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Lactente sibilante e asma 2 Pâmela Martins Bueno – lactente sibilante e asma PORQUE OS LACTENTES SÃO O GRUPO DE MAIOR RISCO PARA SIBILÂNCIA? Isso acontece devido aos fatores anatômicos. · Menor calibre da via aérea, logo tem maior resistência ao fluxo aéreo. · Maior complacência da caixa torácica e recolhimento elástico pulmonar mais eficiente, o que favorece o fechamento das vias aéreas distais durante a expiração. · Inserção horizontalizada do diafragma – associado a redução da força do diafragma · Maior número de glândulas mucosas – produção de muco que pode obstruir as vias aéreas distais. DEFINIÇÃO DE LACTENTE SIBILANTE · Criança < 2 anos que apresenta ou sibilância continua por >1 mês OU ≥ 3 episódios de sibilância no último ano. · Na presença de alguns fatores de risco, é possível supor que o lactente vai persistir com a sibilância por mais que 2 anos. São os fatores de risco para sibilância recorrente: sexo masculino, prematuridade, baixo peso ao nascer, uso de O2 no período neonatal, infecção pelo VSR no 1º ano de vida (inflamação e redução do calibre a via aérea), antecedente pessoal de atopia (dermatite atópica), IgE sérica aumentada, história materna de asma, doença do refluxo gastroesofágico, aspiração de conteúdo alimentar e tabagismo materno principalmente durante a gestação. · 27-63% tem pelo menos 1 episodio de sibilancia, sendo que 11 a 33% dos lactentes são diagnosticados como lactentes sibilantes. · É um diagnóstico sindrômico que permite uma série de diagnósticos diferenciais. SIBILO · Som decorrente de um fluxo de ar turbulento passando por uma via aérea estreita ou parcialmente obstruída. · Pode aparecer quando há redução do calibre dos brônquios por broncoespasmo ou redução por edema de mucosa ou compressão extrínseca como adenomegalia ou intraluminal (corpo estranho) · Sibilo não é necessariamente broncoespasmo, mostra a redução do calibre da via aérea por algum motivo. · Quando a obstrução ocorre nas pequenas vias aéreas terminais, além do sibilo, há a presença de estertores finos. A presença dos estertores finos não necessariamente fecha diagnóstico de pneumonia, pode ser reflexo da obstrução da via aérea terminal. QUADRO CLÍNICO · Fatores desencadeantes: infecções respiratórias virais, principalmente VSR e rinovírus. · Começa com quadro de resfriado como coriza, febre baixa e tosse seca que evolui para tosse produtiva, desconforto respiratório e sibilos e estertores. Geralmente é um quadro viral e autolimitado que se resolve totalmente em 7 dias, mas existe recorrência se o paciente tiver uma nova infecção respiratória viral, ex: pega a gripe e começa a chiar, melhora e para, mas depois pega novamente e volta a chiar. SIBILOS X RONCOS · Ronco: som decorrente da presença de secreção presente nas vias aéreas de grande calibre. É um som mais grave, geralmente audível a distancia e leva a vibração torácica. · Ronco = ouve a distância e quando põe a mão no tórax, sente a vibração. · Sibilo = se manifesta como desconforto respiratório – tiragem intercostal, subcostal e de fúrcula. Em geral, não vai vibrar e não é audível a distância. DIAGNÓSTICO Nem tudo que chia é asma! · Nem todo lactente sibilante é asmático. Mas é necessário identificar o lactente que vai continuar chiando até ser um pré-escolar e receber o diagnóstico de asma. Para isso, é usado o índice preditivo de asma: A presença de 1 critério maior ou 2 critérios menores existe maior risco (4 ou 10x maior) desse lactente sibilante ser considerado asmático na idade escolar. Existe também o índice preditivo de asma modificado, que foi atualizado recentemente. · Vou suspeitar de asma quando há sibilância por outros desencadeantes que não são virais (esforço físico, mudança do tempo, exposição ao pó). Quando há antecedente familiar ou pessoal de atopia e quando tem resposta terapêutica do bebe que chia ao uso de broncodilatador e uso de corticoide inalatório. EXAMES LABORATORIAIS · Eosinófilos periféricos · IgE sérica total · IgE sérica especifica: RAST ou imunocap e pesquisar os aeroalérgenos: Dermatophagoides pteronyssius, Dermatophagoides farinae, Blomia tropicalis (ácaros), periplaneta americana (barata), epitélios de cão e gato. · Prick texto – testes cutâneos de hipersensibilidade imediata. · A positividade desses exames indica apenas a sensibilização ao agente. DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS · Regurgitação e vômitos – DRGE · Disfagia – aspiração · Baixo ganho ponderoestrutural · Alteração de ausculta cardíaca · Hipoxemia · Baqueteamento digital · Ausência de melhora após tratamento habitual – não melhora com BD nem corticoide. TRATAMENTO Crise de sibilância – acontecem geralmente em decorrência de infecção respiratória viral, que é autolimitada. Há muitos componentes envolvidos, sendo assim o tratamento deve ser: · Inalação e lavagem nasal com SF · Broncodilatador de curta duração e corticoide sistêmico para melhorar o paciente durante a crise, mas depende da recorrência de sibilancia desse paciente. Faz por 5/7 dias e já há melhora. O tratamento de manutenção é realizado de acordo com a etiologia da sibilância. Ex: se estiver relacionada a DRGE, é necessário tratar ele primeiro. Se a sibilância for porque a criança é asmática, então é indicado o tratamento de manutenção. Ele é indicado quando há fatores de risco para sibilância recorrente e quando há risco elevado de asma na idade escolar. · Corticoide inalatório · Etapa 1: paciente com sibilância infrequente e sempre associada a infecção de vias aéreas superiores. O broncodilatador de curta duração deve ser realizado quando a criança chiar. Também deve ser realizado o controle ambiental para reduzir a exposição aos aeroalergenos. · Etapa 2: quando tem recorrência muito grande das crises de sibilância, mesmo que associado a infecção de vias aéreas superiores, já começa aqui. Iniciar medicamento de uso continuo, que é corticoide inalatório em baixa dose. Se o paciente não melhorar, passar para as próximas etapas. Corticoide inalatório começa a agir em 1 a 4 semanas, atinge sua eficácia máxima de 3 a 6 meses. Começa o tratamento e reavalia de 3 a 4 meses pra decidir se mantem ou altera. · A melhor opção é o corticoide inalatório em qualquer etapa. Como usar o corticoide inalatório? Sempre com espaçador para crianças pequenas (<5 anos), com máscara. Pega a bombinha, tira a tampa, sacode, encaixa no espaçador e encaixa no rosto da criança bem firme, aperta e conta até 10 enquanto a criança respira. Depois de usar o corticoide, é necessário lavar a boca da criança porque o corticoide inalatório pode levar a monoliase oral. PROFILAXIA · Aleitamento materno exclusivo até 6 meses · Evitar aglomerações e visitas nos primeiros 6 meses de vida. · Vacinação anual anti-influenza < 6 anos. · Uso de palivizumabe (anticorpo monoclonal contra o vírus sincicial respiratório) indicado quando: · RNPT < 29 semanas de IG até 1 ano de idade · Lactentes < 2 anos com cardiopatia congênita com comprometimento hemodinâmico · Lactentes <2 anos com displasia broncopulmonar em tratamento com O2 suplementar, corticoide inalatório ou diurético. ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO · Associados a redução do risco de sibilância em lactentes, pois estão relacionados a melhor maturação do sistema imune na resposta Th1. · Crianças que nascem em ambientes com animais de estimação apresentam maior diferenciação dos linfócitos T para o perfil Th1 que leva a produção de IgG4, que atual contra agentes infecciosos, diferente do perfil Th2 dos linfócitos T, que produz IgE e está relacionado ao desenvolvimento de alergias. · Não é bom adicionar os pets na criança que já tem alergia. Asma na infância PATOGÊNESE · Asma é a doença pulmonar crônica mais comum da infância, acometendo até 24% das crianças entre 6 e 7 anos. · Se caracteriza pela presença de sintomas respiratórios, limitação variável ao fluxo expiratório e tem resolução espontânea ou com medicação. · A limitação ao fluxo expiratório é determinada pela prova de função pulmonar, sendo que a mais disponível é a espirometria,por isso o DX de asma é fechado apenas em crianças de 5-6 anos, pois é quando elas conseguem colaborar para o exame. · É uma doença heterogênea, mas na infância ela geralmente está relacionada a hiperresponsividade da via aérea a inflamação crônica. O pulmão é hiper-responsivo e faz broncoconstrição a uma série de estímulos externos. · Algumas características persistem mesmo quando alguns sintomas estão ausentes ou a função pulmonar está normal, sendo que a principal é a inflamação crônica que está de base, compondo a patogênese da doença. QUADRO CLÍNICO · É uma doença que evolui em crises, ou seja, episódios de exacerbação aguda dos sintomas respiratórios: tosse, opressão torácica, perda de folego e sibilos expiratórios. · Essas crises acontecem depois da exposição a fatores desencadeantes, que podem ser: infecções respiratórias virais, exercícios físicos, mudança de tempo, exposição a irritantes ou alérgenos. · Entre as crises a criança pode ser assintomática ou cursar com sintomas leves/limitação de atividade física. · Características clinicas que aumentam a probabilidade de asma quando a criança está sibilando: presença de mais de um sintoma, sintomas que piora a noite ou de madrugada, sintomas que variam com o tempo e em intensidade (evoluem em crises), outros desencadeantes não virais, presença de outras atopias (dermatite atópica/rinite alérgica). · Características clinicas que reduzem a probabilidade de asma quando há sibilância: tosse isolada sem outros sintomas, produção crônica de escarro, dor torácica, síncope, tontura, parestesia, dispneia induzida por esforço com inspiração ruidosa. EXAMES COMPLEMENTARES Na infância a asma geralmente é alérgica. · Eosinofilia periférica: >4% ou > 500 células/mm³ · Elevação IgE total · Elevação IgE sérica especifica (ácaros, barata, fungos, epitélio de cão e gato) · Espirometria: diante da suspeita clinica de asma, precisa documentar a limitação variável ao fluxo inspiratório. Esse paciente vai apresentar um distúrbio ventilatório obstrutivo com resposta ao broncodilatador. · A relação VEF1/CVF é inferior a 0,8 e mesmo no pós broncodilatador ainda está menor, logo já teremos o diagnóstico de distúrbio ventilatório obstrutivo. · Há redução de VEF1 abaixo de 80% no pré e pós broncodilatador e apesar dele permanecer baixo, há melhora do parâmetro após o BD. · A resposta ao BD é quando tem aumento de pelo menos 200mL no VEF1 e 12% de variação do VEF1 após BD. Outras formas de determinar a limitação variável ao fluxo expiratório · Variabilidade diurna excessiva do PFE (pico de fluxo expiratório) > 13% · Variação excessiva do VEF1 > 12% entre consultas. · Melhora da função pulmonar após 4 semanas do tratamento adequado · Teste de esforço positivo – redução do VEF1 (acima de 12%) por broncoconstrição ao esforço físico · Teste de broncoprovocação positivo – metacolina considera queda acima de 20% do VEF1 ou com histamina é queda de 20%. SEGUIMENTO 1. Controle da asma Dividido em 2 domínios: Controle dos sintomas nas ultimas 4 semanas · Paciente controlado: 2x ou menos de sintomas diurnos, uso <2x do uso de broncodilatador de curta duração, não tem limitação a atividade e não tem sintomas noturnos. · Paciente parcialmente controlado: >2x de sintomas diurnos, limitação de atividades, sintomas diurnos e uso de b2 SOS >2x na semana. · Paciente não controlado: quando tem pelo menos 3 critérios de asma parcialmente controlado. Fatores de risco para desfechos desfavoráveis: 3 desfechos diferentes: · Exacerbações: história de exacerbação grave no ano anterior, internação na UTI, VEF1 abaixo de 60% do previsto, uso excessivo de b2 SOS, técnica inadequada. · Obstrução fixa ao fluxo aéreo: prematuridade, baixo peso ao nascer, exposição ambiental continua (tabagismo principalmente). · Efeito adverso das medicações: principalmente quem não realiza a técnica adequada ou faz uso excessivo do b2 acima de 1 unidade de bombinha de salbutamol por mês e também os que usam corticoide sistêmico com grande frequência. 2. Técnica inalatória e aderência ao tratamento – uso do espaçador em crianças > 5 anos não precisa mais da máscara – tira a tampinha, sacode, encaixa no espaçador e antes da criança colocar a boca, ela vai esvaziar o pulmão e inspirar fundo depois de apertar a bombinha, segurando a respiração até contar 10. É obrigatório o uso do espaçador, pois ele vai garantir adequada deposição da medicação em vias aéreas inferiores e vai reduzir a ocorrência de efeitos adversos locais, cujo principal é a monilíase oral. 3. Presença de comorbidades – rinite alérgica, rinossinusite, DRGE, depressão e ansiedade devem ser diagnosticados e tratados, pois alteram o tratamento da própria asma. TRATAMENTO DE MANUTENÇÃO Crianças de 6-11 anos – a base do tratamento é o uso do corticoide inalatório e ainda se mantem o broncodilatador de curta duração como medicação preferencial no tratamento da crise. · O antagonista de leucotrieno é menos eficaz, mas indica quando efeito adverso ao corticoide inalatório ou tem outras comorbidades alérgicas ou pacientes com asma persistente leve associada ao exercício físico. Adolescentes ≥ 12 anos A diferença é que o tratamento preferencial passa a ser um corticoide inalatório associado ao formoterol (b2 de longa duração), porque ele pode ser SOS ou tratamento de manutenção. O salmeterol é b2 de longa duração e não está liberado para uso SOS. · O anti-IgE está indicado na asma que não tem controle mesmo com uso de tiotrópio, liberado em crianças a partir de 6 anos que tem asma tópica com eosinofilia alta e IgE entre 30-300UI/mL. CLASSIFICAÇÃO DE GRAVIDADE DA ASMA · É uma avaliação retrospectiva dada de acordo com a necessidade de tratamento para atingir o controle clinico do paciente. · Leve quando controlada com a etapa 1 e 2, moderada quando for etapa 3 ou 4 e grave quando só controla com altas doses de corticoide inalatório associada a b2 de longa duração. REAVALIAÇÃO NO TTO DE MANUTENÇÃO · Após 2 a 3 meses – a partir dos sintomas noturnos, diurnos, limitação a atividade física e uso de b2 SOS. · No paciente que não tem controle clinico ou se apresenta como parcialmente controlado, avaliar fatores antes do step up. São os fatores a serem avaliados: · Técnica inalatória · Aderência ao tratamento · Comorbidades · Exposição ambiental persistente · Diagnostico de asma · Medidas não farmacológicas: cessar tabagismo, atividade física, higiene ambiental. CRISE ASMÁTICA · Aumento dos sintomas associada ao declínio da função pulmonar que aparece em resposta a fatores desencadeantes ou má aderência ao tratamento de manutenção · Deve ser avaliado e classificado de acordo com a gravidade para ser tratado. MANEJO CLÍNICO DA CRISE Exacerbação leve · B2-curta duração (salbutamol) inalatório 3 ciclos de 20/20min de 4 a 10 jatos. · Se o paciente melhorar depois dos 3 ciclos: alta com b2-curta duração 6/6h por 5 dias. Se melhorar, não precisa de corticoide sistêmico. Exacerbação moderada · B2-curta + ipratrópio (anticolinérgicio de curta duração) inalatório 3 ciclos de 20/20min + corticoide VO. · Se o paciente melhorar, alta com b2-curta 6/6h por 7 dias + prednisolona VO por 5 dias. Exacerbação grave · B2-curta + ipratrópio inalatório 3 ciclos – 20/20min + corticoide EV ou IM e oxigenioterapia (canula nasal ou máscara para manter sat 93-95 nas crianças a partir de 12 anos e 94-98 nas crianças de 6 a 11 anos). · Se melhorou, internação em enfermaria com B2-curta + corticoide e desmame de O2. Exacerbação quase fatal · B2-curta + ipratrópio inalatório 3 ciclos 20/20 min + corticoide EV + sulfato de magnésio que está indicado no paciente com crise grave que não melhora com o tratamento inicial ou naquele que já chega com asma quase fatal (apenas em crianças >2 anos) + ventilação não invasiva se o paciente estiver com bom nível de consciência, senão precisa entubar. · Paciente melhorou: internação em UTI com B2-curta + corticoide e desmame de oxigênio. EXAMES COMPLEMENTARES NA CRISE ASMÁTICA · RX de tórax apenas se suspeitade complicações (pneumotórax, atelectasia) ou diagnósticos diferenciais. · Gasometria arterial – crises muito graves, hipoxêmicos e sem resposta ao tratamento, pensando em hipercapnia (paCO2>45 + pO2<60mmg) sendo que esses achados indicam falência respiratória iminente e a presença de musculatura fadigada + alteração na gasometria indica IOT imediata. Beta-agonistas de curta duração: · Fenoterol nebulização (5 mg/mL) 0,07-0,15 mg/kg a cada 20 minutos, por 3 doses. Dose máxima: 5 mg (1 mL). 1 gota = 0,25 mg. Assim, mínimo da dose: 1 gota/3 kg de peso; máximo = 1 gota/1,5 kg de peso. Preferir fazer dose mínima; · Fenoterol spray (100 microgramas/jato) 1 jato/2-3 kg a cada 20 minutos, por 3 doses. Dose máxima: 10 jatos. Atenção! Na apresentação de 200 microgramas/jato, as doses devem ser 50% menores; · Salbutamol nebulização (5 mg/mL) 0,07-0,15 mg/kg a cada 20 minutos, por 3 doses. Dose máxima: 5 mg (1 mL). 1 gota = 0,25 mg. Assim, dose média: 1 gota/3 kg de peso; · Salbutamol spray (100 microgramas/jato) 1 jato/2-3 kg a cada 20 minutos, por 3 doses. Dose máxima: 10 jatos. Brometo de ipratrópio: Usar nos casos moderados a graves ou em casos refratários, em associação com o beta-2-agonista escolhido. Escolha uma das opções a seguir: · Brometo de ipratrópio nebulização (0,25 mg/mL): usar quantas vezes necessário até estabilização: · Descompensação aguda: Abaixo de 6 anos: 8-20 gotas; entre 6-12 anos: 20 gotas; > 12 anos: 40 gotas; · Manutenção após melhora: Abaixo de 6 anos: 8-20 gotas de 8/8 ou 6/6 horas; entre 6-12 anos: 20 gotas de 8/8 ou 6/6 horas; > 12 anos: 40 gotas de 8/8 ou 6/6 horas; · Brometo de ipratrópio spray (20 microgramas/jato): acima de 6 anos: 2 jatos de 6/6 horas. Dose máxima: 12 jatos/dia; Corticoide. Escolher entre as opções a seguir, para os casos moderados a graves: · Prednisolona (fazer na 1ª hora) 1-2 mg/kg/dia VO, por 3-5 dias. Dose máxima: 60 mg; · Metilprednisolona (fazer na 1ª hora) 0,5-1 mg/kg/dose EV a cada 4-6 horas, por 3-5 dias. Dose máxima: 60 mg. Preferir venoso nos quadros graves. Sulfato de magnésio 10% ou 50%: 25-75 mg/kg/dose EV em dose única, em infusão lenta de 20-30 minutos. Dose máxima: 2 g. Fazer apenas em caso de necessidade. Se necessário, repetir a dose 1-2x após 4-6 horas. Se utilizar o Sulfato de magnésio mais de uma vez, realizar controle de magnesemia, objetivando valores séricos entre 4-6 mg/dL. Uso até melhora clínica e possibilidade de descalonar tratamento; Oxigênio inalatório 6-8 L/minuto. Manter saturação de oxigênio: ≥ 94-98%. Desmame lento, conforme tolerância.
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