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MELISSA XAVIER – 6° TERMO CLINICA MEDICA III A síndrome coronariana aguda corresponde a um conjunto de sinais e sintomas decorrentes da redução do fluxo sanguíneo coronariano levando ao desenvolvimento de isquemia ou infarto miocárdico com suas consequências elétrica, funcionais e estruturais. A doença arterial coronária é caracterizada, na maioria das vezes, pela presença de placas ateroscleróticas ou ateromas nos vasos da circulação arterial do coração. A placa, no entanto, pode ter caráter obstrutivo, desencadeando o aparecimento de sintomas. Resumindo a SCA é o resultado de um processo agudo de instabilização da placa aterosclerótica com a formação de um trombo intracoronária que promove agravamento súbito da obstrução vascular. Dependendo do grau de obstrução coronária e da severidade da isquemia miocárdica resultante, podem surgir diferentes síndromes clínicas. A SCA é considerada a Primeira causa de morte no Brasil (32% de óbitos), terceira causa de internação, maior causa de morbidade e mortalidade, a sua principal causa é a aterosclerose, porem as demais causas são: ♥ Aterosclerose É uma doença arterial sistêmica caracterizada por deposição de colesterol e inflamação da parede vascular arterial, que se inicia com uma estria gordurosa e evolui a uma placa estável, ademais quando surge uma instabilidade dessa placa há consequentemente a formação de um trombo no lúmen, levando a uma obstrução do fluxo sanguíneo -> isquemia -> necrose do território adjacente. Vale ressaltar que as placas estáveis obstrutivas são responsáveis pela angina estável e as placas instáveis estão associadas à SCA e IAM. Os mecanismos de Instabilização e Trombose Coronária são diversos entre eles nos temos a ruptura de placas vulneráveis, predisposição à instabilização, ruptura ou erosão, inflamação ativa (macrófagos e linfócitos T), centro lipídico MELISSA XAVIER – 6° TERMO extenso e Hemorragia intraplaca, trombose, adesão/agregação plaquetária Quando a expansão atinge um limite a uma rotura desta placa que pode causar trombose, SCA com supra de ST ou sem supra de ST, oclusão total ou parcial e uma angina instável. Ademais a instabilização da placa aterosclerótica expõe substâncias pró- trombóticas em seu interior. Assim, plaquetas circulantes aderem a sua superfície e sofrem transformações morfológicas, liberando substâncias que ativam outras plaquetas circulantes e o sistema de coagulação e finalmente, forma-se um trombo branco unido por uma rede de fibrina. De uma forma geral o desequilíbrio entre a oferta e consumo de O2 leva a um quadro de isquemia (oferta de baixo fluxo – não suprime a demanda frente a redução da oferta sanguínea) causada por uma redução da luz arterial (seja por trombose, espasmo ou ateromatose) Isquemia -> elevação do consumo de 02 (taquicardia, estresse, exercício) -> Fluxo coronariano não consegue aumentar para suprir a demanda -> angina -> injuria -> IAM Os fatores de risco são sentarismo; Obesidade; Tabagismo; Hipertensão Arterial Alta; Hipercolesterolemia; Diabetes; Estresse; idade maior que 30 anos; Sexo Masculino e uso de Contraceptivo oral por mulheres de mais de 40 anos. Já frente a um quadro de SCA corresponde a um aneurisma de aorta, redução dos pulsos arteriais, neuropatias, sinais de insuficiência ventricular/mitral, sopro e turgência de jugular. ♥ Típica A dor torácica considerada típica se relaciona com uma dor retroesternal, precordial ou epigástrica, com a sensação de peso, pressão, constrição (sinal de Levine), que pode irradiar para mandíbula, região cervical ou membro superior esquerdo. Tem uma duração prolongada (>20 minutos) que piora com esforço e melhora com repouso ou nitrato ♥ Definitivamente anginosa (tipo A) Apresenta-se com dor/desconforto retroesternal ou precordial, geralmente precipitada pelo esforço físico, podendo irradiar para ombro, mandíbula ou face interna do braço. Quadros de dispneia, náusea, fadiga, arritmia, déficit neurológico e insuficiência cardíaca pode ser encontrado. As placas estáveis possuem um escasso conteúdo lipídico, baixa atividade inflamatória e uma capsula fibrótica espessa. MELISSA XAVIER – 6° TERMO OBS: Se há supra de ST considera-se IAM, agora a ausência pode se pensar em angina e IAM. ♥ Provavelmente anginosa (tipo B) Tem a maioria, mas não todas as características da dor definitivamente anginosa. ♥ Provavelmente não anginosa (tipo c) Não há característica da dor anginosa, fortemente indicativa de diagnóstico não cardiológico ♥ Definitivamente não anginosa (tipo D) Há poucas características da dor definitivamente anginosa ("dor atípica", sintomas de "equivalente anginoso") - eletrocardiograma = O ECG de 12 derivações é muito importante em pacientes com suspeita de SCA. (analise toda parte de impulsos elétricos do coração). - Marcadores de necrose cardíaca - CKMB = é apenas parcialmente específica para o músculo cardíaco mas elevações da CKMB podem resultar de lesões teciduais a distância. - Troponinas = proteínas estruturais da fibra muscular que modulam a interação entre a actina e a miosina no músculo esquelético e cardíaco. ANGINA ESTAVEL *Classe 1 - angina por esforço eventualmente *Classe II – angina por esforços habituais * Classe III - angina por esforços menores que os habituais * classe IV – angina em repouso ANGINA INSTÁVEL * Classe l: angina de início recente (menos de 2 meses) e acelerada (dor mais freq./lente ou desencadeada por esforços cada vez menores * Classe ll: angina de repouso (subaguda) no último mês, mas não nas últimas 43h * Classe lII: angina de repouso aguda (um ou mais episódios em repouso nas últimas 43h) Circunstância das manifestações clinicas * Classe A: angina instável secundaria (anemia, febre, hipotensão, hipoxemia, tireoloxicoses, etc) + Classe B: angina instável primária › Classe C; angina pós infarto do miocárdio (mais de 24 horas e menos de 2 dias após o lAM) Intensidade do tratamento * Classe 1; sem tratamento ou com tratamento minimo • Classe 2: terapia anginosa usual • Classe 3 terapia máxima MELISSA XAVIER – 6° TERMO ♥ Exames subsidiários - Ecocardiograma = deve ser realizado precocemente - Teste ergométrico = para pacientes não complicados - Tomografia Coronariana Um dos conceitos fundamentais na abordagem dos portadores de SCA é a agilidade terapêutica, sendo capaz de reduzir a extensão do dano miocárdico imposto pela isquemia e suas complicações. O tratamento das SCA visa o controle da trombose intravascular desencadeada pela instabilização do ateroma e a redução da isquemia miocárdica produzida pela oclusão coronária. As medidas gerais de suporte são comuns à terapêutica das SCA com e sem supra desnivelamento de ST. Elas incluem o repouso no leito, a oferta de oxigênio por via inalatória se houver hipoxemia (saturação arterial de O2 < 90%) e monitoração contínua. Analgesia também faz parte do tratamento inicial, principalmente no IMST, e a recomendação é utilizar a morfina para alívio da dor e controle da ansiedade, reduzindo o consumo miocárdico de oxigênio. Há a possibilidade de uma abordagem cirúrgica através da angioplastia. RELEMBRAR A ANATOMIA CORONANRIANA OXIGENIO -> 2 a 4 l/min - se Sat ‹ 90% MORFINA -> via intravenosa de 2 a 4 mg diluídos a cada 5 minutos até 25 mg NITRATO-> via sublingual 5mg ou intravenoso (não usar em hipotensão) BETA-BLOQUEADOR-> via intravenosa – metoprolol - ou oral – atenolol -. Esquema IV: 5 mg (1-2 min) a cada 5 min até completar a dose máxima de 15 mg. DUPLA ANTIAGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA»> AAS associado a clopidogrel /ticagrelor/ prasugrel ANTICOGULAÇÃO PLENA -> heparina de baixo peso molecular ou heparina não fracionada
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