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Reanimação neonatal

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Reanimação neonatal
2
· 
Pâmela Martins Bueno – reanimação neonatal
· 1 a cada 10 bebês vai precisar de auxilio para iniciar a respiração efetiva. 
· 1 em cada 100 bebês vai precisar de intubação orotraqueal. 
· 1 em cada 1000 bebês vai precisar de IOT + massagem cardíaca e/ou medicações. →
SALA DE PARTO
· Preparar e testar todo o material antes de cada parto. 
· Presença de um profissional de saúde apto a começar a reanimação neonatal (passos iniciais) e realizar VPP. 
· Se parto de risco: dois ou três profissionais, sendo pelo menos um médico apto a intubar e iniciar massagem cardíaca e drogas. 
FATORES DE RISCO
· Relacionados a mãe: idade materna, diabetes gestacional, sangramentos, medicações/drogas ilícitas. 
· Relacionados ao RN: hidropsia fetal, malformação fetal. 
· Relacionados ao parto: liquido meconial, parto prematuro, corioamnionite, parto cesáreo, fórcipe ou vácuo-extrator. 
CLAMPEAMENTO DO CORDÃO UMBILICAL
Clampeamento tardio do cordão umbilical → após 60 segundos do nascimento
Benefícios 
· RN a termo: elevação dos índices hematimétricos entre 3 e 6 meses. 
· RN prematuros: redução de hemorragia intracraniana e a enterocolite necrosante. 
Desvantagem: aumento de hiperbilirrubinemia.
REANIMAÇÃO NEONATAL 
3 perguntas:
1. RN de termo?
2. Respirando ou chorando?
3. Tônus muscular em flexão?
Se responder sim para as 3 perguntas: bebê vai para o colo da mãe e prestar assistência:
· Manter junto da mãe em contato pele a pele. 
· Prover calor: secar o corpo e o segmento cefálico com compressas aquecidas e manter o RN coberto com tecido de algodão seco e aquecido. 
· Manter vias aéreas pérvias e avaliar se há excesso de secreções em boca e narinas. 
· Avaliação continuada da vitalidade (frequência cardíaca, tônus muscular e respiração/choro) 
· Amamentação na primeira hora de vida. 
Se a resposta for NÃO para qualquer uma delas, devemos realizar os passos iniciais (desejar A PAS para esse bebê): Aquecer, Posicionar (leve extensão do pescoço), Aspirar (se necessário, primeiro boca e depois narinas) e Secar (e desprezar os campos úmidos e manter no berço aquecido). Depois disso vamos AVALIAR A FC (pois é ela quem manda na reanimação). 
· Como avaliar a FC? Ausculta com o esteto no precordio por 6s e multiplica por 10, palpando o coto umbilical ou pela monitorização. 
FC > 100bpm e respiração regular: deixar no colo da mãe e manter cuidados. Alguns bebês que estão no colo da mãe podem ter desconforto respiratório (hipotérmicos, dificuldade de transição) e isso vai ser refletido na oximetria de pulso em MSD. Baseado nos minutos de vida, o bebê precisa saturar até certa faixa:
FC < 100 ou respiração irregular: realizar a ventilação com pressão positiva (VPP). O golden minute é quando o cordão é clampeado, o bebê é levado ao berço, ausculta o precordio e verifica se precisa de ventilação e já começar a VPP em 1 minuto. Pode ser feito com o AMBU, que deve cobrir boca e nariz e usar a técnica do C e E que segura o queixo e faz extensão da cabeça. 
· Se o bebê tiver mais que 34 semanas: iniciar VPP em ar ambiente por 30s. 
· Se o bebê tiver menos que 34 semanas: começa acoplado ao oxigênio com fração inspirada de oxigênio de 30% e vai aumentando conforme a saturação alvo em 30s. 
Se depois de 30s – VPP não efetiva = FC<100 ou VPP prolongada = sem retorno a respiração espontânea – SEGUIR PARA A IOT. Cada tentativa deve durar no máximo 30s. Não usar canula com cuff na neo. 
Segue para VPP através da IOT por mais 30s. Se depois dos 30s a FC não aumentar: FC < 60bpm = massagem cardíaca. 
Como realizar a massagem cardíaca?
· Sempre no terço inferior do esterno (abaixo da linha intermamilar).
· Técnica dos dois polegares (sobrepostos ou justapostos) ou dos dois dedos:
· Dois polegares sobrepostos: melhor técnica porque tem pico de pressão de pulso (enche mais as coronárias) e tem menor risco de lesão hepática e pulmonar. 
· Comprimir 1/3 do diâmetro anteroposterior do tórax, permitindo a expansão plena do tórax. 
· Permitir o retorno do tórax. 
· Deve ser sincrônica com a ventilação na relação (nunca faz massagem cardíaca sem intubar antes) 3 compressões para 1 ventilação (frequência de 120 eventos por minuto).
Faz massagem cardíaca por 60 segundos (dura mais para garantir a perfusão coronariana adequada). 
CASO A FC AINDA SEJA < 6OBPM – drogas vasoativas/expansores de volume. 
· O acesso vascular mais fácil é a veia umbilical, então cateteriza o umbigo. 
EPINEFRINA 
· Indicada quando a ventilação adequada + massagem cardíaca efetiva não tornaram a FC >60. 
· Veia umbilical é o acesso mais fácil e rápido.
· Enquanto o acesso venoso umbilical não for obtido – uma única dose endotraqueal de epinefrina. 
· Pode ser repetida a cada 3 a 5 minutos se não houver reversão da bradicardia. 
· O expansor de volume é usado nos bebês com evidencia de sangramento (descolamento prematuro de placenta, tocotrauma, pálido).
RN COM LÍQUIDO AMNIÓTICO MECONIAL
· RN de termo?
· Respirando ou chorando?
· Tônus em flexão?
Se responder não para qualquer uma dessas perguntas e levar o bebê para o berço de reanimação, realiza-se os passos iniciais e é prudente realizar aspiração de bocas e narinas e considerar aspiração gástrica (pois o mecônio é espesso e pode entupir as vias). 
FC > 100bpm e respiração regular = colo da mãe. A abordagem do bebê com mecônio é a mesma com todos os bebês. 
E O APGAR?
NÃO INDICA MANOBRA DE REANIMAÇÃO. É uma medida de vitalidade neonatal, determinada de forma retrospectiva no 1º e 5º minutos. É usado para avaliar a qualidade do atendimento pré-natal e do parto e a resposta do RN às manobras de reanimação. 
ASPECTOS ÉTICOS
· Depois de 10min de assistolia, é autorizado o médico a interromper a reanimação. 
BAC DRA JOANA
DADOS
· 2,5 milhões de RN morrem anualmente, cerca de 7.000 mortes ao dia em todo o mundo; 
· A asfixia perinatal contribui com 30-35% das mortes neonatais (cerca de 1 milhão de óbitos por ano). 
· As mortes neonatais são predominantes na primeira semana de vida, em grande parte relacionadas a assistência materna antes e durante o trabalho de parto e parto; 
· No brasil, 18.402 crianças foram a óbito na primeira semana de vida em 2018. Em cerca de 3775 (20%) a causa do óbito esteve associada a asfixia perinatal. 
· Ao nascimento:
· Cerca de 1 a cada 10 RN precisa de ajuda para iniciar a respiração efetiva. 
· 1 a cada 100 precisa de intubação traqueal. 
· 1 a cada 1000 requer IOT acompanhada de massagem cardíaca e/ou medicações, desde que a ventilação seja aplicada adequadamente. 
PREPARO
· Anamnese materna – reconhecer os fatores de risco
· Material – berço aquecido, material de aspiração, laringo, canula, sonda, oxímetro, medicação.
· Equipe treinada
CONDIÇÕES ASSOCIADAS À NECESSIDADE DE REANIMAÇÃO AO NASCER
Fatores Antenatais 
· Idade 35 anos 
· Diabetes 
· Síndromes hipertensivas 
· Doenças maternas 
· Infecção materna 
· Aloimunização ou anemia fetal 
· Uso de medicações 
· Uso de drogas ilícitas 
· Óbito fetal ou neonatal anterior 
· Ausência de cuidado pré-natal
· Idade gestacional 41 semanas 
· Gestação múltipla 
· Rotura prematura das membranas 
· Polidrâmnio ou oligoâmnio 
· Diminuição da atividade fetal 
· Sangramento no 2º ou 3º trimestre 
· Discrepância de idade gestacional e peso 
· Hidropsia fetal 
· Malformação fetal
Fatores Relacionados ao Parto 
· Parto cesáreo 
· Uso de fórcipe ou extração a vácuo 
· Apresentação não cefálica 
· Trabalho de parto prematuro 
· Parto taquitócico 
· Corioamnionite 
· Rotura de membranas >18 horas 
· Trabalho de parto >24 horas 
· Segundo estágio do parto >2 horas
· Padrão anormal de frequência cardíaca fetal 
· Anestesia geral 
· Hipertonia uterina 
· Líquido amniótico meconial 
· Prolapso ou rotura ou nó verdadeiro de cordão 
· Terapia materna com sulfato de magnésio 
· Uso de opioides 4 horas anteriores ao parto 
· Descolamento prematuro da placenta 
· Placenta prévia 
· Sangramento intraparto significante
NASCIMENTO
Gestação a termo? Respirando ou chorando? Tônus muscular em flexão? 
SIM = cuidados de rotina junto a mãe –prover calor, manter vias aéreas pérvias e avaliar a vitalidade de maneira continua. 
NÃO = prover calor – posicionar a cabeça, aspirar vias aéreas se necessário e secar. 
· SE FC < 100bpm, apneia ou respiração irregular = ventilação com pressão positiva – monitorar SatO2 e considerar monitor para avaliar FC por 30s.
· FC < 100bpm = garantir adaptação face/mascara, assegurar ventilação adequada com movimento do tórax, considerar intubação, reavaliação a cada 30 segundos. 
· FC < 60bpm = IOT, massagem cardíaca coordenada com ventilação adequada (3:1), considerar O2 a 100%, avaliar FC continua com monitor, considerar cateter venoso (adrenalina EV e considerar hipovolemia).

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