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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” DEPARTAMENTO DE FITOSSANIDADE, ENGENHARIA RURAL E SOLOS APOSTILA DE CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS Profa. Dra. KÁTIA LUCIENE MALTONI JULHO – 2015 1 ÍNDICE 1.ATRIBUTOS DIAGNÓSTICOS 2 2.HORIZONTES DIAGNÓSTICOS DE SUPERFÍCIE 8 3.HORIZONTES DIAGNÓSTICOS DE SUBSUPERFÍCIE 9 4.CLASSIFICAÇÃO 17 5.NOMENCLATURA 18 6.CLASSES DE SOLOS (Bases, Critérios e Conceitos) 19 7.CHAVE PARA ORDENS 22 8.ORDENS 24 8.1.ARGISSOLOS 24 8.2.CAMBISSOLOS 30 8.3.CHERNOSSOLOS 35 8.4.ESPODOSSOLOS 36 8.5.GLEISSOLOS 39 8.6.LATOSSOLOS 44 8.7.LUVISSOLOS 48 8.8.NEOSSOLOS 50 8.9.NITOSSOLOS 54 8.10.ORGANOSSOLOS 56 8.11.PLANOSSOLOS 58 8.12.PLINTOSSOLOS 60 8.13.VERTISSOLOS 63 9.BIBLIOGRAFIA BÁSICA 66 10. TRIANGULO TEXTTURAL 2 1. ATRIBUTOS DIAGNÓSTICOS 1.1. Material Orgânico: constituído por residuos vegetais em diferentes estádios de decomposição, fragmentos de carvão finamente divididos e biomassa presentes no solo, devido a processos naturais. O material orgânico pode estar associado à materia mineral em proporções variáveis, com preponderância de seus atributos sobre os constituintes minerais. O material será considerado orgânico quando CO > 80g/kg, avaliado na TFSA, por oxidação úmida. 1.2. Material Mineral: Formado essencialmente por compostos inorgânicos, em vários estádio de intemperismo e quando CO < 80g/kg. 1.3. Atividade da Fração Argila (valor T): Refere-se à CTC da fração argila (soma de bases + acidez potencial), calculada pela equação {(Tx1000)/g.kg -1 de argila}. Atividade alta (Ta) 27 cmolc/kg de argila Atividade baixa (Tb) 27 cmolc/kg de argila Sem correção para carbono Critério não aplicado a solos de textura areia e areia franca Para distinção de classes utilizar a atividade da argila no horizonte B, ou no C, quando não exite B. 1.4. Saturação por Bases ( valor V%): Proporção de cátions trocáveis em relação à CTC (pH 7,0). V% alta solos com V% 50% (Eutrófico) V% baixa solos com V% 50% (Distrófico) V% 65% utilizado para identificação de hor. A Chernozêmico Obs.: Se Na+ elevado não considerar a saturação. Obs.: Considerar hor. B ou C. 1.5. Mudança Textual Abrupta: Aumento de argila faixa de transição 7,5cm do horizonte A ou E para o horizonte subjacente B. Horizonte A ou E com teor de argila 200g de argila/kg de solo horizonte B deve ter pelo menos o dobro do conteúdo de argila dos hor. A ou E. Horizonte A ou E com argila > 200g de argila/kg de solo argila em B deve ser pelo menos 200g/kg a mais em valor absoluto. (Exemplo: hor. A com 350g de argila/kg de solo, o hor. B deverá ter pelo menos 550g de argila/kg de solo). 1.6. Plintita: Mistura de Argila, pobre em CO e rica em ferro ou ferro e alumínio, com grãos de quartzo e outros minerais. Apresenta-se sob forma de mosqueados vermelhos, vermelho-amarelados e vermelho-escuros, com formas: laminar, poligonal ou reticulada. A plintita se forma em ambiente úmido, pela segregação do ferro, por meio da mobilização, transporte e concentração final dos compostos de ferro, podendo se processar em qualquer solo, onde o teor de ferro permitir a segregação do mesmo, sob forma de manchas vermelhas brandas. A plintita não endurece irreversivelmente como resultado de um único ciclo de umedecimento e secagem. No solo úmido é macia, podendo ser cortada com a pá. A plintita é um corpo distinto de material rico em óxido de ferro e pode ser separada dos nódulos ou concreções ferriginosas consolidadas (petroplintita-dura a extremamente dura). A plintita é firme quando úmida e dura ou muito dura quando seca, tem 2mm e pode ser separada da matriz do solo. Suporta amassamento e rolamento moderado entre o polegar e o indicador, podendo ser quebrada com a mão, quando submersa em água, por período de 2h, não esboroa, mesmo submetida a suaves agitações, mas pode ser quebrada ou amassada após mais de 2h de submersão. As cores da plintita estão entre os matizes 10R e 7,5 YR, com cromas altos. Sua forma pode variar em laminar, nodular, esferoidal e irregular. 1.7. Petroplintita: Formada a partir da plintita devido a repetitivos ciclos de umedecimento e secagem, seguidos de ressecamento acentuado, sofre consolidação vigorosa, dando lugar à formação de nódulos ou concreções 3 ferruginosas (ironstone, concreções lateríticas, canga, tapanhocanga). Pode apresentar forma laminar, nodular, esferoidal ou irregular, individualizadas ou aglomeradas. 1.8. Superfícies De Fricção “Slickensides”: Apresenta superfícies lisas com estriamento marcante, produzido pela movimentação devido à forte expansão do material argiloso por umedecimento. Superfícies tipicamente inclinadas, em relação ao prumo dos perfis. 1.9. Caráter Ácrico: Soma de bases trocáveis (Ca 2+ , Mg 2+ , K + e Na + ) mais Al 3+ 1,5 cmolc/kg de argila, e que preencha pelo menos uma das seguintes condições: 1. pH em KCl 1mol.L -1 5; ou 2. ΔpH positivo ou nulo (ΔpH = pH KCl – pH H2O) 1.10. Caráter Alítico: Solo dessaturado com teor de alumínio (Al 3+ ) 4 cmolc /kg de solo Atividade de argila 20 cmolc/kg de argila Saturação por alumínio 50% (100 Al+3 /S + Al+3); e/ou Saturação por bases 50% (V% = 100 S/T). Considerar o hor. B ou C, na ausência de B ou no hor. A quando o solo apresentar seqüência A, R. 1.11. Caráter Alumínico: Solo dessaturado, com teor de alumínio (Al 3+ ) 4 cmolc /kg de solo Atividade de argila < 20 cmolc/kg de argila Saturação por alumínio 50% (100 Al+3 /S + Al+3); e/ou Saturação por bases 50% (V% = 100 S/T). Considerar o hor. B ou C, na ausência de B. 1.12. Caráter Argilúvico: Solos com incremento em argila no hor. B, não suficiente para definição de hor. B textural, plânico ou espódico. (gradiente de textural B/A > 1,4) 1.13. Caráter Carbonático: Solos com CaCO3 equivalente 150g/kg de solo, sob qualquer forma de segregação, inclusive concreções, desde que não satisfaça os requisitos para hor. cálcico. 1.14. Caráter com Hipocarbonático: Solos com CaCO3 equivalente entre 50g/kg e 150g/kg de solo, sob qualquer forma de segregação, inclusive concreções. 1.15. Caráter Coeso: Usado para distinguir solos com horizontes pedogenéticos subsuperficiais adensados, muito resistentes à penetração da faca ou martelo pedológico e que são muito duros a extremamente duros quando secos, passando a friáveis ou firmes quando úmidos. Uma amostra úmida quando submetida à compressão, deforma-se lentamente, ao contrário do fragipã, que apresenta quebradicidade (desintegração em fragmentos menores). Estes horizontes são de textura média, argilosa ou muito argilosa e, em condições naturais, têm uma fraca organização estrutural, são geralmente maciços ou com tendência a formação de blocos. O caráter coeso é comumente observado nos horizontes transicionais AB e, ou, BA, entre 30cm e 70cm da superfície do solo, podendo prolongar-se até o Bw ou coincidir com o Bt, no todo ou em parte. Uma amostra de horizonte com carátercoeso, quando seca, desmancha-se ao ser imersa em água. 1.16. Caráter Concrecionário: Solos com 5% (volume) de petroplintita (nódulos ou concreções), onde a quantidade ou a espessura é insuficiente para caracterizar horizonte concrecionário. 1.17. Caráter Crômico: Apresenta predominância de cores (amostra úmida) na maior parte do hor. B, exceto BC, como segue: 4 Matiz 5 YR ou mais vermelho com valor > 3 e croma > 4; ou Matiz mais amarelo que 5 YR, valor 4 a 5 e croma 3 a 6. 1.18. Caráter Dúrico: Solos que apresentem forte cimentação em um ou mais horizontes dentro da seção de controle que defina a classe, incluindo solos com duripã, ortstein e outros horizontes com cimentação forte que não se enquadrem na definição de horizontes litoplíntico, concrecionário e petrocálcico. 1.19. Caráter Ebânico: Solos com hor. de coloração escura, quase preta, na maior parte do hor. diagnóstico subsuperficial. Matiz 7,5YR ou mais amarelo: Cor úmida: valor < 4 e croma< 3; Cor seca: valor < 6; Matiz mais vermelho que 7,5 YR: Cor úmida: preto ou cinzento muito escuro Cor seca: valor< 5 1.20. Caráter Espódico: Solos com acúmulo iluvial de complexos orgânicos e que não safisfazem os critérios para hor. B espódico. 1.21. Caráter Êutrico: Solos com pH (em H2O) > 5,7 e S (soma de bases) > 2,0 cmolc/kg de solo na seção de controle que define a classe. 1.22. Caráter Flúvico: Solos formados sob influência de sedimentos aluvionares ou coluvio-aluvionares com um dos seguintes requisitos: 1. Camadas estratificadas com variações irregulares de granulometria ou outros atributos, em profundidade; e/ou 2. Distribuição irregular do conteúdo de CO em profundidade, não relacionado a processos pedogenéticos. 1.23. Caráter Litoplíntico: Solos com petroplintita contínua e consolidada em um ou mais hor. dentro da seção de controle, cuja espessura não é suficiente para caracterizar horizonte litoplíntico. 1.24. Caráter Plânico: Usado para distinguir solos intermediários com Planossolos, ou seja, com horizonte adensado e permeabilidade lenta ou muito lenta, cores acinzentadas ou escurecidas, neutras ou próximo delas, ou com mosqueados de redução, que não satisfazem os requisitos para horizonte plânico e que ocorrem em toda a extensão do horizonte, excluindo-se horizonte com caráter plíntico. 1.25. Caráter Plíntico: Solos com 5% (volume) ou mais de plintita, onde a quantidade ou a espessura é insuficiente para caracterizar horizonte plíntico, em alguma parte da seção de controle. 1.26. Caráter Redóxico: Solos com presença de feições redoximórficas na seção de controle, devido à saturação temporária com água, e induzam a ocorrência de processos de redução e oxidação, com segregação do Fe e/ou Mn, na forma de mosqueados, não se aplica aos hor. Plíntico e glei. 1.27. Caráter Retrátil: Usado para Latossolos e Nitossolos (Brunos e Vermelhos) de textura argiloa a muito argilosa, que apresentam acentuada retração após exposição nos perfis, devido ao secamento ocorrido por algumas semanas, resultando na formação de fendas verticais e estruturas prismáticas grandes, que se desfazem em blocos quando manuseadas. 5 1.28. Caráter Rúbrico: Indica avermelhamento dos solos em profundidade, nas subordens Latossolos Brunos e Nitossolos Brunos, que apresentam em alguma parte da seção de controle cor úmida + vermelha 5YR e valor úmido < 4 e valor seco apenas uma unidade maior. 1.29. Caráter Sálico: Presença de sais mais solúveis em água fria do que o sulfato de cálcio (gesso), em quantidade tóxica à maioria das culturas, indicada por condutividade elétrica no extrato de saturação 7dS/m (25°C), em alguma época do ano.* 1.30. Caráter Salino: Presença de sais mais solúveis em água fria do que o sulfato de cálcio (gesso), em quantidade que Interfere no desenvolvimento da maioria das culturas; indicada por condutividade elétrica do extrato de saturação 4 dS/m e 7dS/m (25°C), em alguma época do ano. 1.31. Caráter Sódico: Saturação por sódio (100 Na + /T) 15%, em alguma parte da seção de controle que define a classe. 1.32. Caráter Solódico : Saturação por sódio entre 6% e 15%, em alguma parte da seção de controle. 1.33. Caráter Sômbrico: Hor. Com acúmulo de húmus que não atenda à definição de hor. Espódico e não se trate de hor. A enterrado, devendo atender a todos os critérios que seguem: a-espessura > 10cm; b-não estar imediatamente abaixo de hor. E; c-não atender as requisitos para hor. B espódico; d-apresentar um hor. Escurecido pedogenético; e-apresentar valor e croma secos ou úmidos mais baixo que no hor. Sobrejacente; f-saturaçã por bases < 50%; e g-evidencias de acumulo de húmus (presença de cutãns). 1.34. Caráter Vértico: Presença de “slickensides” (superfícies de fricção), fendas, ou estrutura cuneiforme e, ou, paralepipédica, em quantidade e expressão insuficientes para caracterizar horizonte vértico. 1.35. Contato Lítico: Material mineral resistente subjacente ao solo (exclusive duripã, fragipã, horizontes litoplíntico, concrecionário e petrocálcico) que não pode ser cortado com a pá, mesmo úmido e impede o desenvolvimento radicular e a circulação de água.Material de rocha sã e de rochas fracamente alteradas (R), de qualquer natureza, ou rochas fraca a moderadamente alteradas (RCr, CrR), precisa de melhor definição. 1.36. Contato Lítico Fragmentário: Refere-se a um tipo de contato lítico em que o material endurecido subjacente ao solo encontra-se fragmentado, usualmente, em função de fraturas naturais, possibilitando a penetração de raízes e a livre circulação da água. 1.37. Materiais Sulfídricos: Contém compostos de enxofre oxidáveis. Ocorrem em solos de natureza mineral ou orgânica. Encontram–se em áreas encharcadas com pH 3,5. pH pode decrescer 0,5 ou para 4,0, quando colocados em capacidade de campo. Os sulfatos são reduzidos a sulfeto em água (biologicamente). Materiais sulfídricos se acumulam em alagadiços costeiros, mais comumente. Se forem drenados oxidação dos sulfetos formação de ácido sulfúrico e o pH pode chegar a < 3,0 e induzir a formação de sulfatos de ferro (jarosita), que por segregação apresentam mosqueados amarelos, caracterizando o horizonte sulfúrico. 6 Cores solo mineral com croma entre 1 ou menor ( cores neutras N). solo orgânico croma 2. valor < 5, sendo mais comum < 4. Matizes entre 10YR ou mais amarelos, esverdeados ou azulados. 1.38. Teor de Óxidos de Ferro: O teor de óxidos de ferro separa algumas classes de solos em: Solo com baixo teor de óxidos de ferro teor <80g/kg de solo( hipoférrico). Solos com médio teor de óxidos de ferro teores variando de 80 a < 180g/kg de solo (mesoférrico). Solos com alto teor de óxidos de ferro teores de 180g/kg a < 360g/kg de solo (férrico); Solos com muito alto teor de óxidos de ferro teores 360g/kg de solo (perférrico). Obs.: Para os NITOSSOLOS óxidos de ferro > 150 e < 360g/kg de solo = férrico. Teores de óxidos de ferro obtidos a partir do ataque sulfúrico. 1.39. Grau de Decomposição do Material Orgânico: Utilizado para ORGANOSSOLOS Material orgânico fíbrico Fíbras de origem vegetal, facilmente identificáveis e fibras esfregadas 40% (volume); índice de pirofosfato 5, se o volume de fibras > 75 %; cores pelo pirofosfato com valor e croma = 7/1, 7/2, 8/1, 8/2 ou 8/3; e classes 1 a 4 na escala de decomposição de von Post. Material orgânico hêmico Material orgânico parcialmente alterado, teor de fibra esfregada varia de 17 a 40% por volume; classe5 a 6 na escala de von Post. Material orgânico sáprico Material em estágio avançado de decomposição; fibra esfregada < 17% por volume; índice de pirofosfato 3 e cores pelo pirofosfato de sódio, com valores < 7 exceto as cores 5/1, 6/1, 6/2, 7/1, 7/2 ou 7/3. 1.40. Cerosidade: Película fina de material inorgânico, com bom desenvolvimento, facilmente perceptíveis, com aspecto lustroso e brilho graxo, proveniente de iluviação. Contrasta com a matriz sobre a qual está depositada, em cor, brilho, e aparência textural. 1.41. Superfície de Compressão: Superfícies alisadas, sem estriamento, formadas pela compressão da massa de solo decorrente da expansão. Apresenta brilho quando úmida ou molhada. Ocorre em solos de textura argilosa ou muito argilosa. 1.42. Gilgai: Microrelevo típico de solos argilosos com alto coeficiente de expansão com aumento da umidade. Consiste de saliências convexas distribuídas em áreas planas. 1.43. Autogranulação “Self- Mulching”: Formação de camada superficial de agregados granulares e soltos fortemente desenvolvidos, que surgem devido aos ciclos de umedecimento e secagem em materiais argilosos. 1.44. Relação Silte/Argila: É obtida pela divisão dos teores de silte pelos de argila. Serve como base para se interpretar o estágio de intemperismo dos solos principalmente em regiões tropicais. Empregada em solos de textura franco arenosa ou mais fina. Baixos teores de silte no horizonte B, (relação < 0,7 nos solos de textura média ou < 0,6 nos solos de textura argilosa) indicam avançado estágio de intemperismo; e separa B latossólico de B incipiente, quando eles apresentam características morfológicas semelhantes, principalmente para solos cujo material de origem é derivado de rochas cristolafilianas, como as rochas graníticas e gnaissícas. 1.45. Minerais Alteráveis: Aqueles instáveis em clima úmido, liberam nutrientes, Al e Fe para as plantas quando se intemperizam. São pouco resistentes quando comparados com quartzo e argilas do grupo das caulinitas. Fazem parte deste grupo: Minerais < 0,002mm (fração argila): Argilas do tipo 2:1, exceto a clorita aluminosa interestratificada, sepiolita, talco, e glauconita, embora nem sempre pertençam à fração argila; 7 Minerais de diâmetro entre 0,002 e 2 mm (fração silte e areia): Feldspatos, feldspatóides, minerais ferromagnesianos, vidros vulcânicos, fragmentos de conchas, zeolitos, apatitas e micas (incluida a muscovita que resiste por certo tempo, mas acaba desaparecendo). 1.46. Grupamento Textural: Reunião de uma ou mais classes de textura. São utilizados os seguintes grupamentos texturais: Textura arenosa compreende as classe texturais areia e areia franca Textura média compreende classes texturais ou parte delas, tendo na composição granulométrica menos de 35% de argila e mais de 15% de areia, excluídas a s classes texturais areia e areia franca. Textura argilosa compreende classes texturais ou parte delas, tendo na composição granulométrica de 35% a 60% de argila. Textura muito argilosa compreende classe textural com mais de 60% de argila. Textura siltosa compreende parte de classes texturais que tenham menos de 35% de argila e menos de 15% de areia. 1.47. Distribuição de cascalhos (2 – 20 mm diâmetro) no perfil: Pouco casacalhenta-conteúdo de cascalho entre 80 e 150 g kg -1 ; Casacalhenta-conteúdo de cascalho entre 150 e 500 g kg -1 ; Muito Casacalhenta-conteúdo de cascalho entre > 500 g kg -1 ; 1.48. Classes de Profundidade dos Solos: RASO < 50 cm de profundidade POUCO PROFUNDO > 50 cm < 100 cm de profundidade PROFUNDO > 100 cm < 200 cm de profundidade MUITO PROFUNDO > 200 cm de profundidade 1.49. Classes de Reação: Referem-se às distinções de estado de acidez ou alcalinidade do material de solo. Conforme critérios adotados pela EMBRAPA, as classes distinguidas são as que seguem: CLASSES pH ( solo/ água 1:2,5) Extremamente ácido < 4,3 Fortemente ácido 4,3 – 5,3 Moderadamente ácido 5,4 – 6,5 Praticamente neutro 6,6 – 7,3 Moderadamente alcalino 7,4 – 8,3 Fortemente alcalino > 8,3 1.50. Classes de Drenagem: Referem-se à quantidade e rapidez com que a água recebida pelo solo se escoa por infiltração e escorrimento, afetando as condições hídricas do solo-duração de período em que permanece úmido, molhado ou encharcado. Excessivamente Drenado- A água é removida do solo muito rapidamente; o solo tem elevada porosidade e permeabilidade, sendo comum aos solos com esta classe de drenagem a textura arenosa. Fortemente Drenado- A água é removida rapidamente do perfil; os solos com esta classe de drenagem são muito porosos, de textura média a arenosa e muito permeáveis. Acentuadamente Drenado- A água é removidad rapidamente do perfil; os solos com esta classe de drenagem são normalmente de textura argilosa e média, porém sempre muito porosos e bem permeáveis. Bem Drenado- A água é removida do solo com facilidade, porém não rapidamente; os solos com esta classe de drenagem apresentam textura argilosa ou média, não apresentam mosqueado, entretando, quando o mosqueado se faz presente ocorre em profundidade > 150 cm, e mais de 30 cm abaixo do hor. B ou C (se não exisir B). Moderadamente Drenado- A água é removida do solo um tanto lentamente, de modo que o perfil permanece molhado por uma pequena, porém significativa, parte do tempo. Os solos com esta classe de 8 drenagem apresentam uma camada de permeabilidade lenta no solum ou imediatamente abaixo dele. O lençol freático acha-se imediatamente abaixo do solum ou afetando a parte inferior do horizonte B. Podem apresentar algum mosqueado no hor. B. Imperfeitamente Drenado- A água é removida do solo lentamente, de modo que este permanece molhado por período significativo, mas não durante a maior parte do ano. Os solos com esta classe de drenagem apresentam uma camada de permeabilidade lenta no solum, lençol freático elevado. Apresentam mosqueado notando-se na parte baixa indícios de gleização. Mal Drenado- A água é removida do perfil tão lentamente que este permanece molhado por grande parte do ano. O lençol freático normalmente esta à superfície ou próximo, durante uma considerável parte do ano, é freqüente a presença de mosqueado e caracterísicas de gleização no perfil. Muito Mal Drenado- A água é removida do perfil tão lentamente que o lençol freático permanece à superfície ou próximo durante a maior parte do ano. Solos com drenagem desta classe ocupam áreas planas ou depressões, onde ocorre estagnação de água. São comuns nestes solos características de gleização e/ou acúmulo de matéria orgânica na superfície, comumente com hor. Hístico. 2. HORIZONTES DIAGNÓSTICOS DE SUPERFÍCIE 2.1.HORIZONTE HÍSTICO: Horizonte constituído por material orgânico (carbono orgânico > 80g/kg), cujos materiais vegetais foram depositados nos solos sob condições de excesso de água (horizonte H) bem como materiais depositados em condições de drenagem livre (horizonte O), sem estagnação de água, condicionado pelo clima úmido (altimontano). O horizonte hístico ocorre em superfície ou pode estar soterrado por material mineral, devendo atender a um dos seguintes requisitos: a)espessura > 20 cm, ou b)espessura > 40 cm quando 75% (volume) ou mais do horizonte for constituído de tecido vegetal na forma de restos de ramos finos, raízes finas, cascas de árvores, etc., excluindo as partes vivas, ou c) espessura > 10cm quando sobrejacente a contato lítico ou material com 90% ou mais de fragmentos de rocha (cascalho, calhaus e matacões). 2.2.HORIZONTE A CHERNOZÊMICO:Horizonte mineral, espesso, de cor escura e elevada saturação por bases. a- Estrutura do solo desenvolvida, com agregação e grau de desenvolvimento moderado ou forte, não devendo ocorrer simultaneamente estrutura maciça e consistência, quando seco, dura ou mais (muito dura e extremamente dura). Prismas sem estrutura secundária e > 30 cm não são admitidos. b- Cor escura de valor e croma 3 quando úmido e valor < 5 quando seco; se o hor. superficial contiver CaCO3 > 400g/kg solo os limites de valor quando seco são relegados; e quando úmido o valor < 5; c- V% 65 %, com predomínio de íons cálcio e /ou magnésio; d- CO 6g/kg em todo o hor., de acordo com critério de espessura no item e; Quando a presença de CaCO3 400g/kg, o conteúdo de CO deverá ser 25g/kg nos 18cm superficiais, sendo o limite superior de CO igual ao limite inferior do hor. Hístico; e- Espessura incluindo horizontes transicionais AB, AE ou AC atendendo aos seguinte requisitos: Espessura 10 cm se o hor. A é seguido de contato lítico; ou Espessura de 18 cm e > que 1/3 da espessura do solum, se este for menos profundo que 75 cm; ou Espessura mínima de 25 cm, se o solo 75 cm de espessura. 2.3.HORIZONTE A PROEMINENTE: Caracteristicas comparáveis às do hor. A chernozêmico, no que se refere a cor, teor de carbono orgânico, consistência, estrutura e espessura, diferindo, por apresentar V < 65%. Difere do Hor. A Húmico pelo teor de CO conjugado com espessura e teor de argila. 9 2.4.HORIZONTE A HÚMICO: Horizonte mineral de cor escura com valor e croma 4, V < 65%, espessura e conteúdo de Carbono Orgâncio (CO) como segue: Espessura mínima como a do Hor. A Chernozêmico; Teor de CO inferior ao limite mínimo para caracterizar o Horizonte Hístico; Teor de CO igual ou maior ao obtido pela seguinte equação: (Carbono Orgânico (g/kg) de cada suborizonte A x espessura do suborizonte) > 60 + (0,1 x média ponderada de argila do horizonte A, incluindo AB, ou AC, em g/kg). Exemplo: Horiz. Prof. C. Orgânico Argila Calculo argila Cálculo C organico cm g/kg A1 0 - 31 20,6 200 3,1dm x 200/6,8dm=91,18 3,1dm X 20,6 = 63,86 A2 - 53 10,6 230 2,2dm x 230/6,8dm=74,41 2,2dm X 10,6 = 23,32 AB - 68 8,4 250 1,5dm x 250/6,8dm=55,15 1,5dm X 8,4 = 12,60 Total 220,74 Total 99,78 C orgânico total > 60 + (0,1 x 220,74) = 82,07 C orgânico total = 99,78, que é maior que 82,07, assim o horizonte em estudo é Húmico. 2.5.HORIZONTE A ANTRÓPICO: Horizonte formado pelo uso contínuo do solo pelo homem, pode ocorrer, às vezes, fragmentos de cerâmicas e restos de ossos e conchas. Assemelha-se aos hor. A chernozêmico ou A húmico, com V% variável, mas difere destes por apresentar teor de P2O5 solúvel em ácido cítrico mais elevado (P2O5 >250 mg/kg solo) que na parte inferior do solum, ou a presença no hor. A de artefatos líticos e/ou cerâmicas características da ação antrópica. 2.6.HORIZONTE A FRACO: Horizonte fracamente desenvolvido, pelos reduzidos teores de colóides minerais ou orgânicos, ou por condições externas de clima e vegetação (caatinga hiperxerófila). Apresenta cor com valor 4 quando úmido, e 6 quando seco; estrutura em grãos simples, maciça ou com grau fraco de desenvolvimento; teor de CO < 6g/kg; e espessura < 5cm, quando não atender ao estabelecido nos itens anteriores. 2.7.HORIZONTE A MODERADO: Horizontes de superfície que não se enquadram no conjunto das definições dos demais hor. diagnósticos superficiais. Difere dos hor. A chernozêmico, proeminente e húmico pela espessura e/ou cor e do A fraco pelo teor de CO e estrutura, não apresentando requisitos para caracterizar os horizontes H hístíco ou A antrópico. 3. HORIZONTES DIAGNÓSTICOS SUBSUPERFICIAIS 3.1- HORIZONTE B LATOSSÓLICO: Horizonte mineral subsuperficial em estágio avançado de intemperismo, com alteração quase completa dos minerias primários menos resistentes e/ou de minerais de argila 2:1, dessilicatização intensa, lixiviação de bases e concentração residual de sesquióxidos, argila do tipo 1:1 e minerais primários resistentes ao intemperismo. O Hor. B latossólico apresenta diferenciação pouco nítida entre seus subhorizontes, com transição geralmente difusa. No campo o limite superior do hor. B latossólico é de difícil identificação, sendo perceptível deferença de cor e estrutura. 10 O hor. B latossólico não deve apresentar características diagnósticas de hor. glei, B textural, B nítico e plíntico, pode estar abaixo de qualquer hor. A, exceto o hor. hístico, e apresenta as seguintes características: 1. Estrutura forte muito pequena a pequena granular (microestrutura), ou blocos subangulares fracos ou moderados; 2. Espessura > 50 cm; 3. Menos que 5% do volume com estrutura da rocha original, como estratificações finas, ou saprólito, ou fragmentos de rochas pouco intemperizados; 4. Grande estabilidade dos agregados, grau de floculação da argila próximo de 100%, argila dispersa em água (ADA) < 200g/kg em hor. com 4 g/kg de carbono orgânico e que não apresente ∆pH positivo ou nulo, tendo comportamento atípico, horizontes com maior teor de CO (geralmente hor. BA), hor. com cargas positivas ou de textura média; 5. Textura franco arenosa ou mais fina, teores de silte baixos; e relação Silte/Argila < 0,7 para solo de textura média, ou < 0,6 quando a textura for argilosa, até 200 cm de profundidade, ou 300 cm se Hor. A > 150 cm de espessura; 6. Ki < 2,2 (normalmente inferior a 2,0); 7. Menos que 4% de minerais primários alteráveis (menos resistentes ao intemperismo), ou 6% de muscovita, na fração areia, porém referidos a 100g de TFSA, podendo conter na fração < 0,05mm (silte + argila) não mais que traços argilominerais do grupo das esmectitas e somente pequenas quantidades de ilita ou argilominerais interestratificados; 8. CTC < que 17 cmolc/kg de argila, sem correção para C O; e 9. Cerosidade, quando presente, pouca e fraca. OXIC HORIZON– SOIL TAXONOMY 3.2. HORIZONTE B TEXTURAL: Horizonte mineral subsuperficial, com textura franco arenosa ou mais fina (argila > 15 %), onde ocorreu INCREMENTO DE ARGILA, orientada ou não, desde que não exclusivamente por descontinuidade de material de origem, resultante da acumulação ou concentração absoluta ou relativa decorrente de processos de iluviação e/ou formação in situ e/ou herdada do material de origem e/ou infiltração de argila ou argila + silte, com ou sem matéria orgânica e/ou destruição de argila no hor. A e/ou perda de argila no hor. A por erosão diferencial. O conteúdo de argila no hor. B textural, é maior que no hor. A ou E e pode ou não ser maior que no hor. C. Na identificação de campo da maioria dos hor. B texturais, a cerosidade é importante. No entanto, a simples ocorrência de cerosidade pode não ser suficiente para caracterizar o hor. B textural, sendo necessário conjugá-la com critérios auxiliares, pois, devido ao escoamento turbulento da água por fendas, o preenchimento dos poros pode-se dar em um único evento de chuva ou inundação. Por esta razão a cerosidade num hor. B textural deverá estar presente em diferentes faces das unidades estruturais e não, exclusivamente nas faces verticais. A transição entre horizontes A e B textural pode ser Abrupta; ou Clara; ou Gradual. Pode-se dizer que o hor. B textural se forma sob um hor. ou horizontes superficiais, e apresenta espessura como segue: a- >10 % da soma dos hor. sobrejacentes e no mínimo ter 7,5cm; ou b- > 15cm, se hor. A + B somarem > 150cm; ou c- > 15cm, se a textura do hor. E ou A for areia franca ou areia; ou d- > 15cm, se o hor. B for constituído por lamelas; ou e- > 7,5cm, seas condições anteriores não forem atendidas, e Em adição a isto, para caracterização do hor. B textural devem ocorrer uma ou mais das seguintes características: f- Presença de hor. E no sequum, acima do B, desde que não satisfaça os requisitos para hor.B espódico, plíntico ou plânico; g- Grande aumento de argila do hor. A para B, caracterizando uma mudança textural abrupta; ou h- Incremento de argila do hor. A para B de modo a atender uma das relações texturais (B/A) indicadas: > 1,5 se hor. A tem > 400 g/kg de solo; ou > 1,7 se hor. A tem de 150 a 400 g/kg de solo; ou 11 > 1,8 se hor. A tem < 150 g/kg de solo. i- Quando o incremento de argila total do hor. A para o B for inferior ao especificado no item h, o hor. B textural deve satisfazer a uma das seguintes condições: 1- Solos de textura média ou arenosa/média sem macroagregados devem apresentar argila iluvial, comum, sob forma de cerosidade moderada ou revestimento dos grãos individuais de areia, orientada de acordo com a superfície dos mesmos; ou 2- Solos com Hor. B de textura média com estrutura prismatica ou em blocos moderada ou forte devem apresentar cerosidade no mínimo moderada em um ou mais sub-horizontes, da parte superior do B. 3- Solos com horizonte B de textura argilosa ou muito argilosa e com estrutura moderada ou forte, prismatica ou em blocos, devem apresentar cerosidade no mínimo comum e fraca ou pouca e moderada (não admitindo cerosidade pouca e fraca) em um ou + su-bhorizontes, da parte superior do B. 4- Solos com gradiente textural > 1,4 com presença de fragipã (nos 200cm superficiais), desde que não seja Hor. B espódico. j- Se há descontinuidade litológica entre hor. A ou E e o B textural deve-se avaliar os requisitos indicados nos itens h e/ou i. ARGILLIC HORIZON – SOIL TAXONOMY 3.3.- HORIZONTE B NÍTICO: Horizonte mineral, não hidromórfico, com textura argilosa ou muito argilosa, sem incremento de argila do Hor. A para B ou com pequeno incremento, traduzido em relação textural B/A < 1,5, INSUFICIENTE para caracterizar o GRADIENTE TEXTURAL necessário para B textural. Apresenta argila de atividade baixa (Tb) ou caráter alítico. A estrutura, moderada ou forte, em blocos subangulares e/ou angulares ou prismática, que pode ser composta de blocos. Apresenta superfícies reluzentes nos agregados caracterizada no campo como cerosidade de quantidade comum e desenvolvimento moderado e ou superfícies de compressão (foscas ou brilhantes). Apresenta transição gradual ou difusa entre os sub-horizontes do hor. B. Este hor. pode ser encontrado à superfície se o solo foi erodido. Um horizonte para ser identificado como B nítico deve atender aos seguintes requisitos: Espessura >30cm ou Espessura > 15cm se contato lítico nos 50 cm superficiais, e Textura argilosa ou muito argilosa; e Estrutura em blocos ou prismática de grau de desenvolvimento moderado ou forte, associada à cerosidade em quantidade no mínimo comum e com grau forte ou moderado; e Argila de atividade baixa ou caráter alítico. No caso de hor. B nítico em NITOSSOLOS BRUNOS (Nitossolo com caráter retrátil) admitem-se variações desde que atendam aos seguintes critérios: -Estrurura quando úmido em blocos sub ou angulares moderada ou forte; e prismática de grau moderado ou fortemente, que se subdivide em blocos moderados ou fortes; e -Consistencia quando úmido no mínimo firme e quando seco muito dura a extremamente dura; e -Cerosidade presente em grau fraco e pouca quantidade e/ou superfícies de compressão (foscas e/ou brilhantes) KANDIC HORIZON – SOIL TAXONOMY 3.4.- HORIZONTE B PLÂNICO: Tipo especial de Bt, subjacente a hor. A ou hor. E, com mudança textural abrupta; estrutura prismática, ou colunar, ou blocos angulares/subangulares, grandes ou médios e às vezes maciça; permeabilidade lenta ou muito lenta; cores acinzentadas ou escurecidas (com ou sem cores de redução e mosqueado); HORIZONTE ADENSADO, com elevados percentuais de argila dispersa em água, o que pode ser responsável pela elevação temporária do lençol freático. As cores do Hor. B PLÂNICO refletem sua baixa permeabilidade e devem ser: 1. Cor da Matriz (com ou sem mosqueado) Matiz 10YR ou mais amarelo, croma < 3 (excepcionalmente 4); ou 12 Matiz 7,5YR ou 5YR, croma <2; 2. Coloração variegada com pelo menos uma cor de acordo com o ítem 1; ou 3. Matiz 10YR ou mais amarelo, cromas >4, com um ou mais mosqueados, com cromas de acordo com o ítem 1. OBS.: Horizonte B Plânico tem precedencia diagnóstica sobre o Hor. glei e B textural, e perde para o Hor. Plíntico. 3.5.- HORIZONTE B ESPÓDICO: Hor. mineral subsuperficial, com espessura mínima de 2,5 cm, com acumulo iluvial de matéria orgânica e complexos sílica-alumínio, ou húmus-alumínico, com ou sem ferro. Ocorre sob qualquer Hor. A ou E, e o Hor. E pode estar sob qualquer Hor. A ou hístico, apresenta estrutura na forma de grãos simples ou maciça, eventualmente com fraco grau de desenvolvimento. De acordo com os compostos iluviais dominantes e o grau de cimentação do hor. B espódico podem ser identificados com os seguintes sufixos: Bs- Cores vivas de croma alto (matiz 5YR, 7,5 YR ou 10YR, valor 4-6 e croma 4-8), indicando que os compostos de ferro são dominantes (ou co-dominantes) e que há pouca evidência de mat. orgânica iluvial. Bhs- Iluviação expressiva de ferro e mat. orgânica, contém quantidades significativas de ferro e alumínio extraíveis por oxalato (Feo e Alo) e apresentam matiz 2,5 YR a 10YR, valor/croma = 3/4, 3/6, 4/3 ou 4/4. Bh- Iluviação expressiva de matéria orgânica- alumínio, com pouco ou nenhuma evidência de ferro iluvial, apresenta cores escuras com valor < 4 e croma < 3. O Hor. B espódico tem espessura mínima de 2,5 cm e apresenta uma ou mais das seguintes características: a. Hor. E álbico ou não, sobrejacente, e uma das seguintes cores úmidas: 1. Matiz 5YR ou + vermelho; 2. Matiz 7,5YR, valor < 5 e croma < 4; 3. Matiz 10YR, valor e croma < 3; 4. Cores neutras com valor < 3 (N 3/). b. Uma das cores anteriores ou Matiz 7,5YR, valor < 5 e croma 5 ou 6; ou Matiz 10YR, valor < 5 e croma < 6 e uma ou mais das seguintes características: 1. Cimentação por matéria orgânica e Al, com ou sem Fe, em 50% ou mais do Hor. e consistência firme ou muito firme, nas partes cimentadas; 2. Textura arenosa ou média, com grãos de areia não cobertos por películas de ferro ou matéria orgânica, e/ou presença de grânulos pretos de tamanho silte; 3. Teores de Al determinados com oxalato devem ser mais que o dobro dos teores de Fe, que deve ser > 0,50 %, sendo este o dobro do encontrado no hor. A ou hor. E; c. Qualquer cor desde que o hor. seja continuamente cimentado por matéria orgânica e Al, com ou sem Fe, e consistência de muito firme a extremamente firme quando úmido. SPODIC HORIZON – SOIL TAXONOMY Quando consolidado o Hor. B espódico passa a definido como ORTSTEIN: Hor. B espódico sob forma consolidada (Bsm, Bhsm ou Bhm). Espessura > 2,5 cm, contínuo, fortemente cimentado por complexos organometálicos. Consistência muito ou extremamente firme, independente da umidade. Outro hor. que pode ocorrer associado ou como variação do B espódico é o PLÁCICO (do grego plax, pedra chata, significando um fino pã cimentado). 13 Hor. Plácico- Horizonte fino > 0,5 e < 2,5 cm, de cor preta ou vermelha-escura, cimentado por Fe ou Fe/Mn e matéria orgânica, apresenta-se normalmente ondulado, representa um impedimento a drenagem e ao desenvolvimento de raízes Existem poucos registros da ocorrência deste horizonte e da variabilidade de atributostais como espessura. Com base no conhecimento atual, o hor. Plácico de atender os seguintes requisistos: a- Hor. cimentado ou endurecido por ferro ou ferro e manganês, com ou sem MO, acompanhados ou não de outros agentes cimentantes; b- Hor. contínuo lateralmente, exceto por fendas verticais, com espaçamento > 10 cm, por onde o sistema radicular pode passar; e 3.6.- HORIZONTE B INCIPIENTE: Hor. subsuperficial aos Horizontes A, Ap, ou AB, com alterações físicas e químicas em grau não muito avançado, todavia suficiente para desenvolvimento de cor ou estrutura, onde mais da metade do volume de todos os sub-horizontes não apresentam estrutura da rocha original. Para ser diagnóstico deve ter espessura > 10cm e as seguintes características: a. Não satisfazer os requisitos para Hor. B textural, B nítico, B espódico, B plânico e B latossólico, não apresentar cimentação, endurecimento ou consistência quebradiça quando úmido, (características de hor. fragipã, duripã e petrocálcico), não apresentar plintita para caracterizar Hor. plíntico e redução distintiva para Hor. glei; b. Dominância de cores brunadas, amareladas e avermelhadas com ou sem mosqueados ou cores acinzentadas com mosqueados, devido à segregação de óxidos de ferro; c. Textura franco arenosa ou mais fina; d. Desenvolvimento de estrutura do solo, e ausência da estrutura da rocha original em 50% ou mais de seu volume; e. Evidências de alteração de acordo com um ou mais dos ítens: 1. Teor de argila mais elevado ou cromas mais fortes ou matiz mais vermelho do que o hor. subjacente; teor de argila semelhante ao hor. A, e não satisfaça os requisitos para B textural; 2. Conteúdo de carbonato mais baixo do que no hor. k (hor. de acúmulo de carbonatos), alguns fragmentos grosseiros no B incipiente devem estar parcialmente livres de revestimento por calcário; O B incipiente pode apresentar características morfológicas semelhantes ao B latossólico, diferindo deste por apresentar a maioria dos seguintes requisitos: 1. CTC > 17 cmolc/kg de argila; 2. > 4% de minerais primários alteráveis, ou > 6% de muscovita, na fração areia; 3. Ki > 2,2; 4. Relação silte/argila > 0,7 para textura média, ou > 0,6 para textura argilosa; 5. Espessura < 50cm; e 6. > 5% do volume do solo com estrutura da rocha (estratificações finas, ou saprolito, ou fragmentos de rocha semi ou não decomposta). OBS.: Se coincidente com hor. vértico será conferida precedência diagnóstica ao hor. vértico; Se abaixo de B textural; ou B latossólico; ou B espódico, ou hor. Plíntico; ou hor. Glei, não será considerado B Incipiente e sim hor. transicional. CAMBIC HORIZON– SOIL TAXONOMY 3.7.- HORIZONTE E ÁLBICO Horizonte mineral, subsuperficial; com remoção ou segregação de material coloidal e orgânico, cuja cor do hor. é determinada pelas partículas primárias de areia e silte; Espessura > 1,0 cm e uma das seguintes cores: a. Valor úmido > 6 e croma < 3; ou b. Valor seco > 7 e croma úmido < 3; ou c. Valor úmido > 4, valor seco > 5 e croma úmido < 2; ou 14 d. Valor úmido > 3, valor seco > 6 e croma úmido < 2. O hor. albico usualmente precede o Hor. B espódico, B textural, B plânico, hor. glei, fragipã ou uma camada impermeável que restringe a percolação da água. Excluem-se de E Albico horizontes cuja cor clara seja decorrente de calcário ou por não caracterizar um processo pedogenético de remoção. ALBIC HORIZON 3.8.- HORIZONTE PLÍNTICO: Caracterizado por apresentar plintita em quantidade 15% (volume) e espessura de pelo menos 15cm; Hor. mineral B e/ou C que apresenta um arranjamento de cores vermelhas e acinzentadas ou brancas, com ou sem cores amareladas ou brunadas; As cores claras que podem representar a matriz do hor. possuem matiz e croma como segue: a. Matiz 2,5Y a 5Y; ou b. Matiz 10YR a 7,5YR com cromas < 4, podendo chegar a 6 quando se tratar de matiz 10YR. As cores vermelhas, brunadas, amareladas ou esbranquiçadas, que representam os mosqueados do hor. apresentam matiz e croma da seguinte maneira: a. Matizes 10R a 7,5YR com cromas altos, usulamente > 4; ou b. Matiz 10YR, com cromas muito altos, normalmente > 6; ou c. Matizes 2,5Y a 5Y. A textura é franco arenosa ou mais fina. Quando é maciça o hor apresenta estrutura em blocos fraca ou moderadamente desenvolvida, ocorrendo também estrutura prismática composta de blocos, sobretudo nos solos com atividade de argila alta (Ta). Quando seco este horizonte se apresenta compacto, duro a extremamente duro; quando úmido, é firme ou muito firme, podendo ter partes extremamente firmes; quando molhado a consistência varia de ligeiramente plástica a muito plástica e de ligeiramente pegajosa a muito pegajosa. Apresenta argila de atividade baixa (Tb), com relação molecular Ki entre 1,2 e 2,2, contudo tem sido constatada argila Ta neste hor. O hor. plíntico se forma em terrenos com lençol freático elevado, ou com restrição a percolação de água. Regiões de clima quente e úmido, relevo plano, depressões do terreno, etc. favorecem o desenvolvimento do hor. plíntico, por permitir que o terreno permaneça saturado com água, pelo menos uma parte do ano e sujeito a flutuações do lençol freático. A presença de concreções e nódulos de ferro imediatamente acima da zona do hor. plíntico pode ser uma comprovação de plintita no perfil, evidenciando a influência do processo de umedecimento e secagem nestas seções. O processo é acelerado quando o material é exposto em trincheiras, valas ou cortes antigos de estrada. Quando um mesmo horizonte satisfizer, simultaneamente, os requisitos para horizonte plíntico e também B textural, B latossólico, B nítico, B incipiente, B plânico (excetuando se B plânico de caráter sódico), ou horizonte glei, será identificado como horizonte plíntico, sendo a ele conferida a precedência taxonômica. 3.9. HORIZONTE CONCRECIONÁRIO Horizonte com > 50% (volume), de material grosseiro com predomínio de petroplintita, do tipo nódulos ou concreções de ferro ou de ferro e alumínio, numa matriz terrosa de textura variada ou matriz de material mais grosseiro. É identificado como qualquer um dos seguintes horizontes: Ac, Ec, Bc ou Cc. O horizonte concrecionário, para ser diagnóstico, deve apresentar no mínimo 30 cm de espessura. 15 Quando um mesmo horizonte satisfizer, coincidentemente, os requisitos para horizonte concrecionário e para B textural, B latossólico, B nítico, B incipiente, horizonte plânico (excetuando B plânico de caráter sódico), horizonte glei ou qualquer tipo de horizonte A, será a ele conferida precedência taxonômica. 3.10.- HORIZONTE LITOPLÍNTICO: É constituído por petroplintíta contínua ou praticamente contínua. Horizonte que engloba camadas muito fraturadas, porém com predomínio de blocos de petroplintita com tamanho 20cm, ou com poucas fendas, que são separadas de 10cm ou mais. Para ser diagnóstico deve apresentar espessura 10cm. Consiste sério impedimento à drenagem e penetração de raízes e ao livre fluxo da água. O hor. litoplíntico difere do ortstein por conter pouca ou nenhuma matéria orgânica. 3.11.- HORIZONTE GLEI: Hor. mineral, subsuperficial ou eventualmente superficial, caracterizado pela redução do ferro e prevalência do estado reduzido, devido a água estagnada, como evidenciado por cores neutras ou próximas de neutra na matriz do horl, com ou sem mosqueado de cores mais vivas. Trata-se de hor. fortemente influenciado pelo lençol freático e regime de umidade redutor, virtualmente livre de oxigênio dissolvido, devido à saturação por água, durante todo ano, ou longo período, associadoà demanda de oxigênio pela atividade biológica. Hor. constituído por material de qualquer classe textural e suas cores são de croma baixo, tornando-se mais brunada ou amarelada por exposição do material ao ar. Quando não estruturado a matriz do horizonte apresenta croma < 1, com ou sem mosqueados. O horizonte glei deve ter Espessura > 15 cm; com < 15 % de plintita; Pode ser um hor. C, B, E ou Hístico ou A, exceto fraco. Pode ser ou não coincidente com incremento o teor de argila no solo, mas deve apresentar evidencias de redução, e deve atender a um ou mais dos seguintes requisitos: a Dominância de cores quando úmido: 1. Cores neutras (N1/ a N8/) ou mais azul que 10Y; ou 2. Para matizes mais vermelhos que 5YR e valores > 4, os cromas < 1; ou 3. Para matizes 5YR ou +amarelos e valores > 4, os cromas < 2, admitindo-se para solos com matiz 10YR ou + amarelo, croma 3, que deve diminuir no hor. subjacente; ou 4. Para todos os matizes e qq valores, os cromas podem ser < 2, desde que ocorram mosqueados de redução. b. Coloração variegada com pelo menos uma das cores em acordo com os itens anteriores; ou c. Presença de ferro reduzido, indicada em testes de campo, pela cor desenvolvida mediante aplicação de indicadores químicos: Azul Escuro – ferricianeto de potássio a 1% em solução aquosa ou vermelho intenso – α,α dipiridil. As cores de matiz neutro, azulado, esverdeado ou croma < 3 sofrem modificações com a secagem, por exposição do material. Mesmo que o hor. satisfizer os quesitos para identificação como B incipiente, B textural, B latossólico e hor sulfúrico, será identificado como HORIZONTE GLEI, se esta condição for de importância decisiva para identificação do horizonte. HYDROMORPHIC PROPERTIES 3.12.- HORIZONTE CÁLCICO: Horizonte de acúmulo de carbonato de cálcio, normalmente presente no hor. C; podendo ocorrer no hor. B ou A, com espessura 15cm, enriquecido com carbonato secundário contendo CaCO3 equivalente 150g/kg e tendo no mínimo 50 g/kg a mais de carbonato que o hor. C ou material de origem. CALCIC HORIZON 16 3.13.- HORIZONTE PETROCÁLCICO: Horizonte contínuo, endurecido, maciço, devido ao enriquecimento em carbonatos de cálcio e em alguns locais devido ao carbonato de magnésio; podendo haver sílica associada; Espessura > 10 cm; Maciço ou laminar, se sobre rocha, é considerado um hor. petrocálcico se tiver espessura 1 cm; Muito duro ou extremamente duro, quando seco, e muito firme a extremamente firme, quando úmido; apresenta poros obstruídos e não permite a penetração de raízes ou mesmo água. Quando seco não pode ser cortado com a pá. PETROCALCIC HORIZON 3.14.- HORIZONTE SULFÚRICO: Altamente tóxico para a maioria das plantas; Espessura 15cm; Composto por material mineral ou orgânico com pH < 3,5 (1:1 por peso em água); O baixo pH é evidenciado pela presença de ácido sulfúrico, além de atender uma ou mais das seguintes características: a. Concentração de jarosita; ou b. Materiais sulfídricos subjacentes ao hor.; ou c. Sulfato solúvel em água > 0,05 %. Não é especificada a cor da jarosita (croma 3) e nem requer necessariamente sua presença. Hor. Sulfúricos sem jarosita são encontrados em materiais com alto teor de MO. 3.15.- HORIZONTE VÉRTICO: Horizonte mineral subsuperficial que apresenta superfícies de fricção (“slickensides”) em quantidade no mínimo comum e/ou a presença de unidades estruturais cuneiformes e/ou paralelepipédicas e fendas, em algum período mais seco do ano, com pelo menos 1cm de largura; A textura varia de argilosa a muito argilosa, admitindo na faixa de textura média um mínimo de 300 g/kg de argila; Pode coincidir com hor. AC, B (Bi ou Bt) ou C; Apresenta cores escuras, acinzentadas, amareladas ou avermelhadas; Para ser diagnóstico deve apresentar espessura mínima de 20cm; Tem precedência diagnóstica sobre o B incipicente, B nítico e horizonte Glei. Em áreas irrigadas ou mal drenadas (sem fendas aparentes), o coeficiente de expansão linear (COLE) deve ser > 0,06, ou a expansibilidade linear é > 6 cm. 3.16.- FRAGIPÃ Horizonte mineral subsuperficial, com espessura 10cm; Textura média ou às vezes arenosa ou raramente argilosa, podendo ou não estar subjacente a um hor. B espódico, B textural, ou hor. Álbico; Conteúdo de matéria orgânica baixo; Densidade do solo alta em relação aos hor. sobrejacentes; Consistência dura, muito dura ou extremamente dura, aparentemente cimentado quando seco; Para ser diagnostico deve ocupar 50% do volume do horizonte; É usualmente mosqueado e pouco ou muito permeável à água; e Quando úmido se apresenta quebradiço, O fragipã dificulta ou impede a penetração das raízes e da água no horizonte em que ocorre. 3.17.- DURIPÃ: Horizonte mineral subsuperficial, com espessura 10cm; com grau variável de cimentação por sílica, podendo conter óxido de ferro e carbonato de cálcio; Consistência muito firme ou extremamente firme, quando úmido e sempre quebradiço quando úmido; Para ser diagnostico deve ocupar um volume do hor. 50%; Os fragmentos secos do duripã não se esboroam, mesmo após longo umedecimento; 17 Revestimentos de sílica insolúveis em HCl 1N, mas solúveis em KOH aquecido; Raízes e água não penetram na parte cimentada e as fraturas verticais se distanciam de pelo menos 10cm. INDURATED PANS 4. CLASSIFICAÇÃO SISTEMA BRASILEIRO DE CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS Nível Categórico: conjunto de classes definidas num mesmo nível de generalização. As características ou propriedades usadas para a definição de um nível categórico devem ser identificadas no campo ou inferidas a partir de outras. As características diferenciais em níveis categóricos elevados, devem estar relacionadas aos processos de gênese do solo. 1 o Nível categórico ORDENS 2 o Nível categórico SUBORDENS 3 o Nível categórico Grandes Grupos 4 o Nível categórico subgrupos 5 o Nível categórico famílias 6 o Nível categórico séries ORDENS: 13 ARGISSOLOS LATOSSOLOS PLANOSSOLOS CAMBISSOLOS LUVISSOLOS PLINTOSSOLOS CHERNOSSOLOS NEOSSOLOS VERTISSOLOS ESPODOSSOLOS NITOSSOLOS GLEISSOLOS ORGANOSSOLOS ORDEM: Separação pela presença ou ausência de atributos, horizontes, diagnósticos ou propriedades passivas de identificação em campo, mostrando diferenças quanto ao grau de desenvolvimento dos processos pedogenéticos predominantes. SUBORDEM: Separadas por propriedades ou características diferenciais. Refletem a atuação de processos; envolve propriedades resultantes, por exemplo: cor GRANDE GRUPO: As classes são separadas por uma ou mais das seguintes características: Tipo e arranjo dos horizontes; Atividade da argila; Saturação do complexo sortido (bases, Al, Na) Presença do horizonte ou propriedades que restringem o desenvvolvimento das raízes, e afetam o movimento da água. SUBGRUPOS: Classes separadas por uma das seguintes características: Conceito central da classe- típico; Intemediário para o 1 o - 2 o - ou 3 o nível categórico; Solos com características extraordinárias. FAMÍLIAS: (em discussão) Para haver coerência na nomenclatura do 5º nível categórico, sugere-se a seguinte seqüência na designação de classes: grupamento textural, distribuição de cascalho e concreções no perfil, constituição esquelética do solo, tipo de hor. A (que não tenha sido utilizado em outros níveis categóricos), saturação por bases (especificação do estado de saturação, como hiper, meso, epi, etc), saturação por alumínio, teor de ferro, caráter alofânico, característicasespeciais pedogenéticas ou decorrentes do uso, profundidade e reação do solo. Ex: Latossolo Vermelho Distrófico típico textura média, ausência de pedregosidade, hor. A moderado, epidistrófico... 18 O 5 o nível categórico deverá ser usado em levantamentos de solos semidetalhados ou detalhados. SÉRIES: (em discussão) Para identificação das séries, sugerem-se, nomes de acidentes geográficos, cidades, distritos, regiões, rios, pessoas ou termos geográficos que se destaquem na paisagem. A criação, definição e conceituação de séries requer intenso trabalho de correlação de solos, em nível nacional e interinstitucional, controle rígido de nomes de séries e suas definições, conceituações e descrições. O 6 o nível categórico é a categoria mais homogênea do sistema, correspondendo ao nível de “séries de solo”, que deverá ser utilizada em levantamentos detalhados. 5. NOMENCLATURA DAS CLASSES No primeiro nível categórico (ordem) os nomes das treze (13) classes são formados pela associação de um elemento formativo com a terminação “ssolos”. Segue o nome das classes, o elemento formativo e seu significado. Classe Elemento Formativo Termos de conotação e de memorização ARGISSOLO ARGI “Argilla”. Acumulação de argila Tb ou Ta (baixa ou alta atividade da fração argila), dessaturado de bases. CAMBISSOLO CAMBI “Cambiare”, trocar ou mudar. Hor. B incipiente. CHERNOSSOLO CHERNO Preto, rico em matéria orgânica. ESPODOSSOLO ESPODO “Spodos”, cinza vegetal. Hor B espódico. GLEISSOLO GLEI Glei. Hor. Glei. LATOSSOLO LATO “Lat”, material muito alterado. Hor. B latossólico. LUVISSOLO LUVI “Luere”, iluvial. Acumulação de argila com alta saturação por bases re Ta. NEOSSOLO NEO Novo. Pouco desenvolvimento genético. NITOSSOLO NITO “Nitidus”, brilhante. Hor. B nítico. ORGANOSSOLO ORGANO Orgânico. Hor. H ou O hístico. PLANOSSOLO PLANO “Planus”. Hor. B plânico. PLINTOSSOLO PLINTO “Plinthus”. Hor. Plíntico. VERTISSOLO VERTI “Vertere”, inverter. Hor vértico. Classes de 1º, 2º, 3º e 4º Níveis categóricos Em fichas de descrição morfológica de perfis de solos e nas legendas de mapas, e as classes de 1º e 2º níveis categóricos devem ser escritas com todas as letras maiúsculas e as classes de 3º nível categórico (grandes grupos) apenas com a primeira letra maiúscula, e no 4º nível categórico (subgrupos) os nomes devem ser escritos em letras minúsculas. Por exemplo: LUVISSOLO HÁPLICO Órticos planossólicos 1º e 2º níveis categóricos 3º nível categórico 4º nível categórico Anotação em textos corridos Luvissolo Háplico Órtico planossólico, por exemplo. 19 6. CLASSES DE SOLO (Bases, Critérios e Conceitos) 6.1. ARGISSOLOS: Solos com B textural e argila Tb, ou Ta porém distrófica ou com caráter alítico. Bases: Evolução avançada, atuação incompleta da ferralitização e da paragênese caulinítica-oxídica, ou caulinítica, ou vermiculita com hidróxi-Al entre camadas, durante a mobilização da argila, com acúmulo em hor. subsuperficial. Critérios: B textural em vinculação com atributos que evidenciam baixa atividade de argila ou o caráter alítico. Conceito: Solo mineral, com hor. B textural (Bt), argila Tb ou alta conjugada baixa saturação por bases ou com caráter alítico. Hor. Bt imediatamente abaixo de qualquer Hor. superficial, exceto Hor Hístico. A transição entre hor. A e Bt é normalmente clara, abrupta ou gradual. Solos de profundidade variável, desde forte a imperfeitamente drenados. São solos ácidos, com saturação por bases variando de eutrófico a distrófico, cauliníticos e Ki 1,0 a 3,3. Hor. Plíntico e Glei se presentes devem estar abaixo do hor. Bt. Nesta ordem tem-se os antigos Podzólicos Vermelho-Amarelo, Vermelho-Escuro, Amarelo, Acinzentado, e Bruno, Tb ou Ta, parte da Terra Roxa Estruturada e Similar. 6.2. CAMBISSOLOS: Solos pouco desenvolvidos, com B incipiente. Bases: Solo jovem, evidências de desenvolvimento de estrutura no solo, ausência ou quase da estrutura da rocha, croma + forte, matizes + vermelhos, ou + argila do que nos horizontes subjacentes. Critérios: B incipiente, qq. hor. A inclusive Chernozêmico, qdo o B incipiente deverá apresentar Tb e ou baixa saturação por bases. Conceito: Solos minerais, com hor. B incipiente (Bi) abaixo de qualquer hor. Superficial, desde que não satisfaçam aos requisitos paraVertissolos, Chernossolos, Plintossolos e Organossolos. Hor. Bi não coincidente com hor. Glei nos 50 cm superficiais; Hor. Bi não coincidente com hor. Plíntico; Hor. Bi não coincidente com hor. Vértico nos 100 cm superficiais; Ausencia de Hor. A Chernozêmico e Bi com alta saturação por bases e argila Ta. Devido a grande diversidade de materiais de origem e combinações com os demais fatores de formação do solo, as características destes solos variam muito de um local para outro, tendo nesta classe solos rasos e profundos, alta e baixa saturação por bases, atividade de argila..., Hor. Bi com estrutura em blocos, granular ou prismática e até mesmo em grãos simples. Alguns podem apresentar características morfológicas de Latossolos, mas diferem destes por apresentar uma ou mais das características abaixo: -CTC > 17 cmolc/kg argila; ou -Minerais primários alteráveis na fração areia > 4% (ou >6 % se muscovita) na TFSA; e/ou -Ki > 2,2; e/ou -Estrutura da rocha original > 5 %, do volume do solo. 6.3. CHERNOSSOLOS: Solos com Hor. A Chernozêmico, com ou sem acúmulo de carbonato de cálcio Bases: Não muito evoluídos, mas com atuação da bissialitização, manutenção de cátions biv. (Ca ++ ), eventual acúmulo de CaCO3, enriquecimento em matéria orgânica. Critérios: Hor. A Chernozêmico, seguido de hor. C desde que seja cálcico, petrocálcico ou carbonático ou com B textural, B nítico ou B incipiente, com ou sem hor. Cálcico ou caráter carbonático, argila Ta e V% alta. Conceito: Solo mineral, alta saturação por bases, hor. A chernozêmico sobre Bt ou Bi com argila Ta ou sobre hor. C carbonático, cálcico ou petrocálcico, se em contato lítico o Hor. A com > 150 g/kg de solo em CaCO3. Solo escuro, é possível a associação com hor. Glei, vertico ou Plânico, desde que em posição não diagnóstica. 20 6.4. ESPODOSSOLOS: Solos com B espódico. Bases: Processo de podzolização com eluviação de matéria orgânica humificada e compostos de alumínio com ou sem ferro. Critérios: B espódico em seqüência a hor. E, A ou Hístico. Conceito: Solo mineral, com Hor. B espódico, abaixo de hor. E ou A ou hístico dentro de 200 cm da superfície ou de 400 cm se a soma do hor A e E ou hístico e E ultrapassar 200 cm de prof. Apresenta normalmente sequencia A, E, B espódico, C, com clara diferenciação de horizontes. Textura normalmente arenosa. Solos muito pobres, ácidos, baixa saturação por bases, podendo conter elevado Al trocável. Podem conter fragipã, duripã, hor. Plácico ou ortstein. 6.5. GLEISSOLOS: Solos com expressiva gleização. Bases: Hidromorfia expressa por forte gleização, intensa redução de compostos de ferro, em presença de matéria orgânica, com ou sem alternância de oxidação, por efeito de flutuação do lençol freático, em regime de excesso de umidade permanente ou periódico. Critérios: Prepoderância e profundidade de manifestação de atributos evidenciadores de gleização, conjugada à caracterização de hor. diagnóstico subsuperficial glei. Conceito: Solos minerais hidromórficos, com hor. glei nos 50 cm superficiais ou entre 50 e 150 cm se imediatamente abaixo de hor. A ou E, que podem ou não ser glei, ou sob hor. hístico, desde que não seja um Organossolo. Estesolos permanecem saturados com água, caracterizam-se pela forte gleização, devido ao ambiente redutor, o que define cores acinzentadas, azuladas ou esverdeadas (cores neutras). O hor. glei pode ser um hor. C, A, E ou B. Estes solos podem ter textura arenosa nos hor. superficiais, desde que o glei tenha textura mais fina. A estrutura é maciça, podendo apresentar estrutura em blocos ou prismática quando seco, se formam a partir de sedimentos, comum próximos a curso d’água e em colúvios sujeitos a hidromorfia, ocorrem sob vegetação hidrófila ou higrófila herbácea, arbustiva ou arbórea. Não apresenta nenhum hor. diagnóstico de subsuperfície acima do hor. glei, ausência de hor. plíntico nos 200 cm superficiais do perfil, e ausência de hor. vértico, plíntico ou B textural com mudança textural abrupta, coincidente com o hor. glei. 6.6. LATOSSOLOS Bases: evolução muito avançada, atuação da latolização (ferralitização ou laterização), intemperização intensa dos minerais primários e secundários menos resistentes, concentração de argilominerais resistentes (óxidos e hidróxidos), inexpressiva movimentação de argila, ferrólise, gleização ou plintitização. Critérios: Bw, qq. tipo de hor. A, e quase nulo ou pouco acentuado aumento de argila de A para B Conceito: Solo mineral, com hor B Latossólico (Bw), abaixo de qualque hor. diagnóstico superfície, exceto hor. Hístico. Solos muito intemperizados, cauliníticos, evoluídos, com argila floculada, ausência de min. primários ou secundários de menor resistência ao intemperismo, com CTC baixa (< 17 cmolc/kg argila), podem ser cauliníticos ou oxídicos, Ki < 2,2. Bem drenados podendo ocorrer em locais imperfeitamente drenados, indicando processos atuais ou pretéritos. Profundos, com pouca diferenciação de horizontes, cores mais vivas no hor. B, ácidos, baixa saturação por bases (média a alta no semiárido ou influenciado por Rochas básicas ou calcárias). LUVISSOLOS: Solos com B textural, argila Ta e alta saturação por bases. Bases: bissialitização, produção de óxidos de ferro e mobilização de argila com acúmulo no hor. subsuperficial. Critérios: Bt, argila Ta, alta saturação por bases, em seqüência de hor. A ou E. Conceito: Solos minerais não hidromórficos, com hor. B textural (Bt), argila de atividade alta e saturação por bases alta, na maior parte dos 100 cm do hor. B, que ocorre abaixo de hor. A (exceto chernozêmico) ou E, variam de bem a imperfeitamente drenados, pouco profundos, nítida diferenciação entre horizontes (contraste de textura, cor e/ou estrutura). Pode apresentar mudança textural abrupta. A estrutura mais comum é em blocos, podendo ser prismática. Apresentam baixo Al e Ki no Bt entre 2,4 e 4,0, indicando presença de minerais 2:1. Não permite ocorrência de hor. plíntico, vértico ou plânico acima ou coincidente com a parte superficial do Bt. No caso do hor. glei, se presente deve iniciar 50 cm abaixo do topo do Bt. 21 NEOSSOLOS: Solos pouco evoluídos, com ausência de hor. B diagnóstico. Bases: Solos em vias de formação (pouca atuação pedogenética ou características do material de origem) Critérios: Insuficiência de atributos diagnósticos, pouca diferenciação de horizontes, com individualização de hor. A seguido de C ou R. Predomínio de características herdadas do material de origem. Conceito: Solo mineral, com pouca intensidade de alteração (maior resistência do material de origem ou região de baixa pluviosidade, por exemplo), solo pouco evoluído, raso, apresenta-se muitas vezes diretamente sobre a rocha mãe. Aceita qualquer hor. A, desde que não satisfaça critérios para outras ordens (Chernossolos) e até mesmo hor. O com menos de 20 cm de espessura. Pode ocorrer presença de hor. C diagnóstico em outra classe, porém em posição que não permita seu enquadramento (hor. glei, vértico ou plíntico). Solo com ausência de hor. B diagnóstico, ausência de hor. glei (imediatamente abaixo do A ou dentro de 150 cm da superfície) exceto em solo de textura areia ou areia franca sem min. primários intemperizáveis. Ausência de hor. vértico imediatamente abaixo do A e de hor. plíntico entre 40 e 150 cm de profundidade. Ausência de hor. A chernozêmico com caráter carbonático. NITOSSOLOS: Solos com B nítico, argirla de atividade baixa, ou com caráter alítico. Bases: Avançada evolução pedogenética – ferralitização e intensa hidrólise- originando composição caulinítica-oxídica, ou virtualmente caulinítica, ou com hidroxí-Al entre camadas. Critérios: Horizonte diagnóstico B nítico (reluzente), qq hor. A, sem gradiente textural, estrutura em blocos ou primática, moderada a muito forte, com cerosidade expressiva nas unidades estruturais. Conceito: Solos minerais, com hor. B nítico, argiloso ou muito argiloso (argila > 350g/kg solo) desde a superfície, estrutura em blocos subangulares, angulares ou prismática (forte ou moderada), presença de cerosidade e/ou superficie de compressão, e/ou caráter retrátil. Gradiente textural < 1,5. Solos profundos, bem drenados, cor vermelha a brunada, normalmente são ácidos, argila Tb ou alítico, mineralogia da fração argila caulinítica-oxídica, podendo quando na presença de caráter alítico apresentar argila 2:1 com hidroxi- Al entre camadas. Hor. A qualquer. Não admite policromia, tendo cores de hor. A e B na mesma página a variação de valor pode ser de 2 unidades e de croma até 3 unidades. ORGANOSSOLOS: Solos orgânicos. Bases: Essencialmente orgânico. Critérios: Preponderância de constituintes orgânicos em relação a inorgânicos, em ambientes de saturação permanente ou periódica. Conceito: Solos pouco evoluídos, orgânicos, coloração preta, cinzenta escura ou brunada, devido ao acúmulo de mat. Orgânico, ocorre em condições de drenagem restrita ou de clima úmido e frio. Solos ácidos, elevada CTC, baixa saturação por bases. Pode apresentar hor. sulfúrico, materiais sulfídricos, caráter sálico, propriedades sódica ou solódica, podendo se apresentar recoberto por material mineral (< 40 cm). Solo com prof. > 60 cm se 75% do material vegetal for identificável (exceto partes vivas). Se saturado com água por no máximo 30 dias consecutivos deve ter espessura > 20 cm se sobre contato lítico; ou > 40 cm se sobre hor. mineral; ou se saturado com água a maior parte do ano deve ter espessura > 40 cm. PLANOSSOLOS: Solos com B plânico, qq. hor. A, podendo ou não apresentar hor. E. Bases: Desargilização do horizonte superficial e concentração de argila no horizonte subsuperficial. Critérios: Eluviação intensa, nítida diferença entre o hor. superficial e o hor. diagnóstico B plânico; mudança textural abrupta; restrição de permeabilidade em subsuperfície, evidências de processos de redução, com ou sem segregação de ferro. Conceito: Planossolo Solos minerais, imperfeitamente drenados, presença de hor. eluvial, com mudança abrupta para o hor. B, que é normalmente adensado, com elevada concentração de argila, reduzida permeabilidade. Aceita qualquer tipo de hor. A. Característica marcante- diferenciação entre hor. A ou E e o hor. B, devido à mudança textural abrupta, chegando a apresentar (quando seco) fraturamento entre o hor. A ou E, e o hor. B. Estrutura forte e grande em blocos angulares, prismática ou colunar. Hor. B com cores pouco vivas (cromas baixos), podendo apresentar mosqueado (drenagem lenta). Hor. B Plânico com caráter sódico tem precedência diagnóstica sobre hor. Plíntico. 22 PLINTOSSOLOS: Solos com plintitização expressiva, com ou sem formação de petroplintita. Bases: Segregação localizada de ferro, agente cimentante com capacidade de consolidação irreversível, sob ciclos sucessivos de umedecimento e secagem. Critérios: Preponderânciae profundidade de manifestação de atributos evidenciadores da formação de plintita, conjugados com hor. diagnóstico subsuperficial plíntico, ou neoformações endurecidas de ferro. Conceito: Solos minerais formados em locais com restrição à drenagem, estando sujeito a excesso de umidade temporário. Apresentam plintitização expressiva, podendo ou não conter petroplintita. Comuns os solos com hor. B textural coincidente com o hor. plíntico ou concrecionário, mas também podem estar presentes os hor. B incipiente, B latossólico, hor. glei e solos sem hor. B. Aceita qualquer tipo de hor. A. Pode ter coloração variável, porém predominam as cores claras com ou sem mosqueados acima do hor. diagnóstico (plíntico, concrecionário ou litoplíntico). Formados em condição de drenagem impedida, podem hoje ser encontrados em local bem drenado, com desenvolvimento de coloração avermelhada no perfil. Solo ácido, baixa saturação por bases, argila Tb, há exceções. Ocorre normalmente em local de relevo plano a suave ondulado, e sob condição climática com estação seca bem definida. Para sua caracterização o Hor. diagnóstico (plíntico, concrecionário ou litoplíntico) deve iniciar até 40 cm de profundidade; ou dentro de 200cm quando abaixo de hor. glei ou hor. A ou E com cores pálidas, variegadas, ou com mosqueado abundante. VERTISSOLOS: Grupamento de solos que possuem hor. Vértico. Bases: Desenvolvimento restrito devido à grande capacidade de movimentação do material do solo como conseqüência da expansão e contração advindos da alta atividade das argilas. Critérios: Expressão e profundidade dos atributos indicativos de expansão e contração do material argiloso inorgânico. Conceito: Solo mineral, com hor. vértico, sem gradiente textural, apresenta fendas profundas quando seco e superfícies de fricção, indicando movimentação de suas estruturas quando o solo seca. Pode apresentar microrelevo gilgai, estrutura cuneiforme, blocos, prismática ou paralelepipédica, consistência molhada muito plástica e muito pegajosa, consistência seca dura a extremamente dura, presença de argilas expansíveis, textura argilosa a muito argilosa, podendo ser média (300g argila/kg solo no mínimo). Profundidade variável (rasos a profundos), drenagem variável (imperfeitamente a bem drenado), cor variável (escuro, acinzentado, amarelado ou avermelhado). Quando úmido apresenta baixa permeabilidade, alta CTC, alta saturação por bases, Ki > 2,0, pH neutro a alcalino. O hor. vértico deve ocorrer dentro dos 100 cm superficiais, sem contato lítico, hor. petrocálcico ou duripã nos 30 cm superficiais, ausência de qualquer hor. diagnóstico acima do hor. vértico, presença de fendas verticais na seca > 1 cm e 50 cm de prof. com limite mínimo em 30 cm para solos rasos. Teor de argila nos 20 cm superficiais de pelo menos 300 g argila/kg de solo. 7. CHAVE PARA AS ORDENS A chave apresenta definições simplificadas das Ordens, permitindo que sejam distinguidas entre si. No 1º nível categórico (ordem) os solos são classificados de acordo com a seguinte sequência: Solos que apresentam hor. Hístico que atenda um dos seguintes critérios de espessuras: a) 20cm ou mais, quando sobrejacente a um contato lítico ou a fragmentos de rocha, cascalhos, calhaus e matacões (90%) ou mais em volume); ou b) 40cm ou mais, contínuo ou cumulativo nos primeiros 80cm da superfície do solo; ou c) 60cm ou mais se 75% (expresso em volume) ou mais do hor for constituído de tecido vegetal na forma de restos de ramos finos, raízes finas, cascas de árvores etc., excluindo ass partes vivas. ORGANOSSOLO Outros solos sem hor B diagnóstico e satisfazendo os seguintes requisitos: a) ausência de hor. glei dentro de 50cm da superfície do solo, exceto no caso de solos de textura areia e areia franca; b) ausência de hor. plíntico dentro de 40cm da superfície do solo; c) ausência de hor. vértico imediatamente abaixo de hor A; 23 d) A chernozêmico, se presente não deve estar conjugado com o caráter carbonático e/ou hor. cálcico. NEOSSOLO outros solos com relação textural insuficiente para identificar um B textural e que apresentam hor. vértico entre 25 e 100cm de prof. e satisfazendo os seguintes requisitos: a) teor de argila, após mistura e homogeneização do material de solo, nos 20cm superficiais, de no mínimo 300g/Kg de solo; b) fendas verticais no período seco com pelo menos 1cm de largura, atingindo, no mínimo, 50cm de profundidade, exceto nos solos rasos, nos quais o limite mínimo é 30cm; 1) ausência de material com contato lítico, ou hor. petrocálcico, ou duripã dentro dos primeiros 30cm de profundidade; 2) em áreas irrigadas ou mal drenadas (sem fendas aparentes), o coeficiente de expansão linear (COLE) do solo deve ser igual ou superior a 0,06. VERTISSOLO Outros solos que apresentam hor. B espódico imediatamente abaixo dos hor. E ou A. ESPODOSSOLO Outros solos apresentando hor. B plânico não coincidente com hor. plíntico, imediatamente abaixo do hor. A ou E. PLANOSSOLO Outros solos, apresentando hor. glei iniciando-se dentro de até 150 cm da superfície do solo, imediatamente subjacente a hor. A ou E, ou hor. Hístico com menos de 40 cm de espessura, sem hor. plíntico, dentro de 200 cm da superfície ou outro horizote diagnóstico acima do hor. glei. GLEISSOLO Outros solos que apresentam hor. B latossólico imediatamente abaixo do hor. A. LATOSSOLO Outros solos que apresentam hor. A chernozêmico seguido de: Hor. B incipiente ou B textural ou Hor. com caráter argilúvico, todos com argila de atividade alta e saturação por bases alta; ou de Hor. B incipiente < 10cm de espessura ou Hor. C, ambos cálcicos ou carbonáticos; ou apresentando Hor. cálcico ou caráter carbonático no Hor. A, seguido de um contato lítico. CHERNOSSOLO Outros solos que apresentam Hor. B incipiente imediatamente abaixo do hor. A ou de Hor. Hístico com espessura inferior a 40 cm; plíntita e petroplintita, se presentes não satisfazem os requisitos para plintossolo. CAMBISSOLO Outros solos que apresentam hor. plíntico, litoplíntico ou concrecionário, exceto quando coincidente com hor. B plânico com caráter sódico, iniciando-se em uma das seguintes condições: a) dentro de 40cm; ou b) dentro de 200cm se precedido de um horizonte glei, ou hor.A ou E ou de outro hor. que apresente cores pálidas, variegadas ou com mosqueados. PLINTOSSOLO 24 Outros solos apresentando hor. B textural com argila de atividade alta e saturação por bases alta, imediatamente abaixo do hor. A ou E. LUVISSOLO Outros solos que Apresentam 350g/Kg ou mais de argila, inclusive no hor. A, com hor. B nítico imediatamente abaixo do hor. A, com argila de atividade baixa ou caráter alítico na maior parte do hor. B, dentro de 150cm da superfície do solo. NITOSSOLO Outros solos que apresentam hor. B textural. ARGISSOLO 8. ORDENS 8.1.ARGISSOLOS ARGISSOLO: Solos constituído por material mineral, com B textural abaixo do hor. A ou E, argila Tb, ou argila Ta com saturação por bases baixa e/ou caráter alítico na maior parte do hor. B, satisfazendo os seguintes requisitos: Hor. plíntico, se presente, não satisfaz critério para PLINTOSSOLO; Hor. glei, se presente, não satisfaz critério para GLEISSOLO. ARGISSOLO BRUNO-ACINZENTADO Solos com matiz 5YR ou mais amarelo, valor 3 a 4 e croma < 4 na maior parte dos 100 cm do hor.B (incluindo BA) e que apresentam expressivo escurecimento de sua porção superior, com cores que atendam aos seguintes critérios: 1-quando úmido, Valor e /ou Croma
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