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NERVOS CRANIANOS - CAP 11 ANGELO MACHADO (RESUMO)

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NERVOS CRANIANOS (Capítulo 11 – Angelo Machado)
	Os nervos cranianos são os que fazem conexão direta com o encéfalo, a maioria deles fazem conexão com o tronco encefálico, com exceção de 2 nervos, olfatório (liga-se ao telencéfalo) e óptico (liga-se ao diencéfalo), os 10 restantes fazem ligam-se com o tronco encefálico.
COMPONENTES AFERENTES
Durante a evolução dos animais, surgiram órgãos complexos nas suas extremidades, como os órgãos da visão, audição, gustação e olfação. Os receptores para esses órgãos são denominados “especiais” para os diferenciarem dos demais receptores, que por serem encontrados em todo o resto do corpo, são chamados de gerais.
As fibras nervosas em relação com estes receptores são:
1- Fibras aferentes somáticas especiais: originam-se em exteroceptores e proprioceptores, conduzindo impulsos de temperatura, dor, pressão, tato e propriocepção;
2- Fibras aferentes somáticas gerais: originam-se na retina e no ouvido interno, relacionam-se com a visão, audição e equilíbrio;
3- Fibras aferentes viscerais especiais: originam-se em receptores gustativos e olfatórios, considerados viscerais por estarem localizados em sistemas viscerais, como os sistemas digestivo e respiratório;
4- Fibras aferentes viscerais gerais: originam-se em visceroreceptores e conduzem, por exemplo, impulsos relacionados com a dor visceral.
COMPONENTES EFERENTES
	Para a compreensão da classificação das fibras eferentes dos nervos cranianos é necessário o entendimento embrionário dos músculos estriados esqueléticos. A maioria destes é classificada como músculos estriados miotômicos, o restante é derivado da fragmentação do mesoderma pelas fendas branquiais, sendo chamados de músculos estriados branquioméricos. Por conseguinte, as fibras que inervam os M. E. branquioméricos são consideradas fibras eferentes viscerais especiais, distinguindo-se das fibras eferentes viscerais gerais que inervam os músculos lisos, cardíaco e as glândulas. 
As fibras eferentes viscerais gerais pertencem a divisão parassimpática do SNA e terminam em gânglios viscerais, de onde os impulsos são levados às diversas estruturas viscerais. Elas são fibras pré-ganglionares e promovem a inervação pré-ganglionar destas estruturas.
As fibras que inervam os músculos estriados miotômicos são denominadas fibras eferentes somáticas.
PARES CRANIANOS:
1 – NERVO OLFATÓRIO, I PAR
	É representado por numerosos pequenos feixes nervosos que se originam na região olfatória de cada fossa nasal, terminando no bulbo olfatório. É um nervo exclusivamente sensitivo, cujas fibras conduzem impulsos olfatórios, sendo classificadas como fibras eferentes viscerais especiais. 
2 – NERVO ÓPTICO, II PAR
	É constituído por um grosso feixe de fibras nervosas que se originam da retina, penetrando no crânio pelo canal óptico e cada nervo une-se com o lado oposto formando o quiasma óptico, onde há cruzamento de suas fibras, as quais continuam no trato óptico até o corpo geniculado lateral. É um nervo exclusivamente sensitivo, cuja fibras conduzem impulsos visuais, sendo classificadas como aferentes somáticas especiais.
3,4 e 6 – NERVO OCULOMOTOR, III PAR; TROCLEAR IV PAR; E ABDUCENTE, VI PAR.
	São nervos motores que penetram na órbita pela fissura orbital superior, distribuindo-se aos músculos extrínsecos do bulbo ocular: elevador da pálpebra superior, reto superior, reto inferior, reto medial, reto lateral, oblíquo superior, oblíquo inferior. As fibras que os inervam são classificadas como eferentes somáticas. Todos esses são inervados pelo oculomotor, com exceção do reto lateral e do oblíquo superior, inervados pelo abducente e troclear.
Além disso, o nervo oculomotor é responsável pela inervação pré-ganglionar dos músculos intrínsecos do bulbo ocular: músculo ciliar, que regula a convergência do cristalino, e o músculo esfíncter da pupila.
5 – NERVO TRIGÊMIO, V PAR
	É um nervo misto, sendo componente sensitivo consideravelmente maior. Possui uma raiz sensitiva e uma motora. 
A raiz sensitiva é formada por prolongamentos centrais dos neurônios sensitivos, situados no gânglio trigeminal. Distalmente ao gânglio, nota-se 3 ramificações: nervo oftálmico, maxilar e mandibular, responsáveis pela sensibilidade somática geral de grande parte da cabeça, através de fibras que se classificam como fibras aferentes somáticas gerais, que conduzem impulsos exteroceptivos, provenientes da pele da face, conjuntiva ocular, parte ectodérmica da mucosa da cavidade bucal, nasal e seios paranasais, dos dentes, 2/3 anteriores da língua e da maior parte da dura-máter craniana, e também de impulsos proprioceptivos que se originam de receptores localizados nos músculos mastigadores e na articulação temporomandibular.
A raiz motora é constituída de fibras que acompanham o nervo mandibular, distribuindo-se aos músculos mastigadores. Todos esses músculos derivam do primeiro arco branquial, e as fibras que os inervam se classificam como eferentes viscerais especiais. 
7 – NERVO FACIAL, VII PAR
	O nervo emerge do sulco bulbo-pontino através de uma raiz nervosa, o nervo facial propriamente dito, e uma raiz sensitiva e visceral, o nervo intermédio. O nervo facial faz inervação da glândula parótida, músculos mímicos, músculo estilo-hioideo e ventre posterior do músculo digástrico, e suas fibras são eferentes viscerais especiais. 
Já o nervo intermédio, possui fibras: aferentes viscerais especiais, aferentes viscerais gerais e aferentes viscerais gerais.
8 – NERVO VESTIBULOCOCLEAR, VIII PAR
	É um nervo exclusivamente sensitivo, que penetra na ponte na porção lateral do sulco bulbo-pontino, entre a emergência do VII par e o flóculo do cerebelo. Compõe-se de uma parte vestibular e uma parte coclear, que, embora unidos, tem funções e conexões centrais diferentes. 
A parte vestibular é formada por fibras que se originam dos neurônios sensitivos do gânglio vestibular, que conduzem impulsos nervosos relacionados com o equilíbrio, originados em receptores da porção vestibular do ouvido interno.
A parte coclear do VIII par é constituída por fibras aferentes somáticas especiais que se originam nos neurônios sensitivos do gânglio espiral e conduzem impulsos nervosos relacionados com a audição, originados no órgão espiral, receptor da audição, situado na cóclea. 
Lesões no nervo vestibulococlear causam diminuição da audição, alterações no equilíbrio e enjoo. 
9 – NERVO GLOSSOFARÍNGEO, IX PAR
	É um nervo misto que emerge do sulco lateral posterior do bulbo, sob a forma de filamentos radiculares, que se dispõe em linha vertical. Estes filamentos reúnem-se para formar o tronco do nervo glossofaríngeo, que sai do crânio pelo forame jugular. Em seu trajeto através do forame jugular, o nervo apresenta dois gânglios, superior (ou jugular) e inferior (ou petroso), formados por neurônios sensitivos. Ao sair do crânio o nervo glossofaríngeo tem trajeto descendente, ramificando-se na raiz da língua e na faringe. Fibras aferentes viscerais gerais, inervação da língua, faringe, tonsila, tuba auditiva, corpo carotídeo. Fibras eferentes viscerais gerais que terminam no gânglio óptico. 
10 – NERVO VAGO, X PAR
	É o maior nervo crânio, é misto e essencialmente visceral. Emerge do sulco lateral posterior do bulbo sob a forma de filamentos radiculares que se unem para formar o nervo vago. Esse emerge do crânio pelo forame jugular, percorre o pescoço e o tórax, terminando no abdômen. Nesse longo trajeto, o vago dá origem a numerosos ramos que inervam a laringe, faringe, entrando na formação dos plexos viscerais torácicas e abdominais. O vago possui dois gânglios sensitivos, superior (jugular) e inferior (nodoso). Tem fibras aferentes viscerais gerais, eferentes viscerais gerais e eferentes viscerais especiais. 
11 – NERVO ACESSÓRIO, XI PAR
	É formado por uma raiz craniana e uma raiz espinhal. A raiz espinhal é formada por filamentos radiculares que emergem da face lateral dos cinco ou seis primeiros segmentos cervicais da medula e constituem um tronco comum que penetra no crânio pelo forame magno. O tronco comum atravessa o foramejugular em companhia dos nervos glossofaríngeo e vago, dividindo-se em um ramo interno, que contem fibras da raiz craniana, reúne-se ao vago e distribui-se com ele, e o ramo externo, contem fibras da raiz espinhal, que inerva músculos trapézio e esternocleidomastoídeo. Possui fibras eferentes viscerais especiais e gerais. 
12 – NERVO HIPOGLOSSO, XII PAR
	Essencialmente motor, emerge do sulco lateral anterior do bulbo sob a forma de filamentos radiculares que se unem para formar o tronco do nervo. Emerge do crânio pelo canal do hipoglosso e distribui-se aos músculos intrínsecos e extrínsecos da língua. Possui fibras eferentes somáticas. Lesões do nervo hipoglosso ocasiona paralisia da musculatura de uma das metades da língua.
INERVAÇÃO DA LÍNGUA:
	1 – Trigêmio: sensibilidade geral (temperatura, dor, pressão e tato) nos 2/3 anteriores;
	2 – Facial: sensibilidade gustativa nos 2/3 anteriores;
	3 – Glossofaríngeo: sensibilidade geral e gustativa no terço posterior
	4 – Hipoglosso: motricidade
NERVO OLFATÓRIO, I PAR:
NERVO ÓPTICO, II PAR:
NERVO OCULOMOTOR, III PAR
NERVO TROCLEAR, IV PAR:
NERVO TRIGEMIO, V PAR:
NERVO ABDUCENTE, VI PAR:
NERVO FACIAL, VII PAR:
NERVO VESTIBULOCOCLEAR, VIII PAR:
NERVO GLOSSOFARÍNGEO, IX PAR:
NERVO VAGO, X PAR:
NERVO ACESSÓRIO, XI PAR:
NERVO HIPOGLOSSO, XII PAR:
PATRICK MICHEL – MEDICINA UNESC 
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