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A CRISE DO SISTEMA COLONIAL E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL O que você deve saber sobre O processo de Independência do Brasil foi longo e controverso. Até os dias atuais os historiadores oferecem contínuas interpretações para os eventos que culminaram na declaração feita por D. Pedro em 7 de setembro de 1822. Permanece, porém, claro o fato de que o início desse processo se deu em 1808, com a transferência da Corte. 2 - REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS: Século XVIII (final) e XIX (início). Objetivo: separação de Portugal (independência). Nacionalistas. Influenciadas pelo iluminismo, independência dos EUA e Revolução Francesa. Inconfidência Mineira (1789): Causas: esgotamento do ouro, crise econômica, exploração abusiva de Portugal (impostos, derrama, proibição de produção de manufaturados na colônia). Penetração de ideais iluministas. Líderes: elite mineira (Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga, Alvarenga Peixoto, Joaquim José da Silva Xavier – o “Tiradentes”). Objetivos: proclamação da República, fim do pacto colonial, estímulo ao desenvolvimento de manufaturas, criação de uma Universidade, bandeira com a inscrição “Libertas quae sera tamen” (Liberdade ainda que tardia). Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates (1798): Causas: extrema pobreza e desigualdades sociais. Objetivos: independência, República, liberdade de comércio, igualdade em todos os níveis, abolição da escravidão. Influência da Revolução Francesa (Liberdade – Igualdade – Fraternidade). Líderes: João de Deus Nascimento, Manuel Faustino dos Santos (alfaiates e mulatos), Luís Gonzaga das Virgens, Lucas Dantas Amorim Torres (soldados e mulatos), entre outros. Todos pobres. Ampla participação popular. Repressão de Portugal. COMPARAÇÃO ENTRE AS CONJURAÇÕES MINEIRA E BAIANA A crise do sistema colonial e a independência do Brasil 1808, vinda da Corte portuguesa para a colônia, que se tornou centro administrativo do Império português. Abertura dos portos: encerrou o exclusivismo comercial. A elevação a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves deu ao Rio de Janeiro o mesmo status administrativo de Lisboa. A partir de 1815: colônia passou a ser sede administrativa e residência da família real. A CRISE DO SISTEMA COLONIAL E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL Mas... Nada disso caracterizou uma independência por parte da América portuguesa. Laços com a metrópole permaneciam e a autonomia estava ameaçada pelos objetivos das Cortes lisboetas. I. As revoltas independentistas – a Revolução Pernambucana Pode ser considerada a primeira e maior revolta independentista. Transferência da Corte: Homem comum: nada mudou, era indiferente ser governado por Lisboa ou Rio de Janeiro. Grandes proprietários escravistas: beneficiados pela abertura dos portos, mas distantes da vida política A CRISE DO SISTEMA COLONIAL E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL Líderes da Revolução: Clero: padre João Ribeiro, padre Miguelinho e frei Caneca; Administração portuguesa: Antônio Carlos Ribeiro de Andrada (ouvidor-mor de Olinda); Comércio: Domingos José Martins; Exército: capitão José de Barros Lima, capitão Pedro Pedroso. BIBLIOTECA NACIONAL, RIO DE JANEIRO Uma junta em Pernambuco, c. 1835, de Rugendas I. As revoltas independentistas – a Revolução Pernambucana Situação em Pernambuco A CRISE DO SISTEMA COLONIAL E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL I. As revoltas independentistas – a Revolução Pernambucana Em 6 de março de 1817 a conspiração é denunciada: Exército reprime o setor militar da revolta, mas a resistência faz triunfar o movimento. No dia seguinte líderes da revolta formam um governo provisório. Criou-se o Conselho de Estado; o governo republicano; adotou-se uma bandeira e as pessoas foram chamadas de “patriotas”. Oficialmente, Pernambuco era um novo país. Criação da Lei Orgânica: liberdade de consciência; liberdade de imprensa; tolerância religiosa; estrangeiros aderidos à República seriam “patriotas”; o governo provisório duraria até a elaboração de uma Constituição; fim dos tributos aos produtos de primeira necessidade. Situação em Pernambuco A CRISE DO SISTEMA COLONIAL E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL I. As revoltas independentistas – a Revolução Pernambucana A escravidão não fora discutida pelos revoltosos naquele momento. A Revolução Pernambucana espalhou-se rapidamente para Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas, Piauí, Ceará. Com a repressão do governo central, em 19 de maio de 1817 caiu o governo revolucionário de Pernambuco. Situação em Pernambuco A CRISE DO SISTEMA COLONIAL E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL II. As consequências da Revolução do Porto Deputados da colônia têm suas reivindicações ignoradas. Cortes portuguesas reivindicam a centralização de poder e a volta de D. Pedro I para Portugal. A CRISE DO SISTEMA COLONIAL E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL II. As consequências da Revolução do Porto D. Pedro é persuadido pela população a ficar na colônia. Dia do Fico, 9 de janeiro de 1822 Soldados portugueses que recusaram a lealdade a D. Pedro voltam a Lisboa. Soldados chegados foram impedidos de desembarcar. Criação do Gabinete Brasileiro, chefiado pelo brasileiro José Bonifácio de Andrada e Silva, presidente da Junta Provisional de São Paulo A CRISE DO SISTEMA COLONIAL E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL III. A concretização da Independência Preocupação dinástica Brasil não voltaria a ser colônia. Independência A CRISE DO SISTEMA COLONIAL E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL III. A concretização da Independência Toda lei seria aprovada pelo príncipe regente e os brasileiros seriam a maioria na Assembleia. Cartas de José Bonifácio e sua esposa aconselhando-o a romper com Portugal. Despachos de Lisboa que revogavam seus decretos, acusavam seus ministros de traição e exigiam sua volta a Portugal. ”De hoje em diante nossas relações com eles estão cortadas. Não quero mais nada com o governo de Portugal, e proclamo o Brasil separado para sempre de Portugal. Viva a independência, a liberdade e a separação do Brasil!” A CRISE DO SISTEMA COLONIAL E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL III. A concretização da Independência MUSEU PAULISTA/USP, SÃO PAULO Independência ou morte, 1888, de Pedro Américo A CRISE DO SISTEMA COLONIAL E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL III. A concretização da Independência 12 de outubro de 1822: D. Pedro foi proclamado Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil. Em 10 de dezembro de 1822, foi o primeiro monarca da nação independente. A primeira bandeira imperial brasileira foi um projeto de José Bonifácio de Andrada e Silva e Jean-Baptiste Debret. INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DA BAHIA A CRISE DO SISTEMA COLONIAL E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
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