover boa parte 
do corpo gástrico e do fundo, diminui a produção de grelina → o paciente perdia a vontade de comer. 
 
 
 
Esses nomes: Fobi-Capella, 
Wittgrove, Clark... são apenas 
detalhes que esses caras mudavam 
ali pra se achar e colocar o nome 
deles... Mas é tudo by-pass. 
 
 
 
 
Cirurgia Thomás R. Campos 
 
COMPLICAÇÕES PÓS-BARIÁTRICA: 
 
 
 
ESCOLHA DA TÉCNICA 
Atualmente a escolha é entre o Sleeve e o By-pass: 
 
Sleeve: escolha se o paciente tem algum déficit nutricional (então não seria bom causas disabsorção) ou 
história de tumor/pólipo gástrico (porque no by-pass você perde acesso ao estômago, então não ia ter como 
fazer endoscopia). 
By-pass: escolha em pacientes com DRGE (o sleeve piora o refluxo) e em pacientes com Diabetes tipo 2 
(melhora o controle glicêmico). 
*O paciente Obeso com DRGE grave a cirurgia para corrigir a DRGE é o by-pass → nesses pacientes a 
fundoplicatura não resolve o refluxo.

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