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Comissões de Conciliação Prévia e Transação Trabalhista

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CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA
www.pontodosconcursos.com.br 1
Olá pessoal, 
Chegamos à última aula de nosso curso, na qual estudaremos as 
Comissões de Conciliação Prévia e a renúncia e transação dos 
direitos trabalhistas. 
Vamos ao estudo! 
Aula 10: Das Comissões de Conciliação Prévia. Da renúncia e 
transação. 
10.1 Das Comissões de Conciliação: A respeito das Comissões de 
Conciliação Prévia é importante transcrever os artigos da CLT que 
tratam deste tema. 
A Lei 9958/2000 inseriu dispositivos na CLT, artigos 625-A a 
625-H, instituindo as Comissões de Conciliação Prévia as quais 
possuem composição paritária, em empresas ou grupo de empresas 
(comissões de empresas) ou em sindicatos ou grupos destes 
(comissões sindicais ou intersindicais). 
Estes entes possuem atribuição de tentar conciliar os Conflitos 
Individuais do Trabalho, através do termo de Conciliação de Comissão 
Prévia(CCP). 
Art. 625-A. As empresas e os sindicatos podem instituir 
Comissões de Conciliação Prévia, de composição paritária, 
com representantes dos empregados e dos empregadores, 
com a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do 
trabalho. 
Parágrafo único. As Comissões referidas no caput deste artigo 
poderão ser constituídas por grupos de empresas ou ter caráter 
intersindical. 
Atenção: O verbo “poder” significa que a instituição das 
Comissões não é obrigatória e sim facultativa. 
Art. 625-B. A Comissão instituída no âmbito da empresa será 
composta de, no mínimo, dois e, no máximo, dez membros, e 
observará as seguintes normas: 
I – a metade de seus membros será indicada pelo empregador 
e a outra metade eleita pelos empregados, em escrutínio 
secreto, fiscalizado pelo sindicato da categoria profissional; 
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II – haverá na Comissão tantos suplentes quantos forem 
os representantes titulares; 
III – o mandato dos seus membros, titulares e suplentes, é de 
um ano, permitida uma recondução. 
§ 1º É vedada a dispensa dos representantes dos empregados 
membros da Comissão de Conciliação Prévia, titulares 
e suplentes, até um ano após o final do mandato, salvo 
se cometeram falta grave, nos termos da lei. 
§ 2º O representante dos empregados desenvolverá seu 
trabalho normal na empresa, afastando-se de suas atividades 
apenas quando convocado para atuar como conciliador, sendo 
computado como tempo de trabalho efetivo o despendido 
nessa atividade. 
Art. 625-C. A Comissão instituída no âmbito do sindicato terá 
sua constituição e normas de funcionamento definidas em 
convenção ou acordo coletivo. 
Art. 625-D. Qualquer demanda de natureza trabalhista será 
submetida à Comissão de Conciliação Prévia se, na localidade 
da prestação de serviços, houver sido instituída a Comissão no 
âmbito da empresa ou do sindicato da categoria. 
§ 1º A demanda será formulada por escrito ou reduzida a termo 
por qualquer dos membros da Comissão, sendo entregue cópia 
datada e assinada pelo membro aos interessados. 
§ 2º Não prosperando a conciliação, será fornecida ao 
empregado e ao empregador declaração da tentativa 
conciliatória frustrada com a descrição de seu objeto, firmada 
pelos membros da Comissão, que deverá ser juntada à 
eventual reclamação trabalhista. 
§ 3º em caso de motivo relevante que impossibilite 
a observância do procedimento previsto no caput deste 
artigo, será a circunstância declarada na petição inicial 
da ação intentada perante a Justiça do Trabalho. 
§ 4º Caso exista, na mesma localidade e para a mesma 
categoria, Comissão de empresa e Comissão sindical, o 
interessado optará por uma delas para submeter a sua 
demanda, sendo competente aquela que primeiro conhecer do 
pedido. 
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Art. 625-E. Aceita a conciliação, será lavrado termo assinado 
pelo empregado, pelo empregador ou seu preposto e pelos 
membros da Comissão, fornecendo-se cópia às partes. Pará-
grafo único. O termo de conciliação é título executivo 
extrajudicial e terá eficácia liberatória geral, exceto quanto às 
parcelas expressamente ressalvadas. 
Art. 625-F. As Comissões de Conciliação Prévia têm prazo de 
dez dias para a realização da sessão de tentativa de 
conciliação a partir da provocação do interessado. 
Parágrafo único. Esgotado o prazo sem a realização da 
sessão, será fornecida, no último dia do prazo, a declaração a 
que se refere o § 2º do art. 625-D. 
Art. 625-G. O prazo prescricional será suspenso a partir da 
provocação da Comissão de Conciliação Prévia, recomeçando 
a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de 
conciliação ou do esgotamento do prazo previsto no art. 625-F. 
Art. 625-H. Aplicam-se aos Núcleos Intersindicais de 
Conciliação Trabalhista em funcionamento ou que vierem a ser 
criados, no que couber, as disposições previstas neste Título, 
desde que observados os princípios da paridade e da 
negociação coletiva na sua constituição. 
10.2. Da Renúncia e da Transação: A renúncia é uma declaração 
unilateral de vontade que atinge direito certo e existente, pela qual o 
titular do direito dele se despoja. 
No Direito do Trabalho o art. 9º da CLT estabelece o Princípio da 
Irrenunciabilidade dos direitos, como foi estudado na Aula 1 deste 
curso. 
Este princípio é conhecido também como princípio da 
indisponibilidade ou da inderrogabilidade, caracterizando-se pelo fato 
de que os empregados não poderão renunciar aos direitos trabalhistas 
que lhes são inerentes. 
Caso eles renunciem, os atos praticados serão considerados 
nulos de pleno direito, ou seja, independentemente de manifestação 
judicial. 
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Exemplificando: A empregada Ana renunciou ao seu direito de 
gozar férias de 30 dias, pois decidiu trocar o gozo das mesmas pelo 
pagamento de uma indenização de dez vezes o valor de seu salário 
proposta feita pela sua empregadora Tecnic Ltda. O ato praticado por 
Ana e por sua empregadora feriu o art. 9º da CLT, uma vez que Ana 
não poderia renunciar o seu direito de gozar férias. 
 
 Art. 9º da CLT Serão nulos de pleno direito os atos 
praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a 
aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação. 
A doutrina considera que o empregado não pode renunciar e 
nem transacionar os seus direitos trabalhistas, dando assim uma 
interpretação mais abrangente ao art. 9º da CLT. 
A transação é uma declaração bilateral de vontade e recai sobre 
direito duvidoso (res dubia), pressupondo concessões recíprocas. 
A diferença entre renúncia e transação é que na primeira o 
empregado despoja-se unilateralmente de direito certo e existente, ao 
passo que na segunda o empregado despoja-se de direito duvidoso, 
através de concessões recíprocas (bilateral). 
O objeto da renúncia e da transação são os direitos patrimoniais 
trabalhistas de caráter privado, ou seja, os direitos suscetíveis de 
serem avaliados em dinheiro. É oportuno ressaltar que não poderá 
ocorrer prejuízos diretos ou indiretos ao empregado ao transacionar ou 
renunciar aos seus direitos, conforme estabelece o art. 468 da CLT. 
No Direito do Trabalho há normas irrenunciávies pelo empregado 
que são imperativas e de ordem pública. O jurista Maurício Godinho 
Delgado dividiu os direitos indisponíveis, ou seja, aqueles que não 
podem ser renunciados, em absolutos e relativos. 
A indisponibilidade absoluta é aquela “cujo direito enfocado 
merece uma tutela de nível de interesse público, por traduzir um 
patamar civilizatório mínimo firmado pela sociedade políticaem um 
dado momento histórico”. 
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Para o autor, os direitos constitucionais, os tratados e 
convenções internacionais ratificados pelo Brasil e as normas 
constantes da CLT como identificação profissional, assinatura da 
CTPS, segurança e higiene do trabalho, dentre outras, são normas de 
indisponibilidade absoluta. 
Por normas de indisponibilidade relativa o jurista entende que 
seriam aqueles direitos cujo interesse seja privado, não se 
caracterizando em um padrão civilizatório mínimo. Como exemplo, o 
autor cita as normas autônomas de modalidade de pagamento de 
salário, de tipo de jornada pactuada, de fornecimento ou não de 
utilidade, etc. 
Quanto à possibilidade de criação pelas próprias partes de 
determinados direitos e a possibilidade de transação destes por norma 
coletiva autônoma, o jurista Maurício Godinho delgado criou o princípio 
da adequação setorial negociada. 
Este princípio objetiva harmonizar as regras jurídicas oriundas de 
negociação coletiva com as regras jurídicas oriundas do Estado, 
fixando dois critérios para a validade da norma coletiva. São eles: 
1º. Quando as normas coletivas implementarem padrão de direitos 
superiores aos da lei. 
2º. Quando as normas coletivas autônomas transacionarem direito de 
indisponibilidade relativa. 
Sobre o tema renúncia e transação há importantes Súmulas 
e Orientações Jurisprudências do TST a respeito: 
 
Súmula 51 do TST I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou 
alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os 
trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do 
regulamento. II - Havendo a coexistência de dois regulamentos da 
empresa, a opção do empregado por um deles tem efeito jurídico de 
renúncia às regras do sistema do outro. 
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Súmula 364 II do TST A fixação do adicional de periculosidade, em 
percentual inferior ao legal e proporcional ao tempo de exposição ao 
risco, deve ser respeitada, desde que pactuada em acordos ou 
convenções coletivos. 
OJ 270 da SDI-1 do TST A transação extrajudicial que importa 
rescisão do contrato de trabalho ante a adesão do empregado a plano 
de demissão voluntária implica quitação exclusivamente das parcelas 
e valores constantes do recibo. 
10.3. Questões de Prova: 
1. (FCC/ Juiz do Trabalho – TRT-14ª região/2003) A comissão de 
conciliação prévia surgiu como norma legal com o fim de desafogar o 
judiciário trabalhista, contribuindo ao eliminar a lide, com a pacificação 
do conflito entre capital e trabalho. É da natureza das Comissões 
de Conciliação Prévia quando provocada: 
I- Conciliar homologando o acordo resultante do conflito existente no 
curso do contrato de trabalho, valendo o termo de conciliação como 
quitação liberatória dos valores pagos; 
II- homologar o acordo celebrado, valendo o termo como quitação 
liberatória geral nos conflitos decorrentes do término da relação de 
emprego, salvo quanto às parcelas ressalvadas; 
III- fornecer ao empregado, quando os interessados não chegaram a 
nenhum acordo, ou se não designada a sessão de tentativa de 
conciliação no prazo de 10 dias, contados da provocação do 
interessado, a declaração de tentativa frustrada de conciliação.; 
IV- designar a sessão de tentativa de conciliação no prazo máximo de 
15 dias, a partir da provocação do interessado, valendo o termo, se 
aceita a conciliação como título executivo judicial. 
Assinale a resposta: 
a) apenas as afirmativas II e III estão corretas. 
b) apenas as afirmativas I e IV estão corretas 
c) apenas a afirmativa III está incorreta 
d) apenas as afirmativas II e IV estão incorretas 
e) apenas a afirmativa II está correta. 
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2. (CESPE/Analista Judiciário área Administrativa/TRT-9ª 
Região/2007) Acerca da prescrição, decadência, renúncia e transação 
em Direito do Trabalho, julgue os itens subseqüentes. 
71 A decadência, diversamente da prescrição, é suscetível de 
interrupção ou suspensão. 
72 A transação pressupõe a existência de objeto duvidoso acerca da 
questão envolvida na sua celebração, enquanto a renúncia envolve 
direito certo e específico. 
 
3. (ESAF - Procurador da Fazenda Nacional/2006) Sobre a renúncia 
e a transação no direito do trabalho, assinale a opção incorreta. 
a) São irrenunciáveis os direitos trabalhistas atribuídos aos 
empregados por normas protetivas de ordem pública, sendo nulos de 
pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir 
ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na CLT. 
b) São renunciáveis os direitos trabalhistas livremente pactuados pelas 
partes no contrato de trabalho, desde que demonstrado o livre 
consentimento. 
c) São transacionáveis os direitos trabalhistas previstos tanto em 
normas dispositivas quanto nas cogentes, desde que configurada a 
res dubia e, em relação aos direitos trabalhistas atribuídos aos 
empregados por normas protetivas de ordem pública, o caráter 
patrimonial. 
d) A transação extrajudicial celebrada perante as Comissões de 
Conciliação Prévia tem, nos termos da lei, eficácia liberatória geral dos 
direitos decorrentes do contrato de trabalho, exceto quanto às 
parcelas expressamente ressalvadas, valendo o termo de conciliação 
como título executivo. 
e) A transação judicial tem eficácia liberatória nos limites da 
homologação, valendo o termo de conciliação como decisão 
irrecorrível, salvo para a Previdência Social, quanto às contribuições 
que lhe forem devidas. 
4. (FCC – Analista Judiciário – TRT/SP/2004) Tendo celebrado 
conciliação perante a Comissão de Conciliação Prévia, da qual 
resultou o competente Termo de conciliação, e diante do 
descumprimento do acordado pela empresa, deverá o empregado: 
a) Interpor recurso perante a Comissão de Conciliação Prévia com 
assistência do Sindicato. 
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b) Ajuizar reclamação trabalhista tendo em vista que a Comissão de 
Conciliação Prévia não é órgão do Poder Judiciário. 
c) Ajuizar ação anulatória do termo de conciliação para, 
posteriormente ajuizar reclamação trabalhista. 
d) Dar início à execução por meio de ação monitória, tendo em vista 
a existência de prova escrita, consubstanciada no termo de 
conciliação. 
e) Dar início à execução na forma prevista no artigo 876 da CLT, 
tendo em vista a existência de título executivo extrajudicial. 
............................................................................................................... 
Gabarito: 
1. 4. 
2. 5. 
3. 6. 
............................................................................................................... 
10.4. Questões de Prova Comentadas: 
1. (FCC/ Juiz do Trabalho – TRT-14ª região/2003) A comissão de 
conciliação prévia surgiu como norma legal com o fim de desafogar o 
judiciário trabalhista, contribuindo ao eliminar a lide, com a pacificação 
do conflito entre capital e trabalho. É da natureza das Comissões de 
Conciliação Prévia quando provocada: 
I- Conciliar homologando o acordo resultante do conflito existente no 
curso do contrato de trabalho, valendo o termo de conciliação como 
quitação liberatória dos valores pagos; 
II- homologar o acordo celebrado, valendo o termo como quitação 
liberatória geral nos conflitos decorrentes do término da relação 
de emprego, salvo quanto às parcelas ressalvadas; 
III- fornecer ao empregado, quando os interessados não chegaram a 
nenhum acordo, ou se não designada a sessão de tentativa de concili-
ação no prazo de 10 dias,contados da provocação do interessado, a 
declaração de tentativa frustrada de conciliação.; 
IV- designar a sessão de tentativa de conciliação no prazo máximo de 
15 dias, a partir da provocação do interessado, valendo o termo, se 
aceita a conciliação como título executivo judicial. 
Assinale a resposta: 
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a) apenas as afirmativas II e III estão corretas. 
b) apenas as afirmativas I e IV estão corretas 
c) apenas a afirmativa III está incorreta 
d) apenas as afirmativas II e IV estão incorretas 
e) apenas a afirmativa II está correta. 
Comentários: 
I- Incorreta. O art. 625-E, parágrafo único estabelece que o termo de 
conciliação terá a eficácia liberatória geral, porém excepciona em 
relação às parcelas expressamente ressalvadas. Assim, mesmo 
quanto aos valores pagos, caso haja ressalvas, não haverá a eficácia 
liberatória geral. 
II- Correta. (Art. 625- E da CLT) 
Art. 625-E da CLT - Aceita a conciliação, será lavrado termo 
assinado pelo empregado, pelo empregador ou seu preposto e 
pelos membros da Comissão, fornecendo-se cópia às partes. 
Parágrafo único - O termo de conciliação é título executivo 
extrajudicial e terá eficácia liberatória geral, exceto quanto às 
parcelas expressamente ressalvadas. 
III- Correta. (Art. 625-F da CLT) 
Art. 625-F da CLT- As Comissões de Conciliação Prévia têm 
prazo de dez dias para a realização da sessão de tentativa de 
conciliação a partir da provocação do interessado. 
Parágrafo único - Esgotado o prazo sem a realização da 
sessão, será fornecida, no último dia do prazo, a declaração a 
que se refere o § 2o do art. 625-D. 
IV- Incorreta. O prazo para a realização da tentativa de conciliação é 
de 10 dias e não de 15 dias. E, ainda, o termo de conciliação valerá 
como título executivo extrajudicial. (Arts. 625-E e 625-F da CLT) 
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É importante falar do art. 625 –G da CLT que trata da suspensão 
do prazo prescricional quando ocorrer a provocação da CCP, assim 
quando não houver conciliação ou ultrapassados os 10 dias sem que 
seja realizada a sessão de conciliação o prazo prescricional 
recomeçará a fluir, contando-se de onde parou. 
Art. 625-G- da CLT O prazo prescricional será suspenso a 
partir da provocação da Comissão de Conciliação Prévia, 
recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa 
frustrada de conciliação ou do esgotamento do prazo previsto 
no art. 625-F. 
2. (CESPE/Analista Judiciário área Administrativa/TRT-9ª 
Região/2007) Acerca da prescrição, decadência, renúncia e transação 
em Direito do Trabalho, julgue os itens subseqüentes. 
71 A decadência, diversamente da prescrição, é suscetível de 
interrupção ou suspensão. 
72 A transação pressupõe a existência de objeto duvidoso acerca da 
questão envolvida na sua celebração, enquanto a renúncia envolve 
direito certo e específico. 
 Comentários: 
71. Errada. Diz o art. 207 do Código Civil, aplicado subsidiariamente 
ao Direito do Trabalho, que salvo disposição legal em contrário não se 
aplicam à decadência as normas que interrompem ou suspendem a 
prescrição. 
A prescrição poderá ser interrompida ou suspensa, conforme 
o artigos 197/204 do Código Civil. 
72. Certa. A transação envolve a “res dúbia”, ou seja, direito cujo 
titular não dispõe de certeza quanto à sua existência. Ao passo que a 
renúncia envolve direito certo e determinado quanto à sua existência. 
3. (ESAF - Procurador da Fazenda Nacional/2006) Sobre a renúncia 
e a transação no direito do trabalho, assinale a opção incorreta. 
a) São irrenunciáveis os direitos trabalhistas atribuídos aos 
empregados por normas protetivas de ordem pública, sendo nulos de 
pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir 
ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na CLT. 
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b) São renunciáveis os direitos trabalhistas livremente pactuados pelas 
partes no contrato de trabalho, desde que demonstrado o livre 
consentimento. 
c) São transacionáveis os direitos trabalhistas previstos tanto em 
normas dispositivas quanto nas cogentes, desde que configurada a 
res dubia e, em relação aos direitos trabalhistas atribuídos aos 
empregados por normas protetivas de ordem pública, o caráter 
patrimonial. 
d) A transação extrajudicial celebrada perante as Comissões de 
Conciliação Prévia tem, nos termos da lei, eficácia liberatória geral dos 
direitos decorrentes do contrato de trabalho, exceto quanto às 
parcelas expressamente ressalvadas, valendo o termo de conciliação 
como título executivo. 
e) A transação judicial tem eficácia liberatória nos limites da 
homologação, valendo o termo de conciliação como decisão 
irrecorrível, salvo para a Previdência Social, quanto às contribuições 
que lhe forem devidas. 
Comentários: A letra “b” está incorreta porque fere o princípio da 
irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas (art. 9º da CLT), princípio 
basilar do Direito do Trabalho. 
Art. 9º da CLT Serão nulos de pleno direito os atos 
praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a 
aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação. 
É importante fazer a distinção entre a transação que envolve a 
“res dúbia”, ou seja, direito cujo titular não dispõe de certeza quanto à 
sua existência e a renúncia que envolve direito certo e determinado 
quanto à sua existência. 
A transação extrajudicial celebrada perante as Comissões de 
Conciliação Prévia tem, nos termos da lei, eficácia liberatória geral dos 
direitos decorrentes do contrato de trabalho, exceto quanto às 
parcelas expressamente ressalvadas, valendo o termo de conciliação 
como título executivo. 
 
Art. 625-E da CLT Aceita a conciliação, será lavrado termo 
assinado pelo empregado, pelo empregador ou seu preposto e 
pelos membros da Comissão, fornecendo-se cópia às partes. 
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Parágrafo único. O termo de conciliação é título executivo 
extrajudicial e terá eficácia liberatória geral, exceto quanto às 
parcelas expressamente ressalvadas. 
4. (FCC – Analista Judiciário – TRT/SP/2004) Tendo celebrado 
conciliação perante a Comissão de Conciliação Prévia, da qual 
resultou o competente Termo de conciliação, e diante do 
descumprimento do acordado pela empresa, deverá o empregado: 
a) Interpor recurso perante a Comissão de Conciliação Prévia com 
assistência do Sindicato. 
b) Ajuizar reclamação trabalhista tendo em vista que a Comissão de 
Conciliação Prévia não é órgão do Poder Judiciário. 
c) Ajuizar ação anulatória do termo de conciliação para, 
posteriormente ajuizar reclamação trabalhista. 
d) Dar início à execução por meio de ação monitória, tendo em vista 
a existência de prova escrita, consubstanciada no termo de 
conciliação. 
e) Dar início à execução na forma prevista no artigo 876 da CLT, 
tendo em vista a existência de título executivo extrajudicial. 
Comentários: No processo do trabalho, os títulos executivos 
subdividem-se em judiciais e extrajudiciais. 
¾ São títulos executivos judiciais: 
a) a sentença transitada em julgado; 
b) a sentença sujeita a recurso desprovido de efeito suspensivo; 
c) acordos judiciais não cumpridos. 
¾ São títulos executivos extrajudiciais: 
a) termos de compromisso de ajustamento de conduta firmados pelo 
Ministério 
Público do Trabalho; 
b) termo de conciliação firmado pela Comissão de Conciliação Prévia 
Correta a letra “e”. 
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Art. 876 da CLT- As decisões passadas em julgado ou das 
quais não tenha havido recurso com efeito suspensivo; os 
acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de 
conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho e os 
termos de conciliação firmados perante as Comissões de Con-
ciliação Prévia serão executados pela forma estabelecida neste 
Capítulo. 
Parágrafo único. Serão executadas ex officio as contribuições 
sociais devidas em decorrência de decisão proferida pelos 
Juízes e Tribunais do Trabalho, resultantes de condenação ou 
homologação de acordo, inclusive sobre os salários pagos dur-
ante o período contratual reconhecido. 
............................................................................................................... 
Gabarito: 
1. A 4. E
2. 71. Errada 72. Certa 
3. B 
............................................................................................................... 
Bem, chegamos ao final de nosso curso! 
Quero agradecer o carinho e a participação de todos 
vocês! Estarei à disposição no fórum do curso ou no e-mail 
deborah@pontodosconcursos.com.br 
Muita Luz! Bons estudos! Boa Prova! 
Desejo a todos, a aprovação no cargo almejado. 
Não se esqueçam que na semana que vem, postarei um revisional de 
todo o curso. 
Um grande abraço, 
Déborah Paiva

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