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Consequência das feridas: ▪ Criação de espaço anormal ▪ Interrupção do fluxo sanguíneo ▪ Maior sensibilidade ▪ Acumulo de tec idos desvitalizados ▪ Contaminação ▪ O equino produz excesso de células granulosas ▪ Na maioria das vezes, se inicia com uma pequena ferida; ▪ Ph da pele é levemente ácido (4,8 a 6,8), sobre para 7,9 quando há sudorese; ▪ Pele grossa → 3 camadas de 3,8mm; ▪ Lembrar que a pele é o “espelho” do animal ▪ ferida→ interrupção da continuidade da pele que afeta a integridade; Deformidade ou lesão que pode ser superficial, profunda, fechada, aberta, simples; ▪ obs.: suturar com no máximo 24h ▪ cuidado com injeções de fenilbutazona ▪ geralmente as enfermidades dermatológicas são tratadas por cerca de 2 meses 1. Fase inflamatória 2. Fase de desbridamento ▪ Quimiotaxia ▪ Migração de neutrófilos (fagocitose) e monócitos (atração de fibroblastos) 3. Fase de reparação ▪ COCEIRA! ▪ Migração de fibroblastos ▪ Brutamento vascular ▪ Epitelização ▪ Contração da ferida 4.Fase de Remodelamento ▪ Película rosada ▪ Baixa celularidade ▪ Baixa produção de colágeno ▪ Baixa vascularização ▪ Baixa adaptação as forças de tensão Obs.: equinos possuem excesso de cels de granulação: rápida cicatrização ou quelóide. ▪ Inspeção ▪ Palpação ▪ Odor ? ▪ Causas da ferida → cada uma tem sua característica: o Mordida o Faca o Projéteis o Objetos perfuro cortantes ▪ Consequências: o Quanto maior a ferida, maior a consequência o Criação de espaço anormal o Interrupção do fluxo (1ª e 2ª fase) o Aumento da sensibilidade o Acúmulo de tecidos desvitalizados o Contaminação 1.classificação quanto aos Planos envolvidos ▪ Simples→ ferida superficial, bordas limpas e regulares, susceptível da reunião imediata sem lesão vascular (principalmente de grandes vasos) ou nervosa ▪ Composta→profunda, penetrante, atinge vários planos anatômicos (músculo, tendão, nervo, osso) e possui evolução e cicatrização lenta 2. Classificação quanto à Etiologia ▪ Avulção → tração violenta, dor, hemorragia, bordas irregulares ▪ Mordedura → ação traumática, esmagamento (dentes chatos de outros equinos) ou por perfuração (cães-dentes pontiagudos) ▪ Tóxica ou venenosa → agentes químicos (animal, vegetal e mineral), mínima lesão local e grave a geral (insetos e serpentes); ▪ Armas de fogo→alterações de acordo com o calibre, distância, local e projéteis balísticos 3.Classificação quanto à clínica cirúrgica ▪ Perfuradas→dor pouco intensa, hemorragia externa, pequena separação das bordas, agulhas, estiletes ▪ Incisas→ lesão por esmagamento, dor, pouca hemorragia, necrose e infecção ▪ Contusa → ... ▪ Complicadas → superficiais ou profundas, difícil cicatrização, infecção o Ex.: Lesões em membros → região de alta tensão e baixa circulação o Ex.: lesão entre membro e casco, boleto, coroa do casco, articulações → podem desenvolver laminite ▪ Ocorre após 24h ▪ Contaminação ▪ Ocorre quando não há limpeza antes de realizar a sutura ▪ Infecção ▪ Movimentação excessiva ▪ Espaço morto ▪ Necrose ▪ CCE ▪ Edema excessivo ▪ Autotraumatismo ▪ Idade ▪ Desnutrição → proteína total baixa (abaixo de 5,5mg, espera-se 70% de desidratação) ▪ Anemia e hemorragia ▪ Deficiência de Zn e Cu ▪ Deficiência de vitamina A, K, E e C ▪ AINES em excesso; ▪ Corticosteróides ▪ Traumatismos ▪ Infecção em parte do tecido ▪ Conter o paciente ▪ Parar a hemorragia ▪ Analgesia e sedação ▪ Estabilização ▪ Identificar a causa ▪ Limpeza ▪ Exploração criteriosa da ferida ▪ Proteção/imobilização ▪ Limpeza → antissepticos em feridas ▪ Clorexidina o Utilizada em feridas somente a 0,05% o Amplo espectro bacteriano o Efeito residual de 48h o Não é absorvível sistemicamente o Proteus serratia e Pseudomonas são resistentes ▪ Iodo povidine o Utilizar em feridas na concentração de 0,1 a 1% o Efeito residual: 4 a 8h o Tóxico para neutrófilos e fibroblastos (3ª fase) o Quando utilizado em grandes feridas, cavidades ou mucosas, pode ser absorvido e levar à toxidez o Resseca feridas → cessa a contaminação ▪ Amônia quaternária o Gram + o Pode ser inativada na presença de pus, sabão, iodo e sangue ▪ Líquido de Dakin o Base de hipoclorito de sódio o Efetivo em ph ácido o Deve ser preparado no dia do uso o 0,5% no 1º dia ▪ H202 o Usar antes da clorexidina o Citotóxica para fibroblastos o Bactericida fraco o Trombose na microcirculação o Usada a 3% apenas no primeiro dia para remover os debris ▪ Pomadas à base de antibióticos → nitrofurazona ▪ Ketanserina ▪ Açúcar, mel → não usar quando houverem moscas no local ▪ Alantoína → não usar quando a lesão for à nível muscular ▪ Fitoterápicos → babosa, barbatimão ▪ Óleo de girassol/copaíba → feridas em pele ou ressecamento ▪ Sulfato de Cu → debrida o excesso de cels da granulosa, usar com cautela pois pode haver efeito bom e ruim ▪ Enxertos biológicos→ pele de tilápia, pele de suíno. Usar em lesões grandes OBS.: NENHUM TRATAMENTO RESOLVE SE NÃO FIZER A ANTITETÂNICA ▪ Bandagem o Usar com cautela o Nem muito forte para não prender a circulação e nem muito folgado para não soltar o Cada local tem um tipo específico ▪ OBS.: NUNCA PASSAR SPRAY PRATO DENTRO DA FERIDA ▪ É desencadeada pelo estresse que baixa a imunidade e desencadeia o aumento de queratinócitos ▪ Não há região do corpo específica para as lesões ▪ Sinais clínicos: o Depressão o Letargia o Anorexia o Perda de peso o Febre o Pústulas que estouram o Crostas o Alopecia o Exsudação o Seborreia o Região oleosa em “carne viva” ▪ Diagnóstico o Histopatológico →biópsia cutânea, dermatite pustular com acantólise, presença de neutrófilos e eosinófilos ▪ Diagnóstico diferencial: o Dermatofilose o Dermatofitose o sarcóide→ferida pequena que evolui o foliculite→pontinhas de pústula ▪ Tratamento: o Imunossupressão o Imunomoduladores o AIES → CUIDADO! o Antibioticoterapia → saber quando há infecção associada o Xampu de enxofre ou ácido salicílico para acalmar a pele o Animais jovens respondem melhor ▪ Doença hiperplásica ou exsudativa ▪ Erupção, crosta e escama ▪ Agente etiológico: Dermatophilus congolensis (BACTÉRIA) ▪ ZOONOSE! ▪ Se inicia com processo inflamatório e ferida de porta de entrada ▪ Etiologia → Estresse o Desmame mal feito o Carência alimentar o Período chuvoso e quente o Desequilíbrio imunológico da pele e alterações no ph o Resposta inflamatória aguda: microabscessos→pústulas→crostas ▪ Sinais clínicos o Ausência de prurido o Alopecia o Crostas escamosas o Aparência delimitada o Pelo ereto em forma de tufo o Lesões generalizadas o Predileção por garupa e dorso ▪ Patogenia → A multiplicação bacteriana na epiderme gera uma dermatite exsudativa ou hiperplásica com formação de crostas + exsudato ▪ Histologicamente: paraqueratose, hiperqueratose, acantose e infiltrado de neutrófilos ▪ Obs.: a dermatofitlose também pode ter bactérias associadas ▪ Diagnóstico: o Histórico + sinais clínicos o Raspado de pele* com coloração de gram ou giemsa o Biópsia* o Cultura o Exame citológico *mais precisos ▪ Controle o Isolamento do animal o Desinfecção das instalações o Tretraciclina 5mg/kg semanalmente o Terramicina LA 20mg/kg dose única o Penicilina 40.000 UI/kg (48/48h) mais resistência, tratamento mais barato o Antinflamatório para acalmar o desconforto da pele o Banho de imersão → limpeza com sabão neutro (NÃO PULVERIZAR) o Povidine degermante 1% uso tópico (ótimo bactericida e baixo custo) o Clorex 4% banho de imersão 1x na semana ▪ Micose crônica com muita reincidiva ▪ Dermatófitos: o Trycophyton e Microsporum ▪ Sobrevive em áreas inflamadas → mucosa, pele e anexos ▪ Lesão de aspecto molhado, ao remover a crosta apresenta coloração acinzentada ▪ Patogenia → Alterações nosmecanismos de defesa facilitam a germinação do fungo que promovem a produção de queratinases nos folículos pilosos onde o fungo produz toxinas que causam reação inflamatória acarretando em proliferação de extrato córneo, queda de pelo, eritema e supuração (este último quando associado a bactérias) ▪ Sinais clínicos: o Prurido!!! o Alopecia → bordas irregulares o Descamação o Crostas cinzas o Crostas generalizadas úmidas e hemorrágicas o Elevação da pele o Pelo quebradiço ▪ Diagnóstico o Histórico + sinais o Tricograma o Cultura ▪ Diagnóstico diferencial: o Dermatofilose o Furúnculo o Demodicose o CCE ▪ Tratamento: o Cetoconazol o Novocort (AIE) o Xampu de sulfeto de selênio a 1% + tiabendazol 5% para banhos o Tiabendazol 0,5% no ambiente e em fômites o Obs.: para áreas pequenas e lesões no início: usar azeite de côco, pois cessa a proliferação fúngica ▪ Staphylococcus e Streptococcus ▪ Sinais clínicos: o Pápulas o Úlceras o Exsudação serosa, purulenta ou sanguinolenta o Crostas o Alopecias bastante avermelhadas o Concentrada em áreas que acumulam suor: membros e axila ▪ Diagnóstico: o Histórico + sinais clínicos o Exame dermatológico o Biópsia → mais fidedigna (pele+folículo) o Cultura ▪ Tratamento o Remoção e controle o Iodopovidine tópico o Xampu de clorexidina o Peroxido de benzoíla o Pomada sulfadiazina → usar quando houverem poucas lesões, pois pode se tornar caro quando usado no corpo inteiro o Antibioticoterapia sistêmica Obs.: usar o xampu de clorex e peroxidido de benzoíla durante 4 semanas e avaliar se será necessário continuar por mais um mês ▪ Pythium insidiosum – pseudofungo ▪ Acomete membros, abdomem, tórax (maior incidência) ▪ Predileção por regiões úmidas: chuva, lago, inundações e regiões alagadas ▪ Patogenia → Uma pequena lesão pode servir de porta de entrada para instalação e proliferação do fungo nos membros causando necrose subcutânea. Há uma intensa reação eosinofílica e necrose de vasos sanguíneos que levam a granulação exuberante, formação de fístulas com prurido viscoso do fungo, grumos com fungos e tecidos calcificados. Possui aspecto multifilamentoso e denso ▪ Sinais clínicos: o Odor forte o Granulona subcutâneo o Lesão ulcerativa com borda irregular o Corrimento serossanguinolento o Prurido o Kunkers – grandes concentrações (patognomônico da ptiose) o Anemia o Hipoproteinemia o Emagrecimento o Morte pelas características secundárias ▪ Diagnóstico: o H+SC+EC o Biópsia – hifas e ramificações o Citologia o Cultura o Elisa o Imunohistoquímico o PCR ▪ Diagnóstico diferencial: o Habronemose o Tecido de granuloma exuberante o CCE o Granuloma de cels escamosas ▪ Tratamento o Remoção cirúrgica o Imunoterapia associada a antifúngicos o Obs.: Drogas sistêmicas não são eficazes! o Compostos iodínicos como iodeto de K e Na a 10% o Limpeza diária da ferida 2X ao dia o Perfusão regional+ressecção cirúrgica (mais indicado) o Pomada de anfotericina B humana ▪ Normalmente Acomete membros e conjuntiva ▪ Não sara ▪ Forma cutânea: o Coceira que gera ferida: autotrauma o Massas ulcerativas e nodulares com larvas o Infecção bacteriana e micótica secundária o No processo uretral ocasiona aumento de volume, sangramento durante o coito, baixa libido e baixa fertilidade ▪ Forma conjuntival: o Deposição de larvas o Corrimento ocular e feridas perioculares o Conjutivite granulosa o Alteração no funcionamento da pálpebra o Irritação da córnea o Lacrimejamento o Obstrução do ducto nasolacriaml ▪ Diagnostico: o H+SC o Biópsia cutânea para histopatologia o Raspado cutâneo profundo ▪ Diagnóstico diferencial: o Ptiose o CCE o Sarcóide ▪ Tratamento o Debridamento cirúrgico – termocauterização o Criocirurgia o Antinflamatórios: prednisona ou prednisolona 1mgQkg 10 a 14 dias o Terapia com inseticida o Limpeza cutânea o Pasta cutânea manipulada com dexametasona+nitrofuzona+organofosfora dos (triclorfon) + DMSO (dimetilsulfóxido) o Fazer um vermífugo associado ▪ Prevenção: o Quarentena o Higienizar periodicamente locais ocupados pelos animais o Anti-helmíntico o Inseticidas o Tratar os ferimentos e escoriações ▪ Trabalho extremamente delicado ▪ Neoplasia cutânea ▪ Etiologia: o Herdabilidade genética alta o Exposição ao vírus o Traumatismo cutâneo: porta de entrada ▪ Sinais clínicos: o Crostas o Aumento de volume o Pústulas grandes ▪ Zonas de predileção: Cabeça, membros e abdome (DD: Ptiose) → refiões difíceis de trabalhar ▪ Tipos: o Verrugosas o Fibroblasto = semelhante a habronemose o Nodular o Ocular ▪ Obs.: a neoplasia invagina para dentro da porta de entrada sendo a “ponta do iceberg” ▪ Diagnóstico: o Histórico o Sinais clínicos o Histopatologia: imprinting ou biópsia ▪ Hiperqueratose ▪ Epitélio delgado →tumor ▪ Diminuição do folículo piloso e glândula sudorípada ▪ pouco colágeno o DD: CCE ▪ Tratamento: o Cirurgia o Crioterapia o Radioterapia o Antinflamatório pós cirúrgico o Cauterização →boa resposta a depender do local o Retirar o animal do plantel reprodutivo ▪ Após a retirada cirúrgica há baixa chance de metástase ▪ Tumor de queratinócitos ▪ 6 a 10% das neoplasias em equinos ▪ Hereditariedade ▪ Placas despigmentadas, irregulares da superfície do eclipse ou erosões incuráveis, acompanhadas de casos de metástase ▪ Microscopicamente: formação de pérolas de queratina, mitoses e atipia celular ▪ Diagnóstico: o Sinais clínicos o Histopatológico o Ultrassonografia →avaliar se há metástase interna dos órgãos e ver se há estruturas de sarcóide o Punção aspirativa ▪ Aumento da sensibilidade das camadas da pele a luz ▪ Quanto mais claro, mais sensível ▪ Relacionado com pele clara ▪ Relacionado com a alimentação →braquiárias ▪ Acomete pele e mucosas ▪ Tratamento: o Pasta d’água ou garinha de maisena + água fria (nunca gelada) para acalmar a pele (a pasta resseca e forma uma camada protetora)
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