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ESQUIZOFRENIA E OUTROS TRANSTORNOS PSICÓTICOS Diagnóstico clínico, sendo os sintomas psicóticos- alucinações, delírio e desorganização- os elementos centrais dele. PSICOSE EPIDEMIOLOGIA · 1-1,5% da população geral; · Igual entre os sexos; · Início mais precoce entre os homens, maior prejuízo global na vida; -Estado alterado do psiquismo; -Sensações que não correspondem à realidade; -Pensamentos que fogem ao seu controle: ੦ Alucinações (alteração de um dos cinco sentidos- auditiva, por ex); ੦ Delírios (pensamento); ੦ Sensação de que o ambiente está estranho; ੦ Agitação, confusão, agressividade; ੦ Não falar coisa com coisa; ੦ Insônia e inapetência; ੦ Sensação de que os mais diversos fatos não são coincidências; ੦ Atribuição de significados diferentes a coisas reais (distorção da realidade); ੦ Isolamento; ੦ Comportamento estranho; ੦ Pensamento bloqueado, interrompido; ੦ Desleixo com a aparência e com a higiene; CAUSAS MAIS COMUNS ੦ Esquizofrenia; ੦ Distúrbio afetivo bipolar; ੦ Parto (psicose puerperal); ੦ Reação a alguns medicamentos (anfetamina e cortisona); ੦ TCE; ੦ Álcool e drogas; ੦ Doenças físicas (lúpus, hipertireoidismo); ੦ Doenças neurológicas (AVC, tumores cerebrais); ੦ Doença de Alzheimer; Vale lembrar que após o primeiro surto psicótico, aproximadamente 60% dos pacientes atingem remissão dos sintomas! ESQUIZOFRENIA EPIDEMIOLOGIA · 0,2-0,4% da população geral; · Igual entre os sexos; · Início mais precoce entre os homens, maior prejuízo global na vida; · Inicia no final da adolescência e início da vida adulta, gerando, na maioria das vezes, um prejuízo funcional persistente. Nas mulheres, há um segundo pico por volta dos 40 anos; · Essas pessoas tem 10 a 20 anos de expectativa de vida reduzida, reduzindo ao longo dos anos- 10% da mortalidade parece ser por suicídio, mas a maioria é devido a DCV. ੦ Doença psiquiátrica endógena; ੦ Perda do contato com a realidade; ੦ Indiferença; ੦ Alucinações e delírios; DIAGNÓSTICO DSM-5: Precisa haver prejuízo claro no funcionamento. CID-11: Não precisa haver prejuízo do funcionamento. ੦ 2 ou mais, por pelo menos 1 mês + sintomas causando prejuízo no funcionamento por 6 meses anterior ao episódio psicótico (sinais prodrômicos): • Delírios; • Alucinações; • Discurso desorganizado; • Comportamento desorganizado ou catatônico; • Sintomas negativos; ੦ Excluir outras patologias mentais e uso de drogas; ੦ Componente genético importante; ੦ O risco sobe para 13%, se um parente de primeiro grau é portador da doença; MODELO DIMENSIONAL: SINTOMAS POSITIVOS ੦ Alucinações; ੦ Delírios; SINTOMAS NEGATIVOS ੦ Alogia (diminuição da fluência do pensamento); ੦ Embotamento afetivo; ੦ Abulia (diminuição da vontade e do impulso); ੦ Anedonia (diminuição da capacidade hedônica – de sentir prazer); SINTOMAS COGNITIVOS ੦ Atenção; ੦ Velocidade de pensamento; ੦ Funções executivas; ੦ Aprendizagem; SINTOMAS DE DESORGANIZAÇÃO ੦ Discurso desorganizado; ੦ Comportamento bizarro; SINTOMAS DE HUMOR/ ANSIEDADE ੦ Tristeza ou ansiedade; podendo até mesmo evoluir com síndromas depressivos na fase pós- psicótica; CREMESP | 2014 A esquizofrenia é um transtorno que acomete 1% da população mundial, afetando principalmente adolescentes e adultos jovens. Os sintomas negativos compreendem hoje o grande desafio do tratamento da esquizofrenia, por conta da dificuldade de remissão, comprometendo a vontade e a afetividade do paciente. São sintomas negativos: a) Hipovigilância e delírio; b) Alucinação e estupor; c) Hiperprosexia e labilidade afetiva; d) Hipobulia e embotamento; e) Estupor e labilidade afetiva; TRANSTORNO DELIRANTE ੦ 1 ou mais delírios não bizarros, por pelo menos 1 mês, com bom funcionamento psicossocial; ੦ Traição; ੦ Envenenamento; ੦ Infecção; SES-GO | 2017 Uma mulher de 53 anos, solteira, procedente do interior de Goiás, vem à consulta queixando-se de problemas de pele e sentindo-se triste por ser vítima de “preconceito”. Conta que as pessoas têm se afastado dela, achando que ela tem hanseníase. Relata que, há mais de 3 anos, vem apresentando lesões espalhadas por todo o corpo (membros, tronco e face) acompanhadas de intenso prurido. Diz, ainda, que há pequenos “insetos” vivendo sob sua pele e eles causam dor e coceira, além de levarem ao aparecimento de grandes lesões que chegam a sangrar. Diz que passa horas do dia se coçando, o que, com frequência, leva ao aparecimento de lesões que sangram. Ao exame, notam-se escoriações nos membros, no tórax, abdome e na face, assim como lesões ulceradas recentes e múltiplas cicatrizes de tamanho semelhante ao das ulcerações atuais. Em locais do dorso, onde a paciente não alcança, a pele encontra-se completamente íntegra. A biópsia realizada previamente mostra lesões cicatriciais e atividade inflamatória inespecífica. O relatório de um dermatologista que a atendeu há 12 meses relata a hipótese de dermatite factícia. O quadro clínico é compatível com qual diagnóstico? a) Simulação; b) Transtorno obsessivo-compulsivo; c) Transtorno de escoriações (dermatotilexomania); d) Transtorno delirante persistente; TRANSTORNO PSICÓTICO BREVE ੦ Início súbito de sintoma positivo; ੦ Duração de 1 dia – 1 mês; ੦ Pode ser reativa; TRATAMENTO ੦ Antipsicóticos; -Antipsicóticos sedativos- CLORPROMAZINA; -Antipsicóticos incisivos- HALOPERIDOL; -Antipsicóticos atípicos de última geração- OLANZAPINA, RISPERIDONA, QUIETIAPINA E ARIPIPRAZOL. ੦ Psicoterapia; ੦ Psicoeducacional; ANTIPSICÓTICOS TÍPICOS Bloqueio das 4 vias dopaminérgicas; 1. Via nigroestriatal (sistema extrapiramidal); 2. Via mesolímbica (sintomas positivos); 3. Via mesocortical (sintomas negativos e cognitivos); 4. Via tuberoinfundibular (prolactina); Haldol decanoato é para os pacientes que não aderem ao comprimido. UFG | 2020 Leia o caso clínico a seguir. Paciente de 46 anos, do sexo masculino, é trazido por familiares para atendimento por estar "retraído e isolado". Há um mês não sai do quarto e nem toma banho. O paciente apresenta-se apático, retraído socialmente e está há anos sem trabalhar. Não se engaja em atividades prazerosas e nem em projetos de longo prazo. Fala poucas frases esparsas e desconectadas e neologismos frequentes. Diz não entender o motivo de ter sido levado ao médico, ainda que passe dias sem tomar banho e escovar os dentes. Não se sente triste. Os sintomas vêm se agravando há cerca de 20 anos e se iniciaram após um quadro psicótico que necessitou de internação por dois meses. Nesse caso, qual seria o tratamento ideal para esse paciente? a) Inibidor seletivo de recaptação de serotonina e terapia cognitivo-comportamental; b) Antipsicótico de segunda geração e abordagem psicossocial com terapia ocupacional; c) Inibidor de acetilcolinesterase e reabilitação cognitiva; d) Sal de lítio ou divalproato de sódio associado a psicoeducação; SINTOMAS EXTRAPIRAMIDAIS 1. Distonia aguda; a. Espasmos da musculatura da língua, face, pescoço e dorso nos primeiros 5 dias de tratamento; b. Substituir a medicação, ou introduzir o anticolinérgico (biperideno- AKINETON 2 mg; 2. Acatisia; a. Inquietação mental e motora até 60 dias de tratamento; b. Diminuir a dose, trocar o medicamento, introduzir BZD, anticolinérgico ou betabloqueador; 3. Discinesia tardia; a. Discinesia orofacial, movimentos coreoatetoicos generalizados e distonia; b. Ocorre em 20-35% do uso crônico; c. Não existe nenhum tratamento eficiente; 4. Parkinsonismo; a. Bradicinesia, rigidez, tremores, ausência de mimica facial; b. Até 30 dias do tratamento; c. Introduzir o anticolinérgico; 5. Síndrome Neuroléptica Maligna; a. Parkinsonismo grave- esturpor- catatonia- desautonomia (oscilações da PA com picos hipertensivos, taquicardia, podendo ocorrer taquiarritmias)- febre- rabdomiólise- elevação de enzimas musculares (creatinofosfoquinase/ CPK); b. Grave, pode levar a insuficiência renal aguda; c. 1ª coisa a se fazer= SUSPENDER O ANTIPSICÓTICO! d. Tratamento em UTI, suspensão do neuroléptico e uso de bromocriptina (agonista dopaminérgico) até 60 mg/dia + relaxante muscular; Esses sintomas são muito mais frequentes no uso dos antipsicóticos típicos, mas não são exclusivos dos da 1ª geração; FMABC| 2017 Paula, 58 anos, faz uso de risperidona 6 mg/d há 8 meses. Há 3 semanas, vem demonstrando sintomas coreoatetoides involuntários do rosto e braços não rítmicos. Qual o provável quadro de Paula? a) Discinesia tardia; b) Parkinsonismo tardio; c) Distonia aguda; d) Síndrome neuroléptica maligna; EVENTOS ADVERSOS DOS ANTIPSICÓTICOS 1ª GERAÇÃO Christiane Novais- 6º semestre medicina · · Sedação; · Hipotensão ortostática; · Efeitos anticolinérgicos; · Cardiotoxicidade (aumento do intervalo QT); · Visão borrada; · Boca seca; · Retenção urinária; · Disfunção sexual; · Hiperprolactinemia; · Discinesia tardia · Acatisia; · Distonia; · Ganho de peso; 2ª GERAÇÃO Não bloqueiam os receptores dopaminérgicos D2 no sistema nigroestriatal, portanto, não apresentam perfil de sintomas extrapiramidais. · Quietiapina, 100-800 mg/dia; · Clozapina, 200 a 600 mg/dia; · Risperidona, 4-8 mg/dia; · Olanzapina, 5-20 mg/dia; · Aripiprazol, 15-30 mg/dia;
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