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SOI 3 - APG 12 -Batata frita

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APG – SOI III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período 
 
1 
APG 12– Batata frita 
1) REVISAR A ANATOMIA DA VASCULARIZAÇÃO (ARTERIAL E 
VENOSA) DOS MMII 
❖ ARTÉRIAS 
→ O maior dos vasos aferentes é a aorta, que sai do ventrículo 
esquerdo, descreve um arco aórtico de trajeto descendente, 
atravessa o tórax (aorta torácica) e o abdome (aorta 
abdominal). 
→ Esta última próxima à pelve divide em dois ramos terminais, 
denominadas artérias ilíacas comuns (direita e esquerda). Em 
continuação as ilíacas, se dividem em ilíaca externa e interna. 
→ A Artéria Ilíaca Externa, antes de seguir em direção ao MMII, 
emite dois ramos: Artéria Epigástrica Inferior e Artéria 
Circunflexa Ilíaca Profunda. 
→ Após emissão de tais ramos, segue em direção ao MMII por 
meio da passagem pelo Hiato Femoral, dando origem a Artéria 
Femoral, após passagem pelo ligamento inguinal. 
→ A artéria femoral origina a artéria femoral profunda, que é 
a principal artéria da coxa e dela são emitidas artérias 
perfurantes, que suprem os músculos adutor magno, vasto 
lateral e os isquiotibiais 
→ A artéria femoral profunda também dá origem às artérias 
circunflexas femorais medial e lateral, que suprem a cabeça 
e o colo do fêmur e músculos da face lateral da coxa. 
→ A continuação da artéria femoral é a Artéria Poplítea que 
passa pela fossa poplítea na face posterior do fêmur e joelho, 
sendo, lateral a veia poplítea e nervo tibial. Irriga todo o joelho. 
→ A artéria poplítea dá ramos terminais denominados de: 
✓ Artéria tibial anterior: supre os músculos anteriores da perna, 
e na articulação talocrural esse vaso torna-se a artéria dorsal 
do pé, que supre a parte anterior do pé. 
✓ Artéria tibial posterior: supre os músculos posteriores da 
perna. O compartilhamento lateral da perna é suprido por 
ramos perfurantes da artéria tibial anterior e da artéria 
fibular. Logo no início de seu trajeto, dá origem a Artéria 
Fibular, descendo, e irriga a porção lateral da perna e o 
tornozelo. 
✓ Na divisão da artéria poplítea (entre a artéria tibial anterior e 
a posterior) existe outra porção/ramo continuada da artéria 
tibial posterior denominada de tronco tíbio fibular. Deste sai 
um ramo, denominada de artéria fibular. 
 
→ A irrigação dos pés é feita por 2 estruturas principais: 
✓ A artéria dorsal do pé, ramo da Artéria Tibial Anterior, 
é responsável pela irrigação dos músculos do dorso do 
Pé. Ao chegar no primeiro espaço interósseo, emite dois 
ramos: Artéria Metatarsal Dorsal e Artéria Arqueada. 
Esta última origina as Artérias Metatarsais Dorsais, 
responsáveis pela formação das Artérias Digitais 
Dorsais, além de contribuir com a formação do Arco 
Plantar Profundo, por meio da Artéria Plantar Profunda. 
✓ O arco plantar profundo é composto pela Artéria Plantar 
Lateral (maior contribuição) e Artéria Plantar Profunda 
(menor contribuição), oriunda da Artéria Arqueada. 
 
 
 
 
❖ VEIAS 
→ O membro inferior tem veias superficiais e profundas, que 
ficam localizadas no tecido subcutâneo e na fáscia muscular, 
respectivamente, e acompanham todas as grandes artérias. 
✓ Veias superficiais: as duas principais veias superficiais no 
membro inferior são: 
▪ A veia safena magna que ascende anteriormente ao 
maléolo medial, desemboca na veia femoral. Ela recebe 
várias tributárias e comunica-se em vários locais com a 
veia safena parva, a maioria das tributárias dessas veias 
não tem nome. As tributárias das faces medial e 
posterior da coxa costumam se unir para formar uma 
veia safena acessória., que quando presente é a principal 
comunicação entre as safenas magna e parva. 
APG – SOI III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período 
 
2 
▪ A veia safena parva se origina da veia marginal lateral e 
a safena magna é a continuação da veia marginal medial, 
que são as veias que drenam o sangue do pé. Ao 
contrário da perna e da coxa, a drenagem venosa do pé 
é feita principalmente por veias superficiais. 
▪ Veias perfurantes: penetram a fáscia muscular próximo 
ao local onde se originam as veias superficiais e possui 
válvulas que permitem o fluxo sanguíneo apenas das 
veias superficiais para as veias profundas, o que é 
importante para o bom retorno venoso dos membros 
inferiores. 
✓ Veias profundas: acompanham todas as grandes artérias e 
seus ramos, e essas veias acompanhantes normalmente são 
pares, muitas vezes interconectadas, situadas ao lado das 
artérias que acompanham. 
▪ Embora o arco venoso dorsal drene basicamente pelas 
veias safenas, as veias perfurantes drenam para a veia 
tibial anterior do compartimento anterior da perna. As 
veias plantares medial e lateral formam as veias tibiais 
posteriores e as fibulares e todas essas três (tibiais 
anterior e posterior e fibular) drenam para a veia 
poplítea, que se torna a veia femoral. A veia femoral 
também recebe sangue da veia femoral profunda, 
formada por quatro veias perfurantes, e se torna a 
veia ilíaca externa. 
 
 
 
 
 
 
2) COMPREENDER A ETIOLOGIA, FISIOPATOLOGIA, 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, DIAGNÓSTICO DA DOENÇA 
ARTERIAL OBSTRUTIVA PERIFÉRICA (DIFERENCIANDO AGUDA 
E CRÔNICA) 
❖ ETIOLOGIA E EPIDEMIOLOGIA 
→ A aterosclerose (doença sistêmica) é uma causa importante 
de doença arterial obstrutiva periférica (DAOP), sendo mais 
comum nas artérias femorais superficiais e poplíteas dos 
membros inferiores. 
→ Pode ser causada também por tromboembolismo, doença 
inflamatória, traumatismo, doença aneurismática, cisto 
adventícios, síndromes de encarceramento ou anormalidade 
congênitas. 
→ Como já visto, as doenças arteriais ateroscleróticas são 
caracterizadas pelo estreitamento ou oclusão arterial 
causada pelo acúmulo de elementos da placa aterosclerótica 
na parede do vaso, ela também pode levar à formação de 
aneurisma, que é o aumento patológico dos segmentos 
arteriais, e pode resultar em ruptura, dissecção ou 
tromboembolismo. 
→ Dessa forma, os fatores de risco para esse distúrbio são 
semelhantes aos da aterosclerose: 
✓ Tabagismo: contribui para o progresso da aterosclerose 
dos membros inferiores e desenvolvimento de sintomas 
de isquemia; 
✓ Diabetes mellitus: pacientes desenvolvem doença 
vascular mais extensa e com progressão mais rápida. 
Aumenta o risco em 2 a 4x; 
✓ Hipertensão arterial; 
✓ Hiperlipidemia (elevação dos níveis séricos de colesterol 
total e LDL e redução do HDL); 
✓ Níveis elevados de homocisteína: aminoácido presente 
no plasma do sangue que está relacionado com o 
surgimento de doenças cardiovasculares como AVC, 
doença coronariana, trombose ou infarto cardíaco; 
✓ Obesidade e Sedentarismo; 
✓ História familiar; 
→ A doença normalmente é observada com o avanço da idade = 
≥ 65 anos, idade entre 50 a 64 anos com fatores de risco 
para aterosclerose, idade < 50 anos (raro) com diabetes 
melito e 1 fator de risco adicional para aterosclerose. 
→ Acomete mais o sexo masculino. 
→ A etnia negra aumenta o risco de DAOP em 2x; 
APG – SOI III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período 
 
3 
❖ FISIOPATOLOGIA 
➢ AGUDA = OCLUSÃO 
→ A isquemia aguda do membro ocorre quando o fluxo sanguíneo 
é interrompido abruptamente ou diminuído acentuadamente 
(oclusão), resultando em hipoperfusão (diminuição do fluxo 
arterial), principalmente durante a atividade física, que 
ameaça a viabilidade do membro. 
→ A causa mais comum é por trombose ou embolia. 
→ A maioria dos êmbolos origina-se no coração como um trombo 
mural de infarto do miocárdio recente ou do apêndice atrial 
em um paciente com fibrilação atrial, chegando no MMII 
→ A trombose arterial in situ como resultado da ruptura da placa 
geralmente representa o ESTÁGIO FINAL DE DOENÇA 
CRÔNICAEM UMA ARTÉRIA, mais comumente a artéria 
femoral ou poplítea. 
➢ CRÔNICA = OBSTRUÇÃO 
→ A DAOP dos MMII pode se manifestar como doença crônica 
estável ou como isquemia crítica dos membros. 
→ Pacientes com isquemia crítica de membro têm fluxo 
sanguíneo inadequado para manter a viabilidade no leito de 
tecido distal (obstrução). Os pacientes que apresentam 
isquemia crítica de membro tipicamente são portadores 
doença multissegmentar ao longo do membro. 
→ A isquemia crítica de membro é mais frequentemente 
causada por aterosclerose, mas também pode ser causada 
por doença ateroembólica ou tromboembólica, vasculite, 
trombose in situ relacionada com estados hipercoaguláveis, 
tromboangiite obliterante, doença cística da adventícia, 
encarceramento poplíteo ou traumatismo. 
❖ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
→ Os sintomas da DAOP dos MMII são, em geral, insidiosos e 
graduais em sua evolução e podem levar à consulta médica só 
em estágio avançado. 
➢ AGUDA 
→ Paciente com isquemia aguda de membro apresenta uma 
extremidade fria e dolorida, dessa forma, a ausência de pulso 
arterial ajuda a encontrar o local de oclusão, mas os pulsos 
podem ser normais em casos de microêmbolos ou êmbolos de 
colesterol. 
→ A perna deve ser examinada cuidadosamente quanto a 
anormalidade de cor e temperatura, no início observa-se 
palidez, mas, com o tempo, cianose é comum. 
→ Poliquilotermia (variação da temperatura), é um achado 
importante, principalmente se o membro oposto estiver 
quente. 
→ As alterações sensoriais incluem dormência e parestesias. A 
paralisia indica que a isquemia avançou para comprometer a 
sobrevida do membro (sinal tardio que sugere lesão 
irreversível). 
➢ CRÔNICA 
✓ DAOP CRÔNICA ESTÁVEL 
→ Em pacientes com DAOP crônica ESTÁVEL, 50% dos 
pacientes são assintomáticos (obstrução parcial na artéria), 
apesar dos exames de pulsos anormais, da existência de 
sopro vascular ou índice tornozelo-braquial (ITB), que mostra 
risco da obstrução das artérias periféricas inferior, anormal 
(<0,9 – PA tornozelo dividida pela PA do braço). 
→ Quando o suprimento de sangue não for suficiente para 
atender os requisitos metabólicos contínuos como 
consequência do estreitamento arterial, ocorrerão + 
sintomas!!! 
→ Cerca de 40% dos pacientes apresentam sintomas atípicos: 
cansaço nas pernas ou fadiga. 
→ E apenas 10% apresentação manifestações CLÁSSICAS de 
claudicação intermitente (dor a deambulação) = quanto maior 
a obstrução maior mais claudicação o paciente terá, ou seja, 
menor a distância que irá percorrer para começar a dor. 
→ A claudicação, que é uma síndrome vascular específica, é 
definida como desconforto aos esforços (caminhar, nadar, 
pedalar, subir escadas), aliviada com repouso ou com o 
membro para baixo (a gravidade vai melhorar a perfusão), em 
grupos musculares específicos com risco de isquemia durante 
o exercício. 
▪ Seu início é geralmente gradual e com frequência não é 
percebido por muito idosos que podem atribuir seus 
sintomas à artrite ou à idade. 
▪ Deve-se mesurar a distancia que o paciente consegue 
andar sem dor – metros ou quadras. 
▪ Pacientes queixam de dor na panturrilha, provocada pela 
obstrução da artéria femoral superficial, por que o 
músculo gastrocnêmio consome mais oxigênio do que 
qualquer grupo muscular da perna durante a caminhada. 
▪ Em geral, é unilateral em seu início, mas pode ser 
bilateral nos pacientes que têm oclusão da aorta 
abdominal distal. 
APG – SOI III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período 
 
4 
→ Os sintomas, geralmente, começam um segmento abaixo do 
nível do estreitamento arterial, desse modo, as obstruções 
vasculares (oclusões ou estenoses) dos vasos ilíacos 
geralmente causam dor no quadril, na coxa e na panturrilha e 
as obstruções da artéria femoral e poplítea tipicamente 
causam sintomas nos músculos da panturrilha e do pé. 
→ A claudicação verdadeira precisa ser diferenciada de outras 
condições que causam dor nas pernas por esforço, 
denominadas pseudoclaudicação, como dor neurogênica 
decorrente de estenose espinal ou compressão da raiz 
nervosa, dor musculoesquelética ou artrítica ou desconforto 
decorrente de congestão venosa ou síndrome 
compartimental. 
→ O relato típico de claudicação tem baixa sensibilidade, mas alta 
especificidade para DAOP. 
✓ DAOP CRÔNICA CRÍTICA = obstrução do vaso é maior, é uma 
evolução da estável 
→ A isquêmica crítica de membro, que se desenvolve em cerca 
de 10% de todos os pacientes com DAOP, manifesta-se como: 
✓ Dor nos membros em repouso: Esta dor frequentemente é 
contínua e de grande intensidade, caracteriza o agravamento 
da isquemia. Cede somente com analgésicos potentes. A dor 
em repouso indica que as condições do membro estão se 
deteriorando e que, invariavelmente, encaminha-se para 
necrose ou ulceração. 
✓ Úlceras sem cicatrizaçõa: As 
úlceras isquêmicas geralmente 
começam como pequenas 
feridas traumáticas e depois 
não cicatrizam porque o 
suprimento de sangue é 
insuficiente para atender às crescentes demandas do tecido 
cicatrizante. As úlceras isquêmicas que envolvem o pé podem 
ser infectadas e levar à osteomielite. As ulcerações tem uma 
aparência característica dependendo da sua origem, as 
ulcerações causadas por isquemia estão tipicamente 
localizadas na terminação dos ramos arteriais, nas pontas dos 
dedos dos pés e entre os dígitos. São lesões dolorosas, secas 
e com pouco sangramento. 
✓ Gangrena (morte tecidual devido à 
insuficiência de irrigação sanguínea): 
A isquemia extrema altera a 
aparência da pele. Podem surgir 
áreas focais de descoloração da 
pele que podem evoluir para 
necrose cutânea. 
✓ Neuropatia isquêmica: Se a isquemia for grave e de longa 
duração, o paciente pode desenvolver dor ao longo da 
distribuição de um nervo sensorial periférico. Essa dor pode 
ocorrer na ausência de ulceração ou gangrena e é 
frequentemente descrita como sensação de formigamento, 
dormência ou queimação. É difícil de ser tratada. 
✓ Atrofia por desuso: Pacientes com quadros graves de 
isquemia, que são sedentários, podem apresentar 
considerável perda de massa muscular nos membros 
inferiores. 
✓ Impotência: A impotência sexual é motivo de consulta 
relativamente frequente em pacientes portadores de lesões 
oclusivas aortoilíacas. Alguns pacientes, às vezes, omitem esta 
queixa por pudor, mas reclamam da claudicação intermitente 
dos membros inferiores. Trata-se de impotência de ereção 
por dificuldade de perfusão. 
✓ Membros ameaçados: A ameaça de um membro faz parte de 
um amplo espectro de doenças, cuja perfusão é um 
determinante do resultado. Outros fatores importantes 
incluem a extensão e a gravidade de qualquer ferida e a 
presença e gravidade de infecções. A isquemia suficiente 
para ameaçar um membro ocorre quando o fluxo sanguíneo 
arterial é insuficiente para atender às demandas metabólicas 
dos músculos em repouso. Os pacientes podem enfrentar 
graus variados de perda de tecido ou gangrena de dígitos. 
❖ DIAGNÓSTICO 
➢ AGUDA 
→ Em pacientes com isquemia aguda de membro, a anamnese e 
o exame físico são as etapas mais importantes, para avaliar 
a causa, gravidade, caminho diagnóstico e terapêutico. 
→ Diante disso, é necessário saber a viabilidade do membro, a 
existência de danos irreversíveis que impeçam o salvamento 
do membro (amputação). 
→ A dor persistente, perda sensorial e fraqueza muscular 
ajudam a diferenciar membros ameaçados de viáveis. 
 
APG – SOI III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período 
 
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➢ CRÔNICA 
→ Uma característica que pode ser encontrada no exame físico 
dos pacientes com DAOP é extremidades com pele fina, seca, 
brilhante e sem pelos. As unhas podem ficar quebradiças, 
hipertróficas e estriadas. 
→ Os pacientesdevem ser avaliados quanto aos fatores de risco 
ateroscleróticos (PA, níveis séricos de lipídios e glicose, função 
renal = EXAMES LABORATORIAIS). 
→ A gravidade clínica da isquemia crônica estável e da isquemia 
crônica crítica do membro pode ser avaliada 
semiquantitativamente usando a classificação de Fontaine ou 
Rutherford (classificação quanto ao quadro clínico). 
 
→ Pode ser observada também uma alteração da temperatura 
da pele local (um membro isquêmico é frio). 
→ Além disso, deve avaliar e comparar os pulsos periféricos. Um 
pulso arterial periférico palpável diminuído é insuficiente para 
excluir o diagnóstico, portanto, a medição de ITB (Índice de 
Pressão sistólica tornozelo-braquial) é necessária, sendo a 
razão entre a PAS do tornozelo e a PAS braquial detectada 
com Doppler. 
→ Em pacientes sem sintomas leves ou moderados, um ITB < 
0,90 presenta alto grau de sensibilidade e especificidade para 
DAOP. 
→ IMAGENS = Geralmente a imagem vascular não é necessária 
para estabelecer o diagnóstico de DAOP, no entanto, pode 
ser indicada para diferenciá-la de outras doenças vasculares 
e para identificar o local do vaso acometido em caso de 
indicação de intervenção. 
✓ A ultrassonografia (US) duplex combina imagens obtidas por 
ultrassom e medições de velocidade do sangue por Doppler 
para localizar obstruções vasculares e estimar a gravidade da 
lesão. 
✓ A angiografia por tomografia computadorizada (ATC) e a 
angiografia por ressonância magnética (ARM) oferecem 
imagens em corte 
transversal que 
podem ser 
reconstruídas em 
um angiograma 
tridimensional. 
Essas continuam 
sendo o “padrão-ouro” para o diagnóstico e avaliação da DAOP. 
✓ A radiografia simples de 
membros inferiores pode 
mostrar calcificação arterial 
em locais consistentes com 
DAOP, como nos pontos de 
ramificação arterial. 
 
3) DESCREVER O TRATAMENTO E SUAS DIFICULDADES 
→ Na isquemia aguda, pacientes com isquemia irreversível de 
membro (membro inviável) não devem ser submetidos a 
angiografia e devem ser agendados para amputação. Todos 
os outros pacientes com isquemia aguda de membro devem 
ser submetidos a angiografia de emergência para definir a 
lesão culpada e tratá-la por via endovascular, se possível. 
→ Na isquemia crônica, o tratamento de pacientes com 
claudicação visa melhorar a distância percorrida e, talvez mais 
importante, reduzir o risco para o paciente de complicações 
cardiovasculares com risco à vida decorrentes da 
aterosclerose. 
→ O tratamento primário de pacientes com DAOP 
aterosclerótica dos MMII consistem em reduzir o risco para 
o paciente de complicações cardiovasculares potencialmente 
fatais decorrentes da aterosclerose, ou seja: 
✓ interromper o tabagismo; 
✓ Controlar fatores de risco (diabetes mellitus, 
hiperlipidemia, HAS e sedentarismo); 
✓ AAS profilático: tem um papel estabelecido na prevenção 
secundária de eventos cardiovasculares em todos os 
pacientes com DAOP, é um antiagregante plaquetário, 
como já vimos, então vai evitar que na placa de ateroma 
surja um trombo = isquemia aguda; 
✓ Estatinas: (também já vimos) vai estabilizar a placa de 
ateroma e evitar que ela progrida; 
APG – SOI III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período 
 
6 
✓ Cilostazol: é medicamento vasodilatador que vai auxiliar na 
melhora dos sintomas, o paciente terá uma melhor 
dinâmica na movimentação (vai aumentar a distância 
antes do início da claudicação). Ele melhora a distância 
máxima de caminhada em 40 a 50%. No entanto, é 
contraindicado em pacientes com IC. 
✓ Pentoxilina/Clopidogrel (indicado apenas de o AAS não for 
tolerado)/Heparina: medicamentos que vão auxiliar no 
fluxo sanguíneo, para melhorar a perfusão distal; 
✓ Programas de caminhadas diário de 45-60 min/dia: Os 
pacientes devem ser tranquilizados de que a prática de 
exercícios físicos, embora possa precipitar os sintomas 
de claudicação, não é prejudicial e é o tratamento inicial 
de escolha. 
▪ CURIOSIDADE: Um estudo randomizado de pacientes 
com DAOP aortoilíaca que se submeteram a um 
programa de exercícios supervisionado mostrou 
maior melhora no desempenho da caminhada em 
comparação com aqueles que realizaram terapia 
com stent primário ou caminhada domiciliar com 
cilostazol. 
→ A intervenção cirúrgica é uma opção para pacientes 
significativamente incapacitados pela claudicação, naqueles 
refratários ao tratamento clínico, ou com dor em repouso, 
gangrenas ou úlceras. O objetivo é a retomada no fluxo 
sanguíneo adequado no membro mal perfundido. As opções 
incluem intervenção percutânea, desvio cirúrgico ou uma 
combinação das duas técnicas. 
→ Existem determinadas condições de saúde ou tratamento que 
podem apresentar características que levam a barreiras a 
não adesão. 
→ Algumas doenças que são assintomáticas, como a HAS, 
ocorrem essa não adesão, podendo ser pela ausência dos 
sintomas visíveis ou até mesmo a falta de compreensão sobre 
tal doença. 
→ De acordo com a OMS, a não adesão aos tratamentos a longo 
prazo está em torno de 50 %. 
→ A relação entre fatores socioeconômicos, como renda e 
escolaridade, e adesão ao tratamento é amplamente 
investigada e estudos prévios encontraram associação entre 
essas variáveis e a adesão, principalmente em doenças 
crônicas. 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
• TORTORA, G. J; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia 
humana. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
• GOLDMAN, Lee. Goldman-Cecil Medicina. 26. ed. Rio de Janeiro: 
Grupo GEN, 2022. 
• PICCINATO, Carlos Eli. Doença arterial obstrutiva periférica 
(DAOP). Manual prático de angiologia e cirurgia vascular. 
Tradução . São Paulo: Atheneu, 2013 
• TAVARES, Noemia Urruth Leão et al. Fatores associados à 
baixa adesão ao tratamento farmacológico de doenças 
crônicas no Brasil. Revista de Saúde Pública, v. 50, p. 10s, 
2016.

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