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Glicocálix As células de animais são envoltas por uma camada de carboidratos ligados a proteínas(glicoproteínas) ou lipídios (glicolipídios), o glicocálix, ou glicocálice. Essa estrutura se encontra na parte externa da membrana plasmática e é proveniente do complexo de Golgi. O glicocálix está presente nas células animais e desempenha diversas funções, tais como: Reconhecimento celular: permite que as células se identifiquem mutuamente e se unam umas às outras para formar os tecidos, bem como rejeitando células diferentes. A diferença está nas moléculas de carboidrato que compõem o glicocálix de cada tipo de célula. Proteção: essa estrutura confere proteção à célula contra agressões químicas e físicas do ambiente externo. Além de reter enzimas e nutrientes, o que proporciona um meio propício em volta da célula. Barreira de difusão: o glicocálix funciona como um filtro, que permite a entrada de substâncias na célula, levando em conta a massa molecular (permeabilidade seletiva da membrana plasmática) Enzimática: algumas reações metabólicas são catalisadas por enzimas provenientes do glicocálix, como a lactase, que facilita a degradação da lactose. Antigênica: reconhecimento de qualquer microrganismo ou partícula que não faça parte do organismo (em especial, os vírus). Movimento: o glicocálix fornece à célula em movimento uma viscosidade que possibilita seu deslocamento. Reprodução: a adesão entre óvulos e espermatozoides é ordenada pelo glicocálix. Diferenciação celular: devido aos seus receptores, o glicocálix permite que a célula se diferencie e forme, por exemplo, uma célula hepática, uma hemácia ou outro tipo de célula. Inibição por contato: o glicocálix é responsável pela emissão de sinais químicos que interrompem a mitose por meio de contatos físicos entre células de um mesmo tecido. Quando essa propriedade é perdida ou modificada, ocorre o crescimento desordenado de células, formando, assim, os tumores. A composição do glicocálix apresenta constituintes constantes, as partes glicosídicas da glicoproteínas e glicolipídios, e os constituintes variáveis, as glicoproteínas e glicosaminoglicanas, que incialmente são secretadas pela membrana plasmática e só depois são aderidas. O estudo do reconhecimento celular se torna primordial em pesquisas e experimentos, como por exemplo, o cultivo de células fora do organismo. Esses estudos são muito úteis, também, para a viabilidade de uma das maiores promessas da Medicina moderna: o tratamento através de células tronco.
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