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Prisões Processuais

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@Elisastudies._ 
 
 
 
• Conceito 
A prisão é o cerceamento da liberdade de 
locomoção, é o encarceramento. Pode advir de 
decisão condenatória transitada em julgado, 
que é a chamada prisão pena ou, ainda, 
ocorrer no curso da persecução penal, dando 
ensejo à prisão sem pena, também conhecida 
por prisão cautelar, provisória ou processual. 
• Espécies 
 
− PRISÃO PENA: Decorrente de uma sentença 
condenatória transitada em julgado. 
− PRISÃO CAUTELAR/SEM 
PENA/PROCESSUAL: Antes do trânsito em 
julgado, na fase investigativa ou processual. 
Existem algumas espécies de Prisão Sem Pena, 
são elas: 
• FLAGRANTE; 
• PREVENTIVA 
• TEMPORÁRIA; 
 
• Ato de prisão em residência 
O art. 5º, XI, da CF/88, assegura que o domicilio 
é inviolável. Logo, não é de qualquer forma que 
se pode entrar no mesmo, é necessário o 
consentimento do morador. 
EXCETO, em: (durante o dia) 
• Em razão de prisão em flagrante; 
• Em decorrência de cumprimento de 
mandado de prisão expedido por ordem 
judicial. 
 
Art. 283. Ninguém poderá ser preso 
senão em flagrante delito ou por ordem 
escrita e fundamentada da autoridade 
judiciária competente, em decorrência de 
prisão cautelar ou em virtude de 
condenação criminal transitada em 
julgado. 
Art. 313, § 2º Não será admitida a 
decretação da prisão preventiva com a 
finalidade de antecipação de 
cumprimento de pena ou como 
decorrência imediata de investigação 
criminal ou da apresentação ou 
recebimento de denúncia. 
• Prisão Especial 
O Art. 295, caput, do CPP estabelece que a 
prisão especial só é cabível até o trânsito em 
julgado da sentença penal condenatória. 
Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou 
a prisão especial, à disposição da 
autoridade competente, quando sujeitos 
a prisão antes de condenação definitiva: 
I- os ministros de Estado; 
II- os governadores ou interventores de 
Estados ou Territórios, o prefeito do 
Distrito Federal, seus respectivos 
secretários, os prefeitos municipais, os 
vereadores e os chefes de Polícia; 
III- os membros do Parlamento Nacional, 
do Conselho de Economia Nacional e 
das Assembleias Legislativas dos 
Estados; 
IV- os cidadãos inscritos no “Livro de 
Mérito”; 
V- os oficiais das Forças Armadas e os 
militares dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Territórios; 
VI- os magistrados; 
VII- os diplomados por qualquer das 
faculdades superiores da República; 
VIII- os ministros de confissão religiosa; 
IX- os ministros do Tribunal de Contas; 
X- os cidadãos que já tiverem exercido 
efetivamente a função de jurado, 
salvo quando excluídos da lista por 
motivo de incapacidade para o 
exercício daquela função; 
XI- os delegados de polícia e os 
guardas-civis dos Estados e 
Territórios, ativos e inativos. 
 
• Prisão em flagrante 
Trata-se de modalidade prevista no art. 5º, 
LXI, da CF, e regulamentada nos arts. 301 a 
310 do CPP. 
OBS: dentro da legislação brasileira não há 
nenhum dispositivo que assegura que a 
Prisões Processuais 
prisão em flagrante dura 24 horas. Mas se 
enraizou na doutrina/jurisprudência que 
passada as 24 horas não haveria mais 
situação flagrancial. No entanto, se o 
indivíduo está sendo perseguido não se 
interrompe o prazo de flagrância delitiva. 
SUJEITO ATIVO: quem pode/deve prender. 
− FLAGRANTE OBRIGATÓRIO E 
FACULTATIVO: 
Art. 301. Qualquer do povo poderá 
e as autoridades policiais e seus 
agentes deverão prender quem quer 
que seja encontrado em flagrante 
delito. 
SUJEITO PASSIVO: Em regra, qualquer 
pessoa que se encontre em uma das 
situações legais pode ser presa em 
flagrante. 
Existem, porém, algumas EXCEÇÕES: 
• Presidente da República, art. 86 §3º da 
CF, só poderá ser preso após o trânsito 
em julgado da sentença condenatória. 
• Deputados Federais e Senadores, art. 
53, §2° da CF, só poderá ser preso em 
flagrante pela pratica de crimes 
inafiançáveis. 
• Deputados Estaduais, art. 27, §1° da 
CF. (exceto por crime inafiançável) 
• Membros do Poder Judiciário e do 
Ministério Público. (exceto por crime 
inafiançável) 
• Advogado, art. 7°, §3° da Lei nº 
8.906/94, só poderá ser preso no 
exercício da função se o crime também 
for inafiançável. 
• Diplomatas estrangeiros, art. 29 da 
Convenção de Viena. 
• Menores de idade, art. 27 do Código 
Penal, visto que são inimputáveis, logo 
são responsabilizados pelo ECA e 
apreendidos. 
OBS. A lei 4.737/ 65, em seu art. 236 fala 
que nos cincos dias que antecedem as 
eleições e até 48 horas depois de 
encerrada as votações, o eleitor não 
poderá ser preso, salvo se tiver prisão em 
flagrante ou em virtude de sentença 
condenatória por crime inafiançável. 
CRIMES QUE ADMITEM A PRISÃO EM 
FLAGRANTE: Em regra, é possível em todas as 
espécies de infração penal. 
ATENÇÃO: 
− Crimes de ação privada ou de ação 
pública condicionada à representação, 
o sujeito pode ser preso só que esse auto 
de prisão em flagrante só pode ser 
lavrado se tiver requerimento do 
ofendido ou a representação dos crimes 
que dela dependerem. 
− Homicídio e lesão culposa na direção de 
veículo automotor. 
Art. 301, CTB: Ao condutor de 
veículo, nos casos de acidentes de 
trânsito de que resulte vítima, não se 
imporá a prisão em flagrante, nem 
se exigirá fiança, se prestar pronto e 
integral socorro àquela. 
− Infrações de menor potencial ofensivo. 
Irá se lavrar termo circunstanciado de 
ocorrência. Se o autor do delito se 
comprometer a se dirigir ao JECRIM, na data 
colocada o delegado não poderá prendê-
lo em flagrante. 
− Crimes permanentes. 
Art. 303, CPP: Nas infrações 
permanentes, entende-se o agente em 
flagrante delito enquanto não cessar 
a permanência. 
EX.: O sequestro e o cárcere privado, art. 
148, CP. 
− Crimes habituais: são os que se faz 
necessário vários atos, no qual cada ato 
é punível e o conjunto constitui um delito 
por obra da dependência de todos eles. 
EX.: exercício ilegal da medicina, que deve 
cumprir-se habitualmente; na continuidade. 
• Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) 
Disposto no artigo 52 da LEP (Lei de 
Execução Penal) é uma forma especial de 
cumprimento da pena no regime fechado, 
que consiste na permanência do presidiário 
(provisório ou condenado) em cela 
individual, com limitações ao direito de visita 
e do direito de saída da cela. 
Tem duração máxima de 360 dias, sem 
prejuízo de repetição da sanção por nova 
falta grave de mesma espécie, até o limite 
de um sexto da pena aplicada. 
− ESPÉCIES DE FLAGRANTE: 
Art. 302, CPP: Considera-se em 
flagrante delito quem: 
I- está cometendo a infração 
penal; 
II- acaba de cometê-la; 
(PRÓPRIO/REAL/PERFEITO) 
III- perseguido, logo após, 
pela autoridade, pelo ofendido 
ou por qualquer pessoa, em 
situação que faça presumir ser 
autor da infração; 
(IMPRÓPRIO/IRREAL/IMPERFEITO) 
IV- é encontrado, logo 
depois, com instrumentos, armas, 
objetos ou papéis que façam 
presumir ser ele autor da 
infração. 
(PRESUMIDO/FICTO/ASSIMILADO) 
PRÓPRIO/REAL/PERFEITO: pego com a boca 
na botija. 
• Cometendo: Individuo está 
esfaqueando alguém. 
• Acabou de cometer: Individuo está do 
lado do corpo, sujo de sangue e com a 
faca na mão. 
IMPRÓPRIO/IRREAL/IMPERFEITO: O ladrão 
que sai correndo depois de roubar a bolsa 
e, depois de persegui-lo, a polícia o prende. 
Reparem que o crime já foi cometido porque 
o ladrão já estava com a bolsa. Mas houve 
o flagrante (impróprio) porque a polícia o 
perseguiu até prendê-lo. 
PRESUMIDO/FICTO/ASSIMILADO: o sujeito 
que é localizado em sua casa, sem que 
tenha sido perseguido pela polícia, com 
uma faca respingando sangue, em situação, 
portanto, que faz presumir ter ele praticado 
um crime de homicídio. 
 
Outras Modalidades 
→ LEGAIS: 
FLAGRANTE ESPERADO: Aguarda a prática 
do crime. 
EX.: Descarregamento de carga oriunda de 
rouba no galpão X. 
FLAGRANTE POSTERGADO/DIFERIDOOU 
RETARDADO: Possível na lei 12.850/13 e na 
11.343/06. O flagrante está acontecendo, 
mas se aguarda o melhor momento de 
formação da prova para efetuar a prisão. 
EX.: O flagrante é adiado com o objetivo 
de conseguir maiores informações sobre uma 
organização criminosa. 
→ ILEGAIS: deverá ser imediatamente 
relaxada. 
FLAGRANTE PREPARADO/PROVOCADO: há 
um agente provocador, geralmente, 
miliciano, que induz ou instiga indivíduo a 
praticar uma conduta criminosa, com o 
objetivo de prendê-lo logo após a 
realização da conduta típica. 
Súmula 145 do STF: Não há crime, 
quando a preparação do flagrante 
pela polícia torna impossível a sua 
consumação. 
EX.: patroa desconfiada da empregada, 
deixa dinheiro ostensivamente à mostra 
enquanto vigia por detrás da porta. No 
momento em que a empregada toma o 
dinheiro ela a surpreende, tornando 
impossível a consumação do delito em vista 
da cilada que montou. 
EX2: Policial pede para indivíduo ir buscar 
determinada droga alegando que irá 
comprar. 
FLAGRANTE FORJADO: As situações de 
flagrância são criadas. 
EX.: Quando policiais, a fim de prender 
determinado indivíduo por tráfico de 
drogas, enxertam substâncias entorpecentes 
em suas vestimentas, criando, assim, 
falsamente, um lastro probatório fático. 
• Uso de algemas 
Súmula Vinculante 11: Só é lícito o 
uso de algemas em casos de 
resistência e de fundado receio de 
fuga ou de perigo à integridade 
física própria ou alheia, por parte do 
preso ou de terceiros, justificada a 
excepcionalidade por escrito, sob 
pena de responsabilidade disciplinar, 
civil e penal do agente ou da 
autoridade e de nulidade da prisão 
ou do ato processual a que se refere, 
sem prejuízo da responsabilidade civil 
do Estado. 
CPP, Art. 292. Parágrafo único. É 
vedado o uso de algemas em 
mulheres grávidas durante os atos 
médico-hospitalares preparatórios 
para a realização do parto e 
durante o trabalho de parto, bem 
como em mulheres durante o período 
de puerpério imediato. 
• Procedimento do flagrante 
 
1º Captura; 
2º Condução até a autoridade; 
3º Lavratura do auto (art. 304, CPP): quem 
lavra é o escrivão, no entanto, se o 
mesmo estiver ausente/impedido, 
qualquer pessoa que prestar o 
compromisso, vai poder exercer o 
escrivanato. (art. 305, CPP) (serviço não 
remunerado) 
Escrivão “ad hoc”, ser qualquer pessoa 
nomeada e compromissada pela 
autoridade policial (delegado), para atuar 
nas funções de Escrivão de Polícia. Não é 
requisito a nomeação em concurso público, 
tampouco a conclusão do 3º grau. 
Independente da área atuante poderá ser 
investido no cargo. 
Após a lavratura do auto, se deve ouvir o 
condutor, assinar e recebe uma cópia da 
entrega do preso para a autoridade. 
E, em seguida a oitiva de testemunhas, 
caso haja. No entanto, a falta de 
testemunha não impede a lavratura. Na 
falta, deve haver a assinatura de duas 
pessoas que tenham testemunhado a 
apresentação do preso a autoridade. 
Ademais, ocorre o interrogatório do 
acusado. (5º, LXIII, CF) Se não assinar, 
porque não pode ou não quer, deve haver 
2 testemunhas. 
E, por fim se lavra o flagrante. 
Fiança, art. 322 do CPP: A autoridade 
policial somente poderá conceder fiança 
nos casos de infração cuja pena privativa 
de liberdade máxima não seja superior a 4 
(quatro) anos. Parágrafo único. Nos demais 
casos, a fiança será requerida ao juiz, que 
decidirá em 48 (quarenta e oito) horas. 
4º Recolhimento ao cárcere. 
• Desdobramentos 
CPP, art. 306. A prisão de qualquer 
pessoa e o local onde se encontre serão 
comunicados imediatamente ao juiz 
competente, ao Ministério Público e à 
família do preso ou à pessoa por ele 
indicada. 
- Obrigações que devem ser tomadas 
dentro de 24 horas, contadas da prisão: 
• Remeter os autos ao juiz (art. 306, §1º, CPP); 
• Enviar cópia do auto para a Defensoria, se 
não houver advogado (art. 306, §1º, CPP). 
• Entregar nota de culpa* ao preso (art. 306, 
§2º, CPP). 
*É um documento que dá ciência ao preso 
dos motivos de sua prisão, do nome do 
condutor e das testemunhas. Deve ser 
assinado pela autoridade e entregue ao 
preso, mediante recibo, no prazo de vinte e 
quatro horas, a contar da efetivação da 
prisão. 
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA. O juiz pode 
entender que é: 
• Ilegal: relaxa (art. 310, 1, CPP); 
• Legal: homologa o auto. 
I- Se necessária, converte em preventiva 
(requisitos do art. 312, CPP): 
II- Desnecessária; liberdade provisória, com 
ou sem fiança (art. 310, III) 
Art. 310, CPP, § 1º: Se o juiz verificar, 
pelo auto de prisão em flagrante, que o 
agente praticou o fato em qualquer das 
condições constantes dos incisos I, II ou 
III do caput do art. 23 (excludentes de 
ilicitude) do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 
de dezembro de 1940 (Código Penal), 
poderá, fundamentadamente, conceder 
ao acusado liberdade provisória, 
mediante termo de comparecimento 
obrigatório a todos os atos processuais, 
sob pena de revogação. 
§ 2º Se o juiz verificar que o agente é 
reincidente ou que integra organização 
criminosa armada ou milícia, ou que 
porta arma de fogo de uso restrito, 
deverá denegar a liberdade provisória, 
com ou sem medidas cautelares. 
§ 3º A autoridade que deu causa, sem 
motivação idônea, à não realização da 
audiência de custódia no prazo 
estabelecido no caput deste artigo 
responderá administrativa, civil e 
penalmente pela omissão. 
§ 4º Transcorridas 24 (vinte e quatro) 
horas após o decurso do prazo 
estabelecido no caput deste artigo, a 
não realização de audiência de 
custódia sem motivação idônea ensejará 
também a ilegalidade da prisão, a ser 
relaxada pela autoridade competente, 
sem prejuízo da possibilidade de 
imediata decretação de prisão 
preventiva. (SUSPENSO PELO STF) 
• Prisão Preventiva 
Por se tratar de medida cautelar, pressupõe 
a coexistência do: 
FUMUS COMISSI DELICTI (a exigência de 
que o fato investigado seja crimino e haja 
indícios de autoria e a prova da 
materialidade) e PERICULUM LIBERTATIS (a 
necessidade de segregação do acusado, 
antes da condenação e do trânsito em 
julgado). 
RESUMO 
CABIMENTO: fase investigativa e processual 
(art. 311, CPP). 
DECRETAÇÃO (art. 311, CPP): Somente 
mediante provocação. Vale lembrar que a 
decretação é feita pelo Juiz, mas quem 
poderá provocá-la será: o MP, querelante, 
assistente de acusação ou a autoridade 
policial. 
PRAZO: sem prazo, podendo existir antes do 
trânsito. 
REQUISITOS: art. 312, CPP. 
INFRAÇÕES: art. 313, CPP. 
SUBSTITUIÇÃO: (art. 317 a 318- B do CPP). 
− PRESSUPOSTOS E REQUISITOS: 
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser 
decretada como garantia da ordem 
pública, da ordem econômica, por 
conveniência da instrução criminal ou 
para assegurar a aplicação da lei 
penal, quando houver prova da 
existência do crime e indício suficiente 
de autoria e de perigo gerado pelo 
estado de liberdade do imputado. 
§ 1º A prisão preventiva também poderá 
ser decretada em caso de 
descumprimento de qualquer das 
obrigações impostas por força de outras 
medidas cautelares (art. 282, § 4o). 
§ 2º A decisão que decretar a prisão 
preventiva deve ser motivada e 
fundamentada em receio de perigo e 
existência concreta de fatos novos ou 
contemporâneos que justifiquem a 
aplicação da medida adotada. 
 
− HIPÓTESES DE CABIMENTO: 
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste 
Código, será admitida a decretação da 
prisão preventiva: 
I - nos crimes dolosos punidos com pena 
privativa (reclusão ou detenção) de 
liberdade máxima superior a 4 (quatro) 
anos; 
II - se tiver sido condenado por outro 
crime doloso, em sentença transitada em 
julgado, ressalvado o disposto no inciso 
I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 
2.848, de 7 de dezembro de 1940 - 
Código Penal; 
III - se o crime envolver violência 
doméstica e familiar contra a mulher, 
criança, adolescente, idoso, enfermoou pessoa com deficiência, para 
garantir a execução das medidas 
protetivas de urgência; 
§ 1º Também será admitida a prisão 
preventiva quando houver dúvida sobre 
a identidade civil da pessoa ou quando 
esta não fornecer elementos suficientes 
para esclarecê-la, devendo o preso ser 
colocado imediatamente em liberdade 
após a identificação, salvo se outra 
hipótese recomendar a manutenção da 
medida. 
§ 2º Não será admitida a decretação 
da prisão preventiva com a finalidade 
de antecipação de cumprimento de 
pena ou como decorrência imediata de 
investigação criminal ou da 
apresentação ou recebimento de 
denúncia. 
− INFRAÇÕES QUE COMPORTAM: crime 
doloso com pena máxima superior a 04 
anos. 
 
Independentemente da pena máxima: 
 
• Ausência de identificação civil; 
• Reincidência em crime doloso; 
• Descumprimento de medida protetiva na 
violência doméstica. 
 
− EXCLUDENTES DE ILICITUDE: 
 
Art. 314. A prisão preventiva em nenhum 
caso será decretada se o juiz verificar 
pelas provas constantes dos autos ter o 
agente praticado o fato nas condições 
previstas nos incisos I, II e III do caput do 
art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de 
dezembro de 1940 - Código Penal. 
 
− FUNDAMENTAÇÃO DO MANDADO: 
 
Art. 315. A decisão que decretar, 
substituir ou denegar a prisão preventiva 
será sempre motivada e fundamentada. 
§ 1º Na motivação da decretação da 
prisão preventiva ou de qualquer outra 
cautelar, o juiz deverá indicar 
concretamente a existência de fatos 
novos ou contemporâneos que 
justifiquem a aplicação da medida 
adotada. 
§ 2º Não se considera fundamentada 
qualquer decisão judicial, seja ela 
interlocutória, sentença ou acórdão, que: 
I - limitar-se à indicação, à reprodução 
ou à paráfrase de ato normativo, sem 
explicar sua relação com a causa ou a 
questão decidida; 
II - empregar conceitos jurídicos 
indeterminados, sem explicar o motivo 
concreto de sua incidência no caso; 
III - invocar motivos que se prestariam a 
justificar qualquer outra decisão; 
IV - não enfrentar todos os argumentos 
deduzidos no processo capazes de, em 
tese, infirmar a conclusão adotada pelo 
julgador; 
V - limitar-se a invocar precedente ou 
enunciado de súmula, sem identificar seus 
fundamentos determinantes nem 
demonstrar que o caso sob julgamento 
se ajusta àqueles fundamentos; 
VI - deixar de seguir enunciado de 
súmula, jurisprudência ou precedente 
invocado pela parte, sem demonstrar a 
existência de distinção no caso em 
julgamento ou a superação do 
entendimento. 
− REVOGAÇÃO: 
Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou 
a pedido das partes, revogar a 
prisão preventiva se, no correr da 
investigação ou do processo, verificar 
a falta de motivo para que ela 
subsista, bem como novamente 
decretá-la, se sobrevierem razões que 
a justifiquem. 
Parágrafo único. Decretada a prisão 
preventiva, deverá o órgão emissor 
da decisão revisar a necessidade de 
sua manutenção a cada 90 
(noventa) dias, mediante decisão 
fundamentada, de ofício, sob pena 
de tornar a prisão ilegal. 
− SUBSTITUIÇÃO: Só poderá sair mediante 
autorização judicial. 
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão 
preventiva pela domiciliar quando o 
agente for: 
I - maior de 80 (oitenta) anos; 
II - extremamente debilitado por motivo 
de doença grave; 
III - imprescindível aos cuidados 
especiais de pessoa menor de 6 (seis) 
anos de idade ou com deficiência; 
IV – gestante; 
V - mulher com filho de até 12 (doze) 
anos de idade incompletos; 
VI - homem, caso seja o único 
responsável pelos cuidados do filho de 
até 12 (doze) anos de idade 
incompletos. 
Parágrafo único. Para a substituição, o 
juiz exigirá prova idônea dos requisitos 
estabelecidos neste artigo. 
Art. 318-A. A prisão preventiva imposta 
à mulher gestante ou que for mãe ou 
responsável por crianças ou pessoas 
com deficiência será substituída por 
prisão domiciliar, desde que: 
I - não tenha cometido crime com 
violência ou grave ameaça a pessoa; 
II - não tenha cometido o crime contra 
seu filho ou dependente. 
• Prisão Temporária 
RESUMO 
CABIMENTO: somente na fase investigativa; 
DECRETAÇÃO: mediante requerimento do 
MP ou representação do delegado. O juiz 
que decreta por ordem escrita e 
fundamentada no prazo de 24 horas a 
partir dor recebimento da representação ou 
do requerimento do MP (mandado judicial), 
em duas vias. OBS.: não pode ser 
decretada de ofício pelo juiz. 
PRAZO: Crimes comuns (5+5) 
Crimes hediondos e equiparados (30+30). 
REQUISITOS: art. 1º da Lei. 
INFRAÇÕES: art. 1º, III, da Lei. 
 
− HIPOTÉSES: Lei nº 7.960 de 21 de 
dezembro de 1989. 
Art. 1° Caberá prisão temporária: 
I - quando imprescindível para as 
investigações do inquérito policial; 
II - quando o indicado não tiver 
residência fixa ou não fornecer 
elementos necessários ao 
esclarecimento de sua identidade; 
III - quando houver fundadas razões, 
de acordo com qualquer prova 
admitida na legislação penal, de 
autoria ou participação do indiciado 
nos seguintes crimes: 
a) homicídio doloso (art. 121, caput, 
e seu § 2°); 
b) sequestro ou cárcere privado 
(art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°); 
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 
1°, 2° e 3°); 
d) extorsão (art. 158, caput, e seus 
§§ 1° e 2°); 
e) extorsão mediante sequestro (art. 
159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); 
f) estupro (art. 213, caput, e sua 
combinação com o art. 223, caput, e 
parágrafo único); 
g) atentado violento ao pudor (art. 
214, caput, e sua combinação com o 
art. 223, caput, e parágrafo único); 
h) rapto violento (art. 219, e sua 
combinação com o art. 223, caput, e 
parágrafo único); 
i) epidemia com resultado de morte 
(art. 267, § 1°); 
j) envenenamento de água potável 
ou substância alimentícia ou 
medicinal qualificado pela morte 
(art. 270, caput, combinado com art. 
285); 
l) quadrilha ou bando (art. 288), 
todos do Código Penal; 
m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei 
n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), 
em qualquer de suas formas típicas; 
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei 
n° 6.368, de 21 de outubro de 1976); 
o) crimes contra o sistema 
financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de 
junho de 1986). 
p) crimes previstos na Lei de 
Terrorismo. 
 
• Liberdade provisória 
É o relaxamento da prisão e revogação da 
prisão. A liberdade provisória pode ser 
concedida, com ou sem fiança, no caso de 
prisão em flagrante, em que o procedimento 
não tiver nenhuma violação das normas 
previstas em lei, conforme o artigo 310, 
inciso III do Código de Processo Penal. 
Prevista, também, no art. 5º, LXVI, CF/88. 
Hipóteses de liberdade provisória: 
a) Quando não couber preventiva; 
b) Fundada tese de excludente de 
ilicitude. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atualmente existem três espécies de 
liberdade provisória: a obrigatória, a 
vedada e a permitida. 
A LIBERDADE PROVISÓRIA OBRIGATÓRIA é 
aquela que não pode ser negada ao 
infrator, em função do tipo de infração 
cometida. 
EX.: Lucas foi preso em flagrante por estar 
anotando o chamado jogo do bicho. 
Praticar o jogo do bicho não oferece uma 
pena restritiva de liberdade com reclusão 
do agente. Trata-se de uma contravenção 
penal, cuja pena de detenção pode ser de 
no máximo um ano. Segundo o Código 
Penal, esse tipo de infração, que não é 
punido com reclusão, sempre é passível da 
concessão de liberdade provisória. 
Já a LIBERDADE PROVISÓRIA PERMITIDA é 
aquela que pode ser concedida na 
observação de inadequação da prisão 
preventiva, em concordância do Ministério 
Público. Neste caso, a lei define a 
possibilidade da liberação com ou sem 
fiança, a depender de uma série de 
características técnicas. De forma geral, 
cabe ao advogado criminal atuar em prol 
da permissão da liberdade provisória nesse 
caso, pois é o espaço no qual mais há 
possibilidade de interpretaçãoda situação. 
Por fim, temos a LIBERDADE PROVISÓRIA 
VEDADA, que é um ponto bastante polêmico. 
Atualmente, considera-se que ela é 
inconstitucional, não podendo existir. 
Anteriormente, ela era considerada 
constitucional e era destinada para 
participantes de crime organizado ou crimes 
hediondos, que tinham a possibilidade de 
obtenção de liberdade provisória. Agora, 
porém, entende-se que só se pode vedar a 
restrição da liberdade se o acusado 
oferecer objetivamente um motivo para isso, 
não havendo motivos para uma categoria 
fixa de vedação.

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