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APS MUSEU AFRO BRASIL

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UNIP- Universidade Paulista 
Instituto de Ciências Humanas 
Curso: Pedagogia 
 
ELAINE NOVAES STAFFY 
ELZUITA DIAS DE OLIVEIRA 
MARIA DOS MILAGRES SARAIVA DO NASCIMENTO 
PATRÍCIA DE OLIVEIRA MARTINS DA SILVA 
ROSÂNGELA FERREIRA DE PÁDUA 
 
 
 
 
 
 
PROJETO ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – 5º PERÍODO 
 
“PESQUISA CULTURAL HISTÓRICO GEOGRÁFICO” 
MUSEU AFRO BRASIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo – SP 
2022 
 
 
ELAINE NOVAES STAFFY PD5A22 
ELZUITA DIAS DE OLIVEIRA PD5A22 
MARIA DOS MILAGRES SARAIVA DO NASCIMENTO PD5A22 
PATRÍCIA DE OLIVEIRA MARTINS DA SILVA PD5A22 
ROSÂNGELA FERREIRA DE PÁDUA PD5A22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“PESQUISA CULTURAL HISTÓRICO GEOGRÁFICO” 
 
Atividade Prática Supervisionada 
apresentada à disciplina de Metodologia e 
Prática do Ensino de História e Geografia 
do Curso de Pedagogia, sob a orientação 
da Professora Edna Mercado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo – SP 
2022 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4 
2 MUSEU AFRO BRASIL ........................................................................................... 5 
2.1 O Comércio e os benefícios da escravidão ........................................................... 8 
2.2 Rotas dos escravos para o Brasil Geográfico ....................................................... 9 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 11 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ......................................................................... 12 
ANEXOS ................................................................................................................... 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
Esta Atividade Prática Supervisionada, tem como objetivo mostrar a história de 
forma conscientizada, em toda sua generosidade, exposta no museu Afro Brasil. O 
local foi escolhido, por sua representatividade no desenvolvimento da história do Brasil, 
aliado à descendência africana. Através do acervo, fotografias, pinturas e objetos, 
pretendemos, ascender uma consciência crítica, aprofundada, dos acontecimentos do 
passado, para uma ressignificação de conceitos e vivências atualmente. 
Falaremos sobre a cultura, trabalho, religiosidade bem como, sobre a 
contribuição da ciência e tecnologia, que o povo brasileiro herdou dos africanos e foi 
velada ao longo do eurocentrismo. A Atividade Prática Supervisionada será pautada 
nos preceitos da BNCC, como fonte orientadora na construção do conhecimento do 
cidadão. Falar de História é saber que ela tem um conjunto variado de interações, 
político social. Desse modo, que tipos de acontecimentos podemos desenvolver ou 
problematizar para que o aluno interaja e seja mais crítico em relação ao que está 
sendo abordado? 
Para isso, é necessário ter como base ou referência a BNCC, com “os 
processos de identificação, compreensão, contextualização, interpretação e a análise 
de objetos que estimulam o pensamento” (2018, p.398). 
É preciso entender a diversidade cultural, perceber o processo, a cultura em 
que ele vive a partir de suas vivências, fazer com que o aluno busque soluções, no 
sentido de que a sociedade se transforme a partir da conscientização de sua realidade, 
é fazer com que haja um maior respeito pelas diferenças. Desse modo, é essencial 
trabalhar a história de acordo com as suas especificidades, a partir dos espaços em 
que as pessoas estão inseridas. 
Portanto, falar de História e Geografia é desenvolver o pensamento crítico, 
estimulando a entender e interpretar o mundo a sua volta e suas transformações que 
ocorrem constantemente. 
 
 
 
 
5 
 
2 MUSEU AFRO BRASIL 
 
 
Local: Museu Afro Brasil 
Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/n - Vila Mariana, São Paulo - SP, 04094- 050- 
Portão 10 – Parque do Ibirapuera 
O Museu Afro Brasil é uma instituição pública, subordinada à Secretaria da 
Cultura do Estado de São Paulo e administrado pela Associação Museu Afro Brasil - 
Organização Social de Cultura. 
Por meio da visita ao Museu Afro Brasil, é possível notar que há uma 
preservação cultural e artística dos povos afrodescendentes no Brasil com um grande 
simbolismo ali representado de um povo forte quanto a sua cultura. 
Mediante algumas imagens destacadas, como o navio ou tráfico negreiro (vide 
fig. 1), onde as pessoas eram tratadas como produtos visados apenas para o lucro da 
elite portuguesa, relata a precariedade com que eles eram mantidos e muitas vezes 
utilizavam-se instrumentos de tortura (vide fig. 2), eram marcados para sua 
identificação, muitos eram acorrentados e as péssimas condições de transporte 
provocavam a morte de muitos durante a viagem. O negro era tratado como alguém 
que não tinha alma, um povo que tem uma força física muito grande, mas não 
valorizados. 
O museu vem resgatar essa cultura e história que em muitos casos não foi 
contada como realmente aconteceu. A exposição vem, ou melhor, tem a intenção de 
desconstruir a imagem da população negra pela ótica da inferioridade e transformar 
no imaginário estabelecida no prestígio, na igualdade e no pertencimento. É fazer com 
que o ser humano tenha mais empatia e respeito pelo outro, já que também nós 
herdamos essa cultura trazida por eles. Falar de História é saber que ela tem um 
conjunto variado de interações, político social. 
 
O exercício de “fazer história”, é marcado, inicialmente, pela 
construção de um sujeito. Em seguida, amplia-se para o conhecimento 
de um “outro”, às vezes semelhante, muitas vezes diferente. Depois 
alarga-se mais em direção a outros povos, com seus usos e costumes 
específicos. Por fim, parte-se para o mundo, sempre em movimento e 
transformação. Em meio a inúmeras combinações dessas variáveis – 
do Eu, do Outro e do Nós -, inseridas em tempos e espaços 
específicos, indivíduos produzem saberes que o tornam mais aptos 
6 
 
para enfrentar situações marcadas pelo conflito ou pela conciliação. 
(BNCC. p. 337-339) 
 
O ensino de História, ou seja, as suas categorias de tempo, espaço, reconhecer 
esses elementos básicos e a base vem justamente construir isso na questão do “eu”, 
do “outro”, do nós, a construção do indivíduo onde todos têm que desenvolver o senso 
crítico. 
Geografia e História são duas matérias que andam juntas por diferentes 
caminhos. 
 
O conceito de espaço é inseparável do conceito de tempo e ambos 
precisam ser pensados articuladamente como um processo. Assim 
como para a história, o tempo é para a geografia uma construção 
social, que se associa à memória e às identidades sociais dos sujeitos. 
Do mesmo modo, os tempos da natureza não podem ser ignorados, 
pois marcam a memória da terra e as transformações naturais que 
explicam as atuais condições humanas e das sociedades por meio da 
relação tempo-espaço representa um importante e desafiador 
processo na aprendizagem de geografia. (BNCC. p. 361) 
 
Portanto, falar de História e Geografia é desenvolver o pensamento crítico, 
estimulando a entender e interpretar o mundo a sua volta e suas transformações que 
ocorrem constantemente, pensar na geografia, é pensar nas suas relações do homem 
como o todo e a sua realidade no todo. Não é somente pensar geografia e história 
como um conteúdo, é pensar que ambas são interdisciplinares, na medida que se 
analisa o espaço e o homem em diferentes contextos. 
A BNCC ao tratar das unidades temáticas, propõem as habilidades como meios 
a ser desenvolvido no Ensino Fundamental, anos iniciais, no que se trata na geografia 
tais como: 
 
(EF03GE01) Identificar e comparar aspectos culturais dos grupos 
sociais de seus lugares de vivência, seja na cidade, seja no campo. 
(EF03G302) Identificar, em seus lugares aspectos culturais de 
vivência, marcas de contribuição culturale econômica de grupos de 
diferentes origens. 
(EF03GE03) Reconhecer os diferentes modos de vida de povos e 
comunidades tradicionais em distintos lugares. 
(EF3GE06). Identificar e interpretar imagens bidimensionais e 
tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográficas. 
(EF03GE07). Reconhecer e elaborar imagens com simbolismo de 
diversos tipos de representação em diferentes escalas cartográficas. 
(BNCC.p.375) 
 
7 
 
O Museu Afro Brasil, conserva um acervo com mais de sete mil obras, que 
mostram retratos da trajetória africana, seguindo aliada a trajetória do povo brasileiro. 
O trabalho forçado é o ponto definido na escravidão, mão de obra farta sem custo para 
a classe branca dominante. Poucos sabem das heranças tecnológicas trazidas pelos 
africanos, como máquinas de moer cana, formas de fabrico do açúcar, ferramentas 
de carpinteiros e ferreiros. (vide fig. 3) 
Se não tivéssemos feito essa pesquisa no museu não saberíamos da 
contribuição tecnológica por parte dos africanos para e no desenvolvimento da 
economia no espaço urbano e rural. 
Ao longo da visita podemos observar uma riqueza de objetos usados pelos 
nossos avós, como o pilão para pisar o milho e arroz, o cocho para alimentar o gado 
e muitas peças de cozinha de porte pequeno para o uso diário. Objetos que estão sem 
sua continuidade no uso, em virtude de novas gerações aderirem aos utensílios 
modernos, nos lares, e nos campos, onde a desvalorização da vida no campo vem 
ocorrendo em decorrência do capitalismo e da forma nociva imposta pelo mercado 
tecnológico, também Importado dos grandes centros. 
No que se refere à religiosidade da África, caberia uma APS exclusiva para este 
acervo. O museu abriga uma riqueza de valores inestimáveis, valores estes, que 
foram se marginalizando ao longo do tempo em detrimento da fé branca. Muitas festas 
populares, como a congada e maracatu, ainda resistem em lugares distantes dos 
grandes centros. “Fotografias e documentos exaltam a trajetória de escritores como 
Carolina Maria de Jesus, autora do livro ‘Quarto de Despejo’ além de outros notáveis 
como Teodoro Sampaio, importante geógrafo arquiteto cujo nome foi atribuído, em 
sua homenagem, a uma conhecida rua de São Paulo.” (Museu Afro Brasil Núcleo 
História e Memória) 
A contribuição dos escritores e artistas negros são muitas, e muitos nomes 
importantes deixaram um legado a ser estudado pelo povo brasileiro, sobre a cultura 
afrodescendente. Na atual conjuntura o livro “Quarto de Despejo", encontra-se atual 
e vivenciado pela população marginalizada do Brasil. 
O museu dedicado e preservado com cultura e artes no Brasil, nasceu em 2004 
pelo artista plástico Emanuel Araújo. Contém 5 mil itens, com peças, obras e 
documentários. A visita começa falando da escravidão que ocorreu desde o período 
colonial até o império. 
8 
 
Quando se tornavam escravos eles tinham que esquecer suas origens, língua 
e cultura. Nas salas do museu serão apresentadas as casas da mina onde havia 3 mil 
escravos, seus instrumentos de trabalho e o navio onde vieram transportados para o 
Brasil. Suas alimentações eram poucas e os que chegavam estavam muito mal, uma 
selvageria. Quadro de mulher no Pilão. Questão do café os escravos pilavam no sul 
do Brasil. 
A cultura é rica na cozinha, as comidas têm origem africana; caruru, acarajé e 
xinxim. Receita africana l. Desde o século XVIII, os escravos ficavam na região de 
minas no auge da produção do ouro era originário da costa da mina, na África. 
 
 
2.1 O Comércio e os benefícios da escravidão 
 
 
Pelo tráfico com a Costa da Mina os impostos reais desta cidade da Bahia 
multiplicaram-se por quatro. O mesmo tráfico permitiu a construção de igrejas 
douradas, testemunhas de piedade onde a posteridade poderá celebrar hinos de 
louvor. Do tráfico é que vem a riqueza dos edifícios públicos desta cidade e todo o 
desenvolvimento da cidade. É o tráfico que sustenta toda a lavoura da região “. Carta 
dos comerciantes baianos, 7 de janeiro de 1731. Essa Carta traz uma reflexão 
profunda sobre os dias atuais, em que a mão de obra mais barata, fragmentada, mão 
de obra, que ainda permanece nas construções dos edifícios públicos, é a mão de 
obra negra. Esta carta denota a predominância dos brancos e ricos sobre os negros 
e afrodescendentes, levando em conta, os dados de 1731, permanecendo atuais, para 
os dias de hoje. 
A população africana, na mineração do ouro, tem ferramentas usadas pelos 
escravos, valor de escravos: 1 conto e 500 mil reis, idade de um escravo 39 anos. O 
museu afro está rico de cultura e informações sobre os escravos e suas situações 
vividas e tem origem na comida, música e religião. Para a criança o museu é de suma 
importância para ver observar seu passado, quem eram os povos, qual mudança teve 
ao longo dos anos com os escravos e sua comunidade, aspectos do seu crescimento 
por meio de registro de lembranças particulares ou de lembranças do mundo de sua 
família ou comunidade. 
9 
 
Sobre a História da nossa nação, o nosso povo e nossa lutas; conhecemos e 
aprendemos mais sobre a cultura afro-brasileira, podemos dessa forma, apresentar 
esses conhecimentos aos nossos alunos com auxílio do museu afro. 
Todo conhecimento sobre o passado é também o conhecimento do presente 
elaborado pelos sujeitos. O historiador indaga com visitas a identificar, analisar e 
compreender os significados de diferentes objetivos e lugares, circunstâncias, 
temporalidade, movimento de pessoas, coisas e saber. 
 
 
2.2 Rotas dos escravos para o Brasil Geográfico 
 
 
As 4 principais rotas dos navios que ligaram o continente ao Brasil; Guiné, Mina, 
Angola e Moçambique, concentravam o comércio humano. Os negros eram 
aprisionados em guerras feitas por chefes de tribos. No Brasil, os navios vieram do 
Congo e de Angola, para Recife, Salvador e Rio de Janeiro. (vide fig. 4). 
Os escravos ficaram localizados no território de Salvador, Recife e Rio de 
Janeiro. O sujeito, o ser humano dessa época, no caso escravo, teve sua liberdade 
em 1888. Compreender que as comidas regionais, as culturas que hoje temos são 
herança dos escravos auxilia no processo de valorização da nossa sociedade, visto 
que reconhecemos as diferentes comunidades e como se deu a transformação da 
natureza. 
A criança gradativamente precisa entender o lugar geográfico no mapa, região 
sul sudeste etc. Tem que ter um mapa para saber sobre seu bairro, sua cidade, para 
saber onde ela está localizada por meio de exercícios e extensão, localização e 
analogia especial. 
O museu vem ampliar o repertório de conhecimentos, trazendo vivências do 
passado para o presente, tornando as pessoas mais reflexivas. De acordo a BNCC e 
os PCN's ao fazer leitura de imagens, de dados e de documentos de diferentes fontes 
de informações sobre o espaço geográfico e as diferentes paisagens, torna-se 
possível compreender como se deu a formação da atual sociedade, desenvolvendo 
no aluno o sentimento de pertencimento. Segundo Araújo, “além de simplesmente 
colocar a cultura afro-brasileira no campo de batalha dessa luta, o espaço Afro Brasil 
10 
 
incita a crítica e a conscientização do público em relação à importância e o papel do 
negro na construção da identidade do povo brasileiro.” (2014, p.7) 
Por meio do contato com os diferentes materiais apresentados no museu, o 
estudante passa a observar de diferentes pontos de vista, seus lugares de vivência, 
suas histórias familiares ou da comunidade, elementos distintos da cultura (indígenas, 
afro-brasileira de outras regiões do país latino-americano, europeus asiáticos etc.) 
valorizando o que é próprio em cada uma delas e sua construção para formação da 
cultura local, regional e brasileira. 
 
O Museu Afro Brasil, porém, mostra que herda a força e o desejo de 
sobrevivência da cultura afro-brasileira e transpõe todos os desafios 
demonstrando o quanto ações valorizativas podem contribuirpara a 
afirmação de uma identidade e para a construção de um sentimento 
de orgulho tanto do próprio povo afrodescendente quanto de todos os 
brasileiros que compartilham das influências e contribuições advindas 
dos povos africanos. (ARAÚJO, 2014, p.9) 
 
Sendo assim, é notório a importância em se trabalhar com o museu para a 
formação do cidadão crítico, visto que o aluno não só compreenderá a enorme 
participação dos povos africanos na história do país, como também, valorizará a 
presença e ações originárias deles. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
Na perspectiva da BNCC o museu é um vasto campo de pesquisa para o aluno 
desenvolver suas habilidades e competências para assim construir seu conhecimento 
e desenvolver um raciocínio crítico, voltado para o processo de transformação de si 
mesmo e da sociedade. Por meio da contextualização, o aluno compreenderá os 
processos, social, cultural, político e econômico, onde terá uma visão mais profunda 
do espaço, tempo, dos acontecimentos e, dessa forma, conhecer, os instrumentos de 
transformação, a riqueza da cultura africana e a contribuição do navio negreiro para o 
desenvolvimento do Brasil estão registradas no Museu Afro Brasil de São Paulo. 
Para cada núcleo caberia um estudo profundo. A historiografia do povo africano 
é de uma riqueza imensurável, dada às informações catalogadas no acervo. O legado 
africano se misturou à cultura brasileira através de vestimentas, artes, crenças, 
alimentação, festividades, instrumentos musicais e até do vocabulário. 
Os negros contribuíram de forma significativa e dolorosa, através do trabalho 
escravo, para a evolução do Brasil. A conscientização dessa história deve ser vista e 
revista de forma crítica a ponto de salientar a verdadeira identidade de um povo e sua 
miscigenação, com o objetivo de observar o passado e suas nuances, veladas pela 
classe dominante. A Cultura afrodescendente está inserida na cultura brasileira, onde 
as novas gerações têm um papel importante de ressaltar e repassar esse legado, pois 
significa manter, desenvolver e ajudar a construir a identidade das novas gerações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
 
 
ARAÚJO, Luis Gustavo Costa. Museu Afro Brasil, o desafio da representação de 
uma cultura híbrida. Anais do, v. 4. Disponível em: 
https://arquimuseus.arq.br/seminario2014/transferencias/eixo02_cultura_e_exposico
es/e02-luis_gustavo_costa_araujo.pdf. Acesso em: 20 mai. 2022 
 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018 
 
 
DA FONSECA, Ana Carla Hansen. MUSEU AFRO BRASIL: A QUERELA DA 
IDENTIDADE. Revista TransVersos, n. 10, p. 183-204, 2017. Disponível em: 
https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/transversos/article/view/29989/21129. 
Acesso em: 20 mai. 2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
ANEXOS 
 
Figura 1 – Navio negreiro 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
 
 
Figura 2 – Instrumentos de tortura 
 
 Fonte: Arquivo pessoal 
 
14 
 
Figura 3 – Máquina de moer cana 
 
 Fonte: Arquivo pessoal 
 
 
 
 
Figura 4 – Rota marítima 
 
Fonte: Arquivo pessoal

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