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Vict�ria K. L. Card�so Nefr�patia diabética Introdução Conceitos iniciais: ● A diabetes é a principal causa de doença renal crônica. ● Nefropatia diabética: lesões glomerulares + albuminúria + redução da TFG + associação com retinopatia diabética. ○ Boa parte não apresenta albuminúria, contrariando a definição clássica. ● DRD - Doença Renal Diabética: DRD é a nova forma de falar “nefropatia diabética” → abre o espectro das doenças, ou seja, também inclui outras formas → nefropatia isquêmica e ou hipertensiva. ○ Biópsia: lesão renal atípica. ○ Estágio 5 = diálise. DRD x Nefropatia Diabética - fatores de risco: ● Fatores de risco: ○ Idade - senescência renal e curso indolente. ○ Etnia - afro americanos e hispânicos. ○ Sexo - mulheres. ■ Porém, homens têm maiores taxas de progressão para doença terminal. ○ Nível socioeconômico baixo. ○ Obesidade - ORG (doença glomerular), na ausência de DM. ○ Tabagismo - apresenta esclerose nodular, estresse oxidante e infiltração de citocinas (independente de DM). ○ Hiperglicemia e HAS. ○ Fatores genéticos. Doença Renal Diabética: ● Maior vilão, DM1 ou DM2� DM2. ○ O DM2 já atinge idades mais elevadas, geralmente. ○ Os hábitos alimentares são mais “complexos”, com maiores dificuldades para mudança dos hábitos alimentares e do estilo de vida. ○ A DM1 comumente é melhor tratada, por começar em idades menores, já que inicialmente os familiares ajudam e quando a pessoa cresce já está acostumada com esse estilo de vida. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so ● DM2 na juventude: pandemia da obesidade. ○ Complicações de DRC precoce. ○ Taxas de progressão mais rápidas, se comparado com o DM1. ● DRD x OUTcomes cardiovasculares: ○ Dentre 20 pacientes, 1 atinge a DR terminal (estágio 5). ○ Precedem com IAM, IC, AVC… Nefropatia diabética: ● Incipiente: albuminúria ausente → 30 a 300 mg-dia → albuminúria moderadamente elevada. ● Manifesta: albuminúria presente → > 300 mg-dia → albuminúria gravemente aumentada. Manifestações clínicas Clínica mais comum: ● Albuminúria (até acima dos níveis nefróticos → > 3,5) ou redução da TFG. ● Edema ou não. ● Queixa de urina espumosa (reação da albumina em contato com a água). Assintomáticos: ● Ocorre mais em DM2, geralmente é mais notável em DM1. Outras consequências: ● Descontrole glicêmico. ● ITU. ● ICC. ● Alterações metabólicas. ● Alterações respiratórias. Curso da doença Recomendações da avaliação renal: ● DM1� testes renais em 5 anos após o diagnóstico. ● DM2� avaliação renal no momento do diagnóstico. Exames para avaliação: ● Urina de 24h cronometrada. ○ Inicialmente se pede a urina de 24h, mas os exames de seguimento são com a urina normal, avaliando a albumina-creatinina. ● Amostra pontual: razão albumina-creatinina. Frequência dos exames: ● 2-3 amostras em 3 a 6 meses. Afastar DRD, em diabéticos, se: ● DM1 com albuminúria > 300 mg-dia (dentro de 5 anos). @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so ● DM2 com albuminúria elevada por anos, antes do diagnóstico de diabetes. ● Se houver dismorfismo eritrocitário no EAS. ● Presença de patologias sistêmicas associadas com doença renal. ● Aumento súbito de albuminúria (mais de 5-10x o VR), em menos de 1 ano. ● Rápida queda da TFG, mais que 5 ml-min. Fisiopatogenia Via dos polióis: ● O que é: se trata de uma redução enzimática de um hidrato de carbono, como a glicose, em um poliol acíclico, como o sorbitol. ● Mecanismo: ocorre pela ação enzimática da aldose-redutase, que é re-oxidada a um outro hidrato de carbono, no caso a frutose, pela sorbitol-desidrogenase. Glicosilação avançada: 1. Produção de citocinas (PAF e IL-6). 2. Alterações dos componentes da matriz extracelular, com redução da elasticidade dos vasos. 3. Alteração da estrutura dos proteoglicanos. 4. Seletividade elétrica da membrana glomerular. Ativação da PC quinase: ● Hiperglicemia → aumento de concentração de DAG (DiacilGlicerol). ● Aumento da DAG. ● Ativação da PKC. ● Indução de: ○ Fatores de crescimento (VEGF) e de mediadores inflamatórios ET-1. ○ Predispondo alterações de fluxo, angiogênese e oclusão vascular. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so Memória hiperglicêmica: ● Mesmo na euglicemia, as alterações microvasculares podem persistir. ● Há alterações induzidas por espécies reativas de oxigênio (ROS) através da metilação do DNA e das histonas. ○ Isso causa alterações epigenéticas ativantes de longo tempo. Hemodinâmica glomerular: 1. Hiperglicemia → causa a ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona e a liberação de endotelina e de óxido nítrico. 2. Hipertrofia renal. 3. Aumento do fluxo e maior taxa de fração de filtração. 4. Vasodilatação da artéria Aferente, por conta do peptídeo natriurético e do óxido nítrico. 5. Vasoconstrição com angiotensina II, TxA e endotelina 1. 6. Aumento da resistência vascular na artéria Eferente. Tubulopatia: ● Hipertrofia e hiperplasia. ● Aumento da espessura da MB. ● Infiltração do interstício por miofibroblastos e macrófagos. ● Aumento da reabsorção de sódio. @p�sitivamed
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