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UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 94 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA 01 – TERMO E CONCEITOS BÁSICOS EM ANATOMIA HUMANA Para que possamos entender o corpo humano e seu funcionamento, faz-se necessário partir de um ponto em evidência. Observe seu próprio corpo. Como pode perceber, ele é composto por uma cabeça, constituída por crânio e face; um tronco, onde encontram-se o pescoço, o tórax e o abdome; dois membros superiores, que são os braços e as mãos e, finalmente, dois membros inferiores, representados pelas pernas e pés. Isto parece bastante simples, mas não o suficiente para que você possa descrever ou localizar algo no corpo de alguém. Vamos imaginar que, durante seu exercício profissional, lhe seja solicitada a execução de determinado procedimento no membro inferior de um paciente. Essa informação será suficiente para que você vá direto ao ponto? É claro que não. Portanto, utilizando a imaginação, vamos agora traçar três planos para dividir o corpo humano: o sagital, que nos fornece a porção direita e esquerda do corpo; o coronal, referente à porção anterior (ventral) e à posterior (dorsal); e o transversal, que nos permite observar a porção cranial (superior ou proximal) e a caudal (inferior ou distal) do corpo. Um dos elementos que possibilitam localizar com maior exatidão as áreas do corpo são suas faces internas e externas. Assim, colocando-se uma pessoa deitada em decúbito dorsal (o dorso, as costas em contato com o leito), com as palmas das mãos para cima, pode-se observar um corpo em posição anatômica; as áreas mais internas são obviamente as faces internas; as outras, as faces externas. Até agora, detivemo-nos na apresentação do corpo humano em sua forma anatômica. Se, contudo, desejamos envolver o fator saúde, apenas conhecer a forma não é suficiente, faz-se necessário entender seu funcionamento. Volte novamente os olhos para seu corpo. Perceba que ele é completamente recoberto por um tecido que muda de aspecto conforme a especificidade das partes. Assim, o que recobre a face superior das mãos é diferente do que recobre a palma; o que recobre os lábios é diferente do que recobre a face, etc. Mas há um ponto comum: todos são compostos por células que atuam em conjunto, formando verdadeiras equipes de trabalho. A essa altura, observando atentamente o corpo e não tendo conseguido diferenciar nenhuma célula, você deve ter percebido que elas são invisíveis a olho nu, só podendo ser vistas com o auxílio de microscópios. Embora a maioria seja composta por um núcleo - onde fica armazenado o material genético com informações que garantem suas características -, um citoplasma e uma membrana - que envolve a célula e a protege -, as células possuem funções e formas diferentes e sua disposição resulta em vários tipos de tecidos: conjuntivo - composto por células e fibras imersas num meio especial chamado substância intercelular. A proteína fibrosa existente entre as células do tecido conjuntivo é denominad colágeno. Sua função é de sustentação: o tecido conjuntivo sustenta e une os órgãos, ocupando os espaços vazios entre os mesmos. Forma as cartilagens (conjuntivo cartilaginoso), os ossos (conjuntivo ósseo), o tecido gorduroso (conjuntivo adiposo) e o sangue (conjuntivo sangüíneo); Muscular - composto por fibras musculares; Epitelial ou de revestimento - como o nome sugere, reveste e protege todas as superfícies do organismo. Recobre a parte externa da pele (chamada de epiderme) e a parede interna (denominada mucosa) de diversos órgãos, como a boca, estômago,intestino, etc.; Nervoso - composto por células nervosas, chamadas neurônios, tem a função de captar estímulos ambientais e do próprio corpo, conduzindo- os e interpretando-os. Entretanto, se agrupamentos de células podem formar tecidos diferentes, estes, por sua vez, formam distintos órgãos que interagem para desempenhar determinada função no organismo, resultando, então, em um sistema. O corpo humano é constituído por vários sistemas, cada um deles executando tarefas distintas; que devem estar sintonizados e funcionando de forma integrada e harmônica, para manter a saúde do organismo. O termo “Anatomia” significa: ana= em partes; tomein= cortar. É a ciência que estuda micro e macroscopicamente a estrutura, a constituição e o desenvolvimento dos seres organizados. Nesse caso, a organização do ser humano. Variação Anatômica: Diferenças morfológicas existentes entre elementos de uma mesma espécie. Podem ser externas ou internas, e não trazem nenhum prejuízo funcional para o indivíduo. Exemplos. UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 95 Anomalia: Variação morfológica que determina variação funcional e consequente prejuízo, mas é compatível com a vida, pois há adaptação do organismo. Ex: Síndrome de Down; Polidactilia; não formação dos dedos. Monstruosidade: Anomalia muito acentuada de modo a deformar profundamente a construção do corpo, sendo na grande maioria das vezes incompatível com a vida. Ex: Anencefalia (não formação do encéfalo – cérebro). Posição anatômica: É uma posição padronizada, denominada posição de descrição anatômica, utilizada para que não ocorra variações nem definições incorretas. Planos anatômicos: Dividem o corpo humano em metades. Podem ser: Plano mediano (ou mediano – sagital), que divide em direita e esquerda; o Plano coronal, que divide em planos anterior (ou ventral) e posterior (ou dorsal); e Plano horizontal (ou transversal), que divide em porções superior e inferior. Biotipo: resultante da soma dos caracteres herdados e dos caracteres adquiridos por influência do meio e da sua interrelação. Os dois tipos extremos são chamados de longilíneo e brevilíneo. Os longilíneos são indivíduos magros, altos, com pescoço longo, tórax muito achatado ântero – posteriormente, com membros longos em relação à altura do tronco. Os brevilíneos são indivíduos baixos, com pescoço curto, com tórax de grande diâmetro ântero – posterior, membros curtos em relação a altura do tronco. Os normolíneos (ou mediolíneos) apresentam caracteres intermediários entre os dois extremos e representa a maioria das pessoas. Termos de relação e comparação: denominações utilizadas quando se relaciona ou se compara diferentes partes do corpo humano. São eles: Proximal e Distal; Medial e Lateral; Anterior (ventral) e posterior (dorsal); Superior (cranial) e Inferior (Caudal) Exemplos: O ombro é proximal em relação ao cotovelo. O cotovelo é distal em relação ao ombro e proximal em relação à mão. A orelha é lateral em relação à boca. O olho é medial em relação à orelha e lateral em relação ao nariz. Variação Anatômica externa Variação Anatômica interna Brevilíneo Mediolíneo Longilíneo UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 96 SISTEMA ÓSSEO OU ESQUELÉTICO De que é composto? – Composto por 206 peças ósseas no adulto – Constituído por peças ósseas e cartilaginosas articuladas, que formam um sistema que alavanca o movimento; – O osso é uma forma sólida de tecido conjuntivo, esbranquiçado, cuja principal característica é a mineralização (cálcio) de sua matriz óssea. Funções do Sistema Esquelético – Sustentação: moldura que sustenta o corpo; – Movimentação: Em conjunto com articulações, músculos e sistema nervoso; – Proteção: Órgãos internos; – Hematopoiese: Produção de células sanguíneas; – Reserva de Minerais: Cálcio e fósforo, especialmente; – Manutenção da postura bípede Estrutura de osso longo Tipos de Ossos – Ossos longos: Têm o comprimento maior que a largura e a espessura. Ex: fêmur, tíbia, rádio, ulna; – Ossos curtos: Têm equivalência em todas as suas dimensões.Ex: ossos do carpo e ossos do tarso; – Ossos sesamóides: Todo o osso que se desenvolve no interior de alguns tendões. Ex: patela. – Ossos laminares ou planos: Têm o comprimento e a largura maior que a espessura. Ex: escápula, ilíaco, costelas, etc; EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01 – Descreva como é a posição anatômica. 02 – O que é variação anatômica? Diferencie os dois tipos. 03 – Analise a frase, julgue se é verdadeira ou falsa e justifique: “Anomalia e monstruosidade são sinônimos, e significam deformações na construção de alguma parte do corpo”. 04 – Quais são os planos anatômicos existentes? 05 – O que é biotipo? Como pode ser classificado? UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 97 – Ossos irregulares: Não têm equivalência em nenhuma de suas dimensões. Ex: vértebras, sacro, etc. – Ossos pneumáticos: Todo o osso que tem ar em seu interior. Ex: Frontal, esfenóide, maxilar, etc. Esqueleto Axial e Apendicular – Esqueleto Axial (em amarelo): Formado pela caixa craniana, coluna vertebral e caixa torácica. – Esqueleto Apendicular (em cinza): Formado pela cintura escapular, cintura pélvica e esqueleto dos membros superiores e inferiores. Esqueleto Axial Crânio e Face Crânio – Frontal; 1 – Parietal; 2 – Temporal; 2 – Occipital; 1 – Esfenóide; 1 – Etmóide; 1 Face – Zigomáticos; 2 – Lacrimal; 2 – Nasal; 2 – Fossas nasais inferiores; 2 – Palatinos; 2 – Maxilar; 2 – Vômer; 1 – Mandíbula; 1 Suturas do crânio – Sut. Coronal: Une os ossos Frontal e Temporais ; – Sut. Sagital: Une os ossos Parietais – Sut. Lambdóide: Une os ossos Parietais ao Occiptal; – Sut. Escamosa: Une Parietais a parte escamosa do Temporal ; – Sut. Parieto-mastóidea: Une Os Parietais a parte mastóidea do osso Temporal; – Sut. Occipto-mastóidea: Une o osso Occiptal a parte mástóidea do osso Tempora UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 98 UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 99 UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 100 UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA Osso Frontal – Vista anterior Osso Parietal– Vistas lateral e medial UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA Osso Temporal – Vista lateral Osso Occipital – Vistas Superior e inferior UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 103 Osso Esfenoide – Vista anterior UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 104 Osso Etmoide – Vistas anterior e lateral Osso Vômer – Vistas lateral e posterior Fossas nasais Inferiores – Articuladas UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA Osso Lacrimal - Articulado Osso Zigomático Vistas lateral e medial Osso Maxilar Vistas lateral e medial Ossos Palatinos Vistas lateral e anterior Mandíbula UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 106 Vistas anterior e lateral Pescoço Osso Hióide Ouvido – Bigorna (2) – Martelo (2) – Estribo (2) Caixa Torácica – Costelas (24) – 7 p verdadeiras – 3 p Falsas – 2 p Flutuante – Esterno UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA Caixa Torácica – Costela Caixa Torácica – Esterno UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 108 Coluna vertebral – Vértebras Cervicais - 07 – Vértebras Torácicas - 12 – Vértebras Lombares - 5 – Sacro - 1 – Cóccix – 3 / 4 UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 109 Características das vértebras cervicais • Presença dos forames transversos • Grande mobilidade • Processos espinhosos bífidos – c2 a c6 • C1 não possui processo espinhoso devido a presença dos tubérculos UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 110 • C2 possui o dente anterior • C7 vértebra proeminente • Importância clínica Características das vértebras torácicas • Presença das fóveas costais • Mobilidade mais reduzida • Processo espinhoso verticalizado e longo • Corpo vertebral pequeno • Canal vertebral estreito UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA Características das vértebras lombares • Mobilidade maior que torácica • Processo espinhoso curto e horizontalizado • Corpo vertebral robusto • Canal vertebral largo • Importância clínica Coluna vertebral – Sacro UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA Coluna vertebral – Sacro Cóccix UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 113 Esqueleto Apendicular Cintura Escapular – Clavícula (2) – Escápula (2) UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 114 Clavícula Escápula Membros Superiores UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 115 – Úmero (2) – Rádio (2) – Ulna (2) – Ossos do Carpo (8) – Metacarpos (5) – Falanges (14) Úmero UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA Rádio Ulna Ossos da mão – Escafóide – Semilunar UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 117 – Piramidal – Pisiforme – Trapézio – Trapezóide – Capitato – Hamato UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA Cintura Pélvica – Osso do Quadril (Ilíaco) (2) Cintura Pélvica – Vista posterior UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 119 UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 120 Membros Inferiores – Fêmur – Patela – Tíbia – Fíbula ou x – Ossos do Tarso – Metatarsais – Falanges Fêmur UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA Patela Tíbia Fíbula UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 122 Joelho Ossos do pé UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 123 – Calcâneo – Tálus – Cubóide – Navicular – Cuneiformes – Medial – Intermédio – Lateral Pé UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 124 Fixação Sistema Articular Articulações ou Junturas – São uniões funcionais entre 02 ou mais ossos. – Podem ser: – Fibrosas (Sinartroses): Imóveis; – Cartilagíneas (Anfiartroses): Movimento limitado; – Sinoviais (Diartroses): Movimentos amplos. Sinartroses (Imóveis) – Suturas Ex.: Ossos do crânio; – Sindesmoses Ex.: Fíbula-Tíbia; – Gonfoses Ex.: Dente e Mandíbula; Anfiartroses (Parcialmente móveis) – Sincondroses: Ex. Sacral; – Sínfises Ex.: Púbica. Diartroses (Móveis) – As movimentação variada, sejam em dobradiça (ex.: cotovelo, joelho, etc.), rotação (ex.: quadril-fêmur, escápula-úmero, etc.) ou variável (ex.: pulso, calcanhar, etc.). Ligamentos UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 125 São constituídos por fibras colágenas, maleáveis e flexíveis, para permitir perfeita liberdade de movimento. Porém, são muito fortes e resistentes. Discos e Meniscos – Formações fibrocartilagíneas para melhor adaptação das superfícies que se articulam ou para receber pressões maiores (“amortecedores”) 03 – SISTEMA ARTICULAR Responsável por conectar quaisquer partes do esqueleto, sejam ossos ou cartilagens. É formado pelas articulações, também chamadas de junturas. Esta união dos ossos e cartilagens, que forma o esqueleto, tem a finalidade de colocar os ossos em contato e de permitir mobilidade ao esqueleto. As junturas são divididas em três grandes grupos, conforme a natureza do elemento que se interpõe entre as peças que se articulam: 1. Junturas fibrosas: o elemento que se interpõe entre as peças é o tecido conjuntivo fibroso. A mobilidade nesta articulação é bastante reduzida, embora o tecido conjuntivo interposto confere certa elasticidade à articulação. A grande maioria dessas junturas se apresentam no crânio. Subdividem-se em: Suturas: são encontradas entre os ossos do crânio. Os ossos articulados podem entrar em contato de forma retilínea, ou aproximadamente retilínea, chamadas de suturasplanas; em forma de bisel (suturas escamosas); ou formando uma linha “denteada” (sutura serreada). Sindesmoses: o tecido interposto também é o conjuntivo fibroso, porém não ocorrem EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01 – Como pode ser dividido o esqueleto? Cite as partes de cada um. 02 – Cite o nome das cinturas que unem as partes do esqueleto. 03 – Quais são as funções do esqueleto? 04 – Cite o nome de três ossos que formam o crânio. 05 – Como é divido o osso esterno? Cite uma curiosidade a respeito de uma das partes. 06 – Como são classificadas as vértebras? Conforme a sua forma, como podem ser denominadas? 07 – Qual o número de costelas existentes no esqueleto humano? Como são divididas? 08 – As úlceras por pressão são lesões na pele muito comumente encontradas em pacientes que ficam internados por longo tempo. Estão ligadas a diversos fatores, como nutrição, idade, mobilidade, proeminências ósseas, superfície de contato, dentre outras. Quais são as principais proeminências ósseas acometidas nas úlceras por pressão? UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 126 entre os ossos do crânio. Na nomenclatura anatômica, só há um exemplo: a sindesmose tíbio – fibular, que faz a união entre as extremidades distais da tíbia e da fíbula (ossos da perna). 2. Junturas cartilaginosas: O tecido interposto é o cartilaginoso. Quando a cartilagem é hialina, as junturas são denominadas sincondroses; quando a cartilagem é fibrosa, se denominam sínfises. Nos dois tipos de cartilagem, a mobilidade é reduzida. Exemplos: sincondrose esfeno – occipital e sínfise púbica. 3. Junturas sinoviais: O elemento que se interpõe é um líquido denominado sinóvia, ou líquido sinovial. Ela permite um livre deslizamento de uma superfície óssea sobre a outra. Os meios de união entre as peças esqueléticas articuladas não se prendem nas superfícies das articulações, como ocorrem nas junturas fibrosas e cartilaginosas, e sim por meio de uma cápsula, a cápsula articular, que envolve à articulação prendendo – se nos ossos que se articulam. Esta cápsula apresenta duas camadas, a membrana fibrosa, mais externa, e a membrana sinovial, internamente, responsável pela produção do líquido sinovial. Ainda internamente na cápsula articular, existe um espaço virtual, onde se encontra o líquido sinovial (o lubrificante natural da juntura), denominada cavidade articular. Superfícies articulares: Superfícies que em uma articulação entram em contato. São revestidas em toda a sua extensão por cartilagem hialina, que representa a porção do osso que não foi ossificada. São lisas, polidas e de cor esbranquiçada. A cartilagem articular é avascular e sem inervação. Discos e meniscos: São formações fibro – cartilagíneas, cuja função é discutida em dois aspectos: serviriam para uma melhor adaptação das superfícies que se articulam; seriam estruturas destinadas a receber violentas pressões, como se fossem amortecedores. Exemplos: Meniscos da articulação do joelho, e discos intra – articulares das articulações esternoclavicular e têmporomandibular. Principais movimentos realizados pelos segmentos do corpo: Obrigatoriamente, o movimento em uma articulação faz – se em torno de um eixo (eixo de movimento). A direção do eixo de movimento é sempre perpendicular ao plano no qual se realiza determinado movimento, e podem ser ântero – posterior (ventro – dorsal); látero – lateral; e longitudinal (crânio – caudal) Cápsula articular Flexão e Extensão do antebraço UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 127 04 – SISTEMA MUSCULAR Juntamente com os ossos e as junturas, os músculos formam o sistema locomotor. O sistema muscular é caracterizado pela propriedade de contração e distensão de suas células, o que determina a movimentação dos membros e das vísceras. Além disso, mantém as peças ósseas unidas determinando a posição e a postura do esqueleto. Há basicamente três tipos de tecido muscular: Músculo liso: o músculo involuntário localiza- se na pele, órgãos internos, aparelho reprodutor, grandes vasos sanguíneos e aparelho excretor. O estímulo para a contração dos músculos lisos é mediado pelo sistema nervoso vegetativo. Músculo estriado esquelético: é inervado pelo sistema nervoso central e, como este se encontra em parte sob controle consciente, chama-se músculo voluntário. As contrações do músculo esquelético permitem os movimentos dos diversos ossos e cartilagens do esqueleto. Músculo cardíaco: este tipo de tecido muscular forma a maior parte do coração dos vertebrados. O músculo cardíaco carece de controle involuntário. É inervado pelo sistema nervoso vegetativo. A célula muscular normalmente está sob o controle do sistema nervoso. Cada músculo possui o seu nervo motor, que se divide em muitos ramos para poder controlar todas as células do músculo, sendo as divisões mais delicadas denominadas de placas motoras. Quando o impulso nervoso passa através do nervo, a placa motora transmite o impulso às células musculares, determinando a contração muscular, que como visto anteriormente pode ser voluntária ou involuntária. O sistema muscular esquelético constitui a maior parte da musculatura do corpo, formando o que se chama popularmente de carne. Essa musculatura recobre totalmente o esqueleto e está presa aos ossos, sendo responsável pela movimentação corporal. O músculo esquelético possui uma porção média e extremidades. A porção média é carnosa, recebe o nome de ventre muscular, que é popularmente chamada de carne, como visto anteriormente. Nessa porção predominam as fibras musculares, sendo a parte ativa (contrátil) do músculo. As extremidades podem ser cilindroides ou em forma de fita, recebendo a denominação de tendão, ou podem ter formato laminar, denominado – se aponeurose. Tanto os tendões quanto as aponeuroses servem para prender o músculo ao esqueleto, na grande maioria das vezes, mas também podem prender a outros elementos, como cartilagem, capsular articulares, outros tendões, derme, dentre outros. Existe uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo, denominado fáscia muscular, que varia de músculo para músculo, dependendo da sua função. Ela pode ser muito espessada e pode contribuir para prender o músculo ao esqueleto. Outra função desempenhada pela fáscia é permitir o fácil deslizamento dos músculos entre si. A extremidade do músculo presa ao osso que não se desloca durante a contração é denominada de origem (ponto fixo). Por contraposição, a parte presa à peça óssea que se desloca durante a contração é denominada de inserção (ponto móvel) do músculo. Classificação dos músculos: 1. Quanto à origem: Bíceps: Apresentam duas cabeças de origem (dois tendões). Ex.: bíceps braquial. Tríceps: Apresentam três cabeças de origem. Ex.: tríceps da perna. Quadríceps: Apresentam quatro cabeças de origem. Ex.: quadríceps da coxa. Fixadores ou Posturais: Estabilizam as diversas partes do corpo para tornar possível a ação principal. UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 128 Principais músculos do corpo humano EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1 – Como são classificadas as junturas? 2 – Dê um exemplo de cada tipo de juntura citado na questão anterior. 3 – Quais os principais músculos envolvidos na administração de medicamentos ou vacinas IM? UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 05 – SISTEMA TEGUMENTAR O sistema tegumentar estuda o tegumento humano, mais conhecido como pele, e seus anexos (pelos, unhas e mamas). Tem como principais funções proporcionar ao corpo um revestimento protetor, que contém terminações nervosas sensitivas, e participa da regulação da temperatura corporal. A pele é formada por duas camadas distintas,firmemente unidas entre si: a epiderme, mais superficial; e a derme, subjacente a primeira, ambas apresentando uma complexa estrutura microscópica. A epiderme é um epitélio multiestratificado, formado por várias camadas (estratos) de células achatadas (epitélio pavimentoso) justapostas. A camada de células mais interna, denominada epitélio germinativo, é constituída por células que se multiplicam continuamente; dessa maneira, as novas células geradas empurram as mais velhas para cima, em direção à superfície do corpo. À medida que envelhecem, as células epidérmicas tornam-se achatadas, e passam a fabricar e a acumular dentro de si uma proteína resistente e impermeável, a queratina. As células mais superficiais, ao se tornarem repletas de queratina, morrem e passam a constituir um revestimento resistente ao atrito e altamente impermeável à água, denominado camada queratinizada ou córnea. Toda a superfície cutânea está provida de terminações nervosas capazes de captar estímulos térmicos, mecânicos ou dolorosos. Essas terminações nervosas (ou receptores cutâneos) são especializadas na recepção de estímulos específicos. Não obstante, alguns podem captar estímulos de natureza distinta. Porém na epiderme não existem vasos sanguíneos. Os nutrientes e oxigênio chegam à epiderme por difusão a partir de vasos sanguíneos da derme. Nas camadas inferiores da epiderme estão os melanócitos, células que produzem melanina, pigmento que determina a coloração da pele. As glândulas anexas – sudoríparas e sebáceas – encontram-se mergulhadas na derme, embora tenham origem epidérmica. O suor (composto de água, sais e um pouco de ureia) é drenado pelo duto das glândulas sudoríparas, enquanto a secreção sebácea (secreção gordurosa que lubrifica a epiderme e os pelos) sai pelos poros de onde emergem os pelos. A transpiração ou sudorese tem por função refrescar o corpo quando há elevação da temperatura ambiental ou quando a temperatura interna do corpo sobe, devido, por exemplo, ao aumento da atividade física. A derme, localizada imediatamente sob a epiderme, é um tecido conjuntivo que contém fibras proteicas, vasos sanguíneos, terminações nervosas, órgãos sensoriais e glândulas. As principais células da derme são os fibroblastos, responsáveis pela produção de fibras e de uma substância gelatinosa, a substância amorfa, na qual os elementos dérmicos estão mergulhados. A epiderme penetra na derme e origina os folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas. Na derme encontramos ainda: músculo eretor de pelo, fibras elásticas (elasticidade), fibras colágenas (resistência), vasos sanguíneos e nervos. Sob a pele, há uma camada de tecido conjuntivo frouxo, o tecido subcutâneo, rico em fibras e em células que armazenam gordura (células adiposas ou adipócitos). A camada subcutânea, denominada hipoderme, atua como reserva energética, proteção contra choques mecânicos e isolante térmico. Anexos da pele: Pelos: cobrem quase toda a pele, estando ausentes nas regiões palmar e plantar. A grande parte dos pelos que cobrem a pele são finos. Já os pelos longos desenvolvem – se no couro cabeludo, nas axilas, ao nível da sínfise púbica, e em homens no rosto. No pelo distingue – se duas partes: a haste, que se encontra acima da pele; e a raiz, que se aloja em um tubo epidérmico denominado folículo piloso, que adentra na derme ou na tela subcutânea. A base desse folículo é dilatada, constituindo o bulbo piloso. Cada pelo está ligado a um músculo eretor do pelo, cuja contração provoca a ereção, e a uma ou duas glândulas sebáceas, responsáveis pela lubrificação. Unhas: São placas curvas queratinizadas, dispostas na superfície dorsal das falanges distais, com função protetora. Apresentam uma parte distal, exposta, o corpo, e uma parte proximal, oculta, a raiz (matriz), coberta por um prolongamento ou prega da camada córnea da epiderme. A unha repousa sobre o leito ungueal, abundantemente vascularizado e inervado. O crescimento das unhas é contínuo durante a vida, graças a um processo de proliferação e diferenciação de células epiteliais da raiz da unha, que gradualmente se queratinizam para formar a placa córnea. Mamas: A mama é constituída de parênquima, de tecido glandular (glândula mamária); de estroma, de tecido conjuntivo, predominando o tecido adiposo; e de pele. O parênquima é formado de glândulas cutâneas modificadas que se especializam na produção de leite após a gestação. UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 130 UNHA PELO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01 – Em quais camadas a pele pode ser dividida? 02 – Quais as características da camada germinativa e da camada queratinizada? 03 – Quais as funções da pele? 04 – Quais são os anexos da pele? 05 – Fale um pouco sobre cada um dos anexos. UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 131 06 – SISTEMA RESPIRATÓRIO A respiração consiste na absorção, pelo organismo, de oxigênio, e a eliminação do gás carbônico resultante de oxidações celulares. O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões e por vários órgãos que conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses órgãos são as fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traqueia, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos, os três últimos localizados nos pulmões. O sistema respiratório pode ser dividido em duas partes: porção de condução (representado pelos órgãos tubulares – traqueia e brônquios – cuja função é levar o ar inspirado até os pulmões); e a porção de respiração (representada pelos pulmões). Fossas nasais: são duas cavidades paralelas que começam nas narinas e terminam na faringe. Elas são separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa denominada septo nasal. Em seu interior há dobras chamadas cornetos nasais, que forçam o ar a turbilhonar. Possuem um revestimento dotado de células produtoras de muco e células ciliadas, também presentes nas porções inferiores das vias aéreas, como traqueia, brônquios e porção inicial dos bronquíolos. Tem as funções de filtrar, umedecer e aquecer o ar. No teto das fossas nasais existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato. Faringe: é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório e comunica-se com a boca e com as fossas nasais. É dividida em três partes: parte nasal, superior, e que se comunica com a cavidade nasal; parte bucal, média, que se comunica com a cavidade bucal; e a parte laríngica, inferior, situada posteriormente à laringe e continuada diretamente pelo esôfago. O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe, antes de atingir a laringe. Laringe: é um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na parte superior do pescoço, em continuação à faringe, além da via aerífera, é um órgão da fonação, pois o epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, as cordas vocais, capazes de produzir sons durante a passagem de ar. A entrada da laringe chama-se glote. Acima dela existe uma cartilagem denominada epiglote, que funciona como válvula. Quando nos alimentamos, a laringe sobe e sua entrada é fechada pela epiglote. Isso impede que o alimento ingerido penetre nas vias respiratórias. Traqueia: é um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10-12 centímetros de comprimento, cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos. Bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios, que penetram nos pulmões. Seu epitélio de revestimento muco-ciliar adere partículas de poeira e bactérias presentes em suspensão no ar inalado, que são posteriormente varridas para fora (graças ao movimento dos cílios) e engolidas ou expelidas. Pulmões: Os pulmões humanos são órgãos esponjosos, com aproximadamente25 cm de comprimento, sendo envolvidos por uma membrana serosa denominada pleura, que apresenta dois folhetos: a pleura pulmonar, que reveste a superfície dos pulmões; e a pleura parietal, que recobre a face interna da parede torácica. Entre os dois folhetos há um espaço virtual, a cavidade da pleura, contendo uma película de líquido e espessura capilar que permite o livre deslizamento de um folheto contra o outro, nas constantes variações de volume do pulmão durante os movimentos respiratórios. Nos pulmões os brônquios ramificam-se profusamente, dando origem a tubos cada vez mais finos, os bronquíolos. O conjunto altamente ramificado de bronquíolos é a árvore brônquica ou árvore respiratória. Cada bronquíolo termina em pequenas bolsas formadas por células epiteliais achatadas (tecido http://tudosobreanatomia.blogspot.com.br/p/sistema-respiratorio-o-sistema.html UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 132 epitelial pavimentoso) recobertas por capilares sanguíneos, denominadas alvéolos pulmonares. Diafragma: A base de cada pulmão apoia – se no diafragma, um fino músculo que separa o tórax do abdômen promovendo, juntamente com os músculos intercostais, os movimentos respiratórios. Localizado logo acima do estômago, o nervo frênico controla os movimentos do diafragma. FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO A inspiração, que promove a entrada de ar nos pulmões, dá-se pela contração da musculatura do diafragma e dos músculos intercostais. O diafragma abaixa e as costelas elevam-se, promovendo o aumento da caixa torácica, com consequente redução da pressão interna (em relação à externa), forçando o ar a entrar nos pulmões. A expiração, que promove a saída de ar dos pulmões, dá-se pelo relaxamento da musculatura do diafragma e dos músculos intercostais. O diafragma eleva-se e as costelas abaixam, o que diminui o volume da caixa torácica, com consequente aumento da pressão interna, forçando o ar a sair dos pulmões. Transporte de gases respiratórios: O transporte de gás oxigênio está a cargo da hemoglobina, proteína presente nas hemácias. Cada molécula de hemoglobina combina-se com quatro moléculas de gás oxigênio, formando a oxi-hemoglobina. Nos alvéolos pulmonares o gás oxigênio do ar difunde-se para os capilares sanguíneos e penetra nas hemácias, onde se combina com a hemoglobina, enquanto o gás carbônico (CO2) é liberado para o ar (processo chamado hematose). Nos tecidos ocorre um processo inverso: o gás oxigênio dissocia-se da hemoglobina e difunde-se pelo líquido tissular, atingindo as células. A maior parte do gás carbônico (cerca de 70%) liberado pelas células no líquido tissular penetra nas hemácias e reage com a água, formando o ácido carbônico, que logo se dissocia e dá origem a íons H+ e bicarbonato (HCO3-), difundindo-se para o plasma sanguíneo, onde ajudam a manter o grau de acidez do sangue. Cerca de 23% do gás carbônico liberado pelos tecidos associam-se à própria hemoglobina, formando a carboemoglobina. O restante dissolve-se no plasma. SISTEMA RESPIRATÓRIO FUNÇÕES Podemos elencar três funções importantes do Sistema respiratório: RESPIRAÇÃO; EXCREÇÃO; PROMOÇÃO DO EQUILÍBRIO ÁCIDO/BASE SANGUÍNEO; Este sistema é constituído Por dois tratos ou vias respiratórias: Trato respiratório superior: É formado por órgãos localizados fora da caixa torácica: Nariz externo, cavidade nasal, faringe, laringe. Trato respiratório inferior: Consiste em órgãos localizados na cavidade torácica:Traquéia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões. UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 133 NARIZ O nariz é uma protuberância situada no centro da face, sendo sua parte exterior denominada nariz externo e a escavação que apresenta interiormente conhecida por cavidade nasal. O nariz externo tem a forma de uma pirâmide triangular de base inferior e cuja a face posterior se ajusta verticalmente no 1/3 médio da face. As faces laterais do nariz apresentam uma saliência semilunar que recebe o nome de asa do nariz. O ar entra no trato respiratório através de duas aberturas chamadas narinas. Em seguida, flui pelas cavidades nasais direita e esquerda, que estão revestidas por mucosa respiratória. O septo nasal separa essas duas cavidades. Os pelos do interior das narinas filtram grandes partículas de poeira que podem ser inaladas. Além disso, a cavidade nasal contêm células receptoras para o olfato. As coanas fazem a comunicação da cavidade nasal com a faringe. É na cavidade nasal que o ar torna-se condicionado, ou seja, é filtrado, umidecido e aquecido. FARINGE É um tubo que começa nas coanas e estende-se para baixo no pescoço. Ela se situa logo atrás das cavidades nasais e logo a frente às vértebras cervicais. Sua parede é composta de músculos esqueléticos e revestida de túnica mucosa. A faringe funciona como uma passagem de ar e alimento. A faringe é dividida em três regiões anatômicas: nasofaringe, orofaringe, laringofaringe. UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 134 LARINGE A laringe é um órgão curto que conecta a faringe com a traquéia. Ela se situa na linha mediana do pescoço, diante da quarta, quinta e sexta vértebra cervicais. Possui três funções: Atua como passagem para o ar durante a respiração; Produz som, ou seja, a voz (por esta razão é chamada de caixa de voz); Impede que o alimento e objetos estranhos entrem nas estruturas respiratórias (como a traquéia). Na sua superfície interna, encontramos uma fenda ântero-posterior denominada vestíbulo da laringe, que possui duas pregas: prega vestibular (cordas vocais falsas) e prega vocal (cordas vocais verdadeiras). UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA TRAQUÉIA A traquéia é um tubo de 10 a 12,5cm de comprimento e 2,5cm de diâmetro. Ela se situa medianamente e anterior ao esôfago, e apenas na sua terminação, desvia-se ligeiramente para a direita. O arcabouço da traquéia é constituído aproximadamente por 20 anéis cartilagíneos incompletos para trás, que são denominados cartilagens traqueais. Internamente a traquéia é forrada por mucosa, onde abundam glândulas, e o epitélio é ciliado,. Inferiormente a traquéia se bifurca, dando origem aos 2 brônquios principais. UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA BRÔNQUIOS Os brônquios principais fazem a ligação da traquéia com os pulmões.. Os brônquios adentram os pulmões através do HILO – Brônquios i/p; veias pulmonares i/a; artéria pulmonar s/m. O brônquio principal direito é mais vertical, mais curto e mais largo do que o esquerdo. Brônquios principais -> brônquios lobares - >brônquios segmentares -> bronquíolos terminais -> bronquíolos respiratório -> ductos alveolares -> alvéolos Brônquios principais -> brônquios lobares - >brônquios segmentares -> bronquíolos terminais -> bronquíolos respiratório -> ductos alveolares -> alvéolos ALVÉLOS Unidade funcional do sistema respiratório Formados por dois tipos de células alveolares, PNEUMÓCITOS, tipos I e II, escamosas e cuboidais. Membrana alvéolo-capilar ligada por fibras reticulares e elásticas. ÁCINOS. Líquido alveolar X Surfactante . Pressão alveolar Pa. PULMÕES O pulmão direito é o mais espesso, mais largo e mais curto que o esquerdo. O pulmão E possui a incisura cardíaca e incisura diafragmática. Possuem formato piramidais com um ápice, uma base, três bordas e três faces formando os chamados lobos pulmonares. PULMÕES São divididos por fissuras: Duas para o pulmão esquerdo e três para o direito. Fissuras Oblíquas dividem os lobos superior e inferior, no caso do pulmão D ainda localizamos a fissura Horizontal que insere o labo médio. O pulmão E possui a incisura cardíaca eincisura diafragmática. Divisões broncopulmonares e lobectomias. Língula pulmonar esquerda. UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 137 MECÂNICA RESPIRATÓRIA PLEURAS CONTROLE NEURAL DA RESPIRAÇÃO HEMATOSE – TRANSPORTE DOS GASES PERFIL UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 138 PNEUMONIAS PNEUMONIA ATELECTASIA E DERRAME PLEURAL TUMORES OU CISTOS CARDIOMEGALIA TUMORES OU CISTOS EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01 – Quais os principais músculos envolvidos na respiração? 02 – Quais os principais eventos ocorridos na inspiração e na expiração? 03 – Quais os principais gases envolvidos na troca gasosa? Como são denominadas as ligações deles com a hemoglobina? 04 – Como funciona o entro respiratório? 05 – O que compreende a capacidade vital dos pulmões? UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 139 07 – SISTEMA GASTRINTESTINAL O trato gastrintestinal humano é formado por um longo tubo musculoso, ao qual estão associados órgãos e glândulas que participam da digestão. O trato digestório é um tubo oco que se estende da cavidade bucal ao ânus, sendo também chamado de canal alimentar ou trato gastrintestinal. As estruturas do trato gastrintestinal incluem: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus. O trato gastrintestinal é um tubo longo e sinuoso de 10 a 12 metros de comprimento desde a extremidade cefálica (cavidade oral) até a caudal (ânus). As funções desse sistema são as de preensão, mastigação, deglutição, digestão e absorção dos alimentos, e a expulsão dos resíduos, eliminados sob a forma de fezes. Os órgãos digestórios acessórios são os dentes, a língua, as glândulas salivares, o fígado, vesícula biliar e o pâncreas. Os dentes auxiliam no rompimento físico do alimento e a língua auxilia na mastigação e na deglutição. Os outros órgãos digestivos acessórios nunca entram em contato direto com o alimento. Produzem ou armazenam secreções que passam para o trato gastrintestinal e auxiliam na decomposição química do alimento. BOCA: Abertura pela qual o alimento entra no tubo digestivo. Nela situam – se os dentes e a língua, que preparam o alimento para a digestão, por meio da mastigação. Os dentes reduzem os alimentos em pequenos pedaços, misturando-os à saliva, o que irá facilitar a futura ação das enzimas. É dividida em vestíbulo da boca, um espaço limitado por um lado pelos lábios e bochechas e por outro pelas gengivas e dentes; e em cavidade bucal, todo o restante. O teto da cavidade bucal é constituído pelo palato, responsável por dividir a cavidade nasal da bucal, que se divide em palato duro, anterior, ósseo; e palato mole, posterior, muscular. DENTES: são estruturas duras, calcificadas, presas ao maxilar superior e mandíbula, cuja atividade principal é a mastigação. Estão implicados, de forma direta, na articulação das linguagens. Os nervos sensitivos e os vasos sanguíneos do centro de qualquer dente estão protegidos por várias camadas de tecido. A mais externa, o esmalte, é a substância mais dura. Sob o esmalte, circulando a polpa, da coroa (parte livre) até a raiz (implantada no alvéolo), está situada uma camada de substância óssea chamada dentina. A cavidade pulpar é ocupada pela polpa dental, um tecido conjuntivo frouxo, ricamente vascularizado e inervado. Os dentes reduzem os alimentos em pequenos pedaços, misturando-os à saliva, o que irá facilitar a futura ação das enzimas. Em sua primeira dentição, o ser humano tem 20 peças que recebem o nome de dentes de leite. À medida que os maxilares crescem, estes dentes são substituídos por outros 32 do tipo permanente, sendo 08 incisivos, 04 caninos, 08 pré – molares e 12 molares. LÍNGUA: é um órgão muscular revestido por mucosa e que exerce importantes funções na mastigação, na deglutição, como órgão gustativo e na articulação da palavra. Na superfície da língua existem dezenas de papilas gustativas, cujas células sensoriais percebem os quatro sabores primários: amargo, azedo ou ácido, salgado e doce. De sua combinação resultam centenas de sabores distintos. A distribuição dos quatro tipos de receptores gustativos, na superfície da língua, não é homogênea. GLÂNDULAS SALIVARES: são responsáveis pela secreção da saliva, que contém a enzima amilase salivar ou ptialina, além de sais e outras substâncias. A amilase salivar digere o amido e outros polissacarídeos (como o glicogênio), reduzindo-os em moléculas de maltose (dissacarídeo). Três pares de glândulas salivares lançam sua secreção na cavidade bucal: parótida, submandibular e sublingual. 1 – Parótida: situa-se na parte lateral da face, abaixo e adiante do pavilhão da orelha, é a maior das três. 2 - Submandibular: localiza – se anteriormente à parte mais inferior da parótida, protegida pelo corpo da mandíbula. É de forma arredondada. 3 – Sublingual: É a menor das três; fica abaixo da mucosa do assoalho da boca. UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 140 FARINGE E ESÔFAGO: A faringe, situada no final da cavidade bucal, é um canal comum aos sistemas gastrintestinal e respiratório: por ela passam o alimento, que se dirige ao esôfago, e o ar, que se dirige à laringe. O esôfago, canal que liga a faringe ao estômago, localiza-se entre os pulmões, atrás do coração, e atravessa o diafragma, que separa o tórax do abdômen. O bolo alimentar leva de 5 a 10 segundos para percorre – lo. PERITÔNIO: Membrana serosa que reveste os órgãos abdominais, que apresenta duas lâminas: peritônio parietal, que reveste as paredes da cavidade abdominal; e o peritônio visceral, que envolve as vísceras. Entre as duas lâminas há uma cavidade virtual, denominada cavidade peritoneal. ESTÔMAGO: O estômago é uma bolsa de parede musculosa, localizada no lado esquerdo abaixo do abdome, logo abaixo das últimas costelas. É um órgão muscular que liga o esôfago ao intestino delgado. Sua função principal é a digestão de alimentos protéicos. Um músculo circular, que existe na parte inferior, permite ao estômago guardar quase um litro e meio de comida, possibilitando que não se tenha que ingerir alimento de pouco em pouco tempo. Quando está vazio, tem a forma de uma letra "J" maiúscula, cujas duas partes se unem por ângulos agudos. Descrevem –se no estômago as seguintes partes: cárdia, esfíncter que corresponde a junção com o esôfago; o fundo, situada superiormente a um plano horizontal, que tangencia a junção esôfago – gástrica; o corpo, que corresponde à maior parte; e piloro, esfíncter situado na porção terminal, continuada pelo duodeno. O estômago produz o suco gástrico, um líquido claro, transparente, altamente ácido, que contêm ácido clorídrico, muco, enzimas e sais. O ácido clorídrico mantém o pH do interior do estômago entre 0,9 e 2,0. Também dissolve o cimento intercelular dos tecidos dos alimentos, auxiliando a fragmentação mecânica iniciada pela mastigação. A pepsina, enzima mais potente do suco gástrico, é secretada na forma de pepsinogênio. Como este é inativo, não digere as células que o produzem. Por ação do ácido clorídrico, o pepsinogênio, ao ser lançado na luz do estômago, transforma-se em pepsina, enzima que catalisa a digestão de proteínas. A pepsina, ao catalisar a hidrólise de proteínas, promove o rompimento das ligações peptídicas que unem os aminoácidos. Como nem todas as ligações peptídicas são acessíveis à pepsina, muitas permanecem intactas. Portanto, o resultado do trabalho dessa enzima são oligopeptídeos e aminoácidos livres. A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de muco, que a protege da agressão do suco gástrico, bastante corrosivo. Apesar de estarem protegidas por essa densa camadade muco, as células da mucosa estomacal são continuamente lesadas e mortas pela ação do suco gástrico. Por isso, a mucosa está sempre sendo regenerada. Estima-se que nossa superfície estomacal seja totalmente reconstituída a cada três dias. Eventualmente ocorre desequilíbrio entre o ataque e a proteção, o que resulta em inflamação difusa da mucosa (gastrite) ou mesmo no aparecimento de feridas dolorosas que sangram (úlceras gástricas). O bolo alimentar pode permanecer no estômago por até quatro horas ou mais e, ao se misturar ao suco gástrico, auxiliado pelas contrações da musculatura estomacal, transforma-se em uma massa cremosa acidificada e semilíquida, o quimo. Ao passar pelo piloro, o quimo vai sendo, aos poucos, liberado no intestino delgado, onde ocorre a maior parte da digestão. INTESTINO DELGADO: O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento por 4cm de diâmetro e pode ser dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25 cm), jejuno (cerca de 5 m) e íleo (cerca de 1,5 cm). A digestão do quimo ocorre predominantemente no duodeno e nas primeiras porções do jejuno. No duodeno atua também o suco pancreático, produzido pelo pâncreas, que contêm diversas enzimas digestivas. Outra secreção que atua no duodeno é a bile, produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar. O pH da bile oscila entre 8,0 e 8,5. Os sais biliares têm ação detergente, emulsificando (ou emulsionando) as gorduras (fragmentando suas gotas em milhares de microgotículas). O suco pancreático, produzido pelo pâncreas, contém água, enzimas e grandes quantidades de bicarbonato de sódio. O pH do suco pancreático oscila entre 8,5 e 9. Sua secreção digestiva é responsável pela hidrólise da maioria das moléculas de alimento, como carboidratos, proteínas, gorduras e ácidos nucléicos. O suco pancreático contém ainda o tripsinogênio e o quimiotripsinogênio, formas inativas em que são secretadas as enzimas proteolíticas tripsina e quimiotripsina. Sendo produzidas na forma inativa, as proteases não digerem suas células secretoras. Na luz do duodeno, o tripsinogênio entra em contato com a enteroquinase, enzima secretada pelas células da mucosa intestinal, convertendo-se em tripsina, que por sua vez contribui para a conversão do precursor inativo quimiotripsinogênio em quimiotripsina, enzima ativa. A tripsina e a quimiotripsina hidrolisam polipeptídios, transformando-os em oligopeptídeos. A UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 141 pepsina, a tripsina e a quimiotripsina rompem ligações peptídicas específicas ao longo das cadeias de aminoácidos. A mucosa do intestino delgado secreta o suco entérico, solução rica em enzimas e de pH aproximadamente neutro. Uma dessas enzimas é a enteroquinase. Outras enzimas são as dissacaridades, que hidrolisam dissacarídeos em monossacarídeos (sacarase, lactase, maltase). No suco entérico há enzimas que dão sequencia à hidrólise das proteínas: os oligopeptídeos sofrem ação das peptidases, resultando em aminoácidos. No intestino, as contrações rítmicas e os movimentos peristálticos das paredes musculares, movimentam o quimo, ao mesmo tempo em que este é atacado pela bile, enzimas e outras secreções, sendo transformado em quilo. A absorção dos nutrientes ocorre através de mecanismos ativos ou passivos, nas regiões do jejuno e do íleo. A superfície interna, ou mucosa, dessas regiões, apresenta, além de inúmeros dobramentos maiores, milhões de pequenas dobras (4 a 5 milhões), chamadas vilosidades, que aumentam a superfície de absorção intestinal. As membranas das próprias células do epitélio intestinal apresentam, por sua vez, dobrinhas microscópicas denominadas microvilosidades. O intestino delgado também absorve a água ingerida, os íons e as vitaminas. Os nutrientes absorvidos pelos vasos sanguíneos do intestino passam ao fígado para serem distribuídos pelo resto do organismo. Os produtos da digestão de gorduras (principalmente glicerol e ácidos graxos isolados) chegam ao sangue sem passar pelo fígado, como ocorre com outros nutrientes. Nas células da mucosa, essas substâncias são reagrupadas em triacilgliceróis (triglicerídeos) e envelopadas por uma camada de proteínas, formando os quilomícrons, transferidos para os vasos linfáticos e, em seguida, para os vasos sanguíneos, onde alcançam as células gordurosas (adipócitos), sendo, então, armazenados. INTESTINO GROSSO: Constitui a porção terminal do canal alimentar, sendo mais calibroso e mais curto do que o intestino delgado, medindo cerca de 1,5 m. É subdividido nos seguintes seguimentos: ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmoide, reto e ânus. É o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas. Uma pessoa bebe cerca de 1,5 litros de líquidos por dia, que se une a 8 ou 9 litros de água das secreções. Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes, facilitando seu trânsito e eliminação pelo ânus. Numerosas bactérias vivem em mutualismo no intestino grosso. Seu trabalho consiste em dissolver os restos alimentícios não assimiláveis, reforçar o movimento intestinal e proteger o organismo contra bactérias estranhas, geradoras de enfermidades. As fibras vegetais, principalmente a celulose, não são digeridas nem absorvidas, contribuindo com porcentagem significativa da massa fecal. Como retêm água, sua presença torna as fezes macias e fáceis de serem eliminadas. O intestino grosso não possui vilosidades nem secreta sucos digestivos, normalmente só absorve água, em quantidade bastante consideráveis. Como o intestino grosso absorve muita água, o conteúdo intestinal se condensa até formar detritos inúteis, que são evacuados. PÂNCREAS: é uma glândula mista, de mais ou menos 15 cm de comprimento e de formato triangular, localizada transversalmente sobre a parede posterior do abdome, na alça formada pelo duodeno, sob o estômago. O pâncreas é formado por uma cabeça que se encaixa no quadro duodenal, de um corpo e de uma cauda afilada. A secreção externa dele é dirigida para o duodeno O pâncreas comporta dois órgãos estreitamente imbricados: pâncreas exócrino e o endócrino. O pâncreas exócrino produz enzimas digestivas, em estruturas reunidas denominadas ácinos. Os ácinos pancreáticos estão ligados através de finos condutos, por onde sua secreção é levada até um condutor maior, que desemboca no duodeno, durante a digestão. O pâncreas endócrino secreta os hormônios insulina e glucagon, responsáveis pelo controle da glicose no organismo. FÍGADO: É o maior órgão interno, e é ainda um dos mais importantes. É a mais volumosa de todas as vísceras, pesa cerca de 1,5 kg no homem adulto, e na mulher adulta entre 1,2 e 1,4 kg. Tem cor arroxeada, superfície lisa e recoberta por uma cápsula própria. Está situado no quadrante superior direito da cavidade abdominal. O tecido hepático é constituído por formações diminutas que recebem o nome de lobos, compostos por colunas de células hepáticas ou hepatócitos, rodeadas por canais diminutos (canalículos), pelos quais passa a bile, secretada pelos hepatócitos. Estes canais se unem para formar o ducto hepático que, junto com o ducto procedente da vesícula biliar, forma o ducto comum da bile, que descarrega seu conteúdo no duodeno. UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 142 As células hepáticas ajudam o sangue a assimilar as substâncias nutritivas e a excretar os materiais residuais e as toxinas, bem como esteróides, estrógenos e outros hormônios. O fígado é um órgão muito versátil. Armazena glicogênio, ferro, cobre e vitaminas. Produz carboidratos a partir de lipídios ou de proteínas, e lipídios a partir de carboidratos ou de proteínas. Sintetiza também o colesterol e purifica muitos fármacose muitas outras substâncias. O fígado apresenta as seguintes funções: Secretar a bile, líquido que atua no emulsionamento das gorduras ingeridas, facilitando, assim, a ação da lipase; Remover moléculas de glicose no sangue, reunindo-as quimicamente para formar glicogênio, que é armazenado; nos momentos de necessidade, o glicogênio é reconvertido em moléculas de glicose, que são relançadas na circulação; Armazenar ferro e certas vitaminas em suas células; Metabolizar lipídeos; Sintetizar diversas proteínas presentes no sangue, de fatores imunológicos e de coagulação e de substâncias transportadoras de oxigênio e gorduras; Degradar álcool e outras substâncias tóxicas, auxiliando na desintoxicação do organismo; Destruir hemácias (glóbulos vermelhos) velhas ou anormais, transformando sua hemoglobina em bilirrubina, o pigmento castanho- esverdeado presente na bile. 08 – SISTEMAS CIRCULATÓRIO (CARDIOVASCULAR) O sistema circulatório é uma vasta rede de tubos de vários tipos e calibres, que põe em comunicação todas as partes do corpo. Dentro desses tubos circula o sangue, impulsionado pelas contrações rítmicas do coração. Tem como funções: transportar gases (oxigênio e gás carbônico); transportar nutrientes; transportar resíduos metabólicos; transportar hormônios; transportar calor; distribuição de mecanismos de defesa (células de defesa); coagulação sanguínea. CORAÇÃO: O coração é um órgão muscular oco, que funciona como uma bomba contrátil – propulsora, que se localiza no meio do peito, sob o osso esterno, ligeiramente deslocado para a esquerda. Em uma pessoa adulta, tem o tamanho aproximado de um punho fechado e pesa cerca de 400 gramas. O coração humano apresenta quatro cavidades: duas superiores, denominadas átrios (ou aurículas) e duas inferiores, denominadas ventrículos. O átrio direito comunica-se com o ventrículo direito através da válvula tricúspide. O átrio esquerdo, por sua vez, comunica-se com o ventrículo esquerdo através da válvula bicúspide ou mitral. A função das válvulas cardíacas é garantir que o sangue siga uma única direção, sempre dos átrios para os ventrículos. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1 – Quais são os órgãos acessórios do trato gastrintestinal? 2 – Cite o nome das glândulas salivares e o nome da enzima produzida por elas. 3 – Quais as partes que compõem o intestino delgado? 4 – Quais as partes que compõem o intestino grosso? 5 – Quais as enzimas são responsáveis por digerir os polipeptídeos (proteínas)? Qual é o produto final desta digestão? 6 – Quais as funções do intestino delgado e do intestino grosso? UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 143 As câmaras cardíacas contraem-se e dilatam-se alternadamente 70 vezes por minuto, em média. O processo de contração de cada câmara do miocárdio (músculo cardíaco) denomina-se sístole. O relaxamento, que acontece entre uma sístole e a seguinte, é a diástole. Quando há sístole atrial, consequentemente há diástole ventricular, e inversamente. Nódulo sinoatrial ou marcapasso ou nó sino-atrial: região especial do coração, que controla a atividade elétrica do coração, logo controla a frequência cardíaca. Localiza-se perto da junção entre o átrio direito e a veia cava superior e é constituído por um aglomerado de células musculares especializadas. A frequência rítmica dessas fibras musculares é de aproximadamente 72 contrações por minuto, enquanto o músculo atrial se contrai cerca de 60 vezes por minuto e o músculo ventricular, cerca de 20 vezes por minuto. Devido ao fato do nódulo sinoatrial possuir uma frequência rítmica mais rápida em relação às outras partes do coração, os impulsos originados do nódulo SA espalham-se para os átrios e ventrículos, estimulando essas áreas tão rapidamente, de modo que o ritmo do nódulo SA torna-se o ritmo de todo o coração; por isso é chamado marcapasso. Sistema De Purkinje ou fascículo átrio- ventricular: embora o impulso cardíaco possa percorrer perfeitamente todas as fibras musculares cardíacas, o coração possui um sistema especial de condução denominado sistema de Purkinje ou fascículo átrio-ventricular, composto de fibras musculares cardíacas especializadas, ou fibras de Purkinje (Feixe de Hiss ou miócitos átrio-ventriculares), que transmitem os impulsos com uma velocidade aproximadamente 6 vezes maior do que o músculo cardíaco normal, cerca de 2 m por segundo, em contraste com 0,3 m por segundo no músculo cardíaco. VASOS SANGUÍNEOS: Artérias: São tubos cilindroides, de parede espessa que saem do coração levando sangue para os órgãos e tecidos do corpo. Compõem-se de três camadas: a mais interna, chamada endotélio, formada por uma única camada de células achatadas; a mediana, constituída por tecido muscular liso; a mais externa, formada por tecido conjuntivo, rico em fibras elásticas. Quando o sangue é bombeado pelos ventrículos e penetra nas artérias, elas se relaxam e se dilatam, o que diminui a pressão sanguínea, Caso as artérias não se relaxem o suficiente, a pressão do sangue em seu interior sobe, com risco de ruptura das paredes arteriais. Assim, a cada sístole ventricular é gerada uma onda de relaxamento que se propaga pelas artérias, desde o coração até as extremidades das arteríolas (ramificações menos calibrosas das artérias). Durante a diástole ventricular, a pressão sanguínea diminui. Ocorre, então, contração das artérias, o que mantém o sangue circulando até a próxima sístole. Capilares sanguíneos: são vasos de pequeno calibre, microscópicos, que ligam as extremidades das arteríolas às extremidades das vênulas (veias de menor calibre). A parede dos capilares possui uma única camada de células, correspondente ao endotélio das artérias e veias. Quando o sangue passa pelos capilares, parte do líquido que o constitui atravessa a parede capilar e espalha-se entre as células próximas, nutrindo-as e oxigenando-as. As células, por sua vez, eliminam gás carbônico e outras excreções no líquido extravasado, denominado líquido tissular. A maior parte do líquido tissular é reabsorvida pelos próprios capilares e reincorporada ao sangue. Apenas 1% a 2% do líquido extravasado na porção arterial do capilar não retorna à parte venosa, sendo coletado por um sistema paralelo ao circulatório, o sistema linfático, quando passa a se chamar linfa e move-se lentamente pelos vasos linfáticos, dotados de válvulas. Veias: são vasos que chegam ao coração, trazendo o sangue dos órgãos e tecidos. A parede das veias, como a das artérias, também é formada por três camadas. A diferença, porém, é que a camada Septo átrio – ventricular AD AE VD VE UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 144 muscular e a conjuntiva são menos espessas que suas correspondentes arteriais. Além disso, diferentemente das artérias, as veias de maior calibre apresentam válvulas em seu interior, que impedem o refluxo de sangue e garante sua circulação em um único sentido. Depois de passar pelas arteríolas e capilares, a pressão sanguínea diminui, atingindo valores muito baixos no interior das veias. O retorno do sangue ao coração deve-se, em grande parte, às contrações dos músculos esqueléticos, que comprimem as veias, fazendo com que o sangue desloque-se em seu interior. Devido às válvulas, o sangue só pode seguir rumo ao coração. CIRCULAÇAO PULMONAR E CIRCULAÇÃO SISTÊMICA A circulação sanguínea humana pode ser dividida em dois grandes circuitos: um leva sangue aos pulmões, para oxigená-lo, e outro leva sangue oxigenado a todas as células do corpo. Por isso se diz que nossa circulação é dupla. Circulação pulmonar: Ventrículo direito – artérias pulmonares – pulmões – veias pulmonares – átrio esquerdo. Circulação sistêmica: Ventrículo esquerdo – artériaaorta – sistemas corporais – veias cavas superior e inferior – átrio direito. UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA Quase todas as veias transportam sangue venoso. A exceção são as veias pulmonares, que chegam ao coração com sangue rico em oxigênio! Quase todas as artérias transportam sangue arterial. Exceto as artérias pulmonares, que saem do coração com sangue venoso (pobre em oxigênio)! Todo sangue venoso é pobre em oxigênio, e todo sangue arterial é rico em oxigênio! EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01 – Quais as funções do sistema cardiovascular? 02 – Quantas, e quais os nomes, da câmaras cardíacas? 03 – Quantas, e quais os nomes, das válvulas existentes no coração? 04 – Como funciona o marcapasso natural? 05 – Quais os nomes dos vasos sanguíneos existentes? Quais as diferenças entre eles? 06 – O que compreende a pequena e a grande circulação? 07 – Qual a diferença entre sangue venoso e sangue arterial? UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 09 – SISTEMA NERVOSO O sistema nervoso controla a maioria das funções do corpo, mediante o controle das contrações dos músculos esqueléticos, músculos lisos dos órgãos internos e velocidade de secreção de glândulas exócrinas (secreção externa, como o suor) e endócrinas (glândulas que secretam substâncias para dentro do organismo). O tecido nervoso é constituído por células nucleadas especiais, denominadas neurônios, com longos prolongamentos capazes de captar estímulos exteriores como calor, frio, dor. Possuem morfologia complexa, mas quase todos apresentam três componentes. Os dendritos são prolongamentos numerosos, cuja função é receber os estímulos do meio ambiente, de células epiteliais sensoriais ou de outros neurônios.O corpo celular ou pericário é o centro do tráfico dos impulsos nervosos da célula. O axônio é um prolongamento único, especializado na condução de impulsos que transmitem informações do neurônio para outras células nervosas, musculares e glandulares. A transmissão do impulso nervoso de um neurônio a outro depende de estruturas altamente especializadas: as sinapses. Os axônios estão envoltos em uma camada gelatinosa que funciona como isolante e denomina-se bainha de mielina. O conjunto de axônios corresponde às fibras nervosas, cuja união forma os feixes ou tratos do sistema nervoso central e os nervos do sistema nervoso periférico. A junção dos corpos neuronais constitui uma substância cinzenta denominada córtex. O funcionamento do sistema nervoso depende do chamado arco reflexo constituído pela ação das vias aferentes, centrípetas ou sensitivas, responsáveis pela condução dos impulsos originados nos receptores externos (provenientes do sistema sensorial) ou internos existentes em diversos órgãos e sensíveis às modificações químicas, à pressão ou tensão; pelos centros nervosos que formam a resposta aos estímulos enviados pelas vias sensitivas; pela via eferente, motora ou centrífuga que conduz a resposta voluntária ou involuntária dos centros nervosos para os tecidos muscular e glandular. Anatomicamente, o sistema nervoso divide-se em sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso periférico (SNP). O SNC é representado pelo encéfalo e medula espinhal, respectivamente localizados no interior da caixa craniana e coluna vertebral. O encéfalo é constituído pelo cérebro, diencéfalo, cerebelo e tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e medula oblonga) e sua parte central é constituída por uma substância branca; a externa, por uma substância cinzenta. O cérebro divide-se em duas partes simétricas (hemisférios direito e esquerdo) cuja troca de impulsos é feita pelo corpo caloso. Sua superfície evidencia pregas (giros) e reentrâncias (sulcos e fissuras) do córtex cerebral. Os sulcos e fissuras dividem os hemisférios em lobos responsáveis por funções específicas - como sensitivas, auditivas, visuais, movimentação voluntária, memória, concentração, raciocínio, linguagem, comportamento, entre outras. O diencéfalo circunda o terceiro ventrículo, forma a parte central mais importante do encéfalo e contém o tálamo e hipotálamo. Pelo tálamo passam todas as vias sensitivas que informam as percepções da sensibilidade dos órgãos dos sentidos, exceto o olfato – também percebe sensações como calor extremo, pressão e dor intensa. O hipotálamo, situado abaixo do tálamo, aloja a hipófise e controla as principais funções vegetativas e endócrinas do corpo. É uma das principais vias de saída de controle do sistema límbico (circuito neuronal que controla o comportamento emocional e os impulsos motivacionais). O cerebelo controla os movimentos, a tonicidade muscular e participa da manutenção do equilíbrio do corpo. O tronco cerebral une todas as partes do encéfalo à medula espinhal. O tronco cerebral desempenha funções especiais de controle, dentre outras, da respiração, do sistema cardiovascular, da função gastrintestinal, de alguns movimentos estereotipados do corpo, do equilíbrio, dos movimentos dos olhos. Serve como estação de retransmissão de “sinais de comando” provenientes de centros neurais ainda mais superiores que comandam o tronco cerebral para que este inicie ou modifique funções de controle específico por todo o corpo. Diencéfalo UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 147 A medula espinhal encontra-se no interior do canal formado pelas vértebras da coluna vertebral. Dela irradiam-se 33 pares de nervos espinhais, à direita e à esquerda, que inervam o pescoço, tronco e membros, ligando o encéfalo ao resto do corpo e vice-versa. É também mediadora da atividade reflexa (atos instantâneos, realizados independentemente da consciência). Estende-se da base do crânio até o nível da segunda vértebra lombar, pouco acima da cintura. A substância cinzenta da medula espinhal tem o formato da letra H, cujas extremidades são a raiz anterior, de onde saem as fibras motoras, e raiz posterior, local de saída das fibras sensitivas. Tanto o encéfalo como a medula espinhal são envolvidos e protegidos por membranas de tecido conjuntivo denominadas, em conjunto, de meninges. Estas membranas são, de fora para dentro: dura – máter, a mais espessa das três; aracnoide, a membrana intermediária, da qual partem fibras que vão ao encontro da pia – máter, a mais fina e que está intimamente aplicada ao encéfalo e à medula espinhal. A aracnoide é separa da dura – máter por um espaço capilar denominado espaço subdural, e da pia – máter pelo espaço subaracnoide, onde circula o líquido cefalorraquidiano (ou líquor). Por sua vez, o SNP consiste nos nervos cranianos e espinhais. Emergindo do tronco cerebral, há 12 pares de nervos cranianos que exercem funções específicas e nem sempre estão sob controle voluntário. Os nervos que possuem fibras de controle involuntário são chamados de sensitivos; e os de controle voluntário, motores. A partir dos órgãos dos sentidos e dos receptores (terminações nervosas sensitivas), presentes em várias partes do corpo, o SNP conduz impulsos nervosos para o SNC, e deste para os músculos e glândulas. Os nervos espinhais são divididos e denominados de acordo com sua localização na coluna vertebral: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e um coccígeo. NERVOS CRANIANOS: Fisiologicamente, o sistema nervoso pode ser dividido em sistema nervoso voluntário, que comanda a musculatura estriada esquelética, e sistema nervoso autônomo (SNA) ou involuntário, responsável pelo controle da musculatura lisa, do músculo cardíaco, da secreção de todas as glândulas digestivas e sudoríparas e de alguns órgãos endócrinos. Em sua maioria, as funções do SNA são articuladas em coordenação com o SNC, em especial o hipotálamo. Do ponto de vista anatômico e funcional, o SNA divide-se em sistema simpático e parassimpático, que trabalhamde modo antagônico, porém em equilíbrio. O sistema simpático estimula atividades realizadas durante situações de emergência e estresse, nas quais os batimentos cardíacos se aceleram e a pressão arterial se eleva. O sistema parassimpático estimula as atividades que conservam e restauram os recursos corpóreos (por exemplo, diminuição dos batimentos cardíacos). No sistema simpático, os corpos celulares dos neurônios pré-ganglionares localizam-se na substância cinzenta (corno lateral) da medula espinhal, começando no primeiro segmento torácico e terminando no segundo ou terceiro segmento lombar. Os corpos celulares dos neurônios pós-ganglionares situam-se nos gânglios para-vertebrais e pré-vertebrais. Por liberarem adrenalina ou noradrenalina, as UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 148 terminações pós-ganglionares simpáticas são conhecidas como adrenérgicas. No sistema parassimpático, os corpos celulares dos neurônios pré-ganglionares situam-se nos núcleos dos pares III, VII, IX e X de nervos cranianos no tronco encefálico e no segundo, terceiro e quarto segmentos sacrais da medula espinhal. As fibras pré-ganglionares fazem sinapse com o corpo celular de um neurônio pós-ganglionar parassimpático, próximo ou na parede do órgão-alvo. Por liberarem acetilcolina, a maioria das terminações pós-ganglionares parassimpáticas são denominadas colinérgicas. TIPOS DE NEURÔNIOS De acordo com suas funções na condução dos impulsos, os neurônios podem ser classificados em: Neurônios receptores ou sensitivos (aferentes): são os que recebem estímulos sensoriais e conduzem o impulso nervoso ao sistema nervoso central. Neurônios motores ou efetuadores (eferentes): transmitem os impulsos motores (respostas ao estímulo). Neurônios associativos ou interneurônios: estabelecem ligações entre os neurônios receptores e os neurônios motores. 10 – SISTEMA SENSORIAL Para que o sistema nervoso possa exercer suas funções de integração e coordenação, comandando contínuos ajustamentos que se fazem necessários para o perfeito funcionamento do organismo, é preciso que cheguem até ele informações provenientes dos meios interno e externo, que se originam como estímulos que são captados por órgãos específicos, denominados órgãos sensoriais. São constituídos pelos olhos, que permitem a visão; língua, que sente o paladar; nariz, que possibilita o olfato; orelha, que conduz a audição e pele, que percebe o estímulo pelo tato. OLHOS: são acondicionados dentro de duas cavidades ósseas da face: as órbitas oculares. Possuem dois globos oculares que, por sua vez, são constituídos por três distintas membranas denominadas esclerótica, coroide e retina. Na parte anterior do globo ocular, a membrana esclerótica, que o reveste externamente, forma uma camada transparente chamada córnea. Na coróide, localizam-se os vasos sanguíneos. A retina, sua membrana mais interna e sensível, é formada por um prolongamento do nervo óptico. No interior do globo ocular existe uma substância que ocupa sua maior parte, chamada humor vítreo, de consistência gelatinosa e transparente, situada atrás do cristalino – o qual atua como uma lente, regulando a imagem com nitidez. O cristalino modifica-se pela ação dos músculos ciliares, comandados pelo sistema nervoso autônomo. Entre o cristalino e a córnea há uma substância líquida e transparente denominada humor aquoso. Na parte anterior do olho, a coroide forma um disco cuja cor é variável para cada pessoa, denominada íris. Em seu centro existe um orifício cujo tamanho altera-se de acordo com a quantidade de luz que sobre ele incide, denominado pupila. Na parte anterior dos olhos encontram-se as pálpebras superiores, as inferiores e os cílios, que também atuam como protetores da visão, impedindo a entrada de corpos estranhos. No canto interno da pálpebra são encontrados dois pequenos orifícios denominados ponto lacrimal superior e inferior. É por eles que escoam as lágrimas, seja por reação física ou emocional. A sobrancelha também é considerada fator de proteção, por dificultar a passagem do suor da testa para os olhos. MECANISMO DA VISÃO: Os raios luminosos atravessam a córnea, o cristalino, o humor aquoso e o humor vítreo e atingem a retina. O mecanismo da visão pode ser melhor entendido, se compararmos o globo ocular a uma câmara fotográfica: o cristalino seria a objetiva; a Íris, o diafragma, e a retina seria a placa ou película. Desta maneira os raios luminosos, ao penetrarem na córnea e no humor aquoso, passando pela pupila, chegam ao cristalino, que leva a imagem mais para trás ou para frente, permitindo que ela se projete sobre a retina. Na máquina fotográfica, o meio transparente é a lente e a superfície sensível à luz, o filme. No olho, a luz atravessa a córnea, o humor aquoso, o cristalino e o humor vítreo e se dirige para a retina, que funciona como o filme fotográfico; a imagem formada na retina também é invertida, como na máquina fotográfica. Na penumbra (à esquerda), a pupila se dilata (midríase); na claridade (à direita), a pupila se contrai (miose). UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 149 O nervo óptico conduz os impulsos nervosos para o centro da visão, no cérebro, que o interpreta e nos permite ver os objetos nas posições em que realmente se encontram. LÍNGUA: A língua, que também participa na emissão do som, é formada por uma massa de tecido muscular estriado, recoberta por uma mucosa. Possui forma achatada e ligeiramente cônica. É composta por duas partes: A superior ou dorsal, onde localizam-se as papilas linguais ou gustativas, cujas terminações nervosas transmitem a sensação do gosto – processo em que a saliva representa importante função, haja vista que sua viscosidade favorece a captação dos estímulos; A inferior ou ventral, que pode ser vista quando se eleva a ponta da língua em direção ao palato (céu da boca). Sensações gustativas primárias: Na superfície da língua existem dezenas de papilas gustativas, cujas células sensoriais percebem os quatro sabores primários, aos quais denominam – se sensações gustativas primárias: amargo (A), azedo ou ácido (B), salgado (C) e doce (D). De sua combinação resultam centenas de sabores distintos. A distribuição dos quatro tipos de receptores gustativos, na superfície da língua, não é homogênea. Até há pouco tempo acreditava-se que existiam quatro tipos inteiramente diferentes de papilas gustativas, cada qual detectando uma das sensações gustativas primárias particular. Sabe-se agora que todas as papilas gustativas possuem alguns graus de sensibilidade para cada uma das sensações gustativas primárias. Entretanto, cada papila normalmente tem maior grau de sensibilidade para uma ou duas das sensações gustativas. O cérebro detecta o tipo de gosto pela relação (razão) de estimulação entre as diferentes papilas gustativas. Isto é, se uma papila que detecta principalmente salinidade é estimulada com maior intensidade que as papilas que respondem mais a outros gostos, o cérebro interpreta a sensação como de salinidade, embora outras papilas tenham sido estimuladas, em menor extensão, ao mesmo tempo. NARIZ: É o órgão do olfato, é formado por duas cavidades, as fossas nasais, medialmente separadas pelo septo (septo nasal). As fossas nasais possuem orifícios anteriores, que fazem contato com o meio externo, denominados narinas, e orifícios posteriores que, por sua vez, fazem contato com a faringe, chamados coanas. Na parte superior das fossas nasais há um revestimento mucoso formado por células olfativas localizadas nas terminações do nervo olfativo (nervo sensitivo), responsáveis pelo sentido do olfato. O sentido do olfato é estimulado através de substâncias químicas espalhadas no ar, motivo pelo qual é considerado
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