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Neoplasias Epiteliais e Melanocíticas

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Maisa Dulci – Medicina UCB XXIII 
Neoplasias Epiteliais e Melanocíticas 
O câncer de pele é o mais incidente e prevalente no mundo, correspondendo a 25% de 
todos os novos casos de câncer. Tendo incidência anual, apenas nos EUA, de mais de 1 
milhão de casos. 
Divididos em neoplasias epiteliais (Carcinoma Basocelular e Espinocelular) e 
Neoplasias melanocíticas (Melanoma). 
 
CARCINOMA BASOCELULAR – CBC 
Tumor de pele mais frequente, responsável por 75% de todos os tipos de CA de pele. 
Origina-se dos queratinócitos basais e anexos, localizando-se nos 2/3 superiores da face. 
Não originam mestástases, mas tem grande poder de destruição local. 
Representados por feridas que demoram cicatrizar, ou por maculas que coçam, ardem, 
descamam e sangram. Apresentam uma variação na cor das lesões. 
Inicialmente temos uma lesão consistente, rósea com aspecto perolado, liso e brilhante, 
com telangiectasias na superfície. 
 Pápula ou nódulo perolado com telangiectasias. Tem crescimento lento e 
progressivo, podendo ulcerar e sangrar devido a traumatismos, ocasionando uma 
crosta local. Com a expansão da lesão as estruturas adjacentes são destruídas 
lentamente. 
 Cerca de 80% das lesões localizam-se em cabeça e pescoço, 30% ocorrem no 
nariz. Baixo risco no tronco e membros e incomum em regiões genitais. 
As características clinicas da lesão são: pinta que sangra com facilidade, que não 
cicatriza, mancha que cresce, que apresenta áreas de discromia. 
Características clínicas do paciente: pele clara, cabelos loiros ou ruivos, 
Fatores de risco: Mais comum em idosos e em homens, em indivíduos acima dos 40 
anos, trabalhadores que tem exposições diretas/intermitentes ao sol, principalmente 
regiões de cabeça e pescoço, também exposições durante a infância, são mais incidentes 
em países tropicais. Indivíduos imunossuprimidos transplantados, os de pele clara, com 
exposições constantes a fatores químicos (arsênico, tabagismo, coaltar) apresentam um 
maior risco de CBC. Além disso, pacientes com síndromes hereditárias, como a 
síndrome do nevo basocelular, albinismo e Xeroderma pigmentasum apresentam 
maiores riscos que a população geral. 
Carcinoma Nódulo ulcerativo: Tipo clínico mais comum, apresentadno a lesão típica 
rósea perolada de crescimento progressivo, bordas cilíndricas translucidas e 
apresentando telangiectasias. Podem cursar com crosta ou ulceração central (devido 
crescimento perde vascularização central). 
Maisa Dulci – Medicina UCB XXIII 
 
 Pápula rósea que cresce progressivamente à nódulo, com brilho perolado e 
telangiectasias, evoluindo para ulceração central, formando uma crosta. 
 
CBC pigmentado: Podem simular Melanomas ou ceratoses 
seborreicas. Apresentam coloração escura. 
 
 
CBC Esclerodermiforme: Placa branca amarelada, com bordas mal definidas, de 
evolução lenta, sem ulceração. 
 
CBC Superficial: Eritemato-descamoso com bordas irregulares e 
elevadas, discretamente infiltrativa. Geralmente localizada no 
tronco. Diferenciar do eczema, psoríase. 
 
CBC Vegetante: Diferenciar do Carcinoma Espinocelular. 
 
 
 
CBC Tenebrante: Mais agressivo, invade tecidos em 
profundida, apresentando grande potencial destrutivo. 
 
 
O carcinoma Basocelular apresenta tipos mais agressivo (micronodular, infiltrativo, 
basoescamoso, esclerodermiforme, mistos) e menos agressivos (nodular e superficial), 
de acordo com o tipo histológico. 
Maisa Dulci – Medicina UCB XXIII 
CBC apresenta células mais basófilas na derme, apresentando coloração intensa azulada 
pela HE. 
O diagnóstico é feito através da Biópsia e o tratamento pode ser realizado com 
criocirurgia (quando o CBC é superficial ou em cartilagens), eletrocirurgia, ou exérese 
com margem cirúrgica, geralmente em lesões maiores que 1,5 cm e em MM. 
A cirurgia de Mohs orientada microscopicamente é incida para as formas reincidivantes 
ou esclerodermiforme. 
Apresentam bom prognóstico por apresentarem lento crescimento e não dar metástases. 
Deve se ter cuidado com a característica infiltrativa destrutiva do CBC a fim de atingir 
estruturas adjacentes vitais. Quanto menos a lesão melhor o prognóstico e a estética. 
Prevenção: Evitar exposição solar, utilizar protetor solar e acessórios que evitem a 
exposição, procurar um dermatologista sempre que possuir uma lesão que sangra com 
facilidade, que demora cicatrizar, ou uma pinta que cresce ou que apresenta discromia. 
 
CARCINOMA ESPINOCELULAR OU EPIDERMÓIDE OU DE CÉLULAS 
ESCAMOSAS 
 
É o segundo tumor maligno de pele mais comum (15%). Se caracteriza pela ocorrência 
de metástases, sendo originado da proliferação dos queratinocitos suprabasais 
localizados na camada espinhosa da epiderme e anexos cutâneos e mucosas. 
Ocorre mais em homens(2x) de pele clara, maiores de 50 anos. A pele normal pode ser 
sitio de origem, mais é bem comum ser decorrente de uma queratose solar, 
leucoplasia, radiodermite crônica, queratose arsenical, ulceras crônicas e cicatrizes 
de queimadura. 
FATORES DE RISCO: fotoexposição, arsênico, hidrocarbonetos aromáticos, lesões 
preexistentes (ceratose actínica, doença de bowen, ulceras de marjolyn, cicatrizes de 
queimadura, ulceras e fistulas crônicas, xeroderma pigmentoso, albinismo) 
Imunossupressão em transplantados, tabagismo associado ao CEC oral, LES, HPV 16 e 
18. 
Ceratose actinica: lesão pré-cancerígena epitelial. Também chamada de ceratose solar 
ou senil. Decorrentes de proliferações de melanócitos aberrantes, caracterizadas po 
placas hiperceratóricas, descamativas, com base eritematosa, localizadas em áreas 
expostas (65% em MS). 
Leucoplasia: Manchas esbranquiçadas em mucosa oral, devido tabaco ou trauma 
constante local, pode evoluir para lesão maligna devido a ativação de mitoses locais. 
Maisa Dulci – Medicina UCB XXIII 
Locais mais acometidos: Lábio inferior, orelha, dorso das mãos, mucosa bucal, 
genitália externa. 
Manifestações: Inicialmente há uma área queratótica, infiltrada e dura ou um nódulo. 
Progredindo com aumento e ulceração. Pode adquirir aspecto vegetante. 
Em mucosas, inicia com uma placa de Leucoplasia ou por uma área de lesão vegetante, 
nódulo ou infiltração. Em lábio inferior pode ser semelhante a um nódulo ou em área de 
leucoplasia. 
As metástases são mais frequentes quando o tumor se da em mucosas, dorso das mãos e 
cicatrizes por queimaduras. 
Frequente desenvolvimento de CEC a partir de lesões pré malignas como; 
queratose actinica, queilites actinicas, leucoplasia, radiodermites crônicas, cicatrizes de 
queimaduras). 60% dos CEC evoluem a partir de ceratose actínica. 
A doença de Bowen, também tem relação com a gênese desse tumor de pele, 
caracterizando se com uma placa eritematosa, bem delimitada, levemente indurada, com 
descamação, que pode ocorrer em área não exposta, geralmente em pacientes maiores 
que 60 anos. Adquire aspecto infiltrativo e agressivo, mais do que as lesões que surgem 
pela ceratose actnica.  Ambas tratam com eletrocoagulação, criocirurgia. 
O diagnóstico é o exame histopatológico. 
O tratamento é a curetagem ou eletrocoagulação em tumores menores que 1 cm, Nos 
maiores que 1 cm indica a excisão e sutura, com margem de o,5 cm e profundidade. Nas 
lesões extensas recomenda a exérese ampla. Radioterapia para áreas de difícil acesso 
cirúrgico. 
O prognóstico é favorável em casos recentes e tratados adequadamente. Já os de longa 
duração e metasticos o prognostico é limitado. 
 
 
MELANOMA 
(4% dos CA dermatológicos e 80% óbitos por CA de pele) 
Transformação maligna dos melanócitos ou de células névicaspresentes na pele e 
enexos e mucosas. É o tumor mais agressivo devido seualto potencial de metástases. 
Possuindo alta letalidade e baixa incidência, isso vem mudando devido a detecção 
precoce. O diagnostico precoce leva um taxa de cura de quase 95%. 
Ocorre geralmente em adultos entre 30 a 50 anos, nos homens acomete no tronco/dorso 
e nas mulheres nos quadris e pernas. Mais comum em brancos do que negros e orientais. 
Maisa Dulci – Medicina UCB XXIII 
 MMII, tronco, cabeça e pescoço. 
Os fatores de risco são: exposição solar, individuos de fenótipo claro, olhos claros tem 
maior risco que os negros, devido a melanina ser um fator protetor. A exposição na 
infância e a intermitente levando a queimadura são fatores importantes. Camaras de 
bronzeamento artificial, indivíduos com nevos melanociticos, efélides tem maior risco 
em passoas com mais de 50 nevos. Historia familiar de melanoma, doenças como 
xeroderma pigmentos, chance de recidiva quando já teve melanoma. Sindrome do Nevo 
displasico. 
Sexo masculino tem pior prognostico. 
 
TIPOS: 
Melanoma disseminativo superficial: 70% dos casos. Placa ou macula pigmentada 
com discromias e bordas irregulares. Frequente troncos e MMII, originado de lesão 
preexistente. 
Nodular: 20% dos casos, frequente em cabeça e pecoço, originado da pele sã, evolui 
rapidamente. Papula o nódulo preto-azulado ou amelanótico. Crescimento vertical. 
Lentigo maligno-melanoma: Comum em idosos em áreas expostas ao sol. Lenta 
evolução. Caracteriza se por lesão maculosa de bordos irregulares. Crescimento radial. 
Acral: Lesão plana marrom ou negra com bordos irregulares, podem haver nódulos ou 
pápulas. Palmas das mãos e abaixo lamina ungueal, mais comuns em negros e asiáticos. 
 
Maisa Dulci – Medicina UCB XXIII 
Pacientes de Alto risco: (Risco 10x maior que população geral) 
-Nevo melanocitico congênito maior que 20 cm, 
- 3 ou mais casos de Melanoma na família, 
- 2 casos de melanoma múltiplos na família ou síndrome do nevo displasico. 
Paciente Baixo Risco: (Risco de 8 a 10x maior que na população geral) 
- Melanoma em membro familiar ou melanoma prévio 
- Multiplos nevos com atipias, 
- Transplantados. 
 
Diagnóstico: O ABCDE do Melanoma é uma regra para analisar lesões pigmentadas a 
fim de diagnostica- las. 
 
Assimetria 
Bordas irregulares 
Cores diversas- duas ou mais cores em 
uma lesão, preto, azul, marrom, cinza, 
vermelho, branco. 
Diâmetro maior que 6 mm 
Elevação – aumeno da espessura 
Costumam ser lesões únicas 
principalmente em áreas fotoexpostas, 
especialmente intermitentes (dorso, 
pernas) 
 
O exame dermatológico é útil para avaliar a lesão pigmentada, mas não é definitivo, 
mas serve para avaliar se a lesão é benigna mesmo. As lesões suspeitas são 
encaminhadas para a biopsia incisional, devendo se retirar o TCS para avaliar a 
profundidade do tumor, para análise histopatológica. 
O estadiamento deve ser o próximo passo, devendo se levar em conta o nível da invasão 
(Class. de Clark) e a espessura do tumor (Class. de Breslow). 
Estadiamento a partir do exame histológico 
Maisa Dulci – Medicina UCB XXIII 
 A classificação de Clark avalia a invasão do tumor, se ele é intraepidérmico, se 
esta na derme papilar superior, se na derme papilar, se na derme reticular ou se 
já esta na hipoderme. Para maior que 1 mm. 
 A classificação de Breslow avalia a espessura do tumor, colocando a dimensão 
vertical a partir do ponto mais profundo de invasão ao topo da camada 
granulosa. A partir de uma ocular micrométrica. 
 Existem os marcadores na imunohistoquimica o S-100 e o HMB-45. 
 O numero de mitoses pode sugerir o prognostico. 
 Ver se tem ulceração, avalia ate a célula mais superficial. Analisar margens 
periféricas e profundas e se tem satelitose (áreas descontinuas de foco de tumor). 
 
Prognóstico e Tratamento: 
Até 2 cm da cicatriz cirurgica pós exérese de um melanoma, considera recorrência 
do tumor anterior. Após 2 cm da cicatriz consideramos uma metástase , e satelitose, 
seria ate 2 cm da lesão. 
 Deve se pesquisar o linfonodo sentinela sempre quando o Breslow for maior 
que 0,76 e menor que isso caso associado com ulceração ou Clark 4 e 5. 
A cirurgia é o tratamento mais efetivo, sendo acompanhada com procedimentos 
adjuvantes de acordo estadiamento, como (linfadenectomia, quimioterapia, 
radioterapia e imunoterapia). 
Quando o histopatológico confirma o melanoma, faz se uma ampliação da 
ferida incisional, dando margem de segurança de acordo com a espessura de 
Breslow. 
Origina metástases para : linfonodos, fígado, baço, pulmão e cérebro, sendo a 3º 
causa de tumor cerebral. 
Mal prognostico devido; idade avançada, sexo masculino, localização no 
tronco.

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