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SEMANA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 6ª, 2018, Balneário Camboriú. Anais... . Balneário Camboriú: Faculdade Avantis, 2019. v. 1 
 
1 
 
SEMANA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 6ª, 2018, Balneário Camboriú. Anais... . Balneário Camboriú: Faculdade Avantis, 2019. v. 1 
 
2 
 
SEMANA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 6ª, 2018, Balneário Camboriú. Anais... . Balneário Camboriú: Faculdade Avantis, 2019. v. 1 
 
3 
2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANAIS DA VI SEMANA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA 
FACULDADE AVANTIS 
EDIÇÃO 2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEMANA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 6ª, 2018, Balneário Camboriú. Anais... . Balneário Camboriú: Faculdade Avantis, 2019. v. 1 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ficha catalográfica elaborada na fonte 
Aline Medeiros d’Oliveira CRB 14 – 1063 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOTOGRAFANDO A PSICOLOGIA: RETRATOS DA CONSTRUÇÃO DE UM SUJEITO 
CIDADÃO 
 
Ana Paula Resende e Andrade 
Fabio Noda Hasegawa 
Juliana Ferreira 
Sidnei Maria do Nascimento Coelho 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Com o tema “Educação para a paz e a excelência educativa”, a Semana de Iniciação 
Científica da Faculdade Avantis, edição 2018, trouxe a oportunidade de discutir as práticas e o 
método de ensino utilizado no primeiro semestre da graduação em Psicologia da referida instituição, 
por meio dos trabalhos produzidos pelos acadêmicos, identificando e analisando as abordagens 
utilizadas pelos docentes nas disciplinas dessa etapa, visando alcançar o objetivo geral do curso. 
Compreendendo que o objetivo geral do curso é formar profissionais aptos para atuarem de 
forma crítica, social e eticamente responsáveis no exercício de sua profissão, torna-se importante 
que as discussões sobre esse tema sejam ressaltadas e trabalhadas pelos estudantes desde o início de 
sua vida acadêmica, não somente quando ingressa no ensino superior, mas também durante toda a 
sua formação. 
A metodologia empregada consiste em um relato de experiência de modo participante, 
classificada como uma pesquisa qualitativa e exploratória. A observação se concentrou em uma 
atividade realizada durante as aulas da disciplina de ‘Filosofia, Ética, Cidadania e Direitos 
Humanos’, denominada de ‘autofotografia’, que proporcionou aos discentes uma interação entre 
teoria e prática por meio da linguagem fotográfica. 
Entendida como o processo de ensino aprendizagem, a educação, em todos os níveis, é uma 
ferramenta significativa na construção da cidadania que possibilita nesse processo educacional ser 
abordada por uma gama diversificada de linguagens. 
Não somente professores, mas todos os profissionais, cidadãos atuantes na sociedade, 
possuem o direito e o dever, no cotidiano de seu ofício, de exercer e incentivar a prática cidadã. A 
exemplo, temos o fotógrafo mineiro Sebastião Salgado, que por meio de suas fotografias transmite 
uma reflexão de realidades conhecidas, mas ignoradas, de modo que haja uma visibilidade maior de 
tais situações, promovendo a sensibilização social e política, auxiliando a discussão, o debate e a 
efetivação social do tema em questão. 
A Psicologia, inserida nesse mundo cada vez mais rodeado de imagens de todos os tipos, há 
algum tempo vem discutindo o uso da fotografia em suas práticas, não somente como uma simples 
plataforma de exposição, um documento, mas como produto do ser com o mundo, carregado de 
representações e significados. Nesta perspectiva, pensamentos, percepções e sensações, assim como 
Centro Universitário Avantis - UNIAVAN 
C397a Anais da IV Semana de Iniciação Científica [recurso eletrônico] / 
Centro Universitário Avantis – UniAvan. Balneário Camboriú: 
Editora Faculdade Avantis, 2019 - 
 
 
 
 Disponível em: http://www.avantis.edu.br/ebook-sic-2018 
 ISSNe: : ______________________ 
 
 
 
1. Anais – Eventos. 2. Iniciação Científica. 3. Educação para a 
Paz. I. Título 
 
CDD 21ª ed. 
001.4 – Investigação – métodos estadísticos 
SEMANA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 6ª, 2018, Balneário Camboriú. Anais... . Balneário Camboriú: Faculdade Avantis, 2019. v. 1 
 
5 
FACULDADE AVANTIS 
NÚCLEO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - NIC 
VI SEMANA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – 2018 
Publicação Anual – Editora Faculdade Avantis 
 
EXPEDIENTE 
COMISSÃO ORGANIZADORA 
André Gobbo 
Isabel Regina Depiné Poffo 
Sabrina Weiss 
Xana Raquel Ortolan 
 
 
COMISSÃO CIENTÍFICA 
Angélica Cavalett 
Cláudia Mara Petri 
Cristina Kuroski 
Darlene Pena 
Eduardo Jorge Aranha 
Gabriela Piske 
Letícia Januário 
Mara Regina Zluhan 
Mônica Duarte 
Muriel de Pauli 
Oliveira Machado Fernandes Júnior 
Pamella Hornburg 
Sigmundo Preissler Júnior 
 
 
 
 
 
 
 
Avenida Marginal Leste, 3.600, Bairro dos Estados 
Balneário Camboriú (SC) – CEP: 88.339-125 
Fone: (47) 3363-0631 
www.avantis.edu.br 
SEMANA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 6ª, 2018, Balneário Camboriú. Anais... . Balneário Camboriú: Faculdade Avantis, 2019. v. 1 
 
6 
 
SEMANA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 6ª, 2018, Balneário Camboriú. Anais... . Balneário Camboriú: Faculdade Avantis, 2019. v. 1 
 
7 
APRESENTAÇÃO 
 
 
Queridos colegas professores e alunos. 
 
 
Chegamos ao término de mais uma Semana de Iniciação Científica, a sexta de nossa 
história de 15 anos de trabalhos voltados para Balneário Camboriú e região. Nesse ano 
contamos com mais de 50 trabalhos inscritos e 36 acabaram sendo selecionados para serem 
apresentados à nossa comunidade acadêmica, sendo que todos eles versaram sobre a temática 
escolhida para esse ano de 2018, a saber: Educação para a Paz e Excelência Educativa! 
Desse modo, como Diretora Geral da Faculdade Avantis, mas também como 
professora, acredito que atingimos todos nossos objetivos para que, enquanto instituição de 
ensino, pudéssemos propiciar reflexões, estudos e debates sobre essa temática tão importante 
que é a paz no ambiente escolar. 
Só me resta a agradecer a cada professor e a cada aluno que se empenharam em seus 
estudos sobre essa temática, que desenvolveram projetos, compartilharam suas ideias conosco 
e, certamente, foram capazes de se transformar a si próprios e aos outros que estão ao seu redor, 
acendo a fagulha da esperança de um mundo e de uma escola com a paz que tanto esperamos. 
Porém, entendo que a construção de uma sociedade mais justa, humana e 
fundamentada em princípios éticos não se faz com um único evento e em uma única semana. 
Esse deve ser nosso ideal diário. De todos os dias. Em todas as nossas ações, afinal, somos 
partes fundamentais para essa mudança. Nesse sentido é que, hoje, ao encerrarmos o Ano da 
Educação para a Paz e à Excelência Educativa, lançamos, orgulhosamente, o tema que haverá 
de nortear nossas ações durante todo o ano de 2019: A FELICIDADE FAZ PARTE DO 
NOSSO CURRÍCULO. 
Elegemos esse tema pois somos sabedores que a educação, sobretudo a superior, tem 
um papel importantíssimo para que possamos alcançar a justiça social e, enquanto cidadãos de 
bem, combatermos todas as formas de corrupção. Para isso, 2019 será o tempo em que a 
Faculdade Avantis refletirá sobre essas problemáticas que afligem a humanidade de maneira 
geral e, consequentemente, dissemina o rancor, o ódio, a opressão e a guerra. 
Enquanto Diretora, convido a todos para se envolverem desde já nessa temática de 
modo que a consolidação de um novo tempo e de um novo mundo comece a partir do agora, 
fruto de um agir mais consciente, justo e honesto de cada um de nós. 
Por fim, faço votos de que as ideias que aqui foram levantadas durante toda essa 
semana ecoem mundo afora, iluminando mentes e transformando atitudes em prol de homens, 
mulheres e, consequentemente, um mundo melhor! Muito obrigada! 
 
 
 
Dra. h. c. Isabel Regina Depiné Poffo 
Diretora Geral 
 
 
SEMANA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 6ª, 2018, Balneário Camboriú. Anais... . Balneário Camboriú:Faculdade Avantis, 2019. v. 1 
 
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SEMANA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 6ª, 2018, Balneário Camboriú. Anais... . Balneário Camboriú: Faculdade Avantis, 2019. v. 1 
 
9 
SUMÁRIO 
 
 
SCHOOLING GAME: UM JOGO EDUCATIVO ............................................................. 13 
Bruna Kenes Colla; Débora Cristine Baumgarten; Grazielle Vasconcelos e Jhonathan 
Victor Teixeira 
 
O USO DA CONSTRUÇÃO COM TERRA COM FINALIDADE EDUCATIVA: A 
EXPERIÊNCIA DO PROJETO NOVA OIKOS ................................................................ 17 
Davide Chareun; Jaques Dias; Maria Balbina de Magalhães Gappmayer e Mildred Gustack 
Delambre 
 
O ELEVADOR AINDA TEM DONO? A PARTICIPAÇÃO DE DOCENTES NEGROS 
NO ENSINO SUPERIOR ...................................................................................................... 21 
Rafael Ribas Augusto 
 
O QUE É O ESTADO ISLÂMICO? SERÁ QUE PAZ É UM DOS OBJETIVOS DA 
ORGANIZAÇÃO? ................................................................................................................. 25 
Alessandra Menezes da Luz Machado; Fernanda Natalia Colla de Souza e Felipe de Bortolli 
 
ANÁLISE DAS AÇÕES SOCIAIS DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR 
KROTON ................................................................................................................................ 31 
Camila Gadonski de Freitas; Dante Guilherme Santos Panzeri da Cruz; Felipe Carlos 
Vargas e Tânia Cristina Chiarello 
 
PEQUENAS AÇÕES EDUCATIVAS EM PROL DE SEUS COLABORADORES ....... 35 
Douglas Soares; Jonas Patrick Pereira e Tânia Cristina Chiarello 
 
RELATO HISTÓRICO E ANÁLISE DAS AÇÕES SOCIAIS DA PETROBRAS S/A .. 39 
Héliton Herodes de Paulo; Jackson Saut; Márcio Costa e Tânia Cristina Chiarello 
 
UMA ANÁLISE DO BALANÇO SOCIAL DAS EMPRESAS AZUL E GOL ................ 43 
Tânia Cristina Chiarello; Luana Carolina Bitencourt da Silva e Maiara da Silva 
 
ANÁLISE DOS INDICADORES SOCIAIS DO BANCO BRADESCO S/A ................... 47 
Jéssica Marina Zanon; Maria Carolina Michels Franco e Tânia Cristina Chiarello 
 
REVOLUÇÃO AGENDA 2030: CONTRIBUINDO PARA O DESENVOLVIMENTO 
ORGANIZACIONAL ............................................................................................................ 51 
Jéssica Aparecida Oliveira Silva; Katyuscia Lemos Bittencourt e Tânia Cristina Chiarello 
 
SEMANA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 6ª, 2018, Balneário Camboriú. Anais... . Balneário Camboriú: Faculdade Avantis, 2019. v. 1 
 
10 
NATURA&CO: ANÁLISE DO BALANÇO SOCIAL ....................................................... 55 
Brian Ribeiro da Silva; Geórgia Dalcégio Varela e Tânia Cristina Chiarello 
 
PARA QUE HAJA PAZ É NECESSÁRIO IGUALDADE DE OPORTUNIDADES NO 
ACESSO À EDUCAÇÃO SUPERIOR ................................................................................ 59 
Alan Alexandre; Diane Mendes; Elizanda Martins e Márcia Cecília Vassoler 
 
O PAPEL DO OPERADOR DO DIREITO NA CONSCIENTIZAÇÃO E FORMAÇÃO 
DE UMA SOCIEDADE IGUALITÁRIA E LIVRE DE PRECONCEITOS ................... 63 
Aline das Chagas; Jessica de Goes Julio; Luisa Adada e Márcia Cecília Vassoler 
 
O RACISMO E A EDUCAÇÃO PARA A PAZ.................................................................. 67 
Ana Paula Lemonie; Júlia Nassar; Márcia Cecília Vassoler e Müller Pontes Campos 
 
SUICÍDIO UNIVERSITÁRIO: A REEDUCAÇÃO MENTAL PARA A PAZ ............... 71 
Daniel Henrique Huttel; Tailine Lisboa e Wanessa Graminho de Carvalho 
 
O ESPORTE COMO FATOR DE INCLUSÃO SOCIAL: A IMPORTÂNCIA DOS 
PROJETOS SOCIAIS ESPORTIVOS ................................................................................ 75 
Adan Alves Ribeiro; Ana Paula Maurilia dos Santos; Ellacyane Cardoso Soares e Luiz 
Felippe Soares 
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E O ESPORTE NO PROCESSO DE INCLUSÃO 
DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA .................................................................................... 79 
Ana Paula Maurilia dos Santos; Ellacyane Cardoso Soares; Juliano César da Costa e Luiz 
Felippe Rocha 
 
EDUCAÇÃO PARA A PAZ E EXCELÊNCIA EDUCATIVA: BULLYING NAS 
ESCOLAS ............................................................................................................................... 91 
Bianca Jaqueline Rocha; Jaqueline Silva e Juliano de Amorim Busana 
 
ACESSIBILIDADE EM INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR: ELEMENTO PARA 
A MANUTENÇÃO DA PAZ ................................................................................................ 95 
Alessandra Menezes da Luz Machado; Claudio Mengarda Filho; Daniel Curzel 
Dallagasperina e Matheus Bosa Tostanowski 
 
A IMPORTÂNCIA DA CULTURA DA PAZ E ESPIRITUALIDADE NAS POLÍTICAS 
PÚBLICAS PARA VALORIZAÇÃO DA VIDA .............................................................. 101 
Altair Argentino Pereira; Kathleen Goedert e Bruno Geiss Kober 
 
A BUSCA PELA PAZ ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO....................................................... 105 
Cesar Augusto Abrahão; Pablo Matheus França Ramos e Hemínio Javier Ibarra Jara 
SEMANA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 6ª, 2018, Balneário Camboriú. Anais... . Balneário Camboriú: Faculdade Avantis, 2019. v. 1 
 
11 
 
IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NAS ESCOLAS ......................... 107 
Luiene da Silva Veloso e Larissa Giovanna Miranda 
 
PERFIL NUTRICIONAL DOS PACIENTES ATENDIDOS PELO PROGRAMA 
FISIOCOR ............................................................................................................................ 111 
Isadora Letícia Ritter; Juliana Pereira Vansin; Marcel Petreanu e Marco Aurélio Salomão 
Fortes 
 
EDUCAÇÃO COMO AGENTE TRANSFORMADOR NA ABORDAGEM DO 
PROBLEMA HÍDRICO NO ÂMBITO NACIONAL ....................................................... 115 
Gabriel Henrique Forlin Padilha; Juliano Forlin; Marcel Petreanu e Marco Filipe Costa 
Souza 
 
PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DE SAÚDE BUCAL EM ESCOLAS PÚBLICAS: 
GERANDO PAZ E BEM-ESTAR AS CRIANÇAS. ......................................................... 119 
Bruna Sartorel; Camila Nitz Moi e Horace Houw 
 
PAPEL DO DOCENTE NA MOTIVAÇÃO E FORMAÇÃO DO PENSAMENTO 
CRÍTICO DO ACADÊMICO DE ODONTOLOGIA. ..................................................... 123 
Daisy Cristina dos Santos Lamim; Demilson Rodrigues de Oliveira; Horace Houw e Lucas 
Luiz Krochinski 
 
APLICAÇÃO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA EM PESSOAS COM NECESSIDADES 
ESPECIAIS ........................................................................................................................... 127 
Bernadètte Beber; Bruna Bechtold e Quênia Alves de Andrade 
 
A EDUCAÇÃO PARA A PREVENÇÃO DO CÂNCER BUCAL NOS IDOSOS DE 
BALNEÁRIO CAMBORIÚ ................................................................................................ 131 
Horace Houw e Vitória Gabriela Costa 
 
A EDUCAÇÃO SENSÍVEL E A ARTE: UM NOVO OLHAR PARA O SER HUMANO
 ................................................................................................................................................ 133 
Sabryna Pereira de Souza e Shirlei de Souza Corrêa 
 
EDUCAÇÃO PARA PAZ E EXCELÊNCIA NO ÂMBITO ESCOLAR: 
CONTEXTUALIZAÇÃO E APLICAÇÃO PRÁTICA NA MODERNIDADE ............. 137 
Deise Pereira Costa 
 
EDUCAÇÃO PARA A PAZ NAS ESCOLAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA: POR QUÊ?
 ................................................................................................................................................ 141 
Fernanda de Fátima Costa de Almeida; Jetiani Notari e Juliane Dorneles 
 
SEMANA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 6ª, 2018, Balneário Camboriú. Anais... . Balneário Camboriú: Faculdade Avantis, 2019. v. 1 
 
12 
A ARTETERAPIA E A EDUCAÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA................. 147 
Maria Balbina de Magalhães Gappmayer e Valdimir Aparecido Rezende Pereira 
 
DECORRÊNCIAS PSICOLÓGICAS EM PROFESSORES NO SISTEMA DE 
PRIVAÇÃO DE LIBERDADE ...........................................................................................151 
André Luiz Thieme e Elisângela Neves 
 
CONTRIBUIÇÃO DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO NA CONSTRUÇÃO DA 
CULTURA DE PAZ NAS ESCOLAS: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO ....................... 157 
Débora Araújo; Douglas Assayag e Eliz Marine Wiggers 
 
PSICOLOGIA ESCOLAR: UMA FERRAMENTA PARA EDIFICAÇÃO DA 
CULTURA DE PAZ NO CAMPO DA EDUCAÇÃO ...................................................... 161 
Cláudia Maria Petri; Daniela Otávio Rodrigues; Juliana Colione e Ludimila Lays 
Cavalcante 
 
FOTOGRAFANDO A PSICOLOGIA: RETRATOS DA CONSTRUÇÃO DE UM 
SUJEITO CIDADÃO .......................................................................................................... 165 
Ana Paula Resende e Andrade; Fabio Noda Hasegawa; Juliana Ferreira e Sidnei Maria do 
Nascimento Coelho 
 
 
 
SEMANA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 6ª, 2018, Balneário Camboriú. Anais... . Balneário Camboriú: Faculdade Avantis, 2019. v. 1 
 
13 
 
1º COLOCADO - CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA 
 
 
 
SCHOOLING GAME: UM JOGO EDUCATIVO 
 
Bruna Kenes Colla 
Débora Cristine Baumgarten 
Grazielle Vasconcelos 
Jhonathan Victor Teixeira 
 
INTRODUÇÃO 
 
É na escola onde as crianças e os 
adolescentes passam a maior parte do seu tempo, 
vivem experiências, formam sua personalidade, 
caráter e identidade. Ou seja, é onde o indivíduo 
cria seu senso crítico de “o que é certo e o que é 
errado”, além de como irá agir diante de certas 
situações no seu dia a dia. Por conta desses fatos é 
necessária uma maior atenção no cenário 
educativo, com o foco na comunicação e nos 
conflitos diários nas escolas (PSICOLOGIA..., 
2014). 
 Dessa forma, o objetivo do “projeto” é 
fomentar um debate entre jovens acerca do tema 
educação para a paz e excelência educativa, de 
uma forma dinâmica por meio da criação de um 
jogo de tabuleiro lúdico-pedagógico. 
O referencial metódico para a criação 
desse jogo educativo baseia-se no estudo de 
Violetas: cinema & ação no enfrentamento da 
violência contra a mulher (criado em parceria 
com professores das escolas de Enfermagem da 
Universidade de São Paulo (EE/USP) e da 
Universidade de Brasília (UnB), o qual mistura 
linguagem lúdica com referências 
cinematográficas, onde os jogadores se tornam 
parceiros na luta contra um único inimigo: a 
violência contra a mulher (RADIS, 2016). 
O método foi dividido em três etapas: (1) 
pensar em como associar o tema ao jogo; (2) 
pensar no funcionamento e orientações de como 
jogá-lo; (3) fazer o design do tabuleiro. 
Na etapa de associação do jogo com o 
tema, primeiro foi analisado qual seria o público-
alvo, que no caso serão alunos do Ensino Médio. 
Esta escolha foi feita pelo fato de os jovens já 
terem consciência da esfera “política” brasileira e 
do senso moral. Logo após essa decisão foi 
analisado de que forma o assunto Educação para a 
Paz e Excelência Educativa seria abordado no 
jogo. A ideia é que seja um jogo dinâmico, 
imaginativo e reflexivo, fazendo com que os 
jogadores usem seu senso moral para a criação de 
um debate a respeito do tema. 
 A segunda etapa foi de funcionamento e 
orientações de como jogá-lo. Para essa fase 
inicialmente foram elaboradas perguntas, dentre 
elas argumentativas e de múltipla escolha. Como 
um dos objetivos do jogo é a troca de 
argumentações entre os jogadores, foram 
elaboradas também algumas afirmações que 
SEMANA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 6ª, 2018, Balneário Camboriú. Anais... . Balneário Camboriú: Faculdade Avantis, 2019. v. 1 
 
14 
pedem a opinião do aluno. O jogo em si (físico) 
será composto por um tabuleiro, duas roletas, e 
aproximadamente 50 cartas. Ele poderá ser jogado 
por até quatro participantes e o objetivo é chegar a 
40 pontos ou ser o último jogador. A cada rodada 
o grupo será dividido em dois jogadores ativos, 
um juiz e o quarto sobrará. O “jogador 1” é o 
jogador da rodada e o “jogador 2” será escolhido 
girando a roleta, assim como o juiz. Por esse 
motivo são duas roletas, uma para escolher o 
“jogador 2” e a outra para o juiz. Cada carta deverá 
conter a pergunta ou afirmação e a regra ou 
resposta adequada. O papel do juiz na partida será 
escolher qual jogador melhor o convenceu, e 
justificar o motivo. 
O tabuleiro foi desenhado no 
CorelDRAW e será projetado na máquina de corte 
a laser e na impressora 3D da Faculdade Avantis. 
O material usado será o MDF no corte do 
tabuleiro, e o polímero na impressão de peças. 
 
 
Figura 01: Imagem ilustrativa do jogo Schooling game desenhado no CorelDRAW. 
Fonte: Autores do projeto, 2019. 
 
2 DISCUSSÕES 
 
Educação para a paz é história iniciada há 
muitos anos, com a primeira Guerra Mundial é que 
surgiram os primeiros pensamentos. Mas foi logo 
após a Segunda Guerra Mundial que a Fundação 
UNESCO (Organização das Nações Unidas para a 
Educação, Ciência e Cultura) introduziu diversas 
iniciativas que refletiam sobre a possibilidade de a 
educação contribuir para a paz. Na década de 1980 
surgiram diversas associações, fundações e 
centros de pesquisa, com a difusão de práticas no 
âmbito formal e informal da educação. Daí por 
diante a educação para a paz passou a ser 
reconhecida e recomendada pela ONU 
(Organização das Nações Unidas) e UNESCO 
(Organização das Nações Unidas para a Educação, 
Ciência e Cultura) com a conclusão de que não 
haverá paz sem educação, onde os professores 
devem ser capacitados para auxiliarem e 
SEMANA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 6ª, 2018, Balneário Camboriú. Anais... . Balneário Camboriú: Faculdade Avantis, 2019. v. 1 
 
15 
incentivarem a prática no setor escolar 
(EDUCAÇÃO, 2006). 
Durante a pesquisa sobre o tema foi 
possível presumir que infelizmente ainda vivemos 
uma “Guerra” constante em nosso dia a dia, 
principalmente o jovem, que está muito mais 
vulnerável a sofrer agressões diárias, seja na 
escola, na rua, no shopping, ainda são reféns da 
violência. Com a finalidade de diminuir essa 
“afinidade”, diversas organizações podendo citar 
a UNESCO e o Governo Federal, iniciaram a 
criação de projetos como o “Programa Abrindo 
Espaços: Educação e Cultura para a Paz”. 
Segundo Diskin e Roizman (2002), este Programa 
foi criado pela UNESCO com o intuito de mudar 
a visão do ambiente escolar, resgatando o interesse 
por ela, transformando-a em um ambiente onde os 
alunos queiram estar. Para isso a Organização 
resolveu colocar como prioridade a abertura das 
escolas aos finais de semana, com o intuito de 
ocupar os jovens além de incentivar a prática de 
esportes e atividades culturais. 
 
No Rio de Janeiro, a UNESCO está 
desenvolvendo, em parceria com o 
Governo do Estado, o programa “Escolas 
de Paz”, cujo principal objetivo é dar 
oportunidades de acesso aos jovens, ao 
mesmo tempo que educa para valores, 
para a paz e para a construção da 
cidadania (DISKIN; ROIZMAN, 2002, 
p. 7). 
 
A criação de novos projetos e ONGs faz-
se necessária para que os jovens tenham a 
oportunidade do poder de escolha quanto a como 
aproveitará o seu tempo e como será o seu futuro. 
Lamentavelmente, no momento presente, essa 
decisão já é tomada a partir do momento em que 
só é lhe dado uma opção: a criminalidade 
(CASTRO et al, 2001). 
 
A carência de atividades é explorada pelo 
tráfico que, em muitos lugares, marca 
presença, ocupando um espaço deixado 
em aberto pelo poder público e pela 
comunidade, constituindo-se em 
referência para os jovens (CASTRO et 
al, 2001, p. 61). “ 
 
Neste sentido, percebe-se a escola como 
lugar institucional para o crescimento e 
conhecimento do ser humano, na produção e 
disseminação do saber, sem secundarizar outros 
espaços importantíssimo como a família, o 
movimento social etc. (GESTÃO ..., 2009). 
Desta maneira os jogos pedagógicos são 
utilizados como apoio, reforçando conteúdos, 
desenvolvendo um caminho correto para o aluno, 
aumentando a construção do conhecimento, 
estimulando a concentração, motivação, o desejode vencer, causando também uma aproximação 
entre professor e aluno (RENOTE ..., 2004). 
Diante disto, o ‘Jogo Violetas: cinema & 
ação no enfrentamento da violência contra a 
mulher’, serviu como pilar para o amadurecimento 
da ideia da criação do jogo onde o aluno por meio 
da parte lúdica aprende se divertindo. No 
‘Violetas’ cada jogador assume um papel de 
impedir que a violência contra a mulher se alastre 
pelo tabuleiro ou por uma cidade. Os jogadores 
respondem perguntas relacionadas com temas de 
cenas de filmes que abordam violência doméstica, 
gravidez na adolescência, entre outros; e cada 
personagem pode ser um educador, operador do 
direito, integrante de políticas públicas, 
profissional da saúde ou cidadão, e assim realizam 
comandos por meio das cartas que retiram. O 
objetivo do jogo é promover uma reflexão em 
torno do assunto sobre violência contra a mulher 
(RADIS..., 2016). 
Por meio das pesquisas o jogo ‘Schooling 
Game’ foi criado para gerar reflexão, para pensar 
no outro e fomentar um debate entre jovens acerca 
do tema educação para a paz e violência, de uma 
forma dinâmica lúdico-pedagógico. 
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O ambiente escolar é um espaço 
importantíssimo e seguro de aprendizagem, onde 
os educandos precisam se sentir livres para 
dialogar, possibilitando conviver com suas 
SEMANA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 6ª, 2018, Balneário Camboriú. Anais... . Balneário Camboriú: Faculdade Avantis, 2019. v. 1 
 
16 
individualidades e diferenças. Acreditamos que de 
forma lúdico-pedagógica o aluno se sentirá livre, 
podendo formar um senso crítico por meio das 
perguntas argumentativas do jogo proposto, além 
de aprender com o outro, ouvindo e discutindo 
sobre o assunto, colaborando no desenvolvimento 
de seus valores, como a paz, a liberdade e a 
solidariedade. 
Os assuntos tratados no jogo serão 
basicamente um caminho para a paz, fazendo com 
que os jovens vejam e analisem as próprias 
atitudes, e também enxerguem outra maneira de 
resolver os problemas. ‘Schooling Game’ poderá 
ser usado não só como um jogo educativo, mas 
também como um aliado ao combate da violência 
nas escolas. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
CASTRO, Mary Garcia et al. Cultivando vida desarmando violências: Experiências em 
educação, cultura, lazer, esporte e cidadania com jovens em situação de pobreza. Brasília: 
UNESCO, 2001. 567 p. Disponível em: 
<http://unesdoc.unesco.org/images/0012/001271/127136porb.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2018. 
 
DISKIN, Lia; ROIZMAN, Laura Gorresio. Paz, como se faz? Semeando cultura de paz nas 
escolas. Rio de Janeiro: Unesco, 2002. 95 p. Disponível em: 
<http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001308/130851por.pdf>. Acesso em: 08 ago. 2018. 
 
EDUCAÇÃO. A educação para a paz como exercício da ação comunicativa: alternativas 
para a sociedade e para a educação. Porto Alegre: Redalyc.org, v. XXIX, n. 2, 2006. 
Trimestral. Disponível em: 
<http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/viewFile/447/343>. Acesso em: 
14 ago. 2018. 
 
GESTÃO INSTITUCIONAL E QUALIDADE SOCIAL DA EDUCAÇÃO. A qualidade da 
educação: perspectivas e desafios. Campinas: CEDES, v. 29, n. 78, 2009. Trimestral. 
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v29n78/v29n78a04>. Acesso em: 15 ago. 
2018 
 
PSICOLOGIA EM ESTUDO. Desenvolvimento na personalidade da criança: o papel da 
educação infantil. Maringá: Universidade Estadual de Maringá, Paraná, Brasil, v. 19, n. 4, 
2014. Trimestral. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pe/v19n4/1413-7372-pe-19-04-
00587.pdf>. Acesso em: 17 ago. 2018. 
 
RADIS: COMUNICAÇÃO E SAÚDE. Um jogo não voraz. Rio de Janeiro: ENSP, n. 164, 
maio 2016. Mensal. Disponível em: 
<http://www6.ensp.fiocruz.br/radis/sites/default/files/radis_164_web_0.pdf>. Acesso em: 10 
ago. 2018. 
 
RENOTE NOVAS TECNOLOGIAS NA INFORMAÇÃO. Jogos educacionais. Porto 
Alegre: Cinted/ufrgs, mar. 2004. Mensal. Disponível em: 
<http://seer.ufrgs.br/renote/issue/view/930>. Acesso em: 10 ago. 2018. 
 
 
 
SEMANA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 6ª, 2018, Balneário Camboriú. Anais... . Balneário Camboriú: Faculdade Avantis, 2019. v. 1 
 
17 
2º COLOCADO – CURSO DE PSICOLOGIA. 
 
 
 
O USO DA CONSTRUÇÃO COM TERRA COM FINALIDADE 
EDUCATIVA: A EXPERIÊNCIA DO PROJETO NOVA OIKOS 
 
Davide Chareun 
Jaques Dias 
Maria Balbina de Magalhães Gappmayer 
Mildred Gustack Delambre 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A arquitetura e construção com terra 
(ACT) é um método que vem adquirindo sempre 
mais adeptos e sendo difundida em diferentes 
contextos. Santos (2015) relaciona esse fenômeno 
à difusão de tecnologias e a ocorrência de cursos 
de capacitações, na área da construção natural. No 
Estado de Santa Catarina as capacitações vêm 
sendo promovidas, tanto por profissionais da área 
quanto por organizações vinculadas à 
permacultura. O formato das atividades varia entre 
cursos, oficinas e experiências em obra. 
A partir desse panorama promissor, faz-se 
necessário analisar qual o papel destes 
conhecimentos teóricos e práticos, em relação ao 
processo de desenvolvimento e aprendizagem dos 
participantes dos cursos. Foram escolhidas para 
estudo as experiências das atividades práticas 
realizadas no espaço permacultural Nova Oikos, 
localizado em Camboriú, Santa Catarina. 
A Nova Oikos é um espaço concebido 
para promoção e experimentação de técnicas e 
alternativas ecológicas que refletem os princípios 
éticos da Permacultura, a saber: “o cuidado com a 
Terra, o cuidado com as pessoas e o limite do 
consumo e da reprodução e a redistribuição dos 
excedentes” (HOLMGREN, 2013, p. 51). 
Nas atividades são propostas rotinas com 
objetivo de despertar sentimentos e valores como 
a responsabilidade, coletividade, respeito e 
comprometimento. Este aspecto, pilar que 
sustenta o projeto, reflete os princípios 
permaculturais, pois a finalidade educativa 
desejada foca na fortificação do indivíduo, na sua 
pluridimensionalidade: biológica, psicológica e 
social. 
O presente trabalho é um estudo 
descritivo, do tipo relato de experiência, e tem 
como objetivo principal disponibilizar 
informações e dados para se compreender o 
processo de aprendizagem das práticas de 
construção natural e a relação com o 
desenvolvimento humano do participante, 
identificando quais são os elementos e as 
dinâmicas educativas que os favorecem. Esta 
investigação se utiliza da psicologia sócio-
histórica de Vygotski e os conceitos sobre 
educação propostos por Dewey, para demonstrar o 
resultado das experiências, a relação entre homem 
e ambiente e a aprendizagem do fazer. 
SEMANA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 6ª, 2018, Balneário Camboriú. Anais... . Balneário Camboriú: Faculdade Avantis, 2019. v. 1 
 
18 
 
2 DISCUSSÕES 
 
O processo educativo dos cursos 
organizados e realizados pela Nova Oikos, baseia-
se na concepção de uma aprendizagem do fazer. 
De acordo com Dewey (1978), a educação é o 
resultado entre a interação e a experiência com o 
meio no qual o indivíduo está inserido, onde há um 
processo de reconstrução e reorganização das 
experiências adquiridas, as quais influenciam 
experiências futuras. Com isto, é extremamente 
importante que o processo de aprendizagem seja 
espontâneo e criativo, pois o sujeito na interação 
com o ambiente é produtor e ao mesmo tempo 
produto desta relação dialética (DUARTE, 2001). 
Já para Vygotsky (1991) a aprendizagem 
de novos conceitos só é possível mediante contato 
concreto e real, ou seja, experiência própria. Para 
tanto é necessário que o indivíduo possa se colocar 
na ação e experimentar no corpo a relação entre 
concreto e abstrato. A partir deste quadro 
introdutório, segue a descrição das atividades 
desenvolvidas nos dois cursos promovidos pela 
Nova Oikos. 
O curso de construções ecológicas foi 
realizado nos dias 17 a 19 de março de 2017. Os 
tópicos abordados foram: alicerces e estrutura, 
patologiasda construção com terra, técnicas de 
bioconstrução e arquitetura vernacular (adobe, 
terra ensacada, super e hiperadobe), taipa de mão 
e de pilão, tipos de argamassas e seus 
componentes e noções de bioclimática. 
As atividades práticas foram a produção 
de tijolos de adobe, a execução de alguns metros 
corridos de terra ensacada, a produção de 
argamassas em terra, solocimento, cimento e cal, 
além de um exercício prático de planejamento e 
gestão de obra. Na sequência, em exercício 
projetual e de gestão de obra, os dados registrados 
foram utilizados para que calculassem 
quantidades de material, tempo e custo de um 
projeto que os próprios participantes idealizaram. 
A outra experiência, foi o primeiro 
módulo da Formação Certificada em 
Bioconstrução, realizado de 28 de abril a 1 de 
maio de 2018, contabilizando 35 horas-aula, nas 
quais foram intercaladas exposições teóricas e 
atividades práticas. O conteúdo abrangeu as 
propriedades e usos de materiais naturais e 
industrializados; o uso do bambu e da madeira na 
construção civil; histórico e técnicas tradicionais 
da arquitetura vernacular. As atividades práticas 
envolveram o reconhecimento de solos conforme 
a cartilha de Seleção de Solos (NEVES et al., 
2010); o preenchimento de paredes de taipa de 
mão; manejo de bambuzal; revestimento de 
paredes de taipa com argamassas finas e argilas 
coloridas, demonstração das técnicas com madeira 
e taipa de pilão em formas improvisadas. Aulas 
teóricas foram realizadas de forma participativa 
com utilização de bibliografia de referência. Tanto 
na primeira como na segunda formação as 
atividades práticas foram iniciadas de forma 
didática, com explicação passo a passo das tarefas, 
apresentação dos materiais e dicas sobre o uso das 
ferramentas e manipulação dos materiais, além de 
tempo de observação e informações adicionais 
àquelas fornecidas na exposição teórica. 
Uma vez entrosados com as ferramentas, 
materiais e parceiros de atividade, os participantes 
apresentavam tendência a reorganizarem a forma 
de execução das tarefas tendo em vista as 
dificuldades encontradas ou ferramentas 
disponibilizadas. Durante as práticas, os 
instrutores fizeram sempre intervenções pontuais 
e observaram os grupos. Ao encontrarem desafios, 
em geral, foi entre os próprios participantes que os 
questionamentos e respostas foram encontrados. 
De fato, os instrutores nestas formações são, 
geralmente, denominados “facilitadores”, pois o 
papel principal é facilitar o aprendizado. Este 
ponto diz respeito a um dos pilares do processo, 
denominado aprendizagem mediada. Conforme 
coloca Vygotsky (1991) o educador ocupa um 
lugar essencial no processo de mediação de 
conhecimento, pois ele auxilia o sujeito no seu 
movimento de internalização da informação. 
Nas duas formações constata-se um 
padrão de perfil dos participantes, em sua maioria 
estudantes universitários ou recém-formados, 
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19 
principalmente, do curso de Arquitetura e 
Urbanismo; os outros exercem atividades 
diversas. O fato de a maior parte dos participantes 
nunca ter presenciado ou acompanhado uma obra 
de construção civil, por vezes, pode fazer com que 
apresentem uma visão idealizada do processo 
construtivo. Ressalta-se que os processos 
construtivos propostos nos cursos são sempre 
artesanais, pois têm um propósito lúdico do 
contato das pessoas com a terra; assim sendo, o 
preparo das argamassas é feito com os pés. Ainda 
segundo Vygotsky (1991) o brinquedo e o caráter 
lúdico precisam permear todo o processo de 
aprendizagem, pois estimulam e ampliam o 
processo criativo e comunicativo no sujeito. 
Ao final de cada formação foi solicitado 
aos participantes uma avaliação do curso e das 
suas experiências vivenciais. A avaliação da 
formação 1 foi realizada no que os organizadores 
chamam de “roda de feedback”: sentados em roda, 
participantes, organizadores e facilitadores 
conversaram sobre os aspectos positivos e os 
desafios encontrados durante o curso. A maioria 
dos participantes afirmou ter experimentado com 
maior impacto os aspectos sutis decorrentes da 
cultura do espaço, tais quais o ambiente de 
cooperação, bom entrosamento e momentos de 
convivialidade. Este é outro aspecto fundamental 
da aprendizagem que Vygotsky (1991) demarca: a 
dimensão social, ou seja, o sujeito mergulhado na 
coletividade, na troca social de conceitos, 
sensações e emoções amplifica a sua capacidade 
de desenvolvimento. Já a avaliação final da 
formação 2 foi realizada por escrito. Como pontos 
positivos, foram apontadas: a alternância e o 
equilíbrio entre as atividades teóricas e práticas, 
proporcionando fixação do conhecimento, 
viabilizando um entendimento a respeito da 
aplicação das técnicas e a resolução de problemas 
reais, que surgiram durante a execução. Foi 
comentado também o fato de a aprendizagem 
prática servir como complementação da formação 
em Arquitetura e Urbanismo
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A arquitetura com terra é uma área de 
conhecimento e atuação em extremo 
desenvolvimento no Brasil e, em específico, no 
Estado de Santa Catarina. Este contexto pode estar 
relacionado à eficácia dos cursos de formação, 
pois representam não só uma possibilidade de 
ampliação de conhecimento sobre o tema, mas 
também uma oportunidade de os participantes se 
relacionarem com o trabalho prático e manual. 
Sobre este ponto, um aspecto importante diz 
respeito ao sentimento de empoderamento, 
expressado durante e após as práticas de 
construção. 
Percebeu-se ainda que os participantes, ao 
manejarem as ferramentas, ao se relacionarem e 
trabalharem em grupo e, ao se colocarem em 
desafio frente às novas experiências, sentiram-se 
empoderados e satisfeitos pelo próprio fazer. Isto 
diz respeito à importância da manualidade e da 
percepção individual e coletiva do produto do 
próprio trabalho, a qual proporciona satisfação e 
bem-estar no sujeito. 
Outro aspecto importante a ser levantado 
está relacionado à dificuldade dos participantes de 
lidar com a própria manualidade e com o esforço 
físico próprio do trabalho. Com isto percebe-se o 
quanto falta um contato com a dimensão prática e 
manual do fazer e a dificuldade de colocar o 
próprio corpo em movimento para criar e 
construir. 
Por outro lado, o método educativo 
abordado ao longo dos cursos, ou seja, o aprender 
fazendo no coletivo, possibilitou uma imersão 
integral nas atividades. Além de aprender com a 
teoria, podiam se confrontar com os outros 
colegas, se relacionar com o ambiente ao redor e 
se apoiar nos facilitadores para qualquer 
necessidade. 
Também se observou que o fator decisivo 
na eficácia da aprendizagem foi o trabalhar em 
grupo. O exercício físico, o cansaço, o suor, as 
risadas e a sujeira compartilhada, muitas vezes 
vividas de forma lúdica, são experiências 
saudáveis que amplificam a capacidade de 
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20 
absorção das informações e das técnicas. 
Concluindo, ratifica-se a importância da 
promoção de vivências e experiências 
relacionadas à construção com terra, pois 
proporcionam tanto uma nova visão e percepção 
do viver e do habitar, quanto um desenvolvimento 
pessoal positivo e genuíno do indivíduo, 
promovendo a sua interação humana com o meio 
e com o social. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
DEWEY, J. Vida e educação. São Paulo: Melhoramentos; Rio de Janeiro: Fundação 
Nacional de Material Escolar, 1978. 
 
DUARTE, N. Vigotski e o aprender a aprender: crítica às apropriações neoliberais e pós-
modernas da Teoria Vigotskiana. Campinas, SP: Editora Autores Associados. 2001 
 
FARIA, O. B.; BELTRAME, A. S. D.; ALONGE, F. A. Brevepanorama do ensino e 
pesquisa sobre arquitetura e construção com terra no Brasil. TerraBrasil 2016: Anais. 
Bauru: Rede TerraBrasil; UNESP, 2016. 
 
HOLMGREN, D. Permacultura: Princípios e caminhos além da sustentabilidade. Porto 
Alegre, RS, Editora Via Sapiens, 2013. 
 
LAKATOS, E., MARCONI, M. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: 
Editora Atlas, 2003. 
 
NEVES, C.; et al Seleção de solos e métodos de controle na construção com terra – 
práticas de campo. PROTERRA, 2010. Disponível em http://www.redproterra.org 
 
SANTOS, C. A. Construção com Terra no Brasil: Panorama, Normatização e Prototipagem 
com Terra Ensacada. Dissertação de Mestrado defendida pelo Programa de Pós-Graduação 
em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina – POSARQ, UFSC. 
Florianópolis: 2015. 
 
VYGOTSKY, L. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991. 
 
 
 
SEMANA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 6ª, 2018, Balneário Camboriú. Anais... . Balneário Camboriú: Faculdade Avantis, 2019. v. 1 
 
21 
3º COLOCADO – CURSO DE DIREITO 
 
 
 
O ELEVADOR AINDA TEM DONO? A PARTICIPAÇÃO DE 
DOCENTES NEGROS NO ENSINO SUPERIOR 
 
Rafael Ribas Augusto 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Mesmo sendo um assunto muito discutido 
a construção de uma sociedade democraticamente 
racial está longe de se tornar uma realidade. A 
exclusão dos negros nas universidades brasileiras 
é um retrato desta triste e lamentável realidade. 
O racismo e suas reproduções são 
elementos desestruturantes na educação brasileira. 
A magnitude de seus efeitos é reafirmada pela 
evidência estatística, conforme aponta o Instituto 
de Pesquisa Econômica Aplicada (SILVA; GOES, 
2013). A perdurável diferenciação racial na 
sociedade demonstra atuação de sistemas e 
mecanismos de reprodução das desigualdades, que 
se faz contrária a nossa Constituição Federal 
(1988), que expressa no seu art. 5º que “todos são 
iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza”. 
Mesmo a Constituição Federal (1988) 
tendo garantido o direito à isonomia e a discussão 
sobre a construção de uma nação 
democraticamente racial ter se destacado nos anos 
30 do século passado — com forte influência do 
escritor Gilberto Freire — e mais recentemente, 
com a Lei 12.711/2012, que dispõe sobre o 
ingresso nas universidades federais e nas 
instituições federais de ensino técnico de nível 
médio — o controle acadêmico e a exclusão racial 
no Brasil continuam com índices alarmantes, 
sendo o Ensino Superior ainda composto por 99% 
da etnia branca, consequência do tempo no qual 
apenas se falou sobre o assunto, mas nada de 
concreto foi realizado para modificar esta 
realidade (CARVALHO, 2005). 
Destarte, este estudo tem como objetivo 
verificar e apontar a ausência de docentes de 
fenótipo negro nas Universidades, Centros-
Universitários e Faculdades das cidades de Itajaí, 
Navegantes e Balneário Camboriú. 
Foi adotado o método indutivo, 
operacionalizado por meio de pesquisa descritiva 
e explicativa, com abordagem quantitativa. A 
coleta de dados foi realizada acessando-se o site 
oficial de cada Instituição, levantando-se a lista de 
docentes dos cursos de Direito e, em seguida, 
pesquisando-se um a um na Plataforma Lattes, 
disponível no site do Conselho Nacional de 
Desenvolvimento Científica e Tecnológico. Para 
analisar o fenótipo de cada docente foram 
avaliadas as características físicas das fotos 
publicadas nos seus Currículos Lattes, sendo 
separados pelo critério binário de negros e não 
negros, sendo que o objeto de estudo são os 
docentes negros. Essa pesquisa não se preocupou 
em categorizar outros fenótipos, como exemplo, 
índios ou pardos. Os resultados encontrados foram 
tabulados e serão apresentados na seção a seguir. 
2 CONTEXTUALIZAÇÃO E DISCUSSÕES 
SEMANA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 6ª, 2018, Balneário Camboriú. Anais... . Balneário Camboriú: Faculdade Avantis, 2019. v. 1 
 
22 
 
O processo de abolição dos escravos teve 
início em 1850, sendo somente promulgada a Lei 
Áurea em 1888, porém, a luta contra a escravidão 
continuou por muito tempo depois da abolição e 
seus reflexos sociais continuam até os dias atuais 
(MENEZES, 2009). 
O Brasil conviveu mais de cem anos com um dos 
índices de exclusão racial dos mais cruéis, 
passando concomitantemente uma imagem 
oposta, fortalecida pelas elites brancas e pelo 
silenciamento por parte das universidades ao 
adotarem um projeto eurocêntrico do saber 
(CARVALHO, 2005). 
Na década de 30 do século XX, com o 
surgimento das Universidades Federais, teria sido 
possível integrar os negros e os índios, 
construindo assim um panorama da presença 
negra e indígena nas universidades públicas bem 
diferente do atual, com uma nação multiétnica e 
multirracial, para que os seus saberes pudessem 
influenciar nossos parâmetros de saberes, bem 
como referenciar a formação de novos professores 
com uma visão mais democrática sobre a presença 
negra. 
Em 1942, Guerreiro Ramos — sociólogo 
negro e um dos maiores cientistas sociais daquele 
século — formou-se na primeira turma de 
Filosofia da Universidade do Rio de Janeiro, mas 
apesar de seu brilho intelectual, foi barrado no 
concurso para professor, relatando ter sido vítima 
do racismo (GUERREIRO..., 2001). Edison 
Carneiro também foi outro intelectual negro que 
tentou ser professor da UFRJ, mas perdeu o 
concurso para alguém que nem sequer possuía 
uma produção científica comparável 
(CARVALHO, 2005). 
Diante desse cenário desolador, o 
Governo brasileiro busca por meio de programas 
sociais e ações afirmativas uma forma de reverter 
a situação. Destaca-se, entre essas ações, a Lei n. 
12.711/2012, que instituiu a política de cotas 
raciais. O Supremo Tribunal Federal já manifestou 
a constitucionalidade da política de cotas, que vem 
se expandindo gradativamente, buscando a 
igualdade de oportunidades, visando assegurar a 
todos a possibilidade de obter um ponto de partida 
idêntico para que possam se desenvolver, não 
podendo ser considerada como um privilégio, mas 
sim, como vantagens legais visando a igualdade de 
oportunidades (SARMENTO, 2013). 
Conforme Carvalho (2005), se faz 
necessário observar o topo da educação, não sua 
base, pois é no topo da pirâmide que encontramos 
o controle acadêmico, o controle da ciência e do 
ensino superior pelo fenótipo branco. 
As leis que estabelecem as cotas podem 
ser interpretadas como a metáfora da doutrina 
italiana sobre as normas de calibragem, segundo 
Sarmento (2013, p. 3), na qual estabelece que “o 
ar que penetra em apenas um dos pneus é essencial 
para a estabilidade do veículo, permitindo-lhe 
circular com segurança e conforto”, pois o ato de 
encher o pneu vazio tem efeito corretivo de defeito 
que poderia degradar o mecanismo. 
Nesta pesquisa, buscou-se identificar 
regionalmente o reflexo da ausência da política de 
cotas nos Cursos de Direito da Universidade do 
Vale do Itajaí (UNIVALI), Campi Itajaí e 
Balneário Camboriú; da Faculdade Avantis de 
Balneário Camboriú; e da Faculdade Sinergia de 
Navegantes. 
Após levantamento das informações 
necessárias foram encontrados 229 docentes nos 
cursos de Direito. Na UNIVALI Campus 
Balneário Camboriú foram relacionados 84 
docentes, sendo possível efetuar a verificação de 
68 Currículos, devido à falta de registro 
fotográfico de 16 docentes. Da mesma forma 
ocorreu no Campus Itajaí, sendo visualizados 76 
Currículos dos 101 docentes deste Campus. Nas 
demais Faculdades pesquisadas foi realizada a 
análise do perfil de todos os docentes, sendo 21 na 
Faculdade Avantis e 23 na Faculdade Sinergia. 
Esses dados traduzem-se nos percentuais 
apresentados no Gráfico 1 abaixo. 
 
 
Gráfico 1 — Número percentuais de docentes do curso 
UNIVALI 
Itajaí
44%UNIVALI 
Balneário 
Cambor…
Avantis
9%
Sinergia
10%
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23 
de Direito por instituição e por campus 
Fonte: Dados primários, 2018 
 
Porém, para atingir o objetivo deste 
estudo foram excluídos os profissionais que atuam 
em mais de uma unidade, totalizando assim o 
número 184 docentes analisados, sendo 
identificada apenas uma docente com o fenótipo 
negro, que leciona nos dois Campus da UNIVALI 
Itajaí e Balneário. Destarte, o percentual de 
docentes negros de todas as unidades pesquisadas 
é de apenas 0,5% (o que mal aparece no Gráfico 
2). 
 
 
Gráfico 2 — Percentuais de docentes negros e não 
negros que lecionam nas instituições pesquisadas 
Dados primários, 2018 
 
Este resultado corrobora com a pesquisa 
apresentada por Carvalho (2005), a qual identifica 
que em média, apenas 0,5% dos docentes nas 
universidades públicas brasileiras são negros, e 
que em algumas universidades, como a USP e 
Universidade de São Carlos, este índice é ainda 
menor: 0,2%. 
Mesmo que aludido estudo tenha sido 
apresentado no ano de 2005, infelizmente a 
presente pesquisa aponta os mesmos resultados, 
evidenciando que este tema deveria ter sido 
colocado como prioritário nos centros 
acadêmicos, como uma oportunidade de mudança 
desta realidade, pois trata-se de superar uma 
exclusão sistemática de quase metade da 
população nacional, pois em 2010, 50,7% da 
população se declarou negra (SILVA; GOES, 
2013, p. 16). 
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
Diante dos resultados encontrados, 
podemos relacionar que uma grande parte da 
barreira para uma intervenção antirracista no 
Brasil é fortemente corroborada pelas 
universidades com a ausência de docentes negros, 
porque os professores representam um segmento 
de poder com uma ideologia própria, com um 
acesso direto ao poder e com uma capacidade de 
reproduzir a elite brasileira. 
Mesmo com a Lei de Cotas de 2012, ainda 
não houve uma mudança significativa na inclusão 
dos negros no corpo docente das Universidades, 
mesmo porque a Lei é destinada apenas ao ensino 
público, sendo necessária uma urgente 
transformação desta realidade moralmente 
inaceitável. Uma alternativa para esta 
transformação seria a abrangência desta Lei para 
as instituições privadas, ampliando ainda mais as 
oportunidades de inclusão. Contudo, não apenas o 
vestibular deve ser afetado pelas cotas, mas todo o 
contexto em que é inserido o cotista, devendo 
haver um esforço contínuo para promover ações 
que realmente integrem e acomodem os cotistas da 
permanência até a conclusão do curso, por meio 
de ações concretas nas Universidades, a fim 
superar o teor assistencialista e unicamente 
econômico dessas medidas, como aulas de 
reforço, bolsas de auxílio financeiro, bolsa 
alimentação, entre outras que promovam a 
integração e a discussão sobre questões étnico-
raciais e para a resolução de conflitos ou 
problemas ligados ao tema. 
Da mesma forma como foi superada a 
segregação entre negros e brancos no uso dos 
elevadores, devemos agir para que ambos possam 
se elevar e atingir os mesmos níveis na educação 
brasileira. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
CARVALHO, José Jorge de Carvalho. Inclusão étnica e racial no ensino superior: um 
[]
0,5%
[]
99,5%
SEMANA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 6ª, 2018, Balneário Camboriú. Anais... . Balneário Camboriú: Faculdade Avantis, 2019. v. 1 
 
24 
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CURSO DE ADMINISTRAÇÃO 
 
 
 
O QUE É O ESTADO ISLÂMICO? SERÁ QUE PAZ É UM DOS 
OBJETIVOS DA ORGANIZAÇÃO? 
 
Alessandra Menezes da Luz Machado 
Fernanda Natalia Colla de Souza 
Felipe de Bortolli 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Neste artigo buscou-se identificar o que 
é o califado conhecido como Estado Islâmico. Pela 
pesquisa realizada foi possível analisar o 
surgimento da organização embasado na religião, 
sendo este fator determinante em seu 
desenvolvimento e atuação. Ao analisar as 
atitudes executadas pela organização foi possível 
identificar a existência de propósitos pacíficos mal 
interpretados e divulgados erroneamente, expondo 
a influência do islamismo na organização do 
grupo, bem como a violência usada para atingir 
seus objetivos de acordo com as missões pré-
estabelecidas pelo califa, que definem o domínio 
de territórios e soberania. E, por fim, o que isso 
fomentou a nível mundial. 
 
1.2 O CALIFADO 
 
Califado, Sharia, ou Estado Islâmico 
(EI) como conhecemos, é uma organização 
informal Jihadista Islamita, de orientação Salafita 
e Uaabista, que atua como um governo. Seus 
ideais são baseados em empenho, esforço e luta na 
busca pela fé perfeita, de forma puritana, 
estabelecendo o monoteísmo puro e seguindo a 
ideologia política e religiosa de que não se separa 
o direito da religião, tornando-os um só dentro do 
Islamismo. Apoiado em conceitos ortodoxos, 
extremistas e ultraconservadores, fundamenta-se 
na interpretação dos mandamentos do profeta 
Maomé e seus primeiros seguidores, presentes no 
Alcorão, (livro sagrado islã de importância 
semelhante à Bíblia para os cristãos) designados 
de acordo com a necessidade política do grupo. 
 
Devido a isso, entender o que é o 
Islamismo e como o grupo se inspira nele 
se faz necessário para analisar suas ações 
e como elas interferem no Iraque e na 
Síria, [...] existem várias leituras 
ideológicas sobre Islamismo, sendo que 
a ideologia em que o grupo se inspira é 
apenas uma variação bem particular e 
minoritária de Islamismo. 
(FERNANDINO, 2017, p. 11) 
 
O grupo estabeleceu sua prática de forma 
violenta por meio de ataques terroristas, 
inicialmente no Oriente Médio, o qual é 
constituído por 15 países, atuando com ataques 
sobre os territórios conquistados, situados ao 
noroeste do Iraque e em parte da região central da 
Síria. Autoproclamado como califado (um Estado 
que é governado por uma autoridade religiosa) 
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localizado atualmente em Raqqa, na Síria, 
AbuBakr al-Baghdadi assumiu o posto de califa, 
dando origem à organização conhecida como 
Estado Islâmico no dia 29 de junho de 2014. 
Desde então vem disseminando o terror sobre a 
população das regiões acometidas pela sua 
presença, perseguindo minorias e atacando outras 
partes do mundo. 
 
1.2.1 Surgimento 
 
O Estado Islâmico é uma consequência da 
invasão norte-americana ao Iraque em 2003, 
gerando uma guerra local após a ocupação. O 
Governo Bush convenceu os seus aliados que o 
Iraque, inimigo dos EUA desde a Guerra do Golfo,possuía armas de destruição em massa e acusou 
Saddam Hussein, então presidente iraquiano, de 
abrigar e apoiar terroristas da Al-Qaeda, 
organização de atuação semelhante ao EI, 
instalada no país em 2004. Sendo assim, a postura 
de Hussein representava uma ameaça para os 
Estados Unidos. Enquanto a política envolvendo o 
Iraque era discutida no Ocidente, 
grupos jihadistas se instalaram e impuseram sua 
doutrina dentro da Síria: 
 
Com o início da guerra civil iraquiana em 
2006, o Estado Islâmico rompeu relações 
com a Al-Qaeda e concentrou suas 
atenções no Iraque. Depois da Primavera 
Árabe (nome dado à onda de protestos, 
revoltas e revoluções populares contra 
governos do mundo árabe que estourou 
em 2011, devido o agravamento da 
situação dos países, provocado pela crise 
econômica e pela falta de democracia) o 
grupo extremista viu a oportunidade de 
ocupar a Síria e, com o início da guerra 
civil síria, o grupo passou a atuar tanto 
nesse país quanto no Iraque (NEVES, 
2017, s.p.). 
 
Desta maneira o grupo tem se consolidado 
com força, por meio da seleção e recrutamento de 
jihadistas nas regiões do Levante, que se resumem 
à Síria, Jordânia, Israel, Palestina, Líbano e a 
Chipre, assim como em outras partes do mundo, 
buscando jovens sem relação alguma com a 
religião Islã, nem contato com muçulmanos que 
residem no ocidente, com a missão de estabelecer 
o califado e expandir o domínio territorial. 
 
1.2.2 Objetivos do Califado 
 
Seus objetivos são baseados e justificados 
nos princípios do Islamismo, focado em expandir 
o modelo teocrático radical globalmente de 
governo por meio do domínio, utilizando métodos 
terroristas, sobretudo contra alvos civis. São 
guiados pelo Jihad ismo e Uaabismo, segmentos 
da religião que lidam com vários aspectos da vida 
cotidiana, desde política, economia, negócios, 
família, sexualidade, questões sociais, prezando a 
submissão e obediência, monoteísmo bem como 
conservadorismo ortodoxo e a luta pelo exercício 
do direito islâmico, afirmado por Maomé em seus 
escritos sagrados no Alcorão. 
Porém estes princípios a serem seguidos 
são interpretados pelas gerações atuais, 
componentes do Califado os quais doutrinam os 
novos membros, da maneira que melhor lhes 
convém para que a conversão seja total e 
irreversível. 
 
[...] A novidade apresentada [...] está 
relacionada à criação de uma meta a 
ser seguida pelas novas gerações de 
muçulmanos: a mundialização do Islã 
[...] é a função divina dos islâmicos a 
instalação de um califado islâmico 
(SOUZA; REIS, 2017, p. 308). 
 
Da mesma forma, tem-se a interpretação 
do conceito jihad pelo teórico sênior da Irmandade 
Muçulmana, SayydQtub (1906-1966) que diz “é 
necessário que haja uma vanguarda que se erga 
com essa determinação”. 
Outro ponto que descreve as ações do 
grupo extremista é a do professor de História e 
especialista em Oriente Médio Juan Cole, da 
Universidade de Michigan que em entrevista à 
BBC Brasil (2015, s.p.) afirmou que: "Tudo isso 
aconteceu em reação à invasão militar americana 
e ocupação do Iraque". 
Uma organização que surgiu após ataques 
à sua nação, vindos de um país apoiado 
erroneamente por seus respectivos aliados, devoto 
do materialismo, regido pelo capitalismo 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Presid%C3%AAncia_de_George_W._Bush
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arma_de_destrui%C3%A7%C3%A3o_em_massa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Al-Qaeda
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ganancioso que visa se apropriar da riqueza de 
minérios em forma de ouro líquido negro, o 
petróleo, expõe seus objetivos de vingança contra 
as sociedades promíscuas que contradizem seus 
princípios religiosos, fazendo uso da violência em 
suas mais diversas formas para estabelecer 
domínio e poder, esbanjando seu poderio bélico 
desenfreado. 
 
1.3 VIOLÊNCIA 
 
A violência do Estado Islâmico tem como 
finalidade amedrontar e aterrorizar, obtendo o 
respeito e submissão nas regiões que controlam e 
nas que pretendem obter o poder. Controlando 
rigidamente a sharia, são impostas punições e 
penas aos que não seguem os mandamentos do 
Alcorão, assim como a perseguição e extermínio 
de todo e qualquer tipo de minoria, como: curdos, 
homossexuais, xiitas, cristãos, entre outros. Desde 
2014, os atentados e execuções realizados, alguns 
transmitidos pela internet em tempo real, 
demonstram a frieza e determinação que os 
extremistas tratam aqueles que contrariam seus 
ideais e invadem seu território. 
As atividades do Califado são financiadas 
e mantidas por meio do tráfico de mercadorias, 
doações de simpatizantes e a venda de barris de 
petróleo. Em estimativas recentes o Estado 
Islâmico arrecadou cerca de dois bilhões de 
dólares em recursos e o número de membros se 
aproxima dos 50 mil. 
 
1.4 A IMAGEM DO ESTADO ISLÂMICO 
PELO MUNDO 
 
Em constante aparição nos noticiários 
mundiais o Estado Islâmico prova a cada ataque 
que assume responsabilidade - consciente de que 
nada parece conseguir deter suas atividades - sua 
determinação e compromisso em realizar seus 
objetivos, provando ser desnecessário se 
subordinar aos países que contrariam seus ideais 
religiosos. 
A este respeito cabe considerar que a 
visão que o mundo obteve da organização 
extremista leva em consideração apenas o exposto 
pela mídia, manipulada pelas nações que 
alimentam o interesse que a guerra contra os 
países que compõem o Oriente Médio continue até 
que a vitória seja alcançada pelos dominantes 
caracterizados pelo consumismo, que visam se 
apossar das riquezas naturais das regiões hoje em 
conflito, divulgando suas atitudes com êxito e 
valorizando o mérito de cunho heroico manchado 
de sangue. 
 
2 DISCUSSÃO 
 
Na época de Saddam Hussein, que 
governou o Iraque entre as décadas de 1980 e 
2000, o país era uma das áreas mais poderosas e 
importantes do mundo árabe, graças às riquezas 
naturais e às vantagens de possuir um Estado laico. 
Quando os EUA invadiram o país, em 
2003, alegando a existência de armas de 
destruição em massa, exigiram 
o desmembramento do exército local. Muitos 
desses soldados treinados, que entraram para 
diferentes grupos armados, hoje estão no Estado 
Islâmico. Segundo Cole (BBC, 2015), professor 
de História e especialista em Oriente Médio da 
Universidade de Michigan, toda a criação do EI 
aconteceu em reação à invasão militar americana 
e ocupação do Iraque, confirmando que há 
evidências de que os radicais aproveitaram o fato 
de estarem concentrados em um único lugar para 
se conectarem uns com os outros fazendo das 
prisões, lugares para ampliar as redes de contatos 
e formação de novas alianças. 
o EI tem os Estados Unidos e todos os países que 
o ajudaram como os principais inimigos além de 
proclamar que seus ataques são uma forma de 
iniciar o fim dos tempos, pois acreditam que uma 
grande batalha contra os infiéis dará início ao 
julgamento final, profetizado no Hadiz, um de 
seus textos sagrados. 
Após ser realizada uma decapitação de um 
agente humanitário chamado Peter Kassig, em 
2014, o executor disse: “Aqui estamos, enterrando 
o primeiro cruzado americano em Dabiq e 
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esperando avidamente o resto de seus exércitos 
chegarem”, dando ênfase para a batalha final em 
seu território e acrescenta “quando o inimigo de 
Alá vir Jesus, ele se dissolverá, assim o sal se 
dissolve na água” invocando a morte de um falso 
messias. Franklin (teólogo da Universidade 
Presbiteriana Mackenzie) que acredita que a 
linguagem é muito simbólica, dando a entender 
que os terroristas têm seu próprio tom de 
interpretação que mais lhe diz respeito. Há quem 
defenda que essa batalha nãoé física e sim uma 
metáfora sobre manter-se firme nas dificuldades 
pessoais e religiosas, mas ainda assim é tudo 
derivado do modo de interpretação. 
Contudo, os membros do EI são jihadistas 
que fazem uma interpretação extrema do ramo 
sunita do Islã e acreditam serem os únicos reais 
fiéis tendo a visão do resto do mundo como infiéis 
que querem destruir sua religião. Desta forma, 
atacam muçulmanos e não muçulmanos por meio 
de decapitações, crucificações e assassinatos em 
massa, pois usam os versos do Alcorão para 
justificarem seus atos com trechos que incitam a 
“golpear a cabeça” dos infiéis. 
Apesar de agressivo e violento, o Estado 
Islâmico é uma organização de princípios 
religiosos, a qual busca defender seus direitos, 
afinal estão defendendo sua cultura que é mal 
interpretada ou rejeitada por aqueles que não a 
seguem. 
Porém o julgamento perante os atos 
cometidos depende de intervenções externas ao 
conflito, prolongando o conflito já caracterizado 
como interminável. A busca pela paz condiz com 
todas as culturas de todos os povos, porém é 
preciso entender os sinônimos de paz e como cada 
uma delas interpreta e aplica aos seus adeptos. 
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Após a conclusão da pesquisa envolvendo 
o tema escolhido, ficou clara a origem do Califado 
intitulado Estado Islâmico e as razões que 
justificam os atos cometidos pelo grupo, bem 
como a influência que a religião exerce sobre os 
habitantes do Oriente Médio. Em uma terra de fé 
extremista, muitas vezes é divulgada de forma 
primitiva e promíscua pela mídia, que mostra 
apenas aquilo que melhor convém aos seus 
interesses. 
As notícias hoje em dia são facilmente 
manipulas, por meio das Fake News e outros 
meios de comunicação. Afinal, em uma terra 
sagrada segundo os desígnios religiosos que ali 
estiveram presentes e ainda afetam a política 
social dos países arredores da região, os habitantes 
destas nações que vivem em guerra, muitas vezes 
inocentes que nascem em meio à desordem e caos 
causado pelas gerações passadas e hoje têm de 
batalhar arduamente para recuperarem suas terras 
tomadas pelos próprios nativos que buscam 
vingança pela liberdade que lhes foi tomada. 
Vê-se que estamos diante de um 
emaranhado de religiões e conflitos que talvez 
nunca termine. Observa-se que o fato de uma 
organização como o EI existir mostra como a 
realidade gananciosa e consumista presente em 
países do Ocidente, que se congratulam por 
ganharem guerras que causam, para se auto 
intitularem heróis, uma vez que matam milhares 
de inocentes em um território que não os pertence, 
pode desestabilizar economias e destruir a 
esperança de nações culpadas apenas por 
defenderem seus ideais e direitos constituídos por 
uma religião não cristã. 
 
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coordenado a Paris. Afinal, o que o ISIS quer além de tocar o terror e chamar a atenção do 
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que impõe o terror no Oriente Médio, passa por saber como esse grupo surgiu a partir das 
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Anual 
 
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CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
ANÁLISE DAS AÇÕES SOCIAIS DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO 
SUPERIOR KROTON 
 
Camila Gadonski de Freitas 
Dante Guilherme Santos Panzeri da Cruz 
Felipe Carlos Vargas 
Tânia Cristina Chiarello 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Na sociedade atual, com a globalização e 
as facilidades criadas pelas tecnologias, tornou-se 
ainda mais difícil disseminar a socialização, 
integração e interação entre todos. As novas 
tecnologias, criando possibilidades infinitas, 
sejam elas de negócios ou não, aparentam facultar 
para que a cada dia que passa, mais e mais os seres 
humanos optem por se distanciarem uns dos 
outros, deixando-os mais frios e infelizes, seres 
que aparentemente não sentem o desejo de ajudar 
ao próximo. 
Neste cenário não muito propício, 
empresas apresentam algumas propostas 
buscando, por meio destas facultar para tal 
interação, ajudando pessoas em situações 
lastimáveis e dando a elas uma nova possibilidade 
de vida. Para tanto, projetos sociais são alguns dos 
que serão abordados neste artigo, expondo pontos 
chaves, seus impactos na sociedade e dentre outros 
motivos que fazem com que ainda pulse esperança 
no coração das pessoas beneficiadas. 
A análise realizada neste estudo baseou-se 
nos balanços e projetos sociais realizados pela 
empresa Kroton Educacional S.A, buscando levar 
ao leitor um conhecimento a mais da importância 
de empresas como estas na sociedade atual e o 
impacto que tais projetos têm dentro desta. 
 
2 DISCUSSÕES 
 
Atualmente, observa-se que as empresas 
estão preocupadas não só com os lucros, mas 
também com o bem-estar da sociedade e 
colaboradores, fazendo com que assim 
demonstrem suas ações ao público em um 
instrumento de informação denominado balanço 
social. 
Conforme Iudícibus, Martins e Gelbcke 
(2000), o Balanço Social busca demonstrar ograu 
de responsabilidade social assumido pela empresa 
e resultando na prestação de contas à sociedade 
pelo uso do patrimônio público, constituído dos 
recursos naturais, humanos e o direito de conviver 
e usufruir dos benefícios da sociedade em que 
atua. 
Tinoco (2001) cita que o Balanço Social é 
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um instrumento de gestão e de informação que tem 
como função evidenciar, de forma mais 
transparente possível, informações sociais e 
econômicas, do desempenho das entidades, aos 
mais diferenciados usuários. 
De acordo com Freire e Rebouças (2001), 
o balanço social pode ser considerado como uma 
demonstração técnica gerencial que reúne um 
conjunto de informações sociais da organização, 
fazendo com que assim se permita aos agentes 
econômicos visualizar suas ações em programas 
sociais para os empregados, entidades de classe, 
governo e cidadania. 
Assim, buscou-se analisar o balanço 
social da empresa Kroton, que é o nome da maior 
empresa de educação privada do mundo. Foi 
fundada em 1996 com o intuito de ser uma 
empresa de cursos pré-vestibular com o primeiro 
nome de Pitágoras. De lá para cá a empresa obteve 
um desenvolvimento fabuloso, diversificando e 
ampliando seus ramos de atuação, adentrando aos 
ensinos pré-escolar, ensino primário e secundário, 
ensino secundário para adultos, vestibular, cursos 
livres, educação superior e pós-graduação, entre 
outros. 
Mas esta empresa não parou por aí. Além 
de seu crescimento magnífico, o que mais chama 
a atenção nesta organização é o crescimento nas 
ações sociais por ela promovidas, que atingem a 
toda comunidade, mostrando sua compaixão e 
humanidade. 
No ano de 2017, conforme divulgado em 
seu Balanço Social, a mesma referência que: 
 
A Kroton tem uma atuação superlativa na 
área de responsabilidade social, 
condizente com sua posição no mercado 
educacional do Brasil e do mundo. São 
programas transformacionais, exercidos 
em larga escala, com alta eficácia e 
alinhados ao negócio de educação, que 
impactam diretamente no 
desenvolvimento do país. Contando com 
o envolvimento de uma vasta rede de 
alunos e colaboradores, a Kroton 
colabora para o desenvolvimento de 
competências alinhadas às práticas de 
aprendizagem e o reforço contínuo do 
processo de cidadania (KROTON, 2017, 
s.p.). 
 
Em 2017, foram realizados mais de 1.287 
projetos de ação social pelas unidades e polos da 
Companhia, impactando positivamente mais de 
1,5 milhões de pessoas. Destes números, 
destacam-se alguns programas institucionais, 
como: (i) o Trote Solidário, iniciativa que estimula 
o engajamento dos alunos em ações sociais desde 
o início de sua vida universitária, e que em 2017, 
contou com mais de 237 mil alunos e 258 mil 
pessoas beneficiadas; (ii) a Campanha de 
Responsabilidade Social, oferecendo uma amostra 
de atividades sociais a 357 mil pessoas das 
comunidades do entorno das instituições Kroton; 
e (iii) o Vestibular Solidário, ação que incentiva os 
candidatos a trocarem sua inscrição por uma 
doação de alimentos, com mais de oito toneladas 
arrecadadas em seu último ciclo, doadas para 
instituições selecionadas. Além disso, as unidades 
Kroton realizam milhares de atendimentos pro 
bono visando a melhoria da qualidade de vida, a 
oportunidade de acesso e o desenvolvimento das 
comunidades em que atuam. 
Em 2017, também foram oferecidos 2,3 
milhões de procedimentos especializados para 1,9 
milhões de pessoas. A Fundação Pitágoras, que 
atua há 18 anos como braço social da Kroton, 
desenvolveu o Sistema de Gestão Integrado (SGI), 
implantado gratuitamente em escolas pública de 
ensino básico que possuam os piores resultados no 
IDEB e os menores índices do IDH. Apoiando 
suas lideranças tecnicamente e transferindo sua 
metodologia por meio do SGI, foram registrados 
avanços significativos na aprendizagem dos 
alunos, além de melhoria e inovação nos processos 
e nas práticas de gestão. Já foram beneficiados 
cerca de 29 mil educadores e 1 milhão de alunos 
em mais de 12 Estados do Brasil. 
A Fundação Pitágoras também lidera há 
11 anos o Movimento Conspiração Mineira pela 
Educação no Estado de Minas Gerais, cuja 
estratégia principal é fortalecer a liderança das 
escolas públicas por meio de encontros 
sistemáticos – Fóruns de Diretores – para 
promover a troca de experiências e melhores 
práticas dentro dos cinco temas definidos pelos 
próprios diretores como fundamentais para uma 
escola de qualidade: Pacificação; Motivação dos 
SEMANA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 6ª, 2018, Balneário Camboriú. Anais... . Balneário Camboriú: Faculdade Avantis, 2019. v. 1 
 
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Alunos; Motivação dos Professores; Integração 
Família/Escola e Melhoria dos Indicadores 
Oficiais de Aprendizagem. São beneficiadas cerca 
de 1.741 escolas das redes públicas municipal e 
estadual e 1,3 milhão de alunos. Replicando o 
formato da Conspiração Mineira pela Educação, a 
Kroton lançou a Aliança Brasileira pela Educação 
em agosto de 2016 na cidade de São Paulo, 
atendendo cerca de 300 escolas estaduais e 350 
mil alunos. Em 2017, a Aliança foi expandida para 
todas as escolas estaduais por meio das 
transmissões dos Fóruns de Diretores em tempo 
real para todas as diretorias do interior de São 
Paulo. Dois outros grandes projetos da Fundação 
Pitágoras são os “Projetos Prisionais” e a 
“Primeira Infância”, ambos implementados em 
fase piloto no Estado de Minas Gerais, com planos 
de expansão para outras regiões do país em 2018. 
Os “Projetos Prisionais” visam levar 
educação de qualidade para o sistema prisional, 
promovendo iniciativas de ressocialização como: 
(i) assistência jurídica pro bono para os familiares 
dos presos; (ii) oferta gratuita de cursos livres de 
capacitação na modalidade EAD; e (iii) 
implantação de programa sistemático de leitura 
visando melhorar a capacitação dos presos e a 
remição da pena. A “Primeira Infância” garante a 
continuidade do Programa do Ministério de 
Desenvolvimento Social “Criança Feliz”, 
estimulando o desenvolvimento cognitivo e 
emocional nos primeiros 3 anos de vida. 
Em 2017 foram capacitados os 
profissionais para atuarem junto às crianças em 
áreas vulneráveis. Além do propósito de oferecer 
ensino de qualidade a seus alunos, a Companhia 
contribui com a evolução da sociedade como um 
todo, por meio de projetos que têm a capacidade 
de transformar vidas em diversas áreas, pois 
acredita que educação é a política pública de maior 
impacto social, promovendo desenvolvimento 
econômico e servindo de plataforma para as 
demais políticas públicas. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O presente artigo abordou temas que vem 
ganhando grande relevância no meio social como 
a paz e a responsabilidade sustentável, assuntos 
bastante trabalhados em Instituições de Ensino 
Superior. Evidenciou-se que o estabelecimento de 
ensino Kroton Educacional S/A exerce grande 
atuação no ramo de responsabilidade com projetos 
que tem como principal função transformar a 
população, executados em grandes proporções, 
gerando mudanças no desenvolvimento social do 
país. 
A corporação trabalha com o intuito de 
melhorar a qualidade de vida de seus alunos e da 
população promovendo e desenvolvendo ações 
que com a educação impactam a sociedade de 
forma a mudar a economia e a política da nação. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
FREIRE, Fátima de Souza; REBOUÇAS, Tereza Raquel da Silva. Uma descrição sucinta do 
balanço social francês, português, belga e brasileiro. In: TIBÚRCIO, César Augusto; 
FREIRE, Fátima de Souza (Org.). Balanço Social: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2001. 
 
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de 
contabilidade das sociedades por ações. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2000. 
 
KROTON EDUCACIONAL

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