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1 Vias biliares Vesícula biliar → Armazena 30 a 40 ml de bile → A vesícula biliar armazena bile, que é lançada apenas quando o alimento que contém lipídeos (gordura) entra no trato digestivo, estimulando a secreção de colecistoquinina (CCK). A bile emulsifica gorduras e neutraliza ácidos na comida parcialmente digerida. → A bile também ajuda na absorção das vitaminas lipossolúveis adek → ANATOMIA o Corpo o Fundo : menor irrigação o Infundíbulo o Colo Ampola de Vater → Desemboca na papila maior do duodeno → Esfíncter de Oddi Triangulo de Calot o Artéria cística – Importância cirúrgica Formação da Bile → Bile: eletrólitos, proteínas, sais biliares, colesterol, fosfolipídios e bilirrubina o Volume de 500 a 800ml por dia o Vesícula concentra a bile em 10x em 4h → Secreção ductular: o Estimulação: secretina, colecistocinina e gastrina https://pt.wikipedia.org/wiki/Bile https://pt.wikipedia.org/wiki/Gordura https://pt.wikipedia.org/wiki/Trato_digestivo https://pt.wikipedia.org/wiki/Secre%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Colecistoquinina https://pt.wikipedia.org/wiki/Emulsifica%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cidos 2 Composição da bile Circulação entero-hepática Colecistopatias → Os principais fatores de risco são: o Anemia hemolítica crônica. o Emagrecimento acentuado: aumenta a perda de colesterol na bile. o Gravidez. o Idade avançada. o Mulheres em idade fértil, principalmente por volta dos 40 anos. o Mulheres que tiveram múltiplas gestações. o Obesidade. o Pacientes submetidos a cirurgias gástricas o Sedentarismo. o Uso de contraceptivos orais. o Úlceras duodenais o Uso de dieta parenteral. A colestase consiste em uma diminuição ou interrupção do fluxo biliar. A bile é o líquido digestivo produzido pelo fígado. Na presença de colestase, o fluxo da bile é prejudicado em algum ponto entre as células do fígado (que produzem bile) e o duodeno (o primeiro segmento do intestino delgado). Quando o fluxo da bile é obstruído, o pigmento bilirrubina (um produto residual formado pela destruição dos glóbulos vermelhos velhos ou danificados) passa para a corrente sanguínea e se acumula. Aumento do nível de bilirrubina no sangue dá a pele a coloração amarelada. Icterícia. Síndrome colestática: resulta do deficiente fluxo de bile do ducto canalicular para o duodeno, cursando com alterações morfológicas, fisiológicas e clínicas. Colestase pode ser causada por doenças hepáticas (hepatite, cirrose, medicamentosa, câncer) e extra- hepáticas: cálculos condutos biliar, estenose, inflamação pâncreas, ou órgão vizinhos (compressão). Doença calculosa biliar 3 → Tipos de cálculos: Cálculos de colesterol respondem por > 85% dos cálculos biliares. Cálculos pigmentados pretos são pequenos, duros e compostos de bilirrubinato de cálcio e sais de cálcio inorgânicos (p. ex., carbonato de cálcio, fosfato de cálcio). Fatores que aceleram seu aparecimento são doença hepática alcoólica, hemólise crônica e idade avançada. Cálculos de pigmentos marrons são amolecidos e engordurados e são formados por bilirrubinato e ácidos graxos (palmitato ou estearato de cálcio). Formam-se durante processos infecciosos, inflamações e infestações parasitárias (p. ex., fascíola hepática na Ásia). Caso 1: Paciente relata dor abdominal localizada em HCD há 2 anos, de forte intensidade, de caráter estirante, recorrentes, irradiadas para todo abdômen, tórax e dorso, associadas à ingesta de massas e gorduras e acompanhadas de náuseas e vómitos, Refere melhora com uso de buscopan e nega fatores de piora. Nega febre, ictericia, colúria e acolia fecal. Apresenta cerca de 1-2 dejeções/dia, fezes de coloração e consistência normais. Ao exame fisico, sem alteracoes dolorosas em abdome. → Colelitíase Colelitíase Fisiopatologia: Quando o colesterol, os sais biliares ou os bilirrubinatos são produzidos em excesso pelo fígado, há precipitação formando pequenos grânulos. Estes grânulos iniciam a formação dos cálculos biliares. A formação destes cálculos está mais relacionada a fatores metabólicos, hereditários e orgânicos do que à ingestão alimentar, então a alimentação não interfere muito neste processo. Existem dois tipos de cálculos que podem ser encontrados na vesícula biliar, os de colesterol ou de sais biliares; podem ser únicas ou várias acumuladas, que vão desde pequenos grãos à grandes cálculos. Barro biliar é frequentemente o precursor de cálculos. Consiste basicamente em bilirrubinato de cálcio (um polímero da bilirrubina), colesterol em microcristais e mucina. O barro se desenvolve durante o “repouso ou estase” da vesícula biliar, ocorrendo na gestação ou com o uso de nutrição parenteral. → Quadro clínico: 80% são assintomaticos o Cólica biliar que sucede uma libação alimentar gordurosa o Duração <6h o Irradiação para escapula e ombro direito o NÃO FAZ ICTÉRICIA → Diagnóstico: o USG de abdome: Imagem hiperecogenica com sombra acústica posterior 4 → Tratamento: o Colecistectomia videolaparoscopia o Indicações: Sintomáticos Assintomáticos se: Vesícula em porcelana Calculo > 2,5 à 3 cm Anemia hemolítica Pólipo Vesícula dupla ou anomalia congênita Caso 2 Paciente do sexo feminino refere que há 5 meses vem apresentando dor abdominal em QS direito, tipo cólica, com irradiação para dorso e frequência de 1 vez por semana, inicialmente. Com o tempo a dor passou a ser continua e diária. Há 20 dias, foi feito US em UBS que diagnosticou cálculo em vesícula. Foi receitado escopalamina VO, mas a dor melhorou apenas inicialmente. Há 4 dias, passou a apresentar vômitos junto com o quadro de dor, associado a febre, sendo encaminhada para este serviço. Ao exame físico, dor importante em HD com descompressão positiva. → Colecistite aguda Colecistite aguda Inflamação da vesícula por calculo obstruindo-a persistentemente. A colecistite aguda começa subitamente, resultando em dor grave e constante no abdômen superior. Pelo menos 95% das pessoas com colecistite aguda apresentam cálculos biliares . A inflamação tem quase sempre início sem infecção, embora esta possa surgir depois. A inflamação pode fazer com que a vesícula biliar acumule líquido, havendo espessamento da parede. Raramente, ocorre uma forma aguda de colecistite sem cálculos biliares (colecistite alitiásica ). Geralmente pessoas doenças graves (sepses, queimaduras) autoimunes, pos cirurgicas, doenças imunologicas e doenças de vasos sanguineos). A colecistite crônica é uma inflamação da vesícula biliar de longa duração. Quase sempre isso é o resultado de cálculos biliares e de crises prévias de colecistite aguda . A colecistite crônica é caracterizada por crises repetidas de dor (cólica biliar) que ocorrem quando os cálculos biliares bloqueiam, temporariamente, o duto cístico. → Fisiopatologia de colecistite A fisiopatologia da colecistite consiste na obstrução do ducto cístico. No caso da colecistite calculosa essa obstrução decorre da presença de um cálculo no infundíbulo da vesícula biliar ou no ducto, levando assim a distensão do órgão e como consequência a sua contração, que se manifesta clinicamente como cólicas. https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-e-da-ves%C3%ADcula-biliar/dist%C3%BArbios-da-ves%C3%ADcula-biliar-e-dutos-biliares/c%C3%A1lculos-biliares https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-e-da-ves%C3%ADcula-biliar/dist%C3%BArbios-da-ves%C3%ADcula-biliar-e-dutos-biliares/colecistite https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-e-da-ves%C3%ADcula-biliar/dist%C3%BArbios-da-ves%C3%ADcula-biliar-e-dutos-biliares/colecistite 5 Devidoá isso, ocorrem alterações locais como edema e ulcerações. Além disso, a parede da vesícula biliar produz substâncias como a fosfolipase a, que age com a bile produzindo substâncias irritativas a mucosa, e prostaglandinas, que provoca o processo inflamatório. → Quadro clinico: o Dor abdominal > 6h o Febre o Sinal de murphy, kehr e boas o NÃO FAZ ICTERICIA → Laboratorio: o Leucocitose o Bilirrubinas normais → Diagnostico: o USG de abdome total: parede espessada (>3mm), calculo impactado, sinal de murphy ultrassonográfico o Cintilografia biliar (padrão ouro): ausência de contraste na vesícula biliar. → Tratamento: o Dieta zero, HV, analgesia o Antibioticoterapia (E. coli, Klebsiela, Enterococo...) o Colecistectomia laparoscopica precoce (até 72h) o CASOS GRAVES (sem condições cx): colecistostomia percutanea + ATB → Complicações: o EMPIEMA: febre e leucocitose o COLECISTITE ENFISEMATOSA: Mulher idosa Clostridium: ar no interior e na parede da vesícula o GANGRENA PERFURAÇÃO Fistula colecistoentérica: ÍLEO BILIAR Pneumobilia e aerobilia Tríade de RIGLER: calculo ectópico + pneumobilia + obstrução de delgado Caso 3 Paciente da entrada no PS devido a quadro de amarelão em olho de inicio há 1 mês, com melhora em alguns dias e piora em outros dias. Refere que no inicio procurou atendimento em UBS onde foi realizado US de abdome e 6 evidenciando cálculos em vesícula. Refere que não apresenta dor abdominal, mesmo após libação gordurosa, mas que na ultima semana o amarelão se intensificou resolvendo procurar atendimento medico. Ao exame físico, abdome sem alterações dolorosas. → Coledocolitíase Coledocolitíase → Fisiopatologia A maior parte dos cálculos do colédoco se forma inicialmente na vesícula biliar e migra pelo ducto cístico para o colédoco, sendo classificados como cálculos secundários. Estes cálculos, geralmente, são do tipo pigmento marrom e devem alertar o cirurgião para a probabilidade de recorrência dos cálculos. Já os cálculos primários, ou seja, formados no próprio ducto colédoco, associam-se à estase biliar e à infecção. As causas de estase biliar que leva ao desenvolvimento de cálculos primários incluem estenose biliar, estenose papilar, tumores ou até outros cálculos (secundários). → Tipos o Primaria (10%): formado no próprio colédoco o Secundaria (90%): migração do calculo da vesícula → Quadro clinico o Assintomático o Icterícia flutuante o Vesícula NÃO será palpável → Diagnóstico o USG de abdome total: dilatação do colédoco e via intra-hepatica o Confirma: CPRE colangioRNM USG endoscopico → Tratamento o CPRE: papilotomia o Exploração cirurgica o Derivação biliodigestiva: casos refratarios → Toda colelitíase, avaliar risco de coledocolitíase o USG + bilirrubinas + hepatograma Caso 4 M.P.S, 22 anos, feminino, parda, atendente de supermercado. Paciente deu entrada no Pronto Socorro com queixa de dor em andar superior do abdome (hipocondrio direito, epigástrio), em cólica, de intensidade 7/10 associada a náusea e três episódios de vômitos desencadeada, principalmente, após as refeições. Refere também febre não aferida durante a noite anterior. Paciente com diagnostico prévio de pedra na vesicula. Ao exame fisico, dor em abdome de forte intensidade e icterícia 3+ de 4+. → Colangite aguda Colangite 7 → Fisiopatologia O corpo humano possui mecanismos de defesa para evitar a entrada de bactérias no trato biliar. O esfíncter de Oddi atua como uma barreira mecânica efetiva, impedindo o refluxo duodenal e consequentemente a ascensão de bactérias para as vias biliares. Além disso, a ação da lavagem contínua da bile associada a atividade bacteriostática dos sais biliares ajuda a manter a esterilidade biliar, e a secreção de IgA e a mucosa biliar funcionam como antiaderentes, evitando a colonização bacteriana. As bactérias são capazes de entrar no trato biliar quando os mecanismos normais de barreira são interrompidos. A obstrução biliar, por exemplo, aumenta a pressão intrabiliar e leva ao aumento da permeabilidade dos dúctulos biliares, permitindo a translocação de bactérias e toxinas da circulação portal para o trato biliar. A pressão elevada também favorece a migração de bactérias da bile para a circulação sistêmica, aumentando o risco de septicemia. Obstrução do fluxo biles →ascensão de bacterias proveniente do duodeno →colonização da bacteria → colangite Aumento da pressão intraductal → aumento da permeabilidade dos ductos → translocalção das bact sistema porta. As bactérias mais comumente isoladas são de origem colônica, sendo a E. coli a principal bactéria gram- negativa isolada, seguida por Klebsiella e espécies de Enterobacter. As bactérias gram-positivas mais comuns são as espécies de Enterococcus. As causas mais frequentes de obstrução biliar em pacientes com colangite aguda são os cálculos biliares, representando até 70% dos casos, estenose biliar benigna (28%) e causas malignas (até 57%). A obstrução maligna pode ser decorrente da presença de tumor na vesícula biliar, ducto biliar, ampola, duodeno ou pâncreas. As estenoses biliares benignas podem ser congênitas, pós- infecciosas (por exemplo, colangiopatia por AIDS) ou inflamatórias (por exemplo, colangite esclerosante primária). Obstrução duradoura + infecção → Quadro clinico: o Não grave: TRIADE DE CHARCOT o Febre com calafrios + icterícia + dor abdominal o TTO: ATB e drenagem biliar eletiva o Grave: PÊNTADE DE REYNOLDS Febre com calafrios + icterícia + dor abdominal + hipotensao + RNC → TTO: ATB e drenagem biliar imediata Pâncreas
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