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02 - APOSTILA ANATOMIA

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UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 
 
ANATOMIA E 
FISIOLOGIA HUMANA 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 94 
ANATOMIA E FISIOLOGIA 
HUMANA 
 
 
01 – TERMO E CONCEITOS BÁSICOS EM 
ANATOMIA HUMANA 
Para que possamos entender o corpo humano 
e seu funcionamento, faz-se necessário partir de um 
ponto em evidência. Observe seu próprio corpo. Como 
pode perceber, ele é composto por uma cabeça, 
constituída por crânio e face; um tronco, onde 
encontram-se o pescoço, o tórax e o abdome; dois 
membros superiores, que são os braços e as mãos 
e, finalmente, dois membros inferiores, representados 
pelas pernas e pés. 
Isto parece bastante simples, mas não o 
suficiente para que você possa descrever ou localizar 
algo no corpo de alguém. Vamos imaginar que, durante 
seu exercício profissional, lhe seja solicitada a 
execução de determinado procedimento no membro 
inferior de um paciente. Essa informação será 
suficiente para que você vá direto ao ponto? É claro 
que não. Portanto, utilizando a imaginação, vamos 
agora traçar três planos para dividir o corpo humano: o 
sagital, que nos fornece a porção direita e esquerda do 
corpo; o coronal, referente à porção anterior (ventral) e 
à posterior (dorsal); e o transversal, que nos permite 
observar a porção cranial (superior ou proximal) e a 
caudal (inferior ou distal) do corpo. 
Um dos elementos que possibilitam localizar 
com maior exatidão as áreas do corpo são suas faces 
internas e externas. Assim, colocando-se uma pessoa 
deitada em decúbito dorsal (o dorso, as costas em 
contato com o leito), com as palmas das mãos para 
cima, pode-se observar um corpo em posição 
anatômica; as áreas mais internas são obviamente as 
faces internas; as outras, as faces externas. 
Até agora, detivemo-nos na apresentação do 
corpo humano em sua forma anatômica. Se, contudo, 
desejamos envolver o fator saúde, apenas conhecer a 
forma não é suficiente, faz-se necessário entender seu 
funcionamento. 
Volte novamente os olhos para seu corpo. 
Perceba que ele é completamente recoberto por um 
tecido que muda de aspecto conforme a especificidade 
das partes. Assim, o que recobre a face superior das 
mãos é diferente do que recobre a palma; o que 
recobre os lábios é diferente do que recobre a face, etc. 
Mas há um ponto comum: todos são compostos por 
células que atuam em conjunto, formando verdadeiras 
equipes de trabalho. 
A essa altura, observando atentamente o 
corpo e não tendo conseguido diferenciar nenhuma 
célula, você deve ter percebido que elas são invisíveis 
a olho nu, só podendo ser vistas com o auxílio de 
microscópios. 
Embora a maioria seja composta por um 
núcleo - onde fica armazenado o material genético 
com informações que garantem suas características -, 
um citoplasma e uma membrana - que envolve a 
célula e a protege -, as células possuem funções e 
formas diferentes e sua disposição resulta em vários 
tipos de tecidos: 
 conjuntivo - composto por células e fibras imersas 
num meio especial chamado substância intercelular. 
A proteína fibrosa existente entre as células do tecido 
conjuntivo é denominad colágeno. Sua função é de 
sustentação: o tecido conjuntivo sustenta e une os 
órgãos, ocupando os espaços vazios entre os 
mesmos. Forma as cartilagens (conjuntivo 
cartilaginoso), os ossos (conjuntivo ósseo), o 
tecido gorduroso (conjuntivo adiposo) e o sangue 
(conjuntivo sangüíneo); 
 Muscular - composto por fibras musculares; 
 Epitelial ou de revestimento - como o nome 
sugere, reveste e protege todas as superfícies do 
organismo. Recobre a parte externa da pele 
(chamada de epiderme) e a parede interna 
(denominada mucosa) de diversos órgãos, como a 
boca, estômago,intestino, etc.; 
 Nervoso - composto por células nervosas, 
chamadas neurônios, tem a função de captar 
estímulos ambientais e do próprio corpo, conduzindo-
os e interpretando-os. 
Entretanto, se agrupamentos de células 
podem formar tecidos diferentes, estes, por sua vez, 
formam distintos órgãos que interagem para 
desempenhar determinada função no organismo, 
resultando, então, em um sistema. 
O corpo humano é constituído por vários 
sistemas, cada um deles executando tarefas distintas; 
que devem estar sintonizados e funcionando de forma 
integrada e harmônica, para manter a saúde do 
organismo. 
O termo “Anatomia” significa: ana= em partes; 
tomein= cortar. É a ciência que estuda micro e 
macroscopicamente a estrutura, a constituição e o 
desenvolvimento dos seres organizados. Nesse caso, a 
organização do ser humano. 
Variação Anatômica: Diferenças morfológicas 
existentes entre elementos de uma mesma espécie. 
Podem ser externas ou internas, e não trazem nenhum 
prejuízo funcional para o indivíduo. Exemplos. 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 95 
 
 
 
 
 
 
 
Anomalia: Variação morfológica que determina 
variação funcional e consequente prejuízo, mas é 
compatível com a vida, pois há adaptação do 
organismo. Ex: Síndrome de Down; Polidactilia; não 
formação dos dedos. 
Monstruosidade: Anomalia muito acentuada de modo a 
deformar profundamente a construção do corpo, sendo 
na grande maioria das vezes incompatível com a vida. 
Ex: Anencefalia (não formação do encéfalo – cérebro). 
Posição anatômica: É uma posição padronizada, 
denominada posição de descrição anatômica, utilizada 
para que não ocorra variações nem definições 
incorretas. 
 
Planos anatômicos: Dividem o corpo humano em 
metades. Podem ser: Plano mediano (ou mediano – 
sagital), que divide em direita e esquerda; o Plano 
coronal, que divide em planos anterior (ou ventral) e 
posterior (ou dorsal); e Plano horizontal (ou 
transversal), que divide em porções superior e inferior. 
 
 
 
 
Biotipo: resultante da soma dos caracteres herdados e 
dos caracteres adquiridos por influência do meio e da 
sua interrelação. Os dois tipos extremos são chamados 
de longilíneo e brevilíneo. Os longilíneos são 
indivíduos magros, altos, com pescoço longo, tórax 
muito achatado ântero – posteriormente, com membros 
longos em relação à altura do tronco. Os brevilíneos 
são indivíduos baixos, com pescoço curto, com tórax 
de grande diâmetro ântero – posterior, membros curtos 
em relação a altura do tronco. Os normolíneos (ou 
mediolíneos) apresentam caracteres intermediários 
entre os dois extremos e representa a maioria das 
pessoas. 
 
 
Termos de relação e comparação: denominações 
utilizadas quando se relaciona ou se compara 
diferentes partes do corpo humano. São eles: 
 Proximal e Distal; 
 Medial e Lateral; 
 Anterior (ventral) e posterior (dorsal); 
 Superior (cranial) e Inferior (Caudal) 
 
Exemplos: 
 O ombro é proximal em relação ao cotovelo. 
 O cotovelo é distal em relação ao ombro e 
proximal em relação à mão. 
 A orelha é lateral em relação à boca. 
 O olho é medial em relação à orelha e lateral 
em relação ao nariz. 
Variação Anatômica externa 
Variação Anatômica interna 
Brevilíneo Mediolíneo Longilíneo 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 96 
 
 
 
SISTEMA ÓSSEO OU 
ESQUELÉTICO 
 
 
 
 
 
De que é composto? 
– Composto por 206 
peças ósseas no adulto 
– Constituído por peças ósseas e cartilaginosas 
articuladas, que formam um sistema que 
alavanca o movimento; 
– O osso é uma forma sólida de tecido conjuntivo, 
esbranquiçado, cuja principal característica é a 
mineralização (cálcio) de sua matriz óssea. 
Funções do Sistema Esquelético 
– Sustentação: moldura que sustenta o corpo; 
– Movimentação: Em conjunto com articulações, 
músculos e sistema nervoso; 
– Proteção: Órgãos internos; 
– Hematopoiese: Produção de células sanguíneas; 
– Reserva de Minerais: Cálcio e fósforo, 
especialmente; 
– Manutenção da postura bípede 
 
Estrutura de osso longo 
 
Tipos de Ossos 
– Ossos longos: Têm o comprimento maior que 
a largura e a espessura. Ex: fêmur, tíbia, 
rádio, ulna; 
– Ossos curtos: Têm equivalência em todas as 
suas dimensões.Ex: ossos do carpo e ossos 
do tarso; 
– Ossos sesamóides: Todo o osso que se 
desenvolve no interior de alguns tendões. Ex: 
patela. 
– Ossos laminares ou planos: Têm o 
comprimento e a largura maior que a 
espessura. Ex: escápula, ilíaco, costelas, etc; 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
01 – Descreva como é a posição anatômica. 
02 – O que é variação anatômica? 
Diferencie os dois tipos. 
03 – Analise a frase, julgue se é verdadeira 
ou falsa e justifique: “Anomalia e 
monstruosidade são sinônimos, e significam 
deformações na construção de alguma parte 
do corpo”. 
04 – Quais são os planos anatômicos 
existentes? 
05 – O que é biotipo? Como pode ser 
classificado? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 97 
– Ossos irregulares: Não têm equivalência em 
nenhuma de suas dimensões. Ex: vértebras, 
sacro, etc. 
– Ossos pneumáticos: Todo o osso que tem ar 
em seu interior. Ex: Frontal, esfenóide, 
maxilar, etc. 
 
 
Esqueleto Axial e Apendicular 
– Esqueleto Axial (em amarelo): Formado pela 
caixa craniana, coluna vertebral e caixa 
torácica. 
– Esqueleto Apendicular (em cinza): Formado 
pela cintura escapular, cintura pélvica e 
esqueleto dos membros superiores e 
inferiores. 
 
 
 
Esqueleto Axial 
 
 
Crânio e Face 
 
Crânio 
– Frontal; 1 
– Parietal; 2 
– Temporal; 2 
– Occipital; 1 
– Esfenóide; 1 
– Etmóide; 1 
Face 
– Zigomáticos; 2 
– Lacrimal; 2 
– Nasal; 2 
– Fossas nasais inferiores; 2 
– Palatinos; 2 
– Maxilar; 2 
– Vômer; 1 
– Mandíbula; 1 
Suturas do crânio 
– Sut. Coronal: Une os ossos Frontal e 
Temporais ; 
– Sut. Sagital: Une os ossos Parietais 
– Sut. Lambdóide: Une os ossos Parietais ao 
Occiptal; 
– Sut. Escamosa: Une Parietais a parte 
escamosa do Temporal ; 
– Sut. Parieto-mastóidea: Une Os Parietais a 
parte mastóidea do osso Temporal; 
– Sut. Occipto-mastóidea: Une o osso Occiptal 
a parte mástóidea do osso Tempora 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 98 
 
 
 
 
 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 99 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 100 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 
Osso Frontal – Vista anterior 
 
Osso Parietal– Vistas lateral e medial 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 
Osso Temporal – Vista lateral 
 
 
Osso Occipital – Vistas Superior e inferior 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 103 
 
 
Osso Esfenoide – Vista anterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 104 
Osso Etmoide – Vistas anterior e lateral 
Osso Vômer – Vistas lateral e posterior 
 
Fossas nasais Inferiores – Articuladas 
 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 
Osso Lacrimal - Articulado 
 
Osso Zigomático 
Vistas lateral e medial 
 
Osso Maxilar 
Vistas lateral e medial 
 
Ossos Palatinos 
Vistas lateral e anterior 
 
 
Mandíbula 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 106 
Vistas anterior e lateral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pescoço 
Osso Hióide 
 
 
 
 
 
 
Ouvido 
– Bigorna (2) 
– Martelo (2) 
– Estribo (2) 
 
 
Caixa Torácica 
– Costelas (24) 
– 7 p verdadeiras 
– 3 p Falsas 
– 2 p Flutuante 
– Esterno 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 
Caixa Torácica – Costela 
 
 
 
 
Caixa Torácica – Esterno 
 
 
 
 
 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 108 
Coluna vertebral 
– Vértebras Cervicais - 07 
– Vértebras Torácicas - 12 
– Vértebras Lombares - 5 
– Sacro - 1 
– Cóccix – 3 / 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 109 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características das vértebras cervicais 
• Presença dos forames transversos 
• Grande mobilidade 
• Processos espinhosos bífidos – c2 a c6 
• C1 não possui processo espinhoso devido a presença dos tubérculos 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 110 
• C2 possui o dente anterior 
• C7 vértebra proeminente 
• Importância clínica 
Características das vértebras torácicas 
• Presença das fóveas costais 
• Mobilidade mais reduzida 
• Processo espinhoso verticalizado e longo 
• Corpo vertebral pequeno 
• Canal vertebral estreito 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 
Características das vértebras lombares 
• Mobilidade maior que torácica 
• Processo espinhoso curto e horizontalizado 
• Corpo vertebral robusto 
• Canal vertebral largo 
• Importância clínica 
Coluna vertebral – Sacro
 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 
 
Coluna vertebral – Sacro 
 
Cóccix 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 113 
Esqueleto Apendicular 
 
 
Cintura Escapular 
– Clavícula (2) 
– Escápula (2) 
 
 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 114 
Clavícula 
 
 
 
Escápula 
 
 
 
 
 
 
 
Membros Superiores 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 115 
– Úmero (2) 
– Rádio (2) 
– Ulna (2) 
– Ossos do Carpo (8) 
– Metacarpos (5) 
– Falanges (14) 
 
 
Úmero 
 
 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 
 
 
Rádio 
 
 
Ulna 
 
 
 
 
 
 
 
Ossos da mão 
– Escafóide 
– Semilunar 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 117 
– Piramidal 
– Pisiforme 
– Trapézio 
– Trapezóide 
– Capitato 
– Hamato
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 
Cintura Pélvica 
– Osso do Quadril (Ilíaco) (2) 
 
 
 
 
 
 
 
Cintura Pélvica 
– Vista posterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 119 
 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 120 
 
Membros Inferiores 
– Fêmur 
– Patela 
– Tíbia 
– Fíbula ou x 
– Ossos do Tarso 
– Metatarsais 
– Falanges 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fêmur 
 
 
 
 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 
 
Patela 
 
 
Tíbia 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fíbula 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 122 
Joelho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ossos do pé 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 123 
– Calcâneo 
– Tálus 
– Cubóide 
– Navicular 
– Cuneiformes 
– Medial 
– Intermédio 
– Lateral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pé 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 124 
 
 
Fixação 
 
Sistema Articular 
Articulações ou Junturas 
– São uniões funcionais entre 
02 ou mais ossos. 
– Podem ser: 
– Fibrosas (Sinartroses): 
Imóveis; 
– Cartilagíneas 
(Anfiartroses): 
Movimento limitado; 
– Sinoviais (Diartroses): 
Movimentos amplos. 
 
Sinartroses (Imóveis) 
– Suturas Ex.: Ossos do crânio; 
– Sindesmoses Ex.: Fíbula-Tíbia; 
– Gonfoses Ex.: Dente e Mandíbula; 
 
Anfiartroses (Parcialmente móveis) 
– Sincondroses: Ex. Sacral; 
– Sínfises Ex.: Púbica. 
 
Diartroses (Móveis) 
– As movimentação variada, sejam em 
dobradiça (ex.: cotovelo, joelho, etc.), rotação 
(ex.: quadril-fêmur, escápula-úmero, etc.) ou 
variável (ex.: pulso, calcanhar, etc.). 
 
 
Ligamentos 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 125 
São constituídos por fibras colágenas, maleáveis e 
flexíveis, para permitir perfeita liberdade de 
movimento. Porém, são muito fortes e resistentes. 
 
Discos e Meniscos 
– Formações fibrocartilagíneas para melhor 
adaptação das superfícies que se articulam ou 
para receber pressões maiores 
(“amortecedores”) 
 
 
 
03 – SISTEMA ARTICULAR 
Responsável por conectar quaisquer partes do 
esqueleto, sejam ossos ou cartilagens. É formado pelas 
articulações, também chamadas de junturas. Esta 
união dos ossos e cartilagens, que forma o esqueleto, 
tem a finalidade de colocar os ossos em contato e de 
permitir mobilidade ao esqueleto. As junturas são 
divididas em três grandes grupos, conforme a natureza 
do elemento que se interpõe entre as peças que se 
articulam: 
 
1. Junturas fibrosas: o elemento que se interpõe 
entre as peças é o tecido conjuntivo fibroso. A 
mobilidade nesta articulação é bastante reduzida, 
embora o tecido conjuntivo interposto confere 
certa elasticidade à articulação. A grande maioria 
dessas junturas se apresentam no crânio. 
Subdividem-se em: 
 Suturas: são encontradas entre os ossos 
do crânio. Os ossos articulados podem 
entrar em contato de forma retilínea, ou 
aproximadamente retilínea, chamadas de 
suturasplanas; em forma de bisel 
(suturas escamosas); ou formando uma 
linha “denteada” (sutura serreada). 
 Sindesmoses: o tecido interposto também 
é o conjuntivo fibroso, porém não ocorrem 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
01 – Como pode ser dividido o esqueleto? Cite as 
partes de cada um. 
02 – Cite o nome das cinturas que unem as partes 
do esqueleto. 
03 – Quais são as funções do esqueleto? 
04 – Cite o nome de três ossos que formam o 
crânio. 
05 – Como é divido o osso esterno? Cite uma 
curiosidade a respeito de uma das partes. 
06 – Como são classificadas as vértebras? 
Conforme a sua forma, como podem ser 
denominadas? 
07 – Qual o número de costelas existentes no 
esqueleto humano? Como são divididas? 
08 – As úlceras por pressão são lesões na pele 
muito comumente encontradas em pacientes que 
ficam internados por longo tempo. Estão ligadas a 
diversos fatores, como nutrição, idade, mobilidade, 
proeminências ósseas, superfície de contato, 
dentre outras. Quais são as principais 
proeminências ósseas acometidas nas úlceras por 
pressão? 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 126 
entre os ossos do crânio. Na nomenclatura 
anatômica, só há um exemplo: a 
sindesmose tíbio – fibular, que faz a 
união entre as extremidades distais da 
tíbia e da fíbula (ossos da perna). 
 
2. Junturas cartilaginosas: O tecido interposto é 
o cartilaginoso. Quando a cartilagem é hialina, 
as junturas são denominadas sincondroses; 
quando a cartilagem é fibrosa, se denominam 
sínfises. Nos dois tipos de cartilagem, a 
mobilidade é reduzida. Exemplos: sincondrose 
esfeno – occipital e sínfise púbica. 
 
3. Junturas sinoviais: O elemento que se 
interpõe é um líquido denominado sinóvia, ou 
líquido sinovial. Ela permite um livre 
deslizamento de uma superfície óssea sobre a 
outra. Os meios de união entre as peças 
esqueléticas articuladas não se prendem nas 
superfícies das articulações, como ocorrem nas 
junturas fibrosas e cartilaginosas, e sim por 
meio de uma cápsula, a cápsula articular, que 
envolve à articulação prendendo – se nos ossos 
que se articulam. Esta cápsula apresenta duas 
camadas, a membrana fibrosa, mais externa, e 
a membrana sinovial, internamente, 
responsável pela produção do líquido sinovial. 
Ainda internamente na cápsula articular, existe 
um espaço virtual, onde se encontra o líquido 
sinovial (o lubrificante natural da juntura), 
denominada cavidade articular. 
 
 
 
 Superfícies articulares: Superfícies que em uma 
articulação entram em contato. São revestidas em 
toda a sua extensão por cartilagem hialina, que 
representa a porção do osso que não foi 
ossificada. São lisas, polidas e de cor 
esbranquiçada. A cartilagem articular é avascular 
e sem inervação. 
 Discos e meniscos: São formações fibro – 
cartilagíneas, cuja função é discutida em dois 
aspectos: serviriam para uma melhor adaptação 
das superfícies que se articulam; seriam 
estruturas destinadas a receber violentas 
pressões, como se fossem amortecedores. 
Exemplos: Meniscos da articulação do joelho, e 
discos intra – articulares das articulações 
esternoclavicular e têmporomandibular. 
 Principais movimentos realizados pelos 
segmentos do corpo: Obrigatoriamente, o 
movimento em uma articulação faz – se em torno 
de um eixo (eixo de movimento). A direção do 
eixo de movimento é sempre perpendicular ao 
plano no qual se realiza determinado movimento, 
e podem ser ântero – posterior (ventro – dorsal); 
látero – lateral; e longitudinal (crânio – caudal) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cápsula articular 
Flexão e Extensão do antebraço 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 127 
04 – SISTEMA MUSCULAR 
Juntamente com os ossos e as junturas, os 
músculos formam o sistema locomotor. O sistema 
muscular é caracterizado pela propriedade de 
contração e distensão de suas células, o que determina 
a movimentação dos membros e das vísceras. Além 
disso, mantém as peças ósseas unidas determinando a 
posição e a postura do esqueleto. Há basicamente três 
tipos de tecido muscular: 
 Músculo liso: o músculo involuntário localiza-
se na pele, órgãos internos, aparelho 
reprodutor, grandes vasos sanguíneos e 
aparelho excretor. O estímulo para a 
contração dos músculos lisos é mediado pelo 
sistema nervoso vegetativo. 
 Músculo estriado esquelético: é inervado 
pelo sistema nervoso central e, como este se 
encontra em parte sob controle consciente, 
chama-se músculo voluntário. As contrações 
do músculo esquelético permitem os 
movimentos dos diversos ossos e cartilagens 
do esqueleto. 
 Músculo cardíaco: este tipo de tecido 
muscular forma a maior parte do coração dos 
vertebrados. O músculo cardíaco carece de 
controle involuntário. É inervado pelo sistema 
nervoso vegetativo. 
 
A célula muscular normalmente está sob 
o controle do sistema nervoso. Cada músculo possui o 
seu nervo motor, que se divide em muitos ramos para 
poder controlar todas as células do músculo, sendo as 
divisões mais delicadas denominadas de placas 
motoras. Quando o impulso nervoso passa através do 
nervo, a placa motora transmite o impulso às células 
musculares, determinando a contração muscular, que 
como visto anteriormente pode ser voluntária ou 
involuntária. 
O sistema muscular 
esquelético constitui a maior parte da musculatura do 
corpo, formando o que se chama popularmente de 
carne. Essa musculatura recobre totalmente o 
esqueleto e está presa aos ossos, sendo responsável 
pela movimentação corporal. O músculo esquelético 
possui uma porção média e extremidades. A porção 
média é carnosa, recebe o nome de ventre muscular, 
que é popularmente chamada de carne, como visto 
anteriormente. Nessa porção predominam as fibras 
musculares, sendo a parte ativa (contrátil) do músculo. 
As extremidades podem ser cilindroides ou em forma 
de fita, recebendo a denominação de tendão, ou 
podem ter formato laminar, denominado – se 
aponeurose. Tanto os tendões quanto as aponeuroses 
servem para prender o músculo ao esqueleto, na 
grande maioria das vezes, mas também podem 
prender a outros elementos, como cartilagem, capsular 
articulares, outros tendões, derme, dentre outros. 
Existe uma lâmina de tecido conjuntivo que 
envolve cada músculo, denominado fáscia muscular, 
que varia de músculo para músculo, dependendo da 
sua função. Ela pode ser muito espessada e pode 
contribuir para prender o músculo ao esqueleto. Outra 
função desempenhada pela fáscia é permitir o fácil 
deslizamento dos músculos entre si. 
A extremidade do músculo presa ao osso 
que não se desloca durante a contração é denominada 
de origem (ponto fixo). Por contraposição, a parte 
presa à peça óssea que se desloca durante a 
contração é denominada de inserção (ponto móvel) do 
músculo. 
 
Classificação dos músculos: 
1. Quanto à origem: 
 Bíceps: Apresentam duas cabeças de origem 
(dois tendões). Ex.: bíceps braquial. 
 Tríceps: Apresentam três cabeças de origem. 
Ex.: tríceps da perna. 
 Quadríceps: Apresentam quatro cabeças de 
origem. Ex.: quadríceps da coxa. 
 Fixadores ou Posturais: Estabilizam as 
diversas partes do corpo para tornar possível 
a ação principal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 128 
 
Principais músculos do corpo humano 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
1 – Como são classificadas as junturas? 
2 – Dê um exemplo de cada tipo de juntura citado na questão anterior. 
3 – Quais os principais músculos envolvidos na administração de medicamentos ou vacinas IM? 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 
05 – SISTEMA TEGUMENTAR 
O sistema tegumentar estuda o tegumento 
humano, mais conhecido como pele, e seus anexos 
(pelos, unhas e mamas). Tem como principais funções 
proporcionar ao corpo um revestimento protetor, que 
contém terminações nervosas sensitivas, e participa da 
regulação da temperatura corporal. A pele é formada 
por duas camadas distintas,firmemente unidas entre si: 
a epiderme, mais superficial; e a derme, subjacente a 
primeira, ambas apresentando uma complexa estrutura 
microscópica. 
A epiderme é um epitélio multiestratificado, 
formado por várias camadas (estratos) de células 
achatadas (epitélio pavimentoso) justapostas. A 
camada de células mais interna, denominada epitélio 
germinativo, é constituída por células que se 
multiplicam continuamente; dessa maneira, as novas 
células geradas empurram as mais velhas para cima, 
em direção à superfície do corpo. À medida que 
envelhecem, as células epidérmicas tornam-se 
achatadas, e passam a fabricar e a acumular dentro de 
si uma proteína resistente e impermeável, a queratina. 
As células mais superficiais, ao se tornarem repletas de 
queratina, morrem e passam a constituir um 
revestimento resistente ao atrito e altamente 
impermeável à água, denominado camada 
queratinizada ou córnea. 
Toda a superfície cutânea está provida de 
terminações nervosas capazes de captar estímulos 
térmicos, mecânicos ou dolorosos. Essas terminações 
nervosas (ou receptores cutâneos) são especializadas 
na recepção de estímulos específicos. Não obstante, 
alguns podem captar estímulos de natureza distinta. 
Porém na epiderme não existem vasos sanguíneos. Os 
nutrientes e oxigênio chegam à epiderme por difusão a 
partir de vasos sanguíneos da derme. 
Nas camadas inferiores da epiderme estão os 
melanócitos, células que produzem melanina, 
pigmento que determina a coloração da pele. 
As glândulas anexas – sudoríparas e 
sebáceas – encontram-se mergulhadas na derme, 
embora tenham origem epidérmica. O suor (composto 
de água, sais e um pouco de ureia) é drenado pelo 
duto das glândulas sudoríparas, enquanto a secreção 
sebácea (secreção gordurosa que lubrifica a epiderme 
e os pelos) sai pelos poros de onde emergem os pelos. 
A transpiração ou sudorese tem por 
função refrescar o corpo quando há elevação da 
temperatura ambiental ou quando a temperatura 
interna do corpo sobe, devido, por exemplo, ao 
aumento da atividade física. 
A derme, localizada imediatamente sob a 
epiderme, é um tecido conjuntivo que contém fibras 
proteicas, vasos sanguíneos, terminações nervosas, 
órgãos sensoriais e glândulas. As principais células da 
derme são os fibroblastos, responsáveis pela 
produção de fibras e de uma substância gelatinosa, 
a substância amorfa, na qual os elementos dérmicos 
estão mergulhados. 
A epiderme penetra na derme e origina os 
folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas 
sudoríparas. Na derme encontramos ainda: músculo 
eretor de pelo, fibras elásticas (elasticidade), fibras 
colágenas (resistência), vasos sanguíneos e nervos. 
Sob a pele, há uma camada de tecido 
conjuntivo frouxo, o tecido subcutâneo, rico em fibras 
e em células que armazenam gordura (células 
adiposas ou adipócitos). A camada subcutânea, 
denominada hipoderme, atua como reserva 
energética, proteção contra choques mecânicos e 
isolante térmico. 
 
Anexos da pele: 
Pelos: cobrem quase toda a pele, estando ausentes 
nas regiões palmar e plantar. A grande parte dos pelos 
que cobrem a pele são finos. Já os pelos longos 
desenvolvem – se no couro cabeludo, nas axilas, ao 
nível da sínfise púbica, e em homens no rosto. No pelo 
distingue – se duas partes: a haste, que se encontra 
acima da pele; e a raiz, que se aloja em um tubo 
epidérmico denominado folículo piloso, que adentra na 
derme ou na tela subcutânea. A base desse folículo é 
dilatada, constituindo o bulbo piloso. Cada pelo está 
ligado a um músculo eretor do pelo, cuja contração 
provoca a ereção, e a uma ou duas glândulas 
sebáceas, responsáveis pela lubrificação. 
 
Unhas: São placas curvas queratinizadas, dispostas na 
superfície dorsal das falanges distais, com função 
protetora. Apresentam uma parte distal, exposta, o 
corpo, e uma parte proximal, oculta, a raiz (matriz), 
coberta por um prolongamento ou prega da camada 
córnea da epiderme. A unha repousa sobre o leito 
ungueal, abundantemente vascularizado e inervado. O 
crescimento das unhas é contínuo durante a vida, 
graças a um processo de proliferação e diferenciação 
de células epiteliais da raiz da unha, que gradualmente 
se queratinizam para formar a placa córnea. 
Mamas: A mama é constituída de parênquima, de 
tecido glandular (glândula mamária); de estroma, de 
tecido conjuntivo, predominando o tecido adiposo; e de 
pele. O parênquima é formado de glândulas cutâneas 
modificadas que se especializam na produção de leite 
após a gestação. 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 130 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNHA 
PELO 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
01 – Em quais camadas a pele pode ser 
dividida? 
02 – Quais as características da camada 
germinativa e da camada queratinizada? 
03 – Quais as funções da pele? 
04 – Quais são os anexos da pele? 
05 – Fale um pouco sobre cada um dos 
anexos. 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 131 
06 – SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 A respiração consiste na absorção, pelo 
organismo, de oxigênio, e a eliminação do gás 
carbônico resultante de oxidações celulares. O sistema 
respiratório humano é constituído por um par de 
pulmões e por vários órgãos que conduzem o ar para 
dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses 
órgãos são as fossas nasais, a boca, a faringe, a 
laringe, a traqueia, os brônquios, os bronquíolos e os 
alvéolos, os três últimos localizados nos pulmões. O 
sistema respiratório pode ser dividido em duas partes: 
porção de condução (representado pelos órgãos 
tubulares – traqueia e brônquios – cuja função é levar o 
ar inspirado até os pulmões); e a porção de respiração 
(representada pelos pulmões). 
 
 
Fossas nasais: são duas cavidades paralelas que 
começam nas narinas e terminam na faringe. Elas são 
separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa 
denominada septo nasal. Em seu interior há dobras 
chamadas cornetos nasais, que forçam o ar a 
turbilhonar. Possuem um revestimento dotado de 
células produtoras de muco e células ciliadas, também 
presentes nas porções inferiores das vias aéreas, como 
traqueia, brônquios e porção inicial dos bronquíolos. 
Tem as funções de filtrar, umedecer e aquecer o ar. No 
teto das fossas nasais existem células sensoriais, 
responsáveis pelo sentido do olfato. 
Faringe: é um canal comum aos sistemas digestório e 
respiratório e comunica-se com a boca e com as fossas 
nasais. É dividida em três partes: parte nasal, superior, 
e que se comunica com a cavidade nasal; parte bucal, 
média, que se comunica com a cavidade bucal; e a 
parte laríngica, inferior, situada posteriormente à 
laringe e continuada diretamente pelo esôfago. O ar 
inspirado pelas narinas ou pela boca passa 
necessariamente pela faringe, antes de atingir a 
laringe. 
Laringe: é um tubo sustentado por peças de 
cartilagem articuladas, situado na parte superior do 
pescoço, em continuação à faringe, além da via 
aerífera, é um órgão da fonação, pois o epitélio que 
reveste a laringe apresenta pregas, as cordas vocais, 
capazes de produzir sons durante a passagem de ar. 
A entrada da laringe chama-se glote. Acima dela existe 
uma cartilagem denominada epiglote, que funciona 
como válvula. Quando nos alimentamos, a laringe sobe 
e sua entrada é fechada pela epiglote. Isso impede que 
o alimento ingerido penetre nas vias respiratórias. 
 
Traqueia: é um tubo de aproximadamente 1,5 cm de 
diâmetro por 10-12 centímetros de comprimento, cujas 
paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos. 
Bifurca-se na sua região inferior, originando 
os brônquios, que penetram nos pulmões. Seu epitélio 
de revestimento muco-ciliar adere partículas de poeira 
e bactérias presentes em suspensão no ar inalado, que 
são posteriormente varridas para fora (graças ao 
movimento dos cílios) e engolidas ou expelidas. 
Pulmões: Os pulmões humanos são órgãos 
esponjosos, com aproximadamente25 cm de 
comprimento, sendo envolvidos por uma membrana 
serosa denominada pleura, que apresenta dois 
folhetos: a pleura pulmonar, que reveste a superfície 
dos pulmões; e a pleura parietal, que recobre a face 
interna da parede torácica. Entre os dois folhetos há 
um espaço virtual, a cavidade da pleura, contendo 
uma película de líquido e espessura capilar que permite 
o livre deslizamento de um folheto contra o outro, nas 
constantes variações de volume do pulmão durante os 
movimentos respiratórios. Nos pulmões os brônquios 
ramificam-se profusamente, dando origem a tubos cada 
vez mais finos, os bronquíolos. O conjunto altamente 
ramificado de bronquíolos é a árvore 
brônquica ou árvore respiratória. 
Cada bronquíolo termina em pequenas bolsas 
formadas por células epiteliais achatadas (tecido 
http://tudosobreanatomia.blogspot.com.br/p/sistema-respiratorio-o-sistema.html
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 132 
epitelial pavimentoso) recobertas por capilares 
sanguíneos, denominadas alvéolos pulmonares. 
Diafragma: A base de cada pulmão apoia – se no 
diafragma, um fino músculo que separa o tórax do 
abdômen promovendo, juntamente com os músculos 
intercostais, os movimentos respiratórios. Localizado 
logo acima do estômago, o nervo frênico controla os 
movimentos do diafragma. 
 
FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO 
 A inspiração, que promove a entrada de ar nos 
pulmões, dá-se pela contração da musculatura do 
diafragma e dos músculos intercostais. O diafragma 
abaixa e as costelas elevam-se, promovendo o 
aumento da caixa torácica, com consequente redução 
da pressão interna (em relação à externa), forçando o 
ar a entrar nos pulmões. A expiração, que promove a 
saída de ar dos pulmões, dá-se pelo relaxamento da 
musculatura do diafragma e dos músculos intercostais. 
O diafragma eleva-se e as costelas abaixam, o que 
diminui o volume da caixa torácica, com consequente 
aumento da pressão interna, forçando o ar a sair dos 
pulmões. 
 
Transporte de gases respiratórios: O transporte de 
gás oxigênio está a cargo da hemoglobina, proteína 
presente nas hemácias. Cada molécula de 
hemoglobina combina-se com quatro moléculas de gás 
oxigênio, formando a oxi-hemoglobina. 
 Nos alvéolos pulmonares o gás oxigênio do ar 
difunde-se para os capilares sanguíneos e penetra nas 
hemácias, onde se combina com a hemoglobina, 
enquanto o gás carbônico (CO2) é liberado para o ar 
(processo chamado hematose). 
 Nos tecidos ocorre um processo inverso: o gás 
oxigênio dissocia-se da hemoglobina e difunde-se pelo 
líquido tissular, atingindo as células. A maior parte do 
gás carbônico (cerca de 70%) liberado pelas células no 
líquido tissular penetra nas hemácias e reage com a 
água, formando o ácido carbônico, que logo se dissocia 
e dá origem a íons H+ e bicarbonato (HCO3-), 
difundindo-se para o plasma sanguíneo, onde ajudam a 
manter o grau de acidez do sangue. Cerca de 23% 
do gás carbônico liberado pelos tecidos associam-se 
à própria hemoglobina, formando 
a carboemoglobina. O restante dissolve-se no 
plasma. 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 
 
FUNÇÕES 
Podemos elencar três funções importantes do Sistema 
respiratório: 
 RESPIRAÇÃO; 
 EXCREÇÃO; 
 PROMOÇÃO DO EQUILÍBRIO ÁCIDO/BASE 
SANGUÍNEO; 
Este sistema é constituído Por dois tratos ou vias 
respiratórias: 
 Trato respiratório superior: É formado por 
órgãos localizados fora da caixa torácica: 
Nariz externo, cavidade nasal, faringe, laringe. 
 Trato respiratório inferior: Consiste em 
órgãos localizados na cavidade 
torácica:Traquéia, brônquios, bronquíolos, 
alvéolos e pulmões. 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 133 
NARIZ 
O nariz é uma protuberância situada no centro da face, 
sendo sua parte exterior denominada nariz externo e a 
escavação que apresenta interiormente conhecida 
por cavidade nasal. 
 
O nariz externo tem a forma de uma pirâmide 
triangular de base inferior e cuja a face posterior se 
ajusta verticalmente no 1/3 médio da face. 
As faces laterais do nariz apresentam uma saliência 
semilunar que recebe o nome de asa do nariz. 
 
 
O ar entra no trato respiratório através de duas 
aberturas chamadas narinas. Em seguida, flui pelas 
cavidades nasais direita e esquerda, que estão 
revestidas por mucosa respiratória. O septo nasal 
separa essas duas cavidades. Os pelos do interior das 
narinas filtram grandes partículas de poeira que podem 
ser inaladas. Além disso, a cavidade nasal contêm 
células receptoras para o olfato. 
 
 
As coanas fazem a comunicação da cavidade nasal 
com a faringe. É na cavidade nasal que o ar torna-se 
condicionado, ou seja, é filtrado, umidecido e aquecido. 
 
FARINGE 
É um tubo que começa nas coanas e estende-se para 
baixo no pescoço. Ela se situa logo atrás das 
cavidades nasais e logo a frente às vértebras cervicais. 
Sua parede é composta de músculos esqueléticos e 
revestida de túnica mucosa. A faringe funciona como 
uma passagem de ar e alimento. 
A faringe é dividida em três regiões anatômicas: 
 nasofaringe, 
 orofaringe, 
 laringofaringe. 
 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 134 
 
LARINGE 
A laringe é um órgão curto que conecta a faringe com a traquéia. Ela se situa na linha mediana do pescoço, diante da 
quarta, quinta e sexta vértebra cervicais. 
 
Possui três funções: 
 Atua como passagem para o ar durante a respiração; 
 Produz som, ou seja, a voz (por esta razão é chamada de caixa de voz); 
 Impede que o alimento e objetos estranhos entrem nas estruturas respiratórias (como a traquéia). 
Na sua superfície interna, encontramos uma fenda ântero-posterior denominada vestíbulo da laringe, que possui duas 
pregas: prega vestibular (cordas vocais falsas) e prega vocal (cordas vocais verdadeiras). 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 
 
 
 
TRAQUÉIA 
 A traquéia é um tubo de 10 a 12,5cm de comprimento e 2,5cm de diâmetro. Ela se situa medianamente e anterior 
ao esôfago, e apenas na sua terminação, desvia-se ligeiramente para a direita. 
 O arcabouço da traquéia é constituído aproximadamente por 20 anéis cartilagíneos incompletos para trás, que são 
denominados cartilagens traqueais. 
 Internamente a traquéia é forrada por mucosa, onde abundam glândulas, e o epitélio é ciliado,. 
 Inferiormente a traquéia se bifurca, dando origem aos 2 brônquios principais. 
 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 
BRÔNQUIOS 
 Os brônquios principais fazem a ligação da 
traquéia com os pulmões.. 
 Os brônquios adentram os pulmões através do 
HILO – Brônquios i/p; veias pulmonares i/a; 
artéria pulmonar s/m. 
 
 O brônquio principal direito é mais vertical, 
mais curto e mais largo do que o esquerdo. 
 Brônquios principais -> brônquios lobares -
>brônquios segmentares -> bronquíolos 
terminais -> bronquíolos respiratório -> ductos 
alveolares -> alvéolos 
 Brônquios principais -> brônquios lobares -
>brônquios segmentares -> bronquíolos 
terminais -> bronquíolos respiratório -> ductos 
alveolares -> alvéolos 
 
ALVÉLOS 
 Unidade funcional do sistema respiratório 
 Formados por dois tipos de células alveolares, 
PNEUMÓCITOS, tipos I e II, escamosas e 
cuboidais. 
 Membrana alvéolo-capilar ligada por fibras 
reticulares e elásticas. ÁCINOS. 
 Líquido alveolar X Surfactante . 
 Pressão alveolar Pa. 
 
PULMÕES 
 O pulmão direito é o mais espesso, mais largo 
e mais curto que o esquerdo. 
 O pulmão E possui a incisura cardíaca e 
incisura diafragmática. 
 Possuem formato piramidais com um ápice, 
uma base, três bordas e três faces formando 
os chamados lobos pulmonares. 
 
 
PULMÕES 
 São divididos por fissuras: Duas para o 
pulmão esquerdo e três para o direito. 
 Fissuras Oblíquas dividem os lobos 
superior e inferior, no caso do pulmão D 
ainda localizamos a fissura Horizontal que 
insere o labo médio. 
 O pulmão E possui a incisura cardíaca eincisura diafragmática. 
 Divisões broncopulmonares e lobectomias. 
 Língula pulmonar esquerda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 137 
MECÂNICA RESPIRATÓRIA 
 
 
PLEURAS 
 
 
CONTROLE NEURAL DA RESPIRAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
HEMATOSE – TRANSPORTE DOS GASES 
 
 
 
 
 
 
 
PERFIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 138 
PNEUMONIAS 
 
PNEUMONIA 
 
 
ATELECTASIA E DERRAME PLEURAL 
 
TUMORES OU CISTOS 
 
 
CARDIOMEGALIA 
 
 
TUMORES OU CISTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
01 – Quais os principais músculos envolvidos na 
respiração? 
02 – Quais os principais eventos ocorridos na 
inspiração e na expiração? 
03 – Quais os principais gases envolvidos na troca 
gasosa? Como são denominadas as ligações deles 
com a hemoglobina? 
04 – Como funciona o entro respiratório? 
05 – O que compreende a capacidade vital dos 
pulmões? 
 
 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 139 
07 – SISTEMA GASTRINTESTINAL 
 O trato gastrintestinal humano é formado por um 
longo tubo musculoso, ao qual estão associados 
órgãos e glândulas que participam da digestão. O trato 
digestório é um tubo oco que se estende da cavidade 
bucal ao ânus, sendo também chamado de canal 
alimentar ou trato gastrintestinal. As estruturas do trato 
gastrintestinal incluem: boca, faringe, esôfago, 
estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e 
ânus. 
 O trato gastrintestinal é um tubo longo e sinuoso 
de 10 a 12 metros de comprimento desde a 
extremidade cefálica (cavidade oral) até a caudal 
(ânus). As funções desse sistema são as de preensão, 
mastigação, deglutição, digestão e absorção dos 
alimentos, e a expulsão dos resíduos, eliminados sob a 
forma de fezes. 
 Os órgãos digestórios acessórios são os dentes, 
a língua, as glândulas salivares, o fígado, vesícula biliar 
e o pâncreas. Os dentes auxiliam no rompimento físico 
do alimento e a língua auxilia na mastigação e na 
deglutição. Os outros órgãos digestivos acessórios 
nunca entram em contato direto com o alimento. 
Produzem ou armazenam secreções que passam para 
o trato gastrintestinal e auxiliam na decomposição 
química do alimento. 
BOCA: Abertura pela qual o alimento entra no tubo 
digestivo. Nela situam – se os dentes e a língua, que 
preparam o alimento para a digestão, por meio da 
mastigação. Os dentes reduzem os alimentos em 
pequenos pedaços, misturando-os à saliva, o que irá 
facilitar a futura ação das enzimas. É dividida em 
vestíbulo da boca, um espaço limitado por um lado 
pelos lábios e bochechas e por outro pelas gengivas e 
dentes; e em cavidade bucal, todo o restante. O teto 
da cavidade bucal é constituído pelo palato, 
responsável por dividir a cavidade nasal da bucal, que 
se divide em palato duro, anterior, ósseo; e palato 
mole, posterior, muscular. 
DENTES: são estruturas duras, calcificadas, presas ao 
maxilar superior e mandíbula, cuja atividade principal é 
a mastigação. Estão implicados, de forma direta, na 
articulação das linguagens. Os nervos sensitivos e os 
vasos sanguíneos do centro de qualquer dente estão 
protegidos por várias camadas de tecido. A mais 
externa, o esmalte, é a substância mais dura. Sob o 
esmalte, circulando a polpa, da coroa (parte livre) até 
a raiz (implantada no alvéolo), está situada uma 
camada de substância óssea chamada dentina. A 
cavidade pulpar é ocupada pela polpa dental, um tecido 
conjuntivo frouxo, ricamente vascularizado e inervado. 
Os dentes reduzem os alimentos em pequenos 
pedaços, misturando-os à saliva, o que irá facilitar a 
futura ação das enzimas. Em sua primeira dentição, o 
ser humano tem 20 peças que recebem o nome de 
dentes de leite. À medida que os maxilares crescem, 
estes dentes são substituídos por outros 32 do tipo 
permanente, sendo 08 incisivos, 04 caninos, 08 pré – 
molares e 12 molares. 
LÍNGUA: é um órgão muscular revestido por mucosa e 
que exerce importantes funções na mastigação, na 
deglutição, como órgão gustativo e na articulação da 
palavra. Na superfície da língua existem dezenas de 
papilas gustativas, cujas células sensoriais percebem 
os quatro sabores primários: amargo, azedo ou ácido, 
salgado e doce. De sua combinação resultam centenas 
de sabores distintos. A distribuição dos quatro tipos de 
receptores gustativos, na superfície da língua, não é 
homogênea. 
GLÂNDULAS SALIVARES: são responsáveis pela 
secreção da saliva, que contém a enzima amilase 
salivar ou ptialina, além de sais e outras substâncias. 
A amilase salivar digere o amido e outros 
polissacarídeos (como o glicogênio), reduzindo-os em 
moléculas de maltose (dissacarídeo). Três pares de 
glândulas salivares lançam sua secreção na cavidade 
bucal: parótida, submandibular e sublingual. 
 
1 – Parótida: situa-se na parte lateral da face, abaixo e 
adiante do pavilhão da orelha, é a maior das três. 
2 - Submandibular: localiza – se anteriormente à 
parte mais inferior da parótida, protegida pelo corpo da 
mandíbula. É de forma arredondada. 
3 – Sublingual: É a menor das três; fica abaixo da 
mucosa do assoalho da boca. 
 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 140 
FARINGE E ESÔFAGO: A faringe, situada no final da 
cavidade bucal, é um canal comum aos sistemas 
gastrintestinal e respiratório: por ela passam o 
alimento, que se dirige ao esôfago, e o ar, que se dirige 
à laringe. 
O esôfago, canal que liga a faringe ao 
estômago, localiza-se entre os pulmões, atrás do 
coração, e atravessa o diafragma, que separa o tórax 
do abdômen. O bolo alimentar leva de 5 a 10 segundos 
para percorre – lo. 
PERITÔNIO: Membrana serosa que reveste os órgãos 
abdominais, que apresenta duas lâminas: peritônio 
parietal, que reveste as paredes da cavidade 
abdominal; e o peritônio visceral, que envolve as 
vísceras. Entre as duas lâminas há uma cavidade 
virtual, denominada cavidade peritoneal. 
ESTÔMAGO: O estômago é uma bolsa de parede 
musculosa, localizada no lado esquerdo abaixo do 
abdome, logo abaixo das últimas costelas. É um órgão 
muscular que liga o esôfago ao intestino delgado. Sua 
função principal é a digestão de alimentos protéicos. 
Um músculo circular, que existe na parte inferior, 
permite ao estômago guardar quase um litro e meio de 
comida, possibilitando que não se tenha que ingerir 
alimento de pouco em pouco tempo. Quando está 
vazio, tem a forma de uma letra "J" maiúscula, cujas 
duas partes se unem por ângulos agudos. Descrevem 
–se no estômago as seguintes partes: cárdia, esfíncter 
que corresponde a junção com o esôfago; o fundo, 
situada superiormente a um plano horizontal, que 
tangencia a junção esôfago – gástrica; o corpo, que 
corresponde à maior parte; e piloro, esfíncter situado 
na porção terminal, continuada pelo duodeno. 
O estômago produz o suco gástrico, um 
líquido claro, transparente, altamente ácido, que 
contêm ácido clorídrico, muco, enzimas e sais. O ácido 
clorídrico mantém o pH do interior do estômago entre 
0,9 e 2,0. Também dissolve o cimento intercelular dos 
tecidos dos alimentos, auxiliando a fragmentação 
mecânica iniciada pela mastigação. 
A pepsina, enzima mais potente do suco 
gástrico, é secretada na forma de pepsinogênio. Como 
este é inativo, não digere as células que o produzem. 
Por ação do ácido clorídrico, o pepsinogênio, ao ser 
lançado na luz do estômago, transforma-se em 
pepsina, enzima que catalisa a digestão de proteínas. 
 
A pepsina, ao catalisar a hidrólise de 
proteínas, promove o rompimento das ligações 
peptídicas que unem os aminoácidos. Como nem todas 
as ligações peptídicas são acessíveis à pepsina, muitas 
permanecem intactas. Portanto, o resultado do trabalho 
dessa enzima são oligopeptídeos e aminoácidos livres. 
A mucosa gástrica é recoberta por uma 
camada de muco, que a protege da agressão do suco 
gástrico, bastante corrosivo. Apesar de estarem 
protegidas por essa densa camadade muco, as células 
da mucosa estomacal são continuamente lesadas e 
mortas pela ação do suco gástrico. Por isso, a mucosa 
está sempre sendo regenerada. Estima-se que nossa 
superfície estomacal seja totalmente reconstituída a 
cada três dias. Eventualmente ocorre desequilíbrio 
entre o ataque e a proteção, o que resulta em 
inflamação difusa da mucosa (gastrite) ou mesmo no 
aparecimento de feridas dolorosas que sangram 
(úlceras gástricas). 
O bolo alimentar pode permanecer no 
estômago por até quatro horas ou mais e, ao se 
misturar ao suco gástrico, auxiliado pelas contrações 
da musculatura estomacal, transforma-se em uma 
massa cremosa acidificada e semilíquida, o quimo. 
Ao passar pelo piloro, o quimo vai sendo, aos 
poucos, liberado no intestino delgado, onde ocorre a 
maior parte da digestão. 
INTESTINO DELGADO: O intestino delgado é um tubo 
com pouco mais de 6 m de comprimento por 4cm de 
diâmetro e pode ser dividido em três 
regiões: duodeno (cerca de 25 cm), jejuno (cerca de 5 
m) e íleo (cerca de 1,5 cm). 
A digestão do quimo ocorre 
predominantemente no duodeno e nas primeiras 
porções do jejuno. No duodeno atua também o suco 
pancreático, produzido pelo pâncreas, que contêm 
diversas enzimas digestivas. Outra secreção que atua 
no duodeno é a bile, produzida no fígado e 
armazenada na vesícula biliar. O pH da bile oscila entre 
8,0 e 8,5. Os sais biliares têm ação detergente, 
emulsificando (ou emulsionando) as gorduras 
(fragmentando suas gotas em milhares de 
microgotículas). 
O suco pancreático, produzido pelo pâncreas, 
contém água, enzimas e grandes quantidades de 
bicarbonato de sódio. O pH do suco pancreático oscila 
entre 8,5 e 9. Sua secreção digestiva é responsável 
pela hidrólise da maioria das moléculas de alimento, 
como carboidratos, proteínas, gorduras e ácidos 
nucléicos. 
O suco pancreático contém ainda o 
tripsinogênio e o quimiotripsinogênio, formas 
inativas em que são secretadas as enzimas 
proteolíticas tripsina e quimiotripsina. Sendo 
produzidas na forma inativa, as proteases não digerem 
suas células secretoras. Na luz do duodeno, o 
tripsinogênio entra em contato com a enteroquinase, 
enzima secretada pelas células da mucosa intestinal, 
convertendo-se em tripsina, que por sua vez contribui 
para a conversão do precursor inativo 
quimiotripsinogênio em quimiotripsina, enzima ativa. 
 
A tripsina e a quimiotripsina hidrolisam 
polipeptídios, transformando-os em oligopeptídeos. A 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 141 
pepsina, a tripsina e a quimiotripsina rompem ligações 
peptídicas específicas ao longo das cadeias de 
aminoácidos. 
A mucosa do intestino delgado secreta o suco 
entérico, solução rica em enzimas e de pH 
aproximadamente neutro. Uma dessas enzimas é a 
enteroquinase. Outras enzimas são as 
dissacaridades, que hidrolisam dissacarídeos em 
monossacarídeos (sacarase, lactase, maltase). No 
suco entérico há enzimas que dão sequencia à 
hidrólise das proteínas: os oligopeptídeos sofrem ação 
das peptidases, resultando em aminoácidos. 
No intestino, as contrações rítmicas e os 
movimentos peristálticos das paredes musculares, 
movimentam o quimo, ao mesmo tempo em que este é 
atacado pela bile, enzimas e outras secreções, sendo 
transformado em quilo. 
A absorção dos nutrientes ocorre através de 
mecanismos ativos ou passivos, nas regiões do jejuno 
e do íleo. A superfície interna, ou mucosa, dessas 
regiões, apresenta, além de inúmeros dobramentos 
maiores, milhões de pequenas dobras (4 a 5 milhões), 
chamadas vilosidades, que aumentam a superfície de 
absorção intestinal. As membranas das próprias células 
do epitélio intestinal apresentam, por sua vez, 
dobrinhas microscópicas denominadas 
microvilosidades. O intestino delgado também 
absorve a água ingerida, os íons e as vitaminas. 
Os nutrientes absorvidos pelos vasos 
sanguíneos do intestino passam ao fígado para serem 
distribuídos pelo resto do organismo. Os produtos da 
digestão de gorduras (principalmente glicerol e ácidos 
graxos isolados) chegam ao sangue sem passar pelo 
fígado, como ocorre com outros nutrientes. Nas células 
da mucosa, essas substâncias são reagrupadas em 
triacilgliceróis (triglicerídeos) e envelopadas por uma 
camada de proteínas, formando os quilomícrons, 
transferidos para os vasos linfáticos e, em seguida, 
para os vasos sanguíneos, onde alcançam as células 
gordurosas (adipócitos), sendo, então, armazenados. 
INTESTINO GROSSO: Constitui a porção terminal do 
canal alimentar, sendo mais calibroso e mais curto do 
que o intestino delgado, medindo cerca de 1,5 m. É 
subdividido nos seguintes seguimentos: 
ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon 
descendente, cólon sigmoide, reto e ânus. 
 É o local de absorção de água, tanto a 
ingerida quanto a das secreções digestivas. Uma 
pessoa bebe cerca de 1,5 litros de líquidos por dia, que 
se une a 8 ou 9 litros de água das secreções. 
Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam 
muco, que lubrifica as fezes, facilitando seu trânsito e 
eliminação pelo ânus. 
Numerosas bactérias vivem em mutualismo no 
intestino grosso. Seu trabalho consiste em dissolver os 
restos alimentícios não assimiláveis, reforçar o 
movimento intestinal e proteger o organismo contra 
bactérias estranhas, geradoras de enfermidades. 
As fibras vegetais, principalmente a celulose, 
não são digeridas nem absorvidas, contribuindo com 
porcentagem significativa da massa fecal. Como retêm 
água, sua presença torna as fezes macias e fáceis de 
serem eliminadas. 
O intestino grosso não possui vilosidades nem 
secreta sucos digestivos, normalmente só absorve 
água, em quantidade bastante consideráveis. Como o 
intestino grosso absorve muita água, o conteúdo 
intestinal se condensa até formar detritos inúteis, que 
são evacuados. 
 
PÂNCREAS: é uma glândula mista, de mais ou menos 
15 cm de comprimento e de formato triangular, 
localizada transversalmente sobre a parede posterior 
do abdome, na alça formada pelo duodeno, sob o 
estômago. O pâncreas é formado por uma cabeça que 
se encaixa no quadro duodenal, de um corpo e de uma 
cauda afilada. A secreção externa dele é dirigida para o 
duodeno O pâncreas comporta dois órgãos 
estreitamente imbricados: pâncreas exócrino e o 
endócrino. 
O pâncreas exócrino produz enzimas 
digestivas, em estruturas reunidas denominadas 
ácinos. Os ácinos pancreáticos estão ligados através 
de finos condutos, por onde sua secreção é levada até 
um condutor maior, que desemboca no duodeno, 
durante a digestão. 
O pâncreas endócrino secreta os hormônios 
insulina e glucagon, responsáveis pelo controle da 
glicose no organismo. 
FÍGADO: É o maior órgão interno, e é ainda um dos 
mais importantes. É a mais volumosa de todas as 
vísceras, pesa cerca de 1,5 kg no homem adulto, e na 
mulher adulta entre 1,2 e 1,4 kg. Tem cor arroxeada, 
superfície lisa e recoberta por uma cápsula própria. 
Está situado no quadrante superior direito da cavidade 
abdominal. 
O tecido hepático é constituído por formações 
diminutas que recebem o nome de lobos, compostos 
por colunas de células hepáticas ou hepatócitos, 
rodeadas por canais diminutos (canalículos), pelos 
quais passa a bile, secretada pelos hepatócitos. Estes 
canais se unem para formar o ducto hepático que, junto 
com o ducto procedente da vesícula biliar, forma o 
ducto comum da bile, que descarrega seu conteúdo no 
duodeno. 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 142 
As células hepáticas ajudam o sangue a 
assimilar as substâncias nutritivas e a excretar os 
materiais residuais e as toxinas, bem como esteróides, 
estrógenos e outros hormônios. O fígado é um órgão 
muito versátil. Armazena glicogênio, ferro, cobre e 
vitaminas. Produz carboidratos a partir de lipídios ou de 
proteínas, e lipídios a partir de carboidratos ou de 
proteínas. Sintetiza também o colesterol e purifica 
muitos fármacose muitas outras substâncias. O fígado 
apresenta as seguintes funções: 
 Secretar a bile, líquido que atua no 
emulsionamento das gorduras ingeridas, 
facilitando, assim, a ação da lipase; 
 Remover moléculas de glicose no sangue, 
reunindo-as quimicamente para formar 
glicogênio, que é armazenado; nos momentos 
de necessidade, o glicogênio é reconvertido 
em moléculas de glicose, que são relançadas 
na circulação; 
 Armazenar ferro e certas vitaminas em suas 
células; 
 Metabolizar lipídeos; 
 Sintetizar diversas proteínas presentes no 
sangue, de fatores imunológicos e de 
coagulação e de substâncias transportadoras 
de oxigênio e gorduras; 
 Degradar álcool e outras substâncias tóxicas, 
auxiliando na desintoxicação do organismo; 
 Destruir hemácias (glóbulos vermelhos) velhas 
ou anormais, transformando sua hemoglobina 
em bilirrubina, o pigmento castanho-
esverdeado presente na bile. 
 
 
 
08 – SISTEMAS CIRCULATÓRIO 
(CARDIOVASCULAR) 
 O sistema circulatório é uma vasta rede de 
tubos de vários tipos e calibres, que põe em 
comunicação todas as partes do corpo. Dentro desses 
tubos circula o sangue, impulsionado pelas contrações 
rítmicas do coração. Tem como funções: transportar 
gases (oxigênio e gás carbônico); transportar 
nutrientes; transportar resíduos metabólicos; 
transportar hormônios; transportar calor; distribuição de 
mecanismos de defesa (células de defesa); coagulação 
sanguínea. 
CORAÇÃO: O coração é um órgão muscular oco, que 
funciona como uma bomba contrátil – propulsora, que 
se localiza no meio do peito, sob o osso esterno, 
ligeiramente deslocado para a esquerda. Em uma 
pessoa adulta, tem o tamanho aproximado de um 
punho fechado e pesa cerca de 400 gramas. 
 O coração humano apresenta quatro cavidades: 
duas superiores, denominadas átrios (ou aurículas) e 
duas inferiores, denominadas ventrículos. O átrio 
direito comunica-se com o ventrículo direito através da 
válvula tricúspide. O átrio esquerdo, por sua vez, 
comunica-se com o ventrículo esquerdo através da 
válvula bicúspide ou mitral. A função das válvulas 
cardíacas é garantir que o sangue siga uma única 
direção, sempre dos átrios para os ventrículos. 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
1 – Quais são os órgãos acessórios do 
trato gastrintestinal? 
2 – Cite o nome das glândulas salivares e 
o nome da enzima produzida por elas. 
3 – Quais as partes que compõem o 
intestino delgado? 
4 – Quais as partes que compõem o 
intestino grosso? 
5 – Quais as enzimas são responsáveis 
por digerir os polipeptídeos (proteínas)? 
Qual é o produto final desta digestão? 
6 – Quais as funções do intestino delgado 
e do intestino grosso? 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 143 
 
As câmaras cardíacas contraem-se e dilatam-se 
alternadamente 70 vezes por minuto, em média. O 
processo de contração de cada câmara do miocárdio 
(músculo cardíaco) denomina-se sístole. O 
relaxamento, que acontece entre uma sístole e a 
seguinte, é a diástole. Quando há sístole atrial, 
consequentemente há diástole ventricular, e 
inversamente. 
Nódulo sinoatrial ou marcapasso ou nó sino-atrial: 
região especial do coração, que controla a atividade 
elétrica do coração, logo controla a frequência 
cardíaca. Localiza-se perto da junção entre o átrio 
direito e a veia cava superior e é constituído por um 
aglomerado de células musculares especializadas. A 
frequência rítmica dessas fibras musculares é de 
aproximadamente 72 contrações por minuto, enquanto 
o músculo atrial se contrai cerca de 60 vezes por 
minuto e o músculo ventricular, cerca de 20 vezes por 
minuto. Devido ao fato do nódulo sinoatrial possuir uma 
frequência rítmica mais rápida em relação às outras 
partes do coração, os impulsos originados do nódulo 
SA espalham-se para os átrios e ventrículos, 
estimulando essas áreas tão rapidamente, de modo 
que o ritmo do nódulo SA torna-se o ritmo de todo o 
coração; por isso é chamado marcapasso. 
 
Sistema De Purkinje ou fascículo átrio-
ventricular: embora o impulso cardíaco possa 
percorrer perfeitamente todas as fibras musculares 
cardíacas, o coração possui um sistema especial de 
condução denominado sistema de Purkinje ou fascículo 
átrio-ventricular, composto de fibras musculares 
cardíacas especializadas, ou fibras de Purkinje (Feixe 
de Hiss ou miócitos átrio-ventriculares), que transmitem 
os impulsos com uma velocidade aproximadamente 6 
vezes maior do que o músculo cardíaco normal, cerca 
de 2 m por segundo, em contraste com 0,3 m por 
segundo no músculo cardíaco. 
VASOS SANGUÍNEOS: 
Artérias: São tubos cilindroides, de parede espessa 
que saem do coração levando sangue para os órgãos 
e tecidos do corpo. Compõem-se de três camadas: a 
mais interna, chamada endotélio, formada por uma 
única camada de células achatadas; a mediana, 
constituída por tecido muscular liso; a mais externa, 
formada por tecido conjuntivo, rico em fibras 
elásticas. 
Quando o sangue é bombeado pelos 
ventrículos e penetra nas artérias, elas se relaxam e se 
dilatam, o que diminui a pressão sanguínea, Caso as 
artérias não se relaxem o suficiente, a pressão do 
sangue em seu interior sobe, com risco de ruptura das 
paredes arteriais. Assim, a cada sístole ventricular é 
gerada uma onda de relaxamento que se propaga 
pelas artérias, desde o coração até as extremidades 
das arteríolas (ramificações menos calibrosas das 
artérias). Durante a diástole ventricular, a pressão 
sanguínea diminui. Ocorre, então, contração das 
artérias, o que mantém o sangue circulando até a 
próxima sístole. 
Capilares sanguíneos: são vasos de pequeno calibre, 
microscópicos, que ligam as extremidades das 
arteríolas às extremidades das vênulas (veias de 
menor calibre). A parede dos capilares possui uma 
única camada de células, correspondente ao endotélio 
das artérias e veias. 
Quando o sangue passa pelos capilares, parte 
do líquido que o constitui atravessa a parede capilar e 
espalha-se entre as células próximas, nutrindo-as e 
oxigenando-as. As células, por sua vez, eliminam gás 
carbônico e outras excreções no líquido extravasado, 
denominado líquido tissular. A maior parte do líquido 
tissular é reabsorvida pelos próprios capilares e 
reincorporada ao sangue. Apenas 1% a 2% do líquido 
extravasado na porção arterial do capilar não retorna à 
parte venosa, sendo coletado por um sistema paralelo 
ao circulatório, o sistema linfático, quando passa a se 
chamar linfa e move-se lentamente pelos vasos 
linfáticos, dotados de válvulas. 
Veias: são vasos que chegam ao coração, trazendo o 
sangue dos órgãos e tecidos. A parede das veias, 
como a das artérias, também é formada por três 
camadas. A diferença, porém, é que a camada 
Septo átrio – 
ventricular 
AD 
AE 
VD 
VE 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 144 
muscular e a conjuntiva são menos espessas que suas 
correspondentes arteriais. Além disso, diferentemente 
das artérias, as veias de maior calibre 
apresentam válvulas em seu interior, que impedem o 
refluxo de sangue e garante sua circulação em um 
único sentido. 
Depois de passar pelas arteríolas e capilares, a 
pressão sanguínea diminui, atingindo valores muito 
baixos no interior das veias. O retorno do sangue ao 
coração deve-se, em grande parte, às contrações dos 
músculos esqueléticos, que comprimem as veias, 
fazendo com que o sangue desloque-se em seu 
interior. Devido às válvulas, o sangue só pode seguir 
rumo ao coração. 
 
 
 
 
CIRCULAÇAO PULMONAR E CIRCULAÇÃO 
SISTÊMICA 
 
A circulação sanguínea humana pode ser 
dividida em dois grandes circuitos: um leva sangue aos 
pulmões, para oxigená-lo, e outro leva sangue 
oxigenado a todas as células do corpo. Por isso se diz 
que nossa circulação é dupla. 
 
Circulação pulmonar: Ventrículo direito – artérias 
pulmonares – pulmões – veias pulmonares – átrio 
esquerdo. 
Circulação sistêmica: Ventrículo esquerdo – artériaaorta – sistemas corporais – veias cavas superior e 
inferior – átrio direito. 
 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 
 
Quase todas as veias transportam sangue venoso. A 
exceção são as veias pulmonares, que chegam ao coração 
com sangue rico em oxigênio! 
Quase todas as artérias transportam sangue arterial. 
Exceto as artérias pulmonares, que saem do coração com 
sangue venoso (pobre em oxigênio)! 
Todo sangue venoso é pobre em oxigênio, e todo 
sangue arterial é rico em oxigênio! 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
01 – Quais as funções do sistema cardiovascular? 
02 – Quantas, e quais os nomes, da câmaras cardíacas? 
03 – Quantas, e quais os nomes, das válvulas existentes no coração? 
04 – Como funciona o marcapasso natural? 
05 – Quais os nomes dos vasos sanguíneos existentes? Quais as diferenças entre eles? 
06 – O que compreende a pequena e a grande circulação? 
07 – Qual a diferença entre sangue venoso e sangue arterial? 
 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 
09 – SISTEMA NERVOSO 
O sistema nervoso controla a maioria das 
funções do corpo, mediante o controle das contrações 
dos músculos esqueléticos, músculos lisos dos órgãos 
internos e velocidade de secreção de glândulas 
exócrinas (secreção externa, como o suor) e 
endócrinas (glândulas que secretam substâncias para 
dentro do organismo). 
O tecido nervoso é constituído por células 
nucleadas especiais, denominadas neurônios, com 
longos prolongamentos capazes de captar estímulos 
exteriores como calor, frio, dor. Possuem morfologia 
complexa, mas quase todos apresentam três 
componentes. Os dendritos são prolongamentos 
numerosos, cuja função é receber os estímulos do 
meio ambiente, de células epiteliais sensoriais ou de 
outros neurônios.O corpo celular ou pericário é o 
centro do tráfico dos impulsos nervosos da célula. O 
axônio é um prolongamento único, especializado na 
condução de impulsos que transmitem informações do 
neurônio para outras células nervosas, musculares e 
glandulares. A transmissão do impulso nervoso de um 
neurônio a outro depende de estruturas altamente 
especializadas: as sinapses. Os axônios estão 
envoltos em uma camada gelatinosa que funciona 
como isolante e denomina-se bainha de mielina. 
O conjunto de axônios corresponde às fibras 
nervosas, cuja união forma os feixes ou tratos do 
sistema nervoso central e os nervos do sistema 
nervoso periférico. A junção dos corpos neuronais 
constitui uma substância cinzenta denominada córtex. 
 
O funcionamento do sistema nervoso depende 
do chamado arco reflexo constituído pela ação das vias 
aferentes, centrípetas ou sensitivas, responsáveis pela 
condução dos impulsos originados nos receptores 
externos (provenientes do sistema sensorial) ou 
internos existentes em diversos órgãos e sensíveis às 
modificações químicas, à pressão ou tensão; pelos 
centros nervosos que formam a resposta aos estímulos 
enviados pelas vias sensitivas; pela via eferente, 
motora ou centrífuga que conduz a resposta voluntária 
ou involuntária dos centros nervosos para os tecidos 
muscular e glandular. 
Anatomicamente, o sistema nervoso divide-se em 
sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso 
periférico (SNP). 
 
O SNC é representado pelo encéfalo e medula 
espinhal, respectivamente localizados no interior da 
caixa craniana e coluna vertebral. O encéfalo é 
constituído pelo cérebro, diencéfalo, cerebelo e 
tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e medula 
oblonga) e sua parte central é constituída por uma 
substância branca; a externa, por uma substância 
cinzenta. 
O cérebro divide-se em duas partes simétricas 
(hemisférios direito e esquerdo) cuja troca de impulsos 
é feita pelo corpo caloso. Sua superfície evidencia 
pregas (giros) e reentrâncias (sulcos e fissuras) do 
córtex cerebral. Os sulcos e fissuras dividem os 
hemisférios em lobos responsáveis por funções 
específicas - como sensitivas, auditivas, visuais, 
movimentação voluntária, memória, concentração, 
raciocínio, linguagem, comportamento, entre outras. 
O diencéfalo circunda o terceiro ventrículo, 
forma a parte central mais importante do encéfalo e 
contém o tálamo e hipotálamo. Pelo tálamo passam 
todas as vias sensitivas que informam as percepções 
da sensibilidade dos órgãos dos sentidos, exceto o 
olfato – também percebe sensações como calor 
extremo, pressão e dor intensa. O hipotálamo, situado 
abaixo do tálamo, aloja a hipófise e controla as 
principais funções vegetativas e endócrinas do corpo. É 
uma das principais vias de saída de controle do 
sistema límbico (circuito neuronal que controla o 
comportamento emocional e os impulsos 
motivacionais). 
O cerebelo controla os movimentos, a 
tonicidade muscular e participa da manutenção do 
equilíbrio do corpo. O tronco cerebral une todas as 
partes do encéfalo à medula espinhal. O tronco 
cerebral desempenha funções especiais de controle, 
dentre outras, da respiração, do sistema 
cardiovascular, da função gastrintestinal, de alguns 
movimentos estereotipados do corpo, do equilíbrio, dos 
movimentos dos olhos. Serve como estação de 
retransmissão de “sinais de comando” provenientes de 
centros neurais ainda mais superiores que comandam 
o tronco cerebral para que este inicie ou modifique 
funções de controle específico por todo o corpo. 
Diencéfalo 
 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 147 
A medula espinhal encontra-se no interior do canal 
formado pelas vértebras da coluna vertebral. Dela 
irradiam-se 33 pares de nervos espinhais, à direita e à 
esquerda, que inervam o pescoço, tronco e membros, 
ligando o encéfalo ao resto do corpo e vice-versa. É 
também mediadora da atividade reflexa (atos 
instantâneos, realizados independentemente da 
consciência). Estende-se da base do crânio até o nível 
da segunda vértebra lombar, pouco acima da cintura. A 
substância cinzenta da medula espinhal tem o formato 
da letra H, cujas extremidades são a raiz anterior, de 
onde saem as fibras motoras, e raiz posterior, local de 
saída das fibras sensitivas. 
 
Tanto o encéfalo como a medula 
espinhal são envolvidos e protegidos por membranas 
de tecido conjuntivo denominadas, em conjunto, de 
meninges. Estas membranas são, de fora para dentro: 
dura – máter, a mais espessa das três; aracnoide, a 
membrana intermediária, da qual partem fibras que vão 
ao encontro da pia – máter, a mais fina e que está 
intimamente aplicada ao encéfalo e à medula espinhal. 
A aracnoide é separa da dura – máter por um espaço 
capilar denominado espaço subdural, e da pia – máter 
pelo espaço subaracnoide, onde circula o líquido 
cefalorraquidiano (ou líquor). 
 
 
 
Por sua vez, o SNP consiste nos nervos 
cranianos e espinhais. Emergindo do tronco cerebral, 
há 12 pares de nervos cranianos que exercem funções 
específicas e nem sempre estão sob controle 
voluntário. Os nervos que possuem fibras de controle 
involuntário são chamados de sensitivos; e os de 
controle voluntário, motores. A partir dos órgãos dos 
sentidos e dos receptores (terminações nervosas 
sensitivas), presentes em várias partes do corpo, o 
SNP conduz impulsos nervosos para o SNC, e deste 
para os músculos e glândulas. Os nervos espinhais são 
divididos e denominados de acordo com sua 
localização na coluna vertebral: 8 cervicais, 12 
torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e um coccígeo. 
NERVOS CRANIANOS: 
 
 
Fisiologicamente, o sistema nervoso pode ser 
dividido em sistema nervoso voluntário, que 
comanda a musculatura estriada esquelética, e 
sistema nervoso autônomo (SNA) ou involuntário, 
responsável pelo controle da musculatura lisa, do 
músculo cardíaco, da secreção de todas as glândulas 
digestivas e sudoríparas e de alguns órgãos 
endócrinos. 
Em sua maioria, as funções do SNA são 
articuladas em coordenação com o SNC, em especial o 
hipotálamo. Do ponto de vista anatômico e funcional, o 
SNA divide-se em sistema simpático e 
parassimpático, que trabalhamde modo antagônico, 
porém em equilíbrio. O sistema simpático estimula 
atividades realizadas durante situações de emergência 
e estresse, nas quais os batimentos cardíacos se 
aceleram e a pressão arterial se eleva. O sistema 
parassimpático estimula as atividades que conservam e 
restauram os recursos corpóreos (por exemplo, 
diminuição dos batimentos cardíacos). 
No sistema simpático, os corpos celulares dos 
neurônios pré-ganglionares localizam-se na substância 
cinzenta (corno lateral) da medula espinhal, 
começando no primeiro segmento torácico e 
terminando no segundo ou terceiro segmento lombar. 
Os corpos celulares dos neurônios pós-ganglionares 
situam-se nos gânglios para-vertebrais e pré-vertebrais. 
Por liberarem adrenalina ou noradrenalina, as 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 148 
terminações pós-ganglionares simpáticas são 
conhecidas como adrenérgicas. 
 No sistema parassimpático, os corpos celulares 
dos neurônios pré-ganglionares situam-se nos núcleos 
dos pares III, VII, IX e X de nervos cranianos no tronco 
encefálico e no segundo, terceiro e quarto segmentos 
sacrais da medula espinhal. As fibras pré-ganglionares 
fazem sinapse com o corpo celular de um neurônio 
pós-ganglionar parassimpático, próximo ou na parede 
do órgão-alvo. Por liberarem acetilcolina, a maioria das 
terminações pós-ganglionares parassimpáticas são 
denominadas colinérgicas. 
TIPOS DE NEURÔNIOS 
De acordo com suas funções na condução dos 
impulsos, os neurônios podem ser classificados em: 
 Neurônios receptores ou sensitivos 
(aferentes): são os que recebem estímulos 
sensoriais e conduzem o impulso nervoso ao 
sistema nervoso central. 
 Neurônios motores ou efetuadores 
(eferentes): transmitem os impulsos motores 
(respostas ao estímulo). 
 Neurônios associativos ou 
interneurônios: estabelecem ligações entre os 
neurônios receptores e os neurônios motores. 
10 – SISTEMA SENSORIAL 
Para que o sistema nervoso possa exercer suas 
funções de integração e coordenação, comandando 
contínuos ajustamentos que se fazem necessários para 
o perfeito funcionamento do organismo, é preciso que 
cheguem até ele informações provenientes dos meios 
interno e externo, que se originam como estímulos que 
são captados por órgãos específicos, denominados 
órgãos sensoriais. São constituídos pelos olhos, que 
permitem a visão; língua, que sente o paladar; nariz, 
que possibilita o olfato; orelha, que conduz a audição e 
pele, que percebe o estímulo pelo tato. 
OLHOS: são acondicionados dentro de duas cavidades 
ósseas da face: as órbitas oculares. Possuem dois 
globos oculares que, por sua vez, são constituídos por 
três distintas membranas denominadas esclerótica, 
coroide e retina. Na parte anterior do globo ocular, a 
membrana esclerótica, que o reveste externamente, 
forma uma camada transparente chamada córnea. Na 
coróide, localizam-se os vasos sanguíneos. A retina, 
sua membrana mais interna e sensível, é formada por 
um prolongamento do nervo óptico. No interior do globo 
ocular existe uma substância que ocupa sua maior 
parte, chamada humor vítreo, de consistência 
gelatinosa e transparente, situada atrás do cristalino – 
o qual atua como uma lente, regulando a imagem com 
nitidez. O cristalino modifica-se pela ação dos 
músculos ciliares, comandados pelo sistema nervoso 
autônomo. 
Entre o cristalino e a córnea há uma substância 
líquida e transparente denominada humor aquoso. Na 
parte anterior do olho, a coroide forma um disco cuja 
cor é variável para cada pessoa, denominada íris. Em 
seu centro existe um orifício cujo tamanho altera-se de 
acordo com a quantidade de luz que sobre ele incide, 
denominado pupila. 
 
 
 
 
 
Na parte anterior dos olhos encontram-se as 
pálpebras superiores, as inferiores e os cílios, que 
também atuam como protetores da visão, impedindo a 
entrada de corpos estranhos. 
No canto interno da pálpebra são encontrados 
dois pequenos orifícios denominados ponto lacrimal 
superior e inferior. É por eles que escoam as 
lágrimas, seja por reação física ou emocional. A 
sobrancelha também é considerada fator de proteção, 
por dificultar a passagem do suor da testa para os 
olhos. 
MECANISMO DA VISÃO: Os raios luminosos 
atravessam a córnea, o cristalino, o humor aquoso e o 
humor vítreo e atingem a retina. O mecanismo da visão 
pode ser melhor entendido, se compararmos o globo 
ocular a uma câmara fotográfica: o cristalino seria a 
objetiva; a Íris, o diafragma, e a retina seria a placa ou 
película. Desta maneira os raios luminosos, ao 
penetrarem na córnea e no humor aquoso, passando 
pela pupila, chegam ao cristalino, que leva a imagem 
mais para trás ou para frente, permitindo que ela se 
projete sobre a retina. 
Na máquina fotográfica, o meio transparente é 
a lente e a superfície sensível à luz, o filme. No olho, a 
luz atravessa a córnea, o humor aquoso, o cristalino e 
o humor vítreo e se dirige para a retina, que funciona 
como o filme fotográfico; a imagem formada na retina 
também é invertida, como na máquina fotográfica. 
Na penumbra (à esquerda), a pupila se dilata (midríase); 
na claridade (à direita), a pupila se contrai (miose). 
 
 
UM COLÉGIO PARA QUEM SONHA 149 
O nervo óptico conduz os impulsos nervosos 
para o centro da visão, no cérebro, que o interpreta e 
nos permite ver os objetos nas posições em que 
realmente se encontram. 
LÍNGUA: A língua, que também participa na emissão 
do som, é formada por uma massa de tecido muscular 
estriado, recoberta por uma mucosa. Possui forma 
achatada e ligeiramente cônica. É composta por duas 
partes: 
 A superior ou dorsal, onde localizam-se as 
papilas linguais ou gustativas, cujas 
terminações nervosas transmitem a sensação 
do gosto – processo em que a saliva 
representa importante função, haja vista que 
sua viscosidade favorece a captação dos 
estímulos; 
 A inferior ou ventral, que pode ser vista 
quando se eleva a ponta da língua em direção 
ao palato (céu da boca). 
Sensações gustativas primárias: Na superfície da 
língua existem dezenas de papilas gustativas, cujas 
células sensoriais percebem os quatro sabores 
primários, aos quais denominam – se sensações 
gustativas primárias: amargo (A), azedo ou ácido (B), 
salgado (C) e doce (D). De sua combinação resultam 
centenas de sabores distintos. A distribuição dos quatro 
tipos de receptores gustativos, na superfície da língua, 
não é homogênea. 
 
Até há pouco tempo acreditava-se que existiam 
quatro tipos inteiramente diferentes de papilas 
gustativas, cada qual detectando uma das sensações 
gustativas primárias particular. Sabe-se agora que 
todas as papilas gustativas possuem alguns graus de 
sensibilidade para cada uma das sensações gustativas 
primárias. Entretanto, cada papila normalmente tem 
maior grau de sensibilidade para uma ou duas das 
sensações gustativas. O cérebro detecta o tipo de 
gosto pela relação (razão) de estimulação entre as 
diferentes papilas gustativas. Isto é, se uma papila que 
detecta principalmente salinidade é estimulada com 
maior intensidade que as papilas que respondem mais 
a outros gostos, o cérebro interpreta a sensação como 
de salinidade, embora outras papilas tenham sido 
estimuladas, em menor extensão, ao mesmo tempo. 
NARIZ: É o órgão do olfato, é formado por duas 
cavidades, as fossas nasais, medialmente separadas 
pelo septo (septo nasal). As fossas nasais possuem 
orifícios anteriores, que fazem contato com o meio 
externo, denominados narinas, e orifícios posteriores 
que, por sua vez, fazem contato com a faringe, 
chamados coanas. 
Na parte superior das fossas nasais há um 
revestimento mucoso formado por 
células olfativas localizadas nas terminações do nervo 
olfativo (nervo sensitivo), responsáveis pelo sentido do 
olfato. 
O sentido do olfato é estimulado através de 
substâncias químicas espalhadas no ar, motivo pelo 
qual é considerado

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